Resumo
The anaerobic threshold is a physiologic event studied in various species. There are various methods for its assessment, recognized in the human and equine exercise physiology literature, several of these involving the relationship between blood lactate concentration (LAC) and exercise load, measured in a standardized exercise test. The aim of this study was to compare four of these methods: V2, V4, individual anaerobic threshold (IAT) and lactate minimum speed (LMS) with the method recognized as the gold standard for the assessment of anaerobic threshold, maximal lactate steady-state (MLSS). The five tests were carried out in thirteen trained Arabian horses, in which velocities and associated LAC could be measured. The mean velocities and the LAC associated with the anaerobic threshold for the five methods were respectively: V2 = 9.67±0.54; V4 = 10.98±0.47; V IAT = 9.81±0.72; V LMS = 7.50±0.57 and V MLSS = 6.14±0.45m.s-1 and LAC IAT = 2.17±0.93; LAC LMS = 1.17±0.62 and LAC MLSS = 0.84±0.21mmol.L-1. None of the velocities were statistically equivalent to V MLSS (P<0.05). V2, V4 and V LMS showed a good correlation with V MLSS , respectively: r = 0.74; r = 0.78 and r = 0.83, and V IAT did not significantly correlate with V MLSS. Concordance between the protocols was relatively poor, i.e., 3.28±1.00, 4.84±0.30 and 1.43±0.32m.s-1 in terms of bias and 95% agreement limits for V2, V4 and LMS methods when compared to MLSS. Only LAC LMS did not differ statistically from LAC MLSS. Various authors have reported the possibility of the assessment of anaerobic threshold using rapid protocols such as V4 and LMS for humans and horses. This study corroborates the use of these tests, but reveals that adjustments in the protocols are necessary to obtain a better concordance between the tests and the MLSS.(AU)
O limiar anaeróbio é um evento fisiológico estudado em várias espécies. Sua mensuração possui vários métodos reconhecidos na literatura da fisiologia do exercício humano e equino, muitos deles envolvendo a relação entre a concentração sanguínea de lactato (LAC) e a carga de exercício. O objetivo do presente estudo foi comparar quatro desses métodos: V2 , V4 , limiar anaeróbio individual (LAI) e o teste do lactato mínino (LM) com o método reconhecido na literatura como o padrão ouro para a mensuração do limiar anaeróbio, a máxima fase estável do lactato (MFEL). Os cinco testes foram realizados em treze equinos árabes treinados, nos quais as velocidades e suas respectivas LAC puderam ser quantificadas. As velocidades médias e LAC associadas ao limiar anaeróbio aferido pelos cinco métodos foram respectivamente: V2 = 9,67±0,54; V4 = 10,98±0,47; V LAI = 9.81±0.72; V LM = 7,50±0,57 e V MFEL = 6,14±0,45m.s-1 ; e LAC LAI = 2,17±0,93; LAC LM = 1,17±0,62 e LAC MFEL = 0,84±0,21mmol.L-1. Nenhuma dessas velocidades foi estatisticamente igual à V MFEL (P<0,05). A V2 , a V4 e a V LM mostraram uma boa correlação com a V MFEL , respectivamente r = 0,74; r = 0,78 e r = 0,83, e a V LAI não se correlacionou significativamente com a V MFEL. A concordância entre os protocolos foi relativamente fraca, sendo 3,28±1,00; 4,84±0,30 e 1,43±0,32m.s-1 em termos de viés e limites de concordância a 95% para os métodos V2 , V4 e LM comparados à MFEL. Muitos autores relataram a possibilidade da mensuração do limiar anaeróbio pelo uso de protocolos rápidos, como a V4 e o LM, para humanos e equinos. O presente estudo corrobora a utilização desses testes, mas revela que ajustes nos protocolos são necessários para se obter uma melhor concordância entre os mesmos e a MFEL.(AU)
Assuntos
Animais , Ácido Láctico/análise , Fisiologia , Limiar Anaeróbio/fisiologia , Cavalos/classificaçãoResumo
O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito sedativo e antinociceptivo de três bloqueadores dopaminérgicos usados em medicina veterinária. Utilizou-se 10 éguas Puro Sangue Inglês. A sedação foi avaliada determinando-se a atividade locomotora espontânea (ALE) e altura da cabeça (AC) em baia comportamental automatizada. A injeção iv de acepromazina (0,05; 0,08 e 0,11 mg/kg) e azaperone (0,25; 0,5 e 1,0 mg/kg) não induziu mudanças significantes na ALE. A injeção im de levomepromazina causou um aumento em ALE nas dosagens de 0,75 e 1,0 mg/kg. Com relação a AC, observou-se diferença significativa (P<0,05) em todas as dosagens e drogas. Antinocicepção foi avaliada pela mensuração dos tempos para ocorrer a latência do reflexo de retirada do membro (LRRM) e a latência do reflexo do frêmito cutâneo (LRFC) com o auxílio de uma lâmpada de projeção de calor (estímulo doloroso) direcionado, respectivamente para a falange proximal do membro torácico e região da cernelha. A acepromazina (0,08 mg/kg) e a levomepromazina (0,75 mg/kg) não induziram mudanças significantes em LRRM e LRFC, o azaperone (0,5 mg/kg) causou aumento significativo da LRRM e LRFC. Os dados foram analisados por análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey (P<0,05). A acepromazina e o azaperone mostraram efeito sedativo relevante. No que se refere ao efeito antinociceptivo, apenas o azaperone mostrou-se eficiente.
