Resumo
Plants of the genus Senecio sp. are known to produce hepatic lesions in different animal species, including man. To evaluate the toxicity of three species of Senecio found in regions where cattle are bred in the state of Santa Catarina, experiments were conducted on broiler chickens (Gallus domesticus). Green leaves of S. conyzaefolius, S. vernonioides and S. paulensis were collected and dried in the shade. After drying, the leaves were ground, mixed into the feed and fed to the chickens divided into 3 groups. Group 1 and Group 2 received single doses of 5g/kg and 20g/kg, respectively. Group 3 was given daily doses of 1g/kg for 20 days (values corresponding to green plant) and Group 4 (control) received free feed of the plant. For each group, five chickens were submitted to necropsy at 30 days and five to 60 days after planting, and five chickens that consumed S. vernonioides and S. conyzaefolius at the dose of 1g/kg for 20 days were necropsied at 90 days after the beginning of the experiment. Macroscopic lesions were observed in chickens that consumed S. vernonioides at a dose of 1 g/kg for 20 days in birds necropsied at 30, 60 and 90 days and were characterized mainly by liver of firm consistency, diminished in size with yellowish coloration and evident lobular pattern, ascites and hydropericardium. In microscopy the main lesions observed were megalocytosis, hepatocyte swelling, fibrosis and biliary hyperplasia and were more intense at the dosage of 1 g/kg for 20 days for S. vernonioides and less severe in the chickens that ingested S. conyzaefolius. The chickens that received S. paulensis showed no macroscopic and microscopic lesions.(AU)
As plantas do gênero Senecio sp. são conhecidas por produzirem lesões hepáticas em diferentes espécies de animais, inclusive no homem. Para avaliar a toxicidade de três espécies de Senecio encontradas em regiões onde são criados bovinos no estado de Santa Catarina, foram conduzidos experimentos em frangos de corte (Gallus domesticus). Folhas verdes de S. conyzaefolius, S. vernonioides e S. paulensis foram coletadas e secadas a sombra. Após a secagem, as folhas foram trituradas, misturadas na ração e fornecidas aos frangos divididos em 3 grupos. O Grupo 1 e o Grupo 2 receberam doses únicas de 5g/kg e 20g/kg, respectivamente. Ao Grupo 3 foram fornecidas doses diárias de 1g/kg por 20 dias (valores correspondentes a planta verde) e o Grupo 4 (Controle) recebeu ração livre da planta. Para cada grupo, cinco frangos foram submetidos à necropsia aos 30 dias e cinco aos 60 dias após o início do fornecimento da planta e cinco frangos que consumiram S. vernonioides e S. conyzaefolius na dosagem de 1g/kg por 20 dias foram necropsiados aos 90 dias após início do experimento. Lesões macroscópicas foram observadas nos frangos que consumiram S. vernonioides na dose de 1g/kg por 20 dias nas aves necropsiadas aos 30, 60 e 90 dias e se caracterizaram principalmente por fígado de consistência firme, diminuído de tamanho com coloração amarelada e padrão lobular evidente, ascite e hidropericárdio. Na microscopia as principais lesões observadas foram megalocitose, tumefação de hepatócitos, fibrose e hiperplasia biliar e foram mais intensas na dosagem de 1g/kg por 20 dias para S. vernonioides e menos graves nos frangos que ingeriram S. conyzaefolius. Os frangos que receberam S. paulensis não mostraram lesões macroscópicas e microscópicas.(AU)
Assuntos
Animais , Senécio/intoxicação , Galinhas , Modelos AnimaisResumo
Plants of the genus Senecio sp. are known to produce hepatic lesions in different animal species, including man. To evaluate the toxicity of three species of Senecio found in regions where cattle are bred in the state of Santa Catarina, experiments were conducted on broiler chickens (Gallus domesticus). Green leaves of S. conyzaefolius, S. vernonioides and S. paulensis were collected and dried in the shade. After drying, the leaves were ground, mixed into the feed and fed to the chickens divided into 3 groups. Group 1 and Group 2 received single doses of 5g/kg and 20g/kg, respectively. Group 3 was given daily doses of 1g/kg for 20 days (values corresponding to green plant) and Group 4 (control) received free feed of the plant. For each group, five chickens were submitted to necropsy at 30 days and five to 60 days after planting, and five chickens that consumed S. vernonioides and S. conyzaefolius at the dose of 1g/kg for 20 days were necropsied at 90 days after the beginning of the experiment. Macroscopic lesions were observed in chickens that consumed S. vernonioides at a dose of 1 g/kg for 20 days in birds necropsied at 30, 60 and 90 days and were characterized mainly by liver of firm consistency, diminished in size with yellowish coloration and evident lobular pattern, ascites and hydropericardium. In microscopy the main lesions observed were megalocytosis, hepatocyte swelling, fibrosis and biliary hyperplasia and were more intense at the dosage of 1 g/kg for 20 days for S. vernonioides and less severe in the chickens that ingested S. conyzaefolius. The chickens that received S. paulensis showed no macroscopic and microscopic lesions.(AU)
As plantas do gênero Senecio sp. são conhecidas por produzirem lesões hepáticas em diferentes espécies de animais, inclusive no homem. Para avaliar a toxicidade de três espécies de Senecio encontradas em regiões onde são criados bovinos no estado de Santa Catarina, foram conduzidos experimentos em frangos de corte (Gallus domesticus). Folhas verdes de S. conyzaefolius, S. vernonioides e S. paulensis foram coletadas e secadas a sombra. Após a secagem, as folhas foram trituradas, misturadas na ração e fornecidas aos frangos divididos em 3 grupos. O Grupo 1 e o Grupo 2 receberam doses únicas de 5g/kg e 20g/kg, respectivamente. Ao Grupo 3 foram fornecidas doses diárias de 1g/kg por 20 dias (valores correspondentes a planta verde) e o Grupo 4 (Controle) recebeu ração livre da planta. Para cada grupo, cinco frangos foram submetidos à necropsia aos 30 dias e cinco aos 60 dias após o início do fornecimento da planta e cinco frangos que consumiram S. vernonioides e S. conyzaefolius na dosagem de 1g/kg por 20 dias foram necropsiados aos 90 dias após início do experimento. Lesões macroscópicas foram observadas nos frangos que consumiram S. vernonioides na dose de 1g/kg por 20 dias nas aves necropsiadas aos 30, 60 e 90 dias e se caracterizaram principalmente por fígado de consistência firme, diminuído de tamanho com coloração amarelada e padrão lobular evidente, ascite e hidropericárdio. Na microscopia as principais lesões observadas foram megalocitose, tumefação de hepatócitos, fibrose e hiperplasia biliar e foram mais intensas na dosagem de 1g/kg por 20 dias para S. vernonioides e menos graves nos frangos que ingeriram S. conyzaefolius. Os frangos que receberam S. paulensis não mostraram lesões macroscópicas e microscópicas.(AU)
Assuntos
Animais , Senécio/intoxicação , Galinhas , Modelos AnimaisResumo
A fim de analisar a influência da vitamina E sobre a resposta imunológica de aves vacinadas e desafiadas com o Vírus da Bronquite Infecciosa das aves (VBI), e qual dose da vitamina E é melhor para essa resposta, foi realizado um e experimento utilizando 50 aves SPF alojadas com um dia de vida na Embrapa Suínos e Aves. As aves foram divididas em 10 grupos de cinco aves cada, incluindo grupo controle positivo e negativo, suplementadas com 15, 50 e 200 UI/Kg de vitamina E na ração. No décimo quarto dia de vida as aves foram vacinadas com a vacina comercial para Bronquite Infecciosa (H-120) e após 28 dias, um grupo por tratamento foi desafiado com VBI cepa clássica (M-41). Cinco dias após o desafio as aves foram necropsiadas e os macrófagos abdominais foram coletados para análise da atividade microbicida e dosagem de óxido nítrico (NO). O pulmão foi coletado para contagem de células através de citometria de fluxo e também dosagem de NO. Órgãos de eleição também foram coletados para análise histológica e realização do isolamento viral para analisar a eficiência vacinal. Os resultados foram avaliados pelo teste ANOVA e Student t-test. Um aumento da atividade microbicida dos macrófagos abdominais foi observado nas aves com maior suplementação de vitamina E (200 UI/ Kg) quando comparado com os grupos que não receberam ou receberam quantidades menores (0, 15, 50 UI/Kg), indicando uma melhora na resposta imune inata influenciada pela suplementação de vitamina E na dieta. A suplementação desta vitamina em altas dosagens também aumenta a capacidade dos macrófagos em produzir NO. E, através da citometria, sugere-se que os macrófagos são as principais células recrutadas no tecido pulmonar no combate a BI e esta ação foi potencializada pela adição da vitamina independente de dosagem.(AU)
