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1.
Acta amaz ; 32(3)2002.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1454899

Resumo

Muiraquitãs arc frogshape stone artifacts made mainly in greenstones like jade, used by peoples of Tapajó/Santarém and Conduri tradition/culture from Lower Amazon region, which were extinguished by european colonizators. They used as amulets, symbol of power and as trade materials. The majority of studiers believe that the greenstone jade come from Asia and reinforce the peopling of South America from Asia through North America. Mineralogical and chemical analyses over ten pieces of muiraquitãs from Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Museu de Arqueologia e Etnografia from Universidade de São Paulo and from prof. Amarilis Tupiassu show that they are made of tremolite for MPEG and prof. Amarilis and acti-nolite, talc and pyrphyllite for MAE. Tremolite and actinolite are the most common minerals of the nephritic jade, which is not too rare. The microchemical analysis aggree with the mincralogical determinations and show that the jade from MAE contain sulphate and ferrous iron and differ from the jade of muiraquitã of MPEG. Both jade can not be correlated with the jade of Baytinga (Amargosa-BA). Tremolite and actinolite are common minerals in proterozoic formations of Amazon region and dismitified the asking for an asian provenience of raw material of muiraquitãs as well as the interpretation of a peopling move from Asia to South America trough North America.


Os muiraquitãs são artefatos líticos com formas batraquianas confeccionados principalmente em pedra verde, tipo jade, utilizados pelos povos Tapajó/Santarém e Conduri do Baixo Amazonas, dizimados pelos colonizadores europeus. Eram utilizados como amuletos e como símbolo de poder e ainda como objeto de troca. Supunha-se que o jade viera da Ásia. Estudos mineralógicos e químicos em dez peças do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), do Museu de Arqueologia e Etnografia (MAE) da Universidade de São Paulo e profa. Amarilis Tupiassu mostram que os muiraquitãs do MPEG e da profa. Amarilis são confeccionados em tremolita e os do MAE em actinolita, talco e pirofdita. Tremolita e actinolita são os minerais mais comuns de jade nefrítico, que não é assim tão raro. As microanálises químicas confirmam as determinações mineralógicas e ainda mostram que o jade do MAE contém sulfato e ferro ferroso. Tanto o jade do MPEG como do MAE diverge daquele de Baytinga (Amargosa-BA). Rochas ricas cm tremolita e actinolita são muito comuns no Proterozóico da Amazônia, encontrados tanto ao norte como ao sul da bacia, próximo na região do Baixo Amazonas, sendo desnecessário invocar uma fonte asiática para o jade dos muiraquitãs. Portanto se tornam vulneráveis às interpretações etnográficas e antropológicas com base em área asiática como fonte para a matéria-prima destes artefatos.

2.
Acta amaz ; 32(3)2002.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1454901

Resumo

The first indirect written informations about the muiraquitãs, are related to Orellana, who traveled the Amazon river for the first time downstream in 1542 and mentioned presence of the Amazonas Indians, living without husbands and act as brave fighters. De la Condamine during his travel in 1735 along the Amazonas discribed frogshape amulet made of greenstone like jade used by Amazonas. Spix and Martius written about pierres divines, and used the name Muraquêitã for frogshape pendant made of motherpearl. However older writtens of Maurício Heriarte used therms close to muiraquitã: baraquitãs, buraquitãs, puúraquitan, uuraquitan, mueraquitan. Finally Barboza Rodrigues at 1875 brought the name muyrakytã to well acept therminology which was reinforced by Francisco Barata in 1954 as muiraquitã. Barata defines as a frogshape artifact sculptured in greenstones, jade. Muiraquitã is of tupi origin meaning using frogshape pendant. They were used by Indians of Tapajó/Santarém and Conduri Tradition which lived at the Lower Amazon region until the first contacts with the European colonizators. To make the muiraquitãs, artifact of high finnished carving, one presumes that the Indians used ingenious processes, meanwhile the most important was patience and ability. The most important centre of frogshape artifact carving was the Lower Amazon. Although supposed to be Asia, the source of the raw material must have been the Amazonia. The muiraquitã were used as amulet and symbol of power between the chiefdoms in the Amazon region during its time. About them there arc several legends and myths always connecting with the Amazonas fighters of Orellana.