The aim of this study was to investigate the sedative and antinociceptive effects of three dopaminergic blockers often used in veterinary medicine. The study was conducted on 10 Thoroughbred mares. Sedation was evaluated by determining the spontaneous locomotor activity (SLA) in automated individual behavior stalls and by measuring head ptosis (HP). The intravenous injection of acepromazine (0.05; 0.08 and 0.11 mg/kg) and azaperone (0.25; 0.5 and 1.0 mg/kg) did not induce significant changes on SLA. In contrast, intramuscular injection of levomepromazine caused an increase in SLA at the dosages of 0.75 and 1.0 mg/kg, but not at 0.5 mg/kg. Significant head ptosis occurred with all dosages and drugs. Antinociception was determined utilizing a heat projection lamp to record the hoof withdrawal reflex latency (HWRL) and skin twitch reflex latency (STRL). Acepromazine (0.08 mg/kg) and levomepromazine (0.75 mg/kg) did not induce significant changes on both HWRL and STRL, but azaperone (0.5 mg/kg) produced a significant increase in both HWRL and STRL . The data were evaluated by analysis of variance (ANOVA) and Tukey test (P<0.05). The results indicate the antinociceptive effect of azaperone, and the tranquilizer effect of acepromazine and levomepromazine, in horses.
Assuntos
Feminino , Animais , Analgésicos/administração & dosagem , Atividade Motora , Cavalos/fisiologia , Dopaminérgicos/administração & dosagem , Reflexo , Azaperona/administração & dosagem , Metotrimeprazina/administração & dosagemResumo
O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito sedativo e antinociceptivo de três bloqueadores dopaminérgicos usados em medicina veterinária. Utilizou-se 10 éguas Puro Sangue Inglês. A sedação foi avaliada determinando-se a atividade locomotora espontânea (ALE) e altura da cabeça (AC) em baia comportamental automatizada. A injeção iv de acepromazina (0,05; 0,08 e 0,11 mg/kg) e azaperone (0,25; 0,5 e 1,0 mg/kg) não induziu mudanças significantes na ALE. A injeção im de levomepromazina causou um aumento em ALE nas dosagens de 0,75 e 1,0 mg/kg. Com relação a AC, observou-se diferença significativa (P<0,05) em todas as dosagens e drogas. Antinocicepção foi avaliada pela mensuração dos tempos para ocorrer a latência do reflexo de retirada do membro (LRRM) e a latência do reflexo do frêmito cutâneo (LRFC) com o auxílio de uma lâmpada de projeção de calor (estímulo doloroso) direcionado, respectivamente para a falange proximal do membro torácico e região da cernelha. A acepromazina (0,08 mg/kg
Resumo
O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito sedativo e antinociceptivo de três bloqueadores dopaminérgicos usados em medicina veterinária. Utilizou-se 10 éguas Puro Sangue Inglês. A sedação foi avaliada determinando-se a atividade locomotora espontânea (ALE) e altura da cabeça (AC) em baia comportamental automatizada. A injeção iv de acepromazina (0,05; 0,08 e 0,11 mg/kg) e azaperone (0,25; 0,5 e 1,0 mg/kg) não induziu mudanças significantes na ALE. A injeção im de levomepromazina causou um aumento em ALE nas dosagens de 0,75 e 1,0 mg/kg. Com relação a AC, observou-se diferença significativa (P<0,05) em todas as dosagens e drogas. Antinocicepção foi avaliada pela mensuração dos tempos para ocorrer a latência do reflexo de retirada do membro (LRRM) e a latência do reflexo do frêmito cutâneo (LRFC) com o auxílio de uma lâmpada de projeção de calor (estímulo doloroso) direcionado, respectivamente para a falange proximal do membro torácico e região da cernelha. A acepromazina (0,08 mg/kg) e a levomepromazina (0,75 mg/kg) não induziram mudanças significantes em LRRM e LRFC, o azaperone (0,5 mg/kg) causou aumento significativo da LRRM e LRFC. Os dados foram analisados por análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey (P<0,05). A acepromazina e o azaperone mostraram efeito sedativo relevante. No que se refere ao efeito antinociceptivo, apenas o azaperone mostrou-se eficiente.(AU)