In order to analyze the influence of vitamin E on the immune response of birds vaccinated and challenged with Infectious Bronchitis Virus in poultry (IBV), and which dose of vitamin E is the best to answer this, an experiment was conducted using 50 SPF birds housed with one day of life at Embrapa Suínos e Aves. All birds were divided into 10 groups of five birds each, including positive and negative control groups, supplemented with 15, 50, and 200 IU of vitamin E/Kg added into the feed. On the 14th day of life the birds were vaccinated with a commercial vaccine for infectious bronchitis (H-120) and after 28 days, one group for each treatment was challenged with IBV, strain classical (M-41). Five days after challenge birds were necropsied and abdominal macrophages were collected for analysis of microbicidal activity and measurement of nitric oxide (NO). The lung was collected for cell count by flow cytometry and also for NO dosage. Organs of predilection were also collected for histological analysis and virus isolation to analyze the efficiency of the vaccine. The results were evaluated by ANOVA and Student t-test. An increased of microbicidal activity of abdominal macrophages was observed in the groups of birds with higher levels of vitamin E (200 IU/Kg) supplementation when compared with groups that did not receive or received minor amounts (0, 15, 50 IU/Kg), indicating an improvement in the innate immune response influenced by vitamin E supplementation in the diet. The supplementation of this vitamin in high doses also increases the ability of macrophages to produce NO. And, by flow cytometry, suggests that the macrophages are the primary cells recruited in the lung tissue to combat infectious bronchitis and this action was potentiated by the addition of vitamin E, independent of the dosage.(AU)
Assuntos
Animais , Vitamina E/administração & dosagem , Vitamina E/imunologia , Sistema Imunitário , Galinhas , Vacinas , Vírus da Bronquite Infecciosa/imunologiaResumo
A fim de analisar a influência da vitamina E sobre a resposta imunológica de aves vacinadas e desafiadas com o Vírus da Bronquite Infecciosa das aves (VBI), e qual dose da vitamina E é melhor para essa resposta, foi realizado um e experimento utilizando 50 aves SPF alojadas com um dia de vida na Embrapa Suínos e Aves. As aves foram divididas em 10 grupos de cinco aves cada, incluindo grupo controle positivo e negativo, suplementadas com 15, 50 e 200 UI/Kg de vitamina E na ração. No décimo quarto dia de vida as aves foram vacinadas com a vacina comercial para Bronquite Infecciosa (H-120) e após 28 dias, um grupo por tratamento foi desafiado com VBI cepa clássica (M-41). Cinco dias após o desafio as aves foram necropsiadas e os macrófagos abdominais foram coletados para análise da atividade microbicida e dosagem de óxido nítrico (NO). O pulmão foi coletado para contagem de células através de citometria de fluxo e também dosagem de NO. Órgãos de eleição também foram coletados para análise histológica e realização do isolamento viral para analisar a eficiência vacinal. Os resultados foram avaliados pelo teste ANOVA e Student t-test. Um aumento da atividade microbicida dos macrófagos abdominais foi observado nas aves com maior suplementação de vitamina E (200 UI/ Kg) quando comparado com os grupos que não receberam ou receberam quantidades menores (0, 15, 50 UI/Kg), indicando uma melhora na resposta imune inata influenciada pela suplementação de vitamina E na dieta. A suplementação desta vitamina em altas dosagens também aumenta a capacidade dos macrófagos em produzir NO. E, através da citometria, sugere-se que os macrófagos são as principais células recrutadas no tecido pulmonar no combate a BI e esta ação foi potencializada pela adição da vitamina independente de dosagem.