Aparentemente os primeiros dados documentados sobre a história dos muiraquitãs, ainda que inferidos, surgem com Orellana, tido como o primeiro explorador a navegar o rio Amazonas rio baixo, ainda em 1542, quando teria combatido com índias guerreiras valentes, sem maridos, as quais denominou de Amazonas. Posteriormente De la Condamine em sua viagem ao longo deste rio, em 1735, descreve amuletos batraquianos em pedras verdes semelhantes a jade. Spix e Martius escrevem sobre pierres divines como pingente batraquiano em madrepérola e com nome de muraquêitã. Antigos escritos de Maurício Heriarte de 1662 descrevem amuleto com termos similares: baraquitãs, buraquitãs, puúraquitan, uuraquitan e mueraquitan. Finalmente Barboza Rodrigues em 1875 emprega o termo muyrakytã modificado por Barata em 1954 para muiraquitã, que entende como artefatos em forma de sapo confeccionados em pedra verde, com dois furos laterais. Teriam sido usados pelos povos Tapajó/Santarem e Conduri, que habitavam o Baixo Amazonas até a chegada do colonizador europeu, que os dizimou. Para elaborar os muiraquitãs acredita-se que esses povos utilizavam instrumentos engenhosos, mas principalmente muita paciência e habilidade. Os estudos mais recentes mostram que o maior centro produtor estava na região, da mesma forma como a fonte da matéria-prima e não na Asia como suposto pelos historiadores. Eram utilizados como amuletos, símbolos de poder, e ainda como material para compra e troca de objetos valiosos. Sobre eles há muitas lendas e mitos sempre envolvidos com as índias Amazonas, extintas ou lendárias.

3.
Acta amaz. ; 32(3)2002.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-449935

Resumo

The first indirect written informations about the muiraquitãs, are related to Orellana, who traveled the Amazon river for the first time downstream in 1542 and mentioned presence of the Amazonas Indians, living without husbands and act as brave fighters. De la Condamine during his travel in 1735 along the Amazonas discribed frogshape amulet made of greenstone like jade used by Amazonas. Spix and Martius written about pierres divines, and used the name Muraquêitã for frogshape pendant made of motherpearl. However older writtens of Maurício Heriarte used therms close to muiraquitã: baraquitãs, buraquitãs, puúraquitan, uuraquitan, mueraquitan. Finally Barboza Rodrigues at 1875 brought the name muyrakytã to well acept therminology which was reinforced by Francisco Barata in 1954 as muiraquitã. Barata defines as a frogshape artifact sculptured in greenstones, jade. Muiraquitã is of tupi origin meaning using frogshape pendant. They were used by Indians of Tapajó/Santarém and Conduri Tradition which lived at the Lower Amazon region until the first contacts with the European colonizators. To make the muiraquitãs, artifact of high finnished carving, one presumes that the Indians used ingenious processes, meanwhile the most important was patience and ability. The most important centre of frogshape artifact carving was the Lower Amazon. Although supposed to be Asia, the source of the raw material must have been the Amazonia. The muiraquitã were used as amulet and symbol of power between the chiefdoms in the Amazon region during its time. About them there arc several legends and myths always connecting with the Amazonas fighters of Orellana.