The aim of this study was to investigate the sedative and antinociceptive effects of three dopaminergic blockers often used in veterinary medicine. The study was conducted on 10 Thoroughbred mares. Sedation was evaluated by determining the spontaneous locomotor activity (SLA) in automated individual behavior stalls and by measuring head ptosis (HP). The intravenous injection of acepromazine (0.05; 0.08 and 0.11 mg/kg) and azaperone (0.25; 0.5 and 1.0 mg/kg) did not induce significant changes on SLA. In contrast, intramuscular injection of levomepromazine caused an increase in SLA at the dosages of 0.75 and 1.0 mg/kg, but not at 0.5 mg/kg. Significant head ptosis occurred with all dosages and drugs. Antinociception was determined utilizing a heat projection lamp to record the hoof withdrawal reflex latency (HWRL) and skin twitch reflex latency (STRL). Acepromazine (0.08 mg/kg) and levomepromazine (0.75 mg/kg) did not induce significant changes on both HWRL and STRL, but azaperone (0.5 mg/kg) produced a significant increase in both HWRL and STRL . The data were evaluated by analysis of variance (ANOVA) and Tukey test (P<0.05). The results indicate the antinociceptive effect of azaperone, and the tranquilizer effect of acepromazine and levomepromazine, in horses.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Cavalos/fisiologia , Dopaminérgicos/administração & dosagem , Analgésicos/administração & dosagem , Atividade Motora , Reflexo , Metotrimeprazina/administração & dosagem , Azaperona/administração & dosagemResumo
Thermography has been used as an important diagnostic tool in order to evaluate muscle and skeletal affections in equine sports medicine. However, many evaluation procedures are restricted to qualitative analysis of the images, becoming strongly dependent of the clinician expertise. Moreover, thermal cameras measures superficial skin temperatures, becoming susceptible to influences of environmental temperature variations. The quantitative thermography is a method presented to rationalize the infrared data evaluations, allowing the temperature follow on along time and correcting the effects of atmosphere conditions on the lesion temperature. The objective of this study is to evaluate an induced inflammatory process using a deterministic method for temperature data evaluation. An inflammation severity scale was established correlating clinical signs and local temperature variations to readily grade the inflammatory process. Three sound horses were submitted to an induced inflammation of the third proximal left metacarpus by circulatory restriction of the area. The exposure time for the procedure was 6 hours for two animals, and 3 hours for the other one. Afterwards, the evolution of the inflammatory process was monitored through 8 assessments along 150 hours. The quantitative thermography method allowed visualizing the individual temperature behavior throughout the time, hence the dynamic evolution of the inflammatory state. The maximum level of inflammation for each animal was reached at 25, 28 and 32 hours after finished the induction and the inflammatory process has shown tendency to resolution from 59, 142 and 64 hours, respectively. The 6 hours induction time animals have presented severe inflammation grade while the 3 hours induction time animal reached only moderated inflammation. The presented method has shown an analytical capability to evidence individual thermal responses along the time due to induced inflammatory process.
