Resumo
No experimento 1, foram estudados fenos de baixa qualidade, na alimentação de bovinos de corte, em relação à digestibilidade aparente ruminal, intestinal e total dos nutrientes, à absorção aparente de fósforo, à degradabilidade ruminal da matéria seca (MS), da proteína bruta (PB) e do fósforo (P), aos parâmetros de fermentação e cinética ruminal, à eficiência de síntese de proteína microbiana no rúmen e alguns parâmetros séricos. Foram utilizados quatro bovinos da raça Nelore, castrados, com 413 ± 54 kg de peso corporal (PC), providos de cânula ruminal e distribuídos aleatoriamente em um delineamento experimental Quadrado Latino 4 x 4. Os fenos estudados foram: Cynodon dactylon (Tifton 85), Cynodon nlemfuensis (Estrela-roxa), Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha. Todos os animais receberam suplemento mineral proteico para suprir as exigências mínimas de proteína e minerais. O consumo total de matéria seca (MS), não diferiu entre os fenos avaliados. Os fenos apresentaram coeficiente de digestibilidade aparente total médio para matéria seca de 0,476 g/g. O consumo de fósforo dos animais que receberam o feno de Brachiaria brizantha foi maior, porém a absorção aparente total do P foi semelhante entre os fenos. Para a proteína bruta se obteve maior consumo para os animais que receberam feno de Brachiaria decumbens. Os fenos foram semelhantes, os parâmetros de fermentação e cinética ruminal, a eficiência de síntese de proteína microbiana e os parâmetros séricos (fósforo, cálcio e nitrogênio ureico plasmático) não foram influenciados pelos fenos. Nos experimentos 2 e 3, foram avaliados composição química, valor nutricional, a digestibilidade intestinal da proteína e o desaparecimento intestinal de fósforo pela técnica in vitro, e degradabilidade ruminal da MS, PB e P de gramíneas dos gêneros Brachiaria (Experimento 2) e Panicum (Experimento 3) em diferentes idades de rebrota (30, 45 e 60 dias), com e sem adubação. Foram avaliados três canteiros com cada espécie avaliada. Para o experimento 2: Brachiaria humidicola cv. Llanero, Brachiaria decumbens cv. Basilisk, Brachiaria brizantha cv. Piatã e Brachiaria brizantha cv. Marandu. As cultivares Llanero e Marandu apresentaram os maiores teores de PB, sendo que o capim Marandu apresentou o menor teor de fibra em detergente neutro (FDN) e a Llanero o menor teor de carboidratos não fibrosos (CNF), a Decumbens apresentou o maior teor de carboidratos totais (CT) e a Piatã o menor teor de P. A digestibilidade in vitro da matéria orgânica (DIVMO) e os nutrientes digestíveis totais (NDT) foram superiores aos 30 dias de rebrota, e o capim Piatã apresentou a menor DIVMO e NDT. As forrageiras diferiram quanto à digestibilidade intestinal da PB aos 60 dias de rebrota. A forrageira Llanero apresentou o menor desaparecimento intestinal de P e as maiores taxas de desaparecimento aos 30 dias. Em relação à degradabilidade efetiva (DE) da MS foi menor para Decumbens e as maiores DE da PB foram para os capins Llanero e Marandu. A maior fração solúvel do P foi obtida para o capim Llanero. Com o avanço na idade de rebrota houve redução na DE da MS e PB. No experimento 3, foram avaliadas as cultivares de Panicum maximum: Tanzânia, Mombaça e Massai. As cultivares não apresentaram diferenças quanto à adubação. Os maiores teores de MS e MO e a menor concentração de P foram obtidos para o capim Massai. As idades de rebrota influenciaram a composição química das cultivares. Houve interação entre cultivares e idades
Resumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes fontes de fósforo, em dietas de bovinos em crescimento, sobre o coeficiente de digestibilidade aparente parcial e total dos nutrientes, parâmetros ruminais, eficiência de síntese microbiana e fósforo plasmático. Foram utilizados quatro bovinos, castrados, da raça Holandesa Preto e Branco com 280 kg de peso vivo, implantados com cânula ruminal e duodenal. O delineamento utilizado foi o Quadrado Latino 4 x 4, onde os tratamentos consistiram na utilização de diferentes fontes de fósforo na dieta: fosfato bicálcico (BIC), superfosfato triplo (SPT), fosfato monoamônio (MAP) e fosfato de rocha de Araxá (FRA). As diferentes fontes de fósforo não afetaram a ingestão, fluxo fecal, digestibilidade aparente ruminal, duodenal e total de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e carboidratos não fibrosos (CNF). Houve uma menor absorção aparente (P<0,05) de fósforo (P) para o FRA, diferindo do BIC e MAP. Os animais que receberam FRA apresentaram maiores ingestão, fluxo fecal, fluxo duodenal, desaparecimento ruminal e desaparecimento fecal de flúor (F). Os animais que receberam FRA também apresentaram níveis de F superiores aos recomendados para evitar sua toxidez. As diferentes fontes não alteraram os níveis plasmáticos de P, bem como a ingestão de nitrogênio, eficiência de síntese microbiana e composição das bactérias ruminais. Os tratamentos não influenciaram o pH ruminal, bem como as concentrações de NH3-ruminal. Estes resultados mostram um possível uso do superfosfato triplo e do fosfato monoamônio em substituição do fosfato bicálcico. Quanto ao fosfato de rocha de Araxá, apesar de não ter causado prejuízo para os parâmetros de fermentação e digestão, deve-se considerar as exigências de fósforo porque a absorção aparente do fósforo foi afetada e seus níveis de flúor que estão acima do recomendado