In order to analyze the influence of vitamin E on the immune response of birds vaccinated and challenged with Infectious Bronchitis Virus in poultry (IBV), and which dose of vitamin E is the best to answer this, an experiment was conducted using 50 SPF birds housed with one day of life at Embrapa Suínos e Aves. All birds were divided into 10 groups of five birds each, including positive and negative control groups, supplemented with 15, 50, and 200 IU of vitamin E/Kg added into the feed. On the 14th day of life the birds were vaccinated with a commercial vaccine for infectious bronchitis (H-120) and after 28 days, one group for each treatment was challenged with IBV, strain classical (M-41). Five days after challenge birds were necropsied and abdominal macrophages were collected for analysis of microbicidal activity and measurement of nitric oxide (NO). The lung was collected for cell count by flow cytometry and also for NO dosage. Organs of predilection were also collected for histological analysis and virus isolation to analyze the efficiency of the vaccine. The results were evaluated by ANOVA and Student t-test. An increased of microbicidal activity of abdominal macrophages was observed in the groups of birds with higher levels of vitamin E (200 IU/Kg) supplementation when compared with groups that did not receive or received minor amounts (0, 15, 50 IU/Kg), indicating an improvement in the innate immune response influenced by vitamin E supplementation in the diet. The supplementation of this vitamin in high doses also increases the ability of macrophages to produce NO. And, by flow cytometry, suggests that the macrophages are the primary cells recruited in the lung tissue to combat infectious bronchitis and this action was potentiated by the addition of vitamin E, independent of the dosage.
Assuntos
Animais , Galinhas , Sistema Imunitário , Vacinas , Vitamina E/administração & dosagem , Vitamina E/imunologia , Vírus da Bronquite Infecciosa/imunologiaResumo
As salmoneloses são responsáveis por significativas perdas econômicas na avicultura e por sérios danos à saúde pública, pois estão envolvidas na maioria dos casos de infecções alimentares. Estudos destes surtos em humanos indicam que produtos de origem animal, especialmente avícola, participam de forma significativa como fontes de contaminação. Observa-se que entre os isolados de Salmonella a resistência aos antimicrobianos utilizados rotineiramente na avicultura está aumentando significativamente, além da presença de multirresistência. O objetivo deste trabalho foi verificar o perfil fenotípico e genotípico de resistência antimicrobiana em isolados de Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium de origem avícola frente à Gentamicina, Enrofloxacina e Ceftiofur, através do teste de disco-difusão, concentração inibitória mínima (MIC) e pesquisa de genes de resistência por PCR. Amostras de diversas origens avícolas foram isoladas em um laboratório privado no estado do Paraná, o isolamento foi realizado de acordo com o preconizado pela normativa do MAPA. Os isolados identificados como Salmonella sp. foram enviados para o laboratório FIOCRUZ onde foram sorotipados. Destas amostras, duas foram identificadas como S Enteritidis e onze como S Typhimurium. Após esta etapa as amostras foram avaliadas quanto a sua sensibilidade fenotípica, para isto foram realizados os testes de concentração inibitória mínima e antibiograma. Os resultados desta avaliação mostraram diferentes níveis de resistência nas duas metodologias para os antimicrobianos testados. No antibiograma os isolados de S. Enteritidis foram 100% sensíveis aos antimicrobianos Gentamicina e Enrofloxacina e apresentaram resistência de 50% ao Ceftiofur. Já a S. Typhimurium apresentou resistência em graus variados aos três antimicrobianos testados, 18,1% para o Ceftiofur, 45,4% para Gentamicina e 18,1% para Enrofloxacina. No MIC os isolados de S. Typhimurium apresentaram resistência de 27,2% ao Ceftiofur, 54,5% à Gentamicina e 18,1% à Enrofloxacina, resultados esses muito semelhantes aos observados no antibiograma. Já as amostras de S. Enteritidis tiveram 100% de resistência à Gentamicina e 50% para a Enrofloxacina e Ceftiofur. Na análise genotípica observou-se que as amostras de S. Typhimurium e S. Enteritidis, independente de serem resistentes ou sensíveis fenotipicamente à Enrofloxacina, apresentaram senão os quatro, mas três dos genes responsáveis pela resistência. Com relação à Gentamicina e ao Ceftiofur, os genes de resistência foram encontrados principalmente nas amostras que apresentaram resistência fenotípica. Porém também foram encontradas amostras resistentes fenotipicamente mas que não tinham o gene de resistência, assim como amostras sensíveis que apresentavam o gene. Esses resultados demonstram o elevado grau de resistência das cepas isoladas aos antimicrobianos testados, assim como a presença de multirresistência. Soma-se a isso o fato de amostras possuírem o gene de resistência e não estarem expressando fenotipicamente, salientando que os antimicrobianos rotineiramente utilizados podem tornar-se ineficientes dentro de um curto período de tempo