Termografia tem sido usada como uma importante ferramenta de diagnóstico, de forma a avaliar as afecções musculares e esqueléticas em medicina esportiva equina. Porém, muitos procedimentos de avaliação estão restritos à análise qualitativa das imagens, se tornando fortemente dependente da perícia do clínico. Além disso, câmeras térmicas medem a temperatura superficial da pele, se tornando susceptíveis a variações da temperatura ambiente. A termografia quantitativa é um método apresentado para racionalizar as avaliações dos dados de infravermelho, permitindo o acompanhamento da temperatura ao longo do tempo e corrigindo os efeitos das condições atmosféricas sobre a temperatura da lesão. O objetivo deste estudo é avaliar um processo inflamatório induzido utilizando a análise dos dados pelo método da termografia quantitativa. Uma escala de severidade de inflamação foi estabelecida correlacionando sinais clínicos e variações de temperatura local de forma a graduar os processos inflamatórios. De forma a validar este método, três equinos saudáveis foram submetidos à indução da inflamação da região do terço proximal do terceiro osso metacarpiano por restrição circulatória. O tempo de exposição ao procedimento foi de 6 horas para 3 animais e 3 horas para 1 animal. Em seguida, o processo inflamatório foi avaliado em 8 seções durante 150 horas. A aplicação do método permitiu visualizar o comportamento individual de temperatura ao longo do tempo, assim como a evolução dinâmica do estado inflamatório. O nível máximo de inflamação foi obtido para cada animal 25, 28 e 32 horas após finalizado o tempo de indução e o processo inflamatório demonstrou tendência à resolução a partir de 59, 142 e 64 horas, respectivamente. Os animais de 6 horas de indução apresentaram grau severo de inflamação, enquanto que o anima de 3 horas de indução apresentou somente inflamação moderada. O método apresentado demonstrou capacidade analítica para evidenciar as respostas térmicas ao longo do tempo devido ao processo de inflamação induzida.
Assuntos
Animais , Termografia/veterinária , Ossos Metacarpais/patologia , Cavalos , Inflamação/fisiopatologiaResumo
Estudou-se a resposta do cortisol e da glicemia em 12 equinos da raça Puro Sangue Árabe destreinados (T0) por oito meses e submetidos a um período de 90 dias de treinamento aeróbio (T90). Para avaliação dos efeitos do treinamento, empregou-se teste ergométrico constituído de exercício progressivo em esteira rolante, acompanhado por colheitas de sangue 15 segundos antes do término de cada etapa de esforço. A velocidade (intensidade) do treino foi definida como sendo 80 por cento da V4 (velocidade na qual a lactacidemia atinge 4mmol/L). Adicionalmente, no último mês de treinamento, foi instituído, uma vez por semana, exercício com velocidades variáveis, chamado "fartlek". Após 90 dias de treinamento, a concentração plasmática de cortisol elevou-se e após o teste de esforço (20min), houve aumento da glicemia. Este resultado reflete a possibilidade de adaptação ao treinamento. Conclui-se que o cortisol plasmático pode ser utilizado como ferramenta na avaliação de um programa de treinamento em equinos.(AU)
Cortisol and glucose responses were evaluated in 12 Arabian (PSA) horses submitted to a detraining period of eight months (T0) and to 90 days of aerobic training (T90). For the evaluation of the effect of training, a standardized incremental exercise test in a treadmill was used. Fifteen seconds before the ending of each effort step, blood samples were collected. The speed (intensity) of the training was defined as being 80 percent of the V4 (speed at which the blood lactate concentration reaches 4mmol/L). Additionally, in the last month of training, velocity play, a type of exercise with varying velocities called "fartlek" was instituted, once a week. Results showed that after 90 days of training, the plasmatic concentrations of cortisol and glucose increased when compared to the untrained horses. This result reflects the possibility of adaptation to the training. The blood cortisol levels may be used as a tool for the evaluation of a training program in horses.(AU)
Assuntos
Animais , Exercício Físico/fisiologia , Hidrocortisona/fisiologia , Glicemia/fisiologia , Adaptação Fisiológica , CavalosResumo
We aimed at determining the lipid and glycogen contents in the gluteus medius muscle fibers of horses of the Brasileiro de Hipismo (BH) breed, analyzing the variables of age, gender, muscle biopsy depth and low-intensity physical activity. For so, we used 89 horses, out of which 78 were inactive and 11 underwent to moderate physical activity. The intramuscular glycogen analysis was performed through the PAS staining, and the lipid determination through the Oil red O staining. For the typification of the I, IIA and IIX fibers, we employed the NADH-TR technique. There was no difference in the glycogen content in the comparison among ages. We observed differences between sexes, once females presented a higher glycogen content compared to males, especially in the IIA- and IIX-type fibers. Regardless on the age, sex and biopsy depth, the lipid content in the I-type myofibers was higher. The same result was seen regarding physical activity, once there were no differences concerning glycogen and lipid contents when we compared the staining intensity in the inactive animals with those trained for 10 months. Henceforth, mild physical activity was not able to change the glycogen reserves while resting. On the other hand, females presented higher glycogen content, what can suggest a better performance of those animals in energy-demanding situations of low and average duration and intensity.