Aparentemente os primeiros dados documentados sobre a história dos muiraquitãs, ainda que inferidos, surgem com Orellana, tido como o primeiro explorador a navegar o rio Amazonas rio baixo, ainda em 1542, quando teria combatido com índias guerreiras valentes, sem maridos, as quais denominou de Amazonas. Posteriormente De la Condamine em sua viagem ao longo deste rio, em 1735, descreve amuletos batraquianos em pedras verdes semelhantes a jade. Spix e Martius escrevem sobre pierres divines como pingente batraquiano em madrepérola e com nome de muraquêitã. Antigos escritos de Maurício Heriarte de 1662 descrevem amuleto com termos similares: baraquitãs, buraquitãs, puúraquitan, uuraquitan e mueraquitan. Finalmente Barboza Rodrigues em 1875 emprega o termo muyrakytã modificado por Barata em 1954 para muiraquitã, que entende como artefatos em forma de sapo confeccionados em pedra verde, com dois furos laterais. Teriam sido usados pelos povos Tapajó/Santarem e Conduri, que habitavam o Baixo Amazonas até a chegada do colonizador europeu, que os dizimou. Para elaborar os muiraquitãs acredita-se que esses povos utilizavam instrumentos engenhosos, mas principalmente muita paciência e habilidade. Os estudos mais recentes mostram que o maior centro produtor estava na região, da mesma forma como a fonte da matéria-prima e não na Asia como suposto pelos historiadores. Eram utilizados como amuletos, símbolos de poder, e ainda como material para compra e troca de objetos valiosos. Sobre eles há muitas lendas e mitos sempre envolvidos com as índias Amazonas, extintas ou lendárias.

4.
Acta amaz. ; 32(3)2002.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-449933

Resumo

Muiraquitãs arc frogshape stone artifacts made mainly in greenstones like jade, used by peoples of Tapajó/Santarém and Conduri tradition/culture from Lower Amazon region, which were extinguished by european colonizators. They used as amulets, symbol of power and as trade materials. The majority of studiers believe that the greenstone jade come from Asia and reinforce the peopling of South America from Asia through North America. Mineralogical and chemical analyses over ten pieces of muiraquitãs from Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Museu de Arqueologia e Etnografia from Universidade de São Paulo and from prof. Amarilis Tupiassu show that they are made of tremolite for MPEG and prof. Amarilis and acti-nolite, talc and pyrphyllite for MAE. Tremolite and actinolite are the most common minerals of the nephritic jade, which is not too rare. The microchemical analysis aggree with the mincralogical determinations and show that the jade from MAE contain sulphate and ferrous iron and differ from the jade of muiraquitã of MPEG. Both jade can not be correlated with the jade of Baytinga (Amargosa-BA). Tremolite and actinolite are common minerals in proterozoic formations of Amazon region and dismitified the asking for an asian provenience of raw material of muiraquitãs as well as the interpretation of a peopling move from Asia to South America trough North America.


Os muiraquitãs são artefatos líticos com formas batraquianas confeccionados principalmente em pedra verde, tipo jade, utilizados pelos povos Tapajó/Santarém e Conduri do Baixo Amazonas, dizimados pelos colonizadores europeus. Eram utilizados como amuletos e como símbolo de poder e ainda como objeto de troca. Supunha-se que o jade viera da Ásia. Estudos mineralógicos e químicos em dez peças do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), do Museu de Arqueologia e Etnografia (MAE) da Universidade de São Paulo e profa. Amarilis Tupiassu mostram que os muiraquitãs do MPEG e da profa. Amarilis são confeccionados em tremolita e os do MAE em actinolita, talco e pirofdita. Tremolita e actinolita são os minerais mais comuns de jade nefrítico, que não é assim tão raro. As microanálises químicas confirmam as determinações mineralógicas e ainda mostram que o jade do MAE contém sulfato e ferro ferroso. Tanto o jade do MPEG como do MAE diverge daquele de Baytinga (Amargosa-BA). Rochas ricas cm tremolita e actinolita são muito comuns no Proterozóico da Amazônia, encontrados tanto ao norte como ao sul da bacia, próximo na região do Baixo Amazonas, sendo desnecessário invocar uma fonte asiática para o jade dos muiraquitãs. Portanto se tornam vulneráveis às interpretações etnográficas e antropológicas com base em área asiática como fonte para a matéria-prima destes artefatos.

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