Objetivou-se determinar o conteúdo bioquímico de lipídeos e glicogênio nas fibras do músculo gluteus medius de cavalos da raça Brasileiro de Hipismo (BH), observando-se as variáveis idade, gênero, profundidade da biópsia e atividade física de baixa intensidade. Para tanto, utilizaram-se 89 eqüinos, sendo 78 inativos e 11 com atividade física moderada. A análise glicogênio intramuscular foi realizada por meio da coloração de "PAS" e, a determinação de lipídios utilizando-se a coloração de "oil red O". Para a tipificação das fibras I, IIA e IIX empregaram-se a técnica de NADH-TR. Não houve diferença no conteúdo de glicogênio na comparação entre as idades. Observou-se diferenças entre os sexos, sendo que as fêmeas apresentaram maior conteúdo de glicogênio em relação aos machos, principalmente nas fibras do tipo IIA e IIX. Independente da idade, sexo e profundidade da biópsia muscular o conteúdo de lipídios nas miofibras tipo I foi maior. O mesmo resultado foi verificado em relação à atividade física, não havendo diferenças em relação ao conteúdo de glicogênio e lipídeos quando se comparou as intensidades de coloração nos animais inativos e treinados por 10 meses. Concluiu-se que a atividade física leve não foi capaz de alterar as reservas de glicogênio em repouso. Por outro lado, as fêmeas apresentaram maiores conteúdo de glicogênio podendo sugerir um melhor desempenho desses animais em situações de demandas energéticas de curta e média duração e intensidade.
Assuntos
Animais , Músculo Quadríceps/citologia , Glicogênio/análise , Cavalos , Lipídeos/análise , Condicionamento Físico Animal/fisiologiaResumo
Determinou-se, em eqüinos, o efeito do treinamento sobre as concentrações sangüíneas de lactato e plasmáticas de glicose durante exercício de intensidade progressiva em esteira rolante. Demonstrou-se que o treinamento aeróbico causou diminuição da concentração máxima de lactato e que o limiar de lactato corresponde ao ponto de inflexão da curva de glicose plasmática, confirmando esse parâmetro como indicador da capacidade aeróbica de cavalos.(AU)
Assuntos
Animais , Ácido Láctico , Glucose , Exercício Físico , Teste de Esforço , EquidaeResumo
This study tried to monitor the alterations of muscle enzymes activity - creatinokinase (CK), lactate dehydrogenase (LDH), and aspartate aminotransferase (AST) - in a group of horses that participated of 70 and 100km distance rides in five competitions of an annual endurance championship under tropical climate. Pre ride levels (U/l) were 245.13±9.84 for CK, 496.61±14.76 for LDH, and 328.95±8.65 for AST. When compared to these levels, the results revealed a significant decrease in all enzymes activities in the first moment of the rides. Peak levels, significantly different, were reached, immediately after rides by CK (413.591±50.75); 24 hours post rides by LDH (628.61±33.30); and 48 hours after rides by AST (389.89±16.96). Monitoring of recovery period revealed different behavior among enzymes activities with CK values returning to pre ride values (279.61±23.05) 24 hours post rides, while LDH and AST values returned to pre ride values (505.25±33.78 and 359.35±24.90, respectively) 72 hours post rides. These data revealed different alterations in concentration of muscular enzymes in endurance horses directly related to the duration of the effort.(AU)
Estudaram-se as alterações de atividade das enzimas musculares creatino quinase (CK), lactato desidrogenase (LDH) e aspartato aminotransferase (AST) em um grupo de cavalos que utilizados em provas de enduro de 70 e 100km de distância, em cinco competições. Os valores (U/l) basais (antes da largada) foram 245,13±9,84 para CK, 496,61±14,76 para LDH e 328,95±8,65 para AST. Todas as atividades das enzimas decresceram no primeiro momento das provas (~30km). Valores de pico, significativamente diferentes, foram alcançados para CK (413,59±50,75) imediatamente após 70km de distância; 24 horas após para LDH (628,61±33,30); e 48 horas após as provas para AST (389,89±16,96). A monitoração do período de recuperação revelou diferente comportamento entre as concentrações enzimáticas com CK retornando aos valores basais 24 horas pós-provas (279,61 ± 23,05). LDH e AST retornaram aos valores basais, 72 horas pós-provas (505,25±33,78 e 359,35±24,90, respectivamente). Os dados obtidos revelaram diferentes alterações na concentração de enzimas musculares de cavalos de enduro, diretamente relacionadas com a duração do esforço.(AU)
Assuntos
Animais , Reação em Cadeia da Polimerase/métodos , Theileria/isolamento & purificação , Babesiose/diagnóstico , Cavalos , Estresse MecânicoResumo
O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito sedativo e antinociceptivo de três bloqueadores dopaminérgicos usados em medicina veterinária. Utilizou-se 10 éguas Puro Sangue Inglês. A sedação foi avaliada determinando-se a atividade locomotora espontânea (ALE) e altura da cabeça (AC) em baia comportamental automatizada. A injeção iv de acepromazina (0,05; 0,08 e 0,11 mg/kg) e azaperone (0,25; 0,5 e 1,0 mg/kg) não induziu mudanças significantes na ALE. A injeção im de levomepromazina causou um aumento em ALE nas dosagens de 0,75 e 1,0 mg/kg. Com relação a AC, observou-se diferença significativa (P<0,05) em todas as dosagens e drogas. Antinocicepção foi avaliada pela mensuração dos tempos para ocorrer a latência do reflexo de retirada do membro (LRRM) e a latência do reflexo do frêmito cutâneo (LRFC) com o auxílio de uma lâmpada de projeção de calor (estímulo doloroso) direcionado, respectivamente para a falange proximal do membro torácico e região da cernelha. A acepromazina (0,08 mg/kg
Resumo
Termografia tem sido usada como uma importante ferramenta de diagnóstico, de forma a avaliar as afecções musculares e esqueléticas em medicina esportiva equina. Porém, muitos procedimentos de avaliação estão restritos à análise qualitativa das imagens, se tornando fortemente dependente da perícia do clínico. Além disso, câmeras térmicas medem a temperatura superficial da pele, se tornando susceptíveis a variações da temperatura ambiente. A termografia quantitativa é um método apresentado para racionalizar as avaliações dos dados de infravermelho, permitindo o acompanhamento da temperatura ao longo do tempo e corrigindo os efeitos das condições atmosféricas sobre a temperatura da lesão. O objetivo deste estudo é avaliar um processo inflamatório induzido utilizando a análise dos dados pelo método da termografia quantitativa. Uma escala de severidade de inflamação foi estabelecida correlacionando sinais clínicos e variações de temperatura local de forma a graduar os processos inflamatórios. De forma a validar este método, três equinos saudáveis foram submetidos à indução da inflamação da região do terço proximal do terceiro osso metacarpiano por restrição circulatória. O tempo de exposição ao procedimento foi de 6 horas para 3 animais e 3 horas para 1 animal. Em seguida, o processo inflamatório foi avaliado em 8 seções durante 150 horas. A aplicação do método permitiu visualizar o
Resumo
Chronic hypertrophic pododermatitis cases in six horses of different breeds, aging 14 months to 19 years are described. The lesion begun with a infiltrative tissue in the frog and sole regions of the hoof, characterized by a fast and disorganized growth, with a papillary aspect, white colored in the roots and dark on the extremity, with a necrotic secretion and an extremely fetid odor. Microscopically, an exuberant epidermic proliferative tissue was observed, intermingled with little connective tissue. The horses were divided into two treatment groups. In the first group, including three young mares and a foal, showing lesions in only one limb, a surgical resection of the invasive mass was performed, followed by cauterization of the remaining edges and subsequent daily local application of antiseptic substances. In three of these horses, recurrence of the initial lesion occurred, with fast growth of hyperplasic tissue, affecting almost all the frog and half of the sole. Two horses developed contraction deformities of the hoof. In the second group, one male and one female, each with lesions in two limbs, after surgical debridement of the tissue, the animals received daily applications of picric acid 5%, associated to local use of oxitetracyclin. Although one of these cases required a second surgical intervention for removal of the mass, the horses showed after a period of two to three months total absence of the infiltrative tissue. The use of local picric acid 5% and oxitetracyclin associated to previous surgical debridement showed to be more efficient than the use of antiseptic substances in the treatment of chronic hypertrophic pododermatitis.
Relataram-se oito casos de dermovilite exsudativa vegetante crônica em seis eqüinos de diferentes raças, com idades entre 14 meses e 19 anos. A lesão iniciava-se pelo aparecimento de um tecido podofiloso infiltrativo na região da ranilha e da sola do casco, caracterizado por crescimento rápido e desordenado, de aspecto papiliforme, de coloração esbranquiçada na raiz e escura nas pontas, com secreção necrótica de odor extremamente fétido. Microscopicamente, observou-se a presença de exuberante tecido epidérmico proliferativo, entremeado por escasso tecido conjuntivo. Bactérias gram negativas, associadas à má higiene e umidade, estão incluídas entre os fatores etiológicos, porém prescindem de confirmação científica. Os eqüinos foram divididos em dois grupos de tratamento. No primeiro grupo, constituído de três éguas jovens e um potro, portando lesões em apenas um membro, realizou-se inicialmente remoção cirúrgica da massa invasiva, seguida de cauterização das bordas restantes e posterior aplicação, diária, local de substâncias anti-sépticas. Em três desses pacientes ocorreram recidivas da lesão inicial, com rápido crescimento de tecido hiperplásico, atingindo quase toda a ranilha e metade da sola. Dois animais desenvolveram deformidades do casco, denominadas encastelamento. O segundo grupo, constituído por um macho e uma fêmea, com lesões em dois membros, após o debridamento cirúrgico do tecido, receberam aplicações diárias de ácido pícrico a 5%, associado ao uso local de oxitetraciclina. Embora um desses casos tenha requerido uma segunda intervenção cirúrgica para remoção da massa, os eqüinos apresentaram após um período de dois a três meses total desaparecimento do tecido infiltrativo. A utilização de ácido pícrico a 5% e oxitetraciclina local associada ao debridamento cirúrgico prévio mostrou-se mais eficiente que a utilização de substâncias anti-sépticas no tratamento da dermovilite exsudativa vegetante crônica de eqüinos.
Resumo
Objetivou-se determinar o conteúdo bioquímico de lipídeos e glicogênio nas fibras do músculo gluteus medius de cavalos da raça Brasileiro de Hipismo (BH), observando-se as variáveis idade, gênero, profundidade da biópsia e atividade física de baixa intensidade. Para tanto, utilizaram-se 89 eqüinos, sendo 78 inativos e 11 com atividade física moderada. A análise de glicogênio intramuscular foi realizada por meio da coloração de "PAS" e, a determinação de lipídios utilizando-se a coloração de "oil red O". Para a tipificação das fibras I, IIA e IIX empregaram-se a técnica de NADH-TR. Não houve diferença no conteúdo de glicogênio na comparação entre as idades. Observou-se diferenças entre os sexos, sendo que as fêmeas apresentaram maior conteúdo de glicogênio em relação aos machos, principalmente nas fibras do tipo IIA e IIX. Independente da idade, sexo e profundidade da biópsia muscular o conteúdo de lipídios nas miofibras tipo I foi maior. O mesmo resultado foi verificado em relação à atividade física, não havendo diferenças em relação ao conteúdo de glicogênio e lipídeos quando se comparou as intensidades de coloração nos animais inativos e treinados por 10 meses. Concluiu-se que a atividade física leve não foi capaz de alterar as reservas de glicogênio em repouso. Por outro lado, as fêmeas apresentaram maiores conteúdo de glicogênio podendo sugerir um melhor desempenho desses a