Resumo
Purpose: To determine whether dexmedetomidine aggravates hemodynamic, metabolic variables, inflammatory markers, and microcirculation in experimental septic shock. Methods: Twenty-four pigs randomized into: Sham group (n = 8), received saline; Shock group (n = 8), received an intravenous infusion of Escherichia coli O55 (3 × 109 cells/mL, 0.75 mL/kg, 1 hour); Dex-Shock group (n = 8), received bacteria and intravenous dexmedetomidine (bolus 0.5 mcg/kg followed by 0.7 mcg/kg/h). Fluid therapy and/ornorepinephrine were administered to maintain a mean arterial pressure > 65 mmHg. Hemodynamic, metabolic, oxygenation, inflammatory markers, and microcirculation were assessed at baseline, at the end of bacterial infusion, and after 60, 120, 180, and 240 minutes. Results: Compared to Shock group, Dex-Shock group presented a significantly increased oxygen extraction ratio at T180 (23.1 ± 9.7 vs. 32.5 ± 9.2%, P = 0.0220), decreased central venous pressure at T120 (11.6 ± 1 vs. 9.61 ± 1.2 mmHg, P = 0.0214), mixed-venous oxygen saturation at T180 (72.9 ± 9.6 vs. 63.5 ± 9.2%, P = 0.026), and increased plasma lactate (3.7 ± 0.5 vs. 5.5 ± 1 mmol/L, P = 0.003). Despite the Dex-Shock group having a better sublingual vessel density at T240 (12.5 ± 0.4 vs. 14.4 ± 0.3 mL/m2; P = 0.0003), sublingual blood flow was not different from that in the Shock group (2.4 ± 0.2 vs. 2.4 ± 0.1 mL/kg, P = 0.4418). Conclusions: Dexmedetomidine did not worsen the hemodynamic, metabolic, inflammatory, or sublingual blood flow disorders resulting from septic shock. Despite inducing a better sublingual vessel density, dexmedetomidine initially and transitorily increased the mismatch between oxygen supply and demand.
Assuntos
Animais , Choque Séptico/tratamento farmacológico , Suínos/fisiologia , Dexmedetomidina/análise , Microcirculação , Biomarcadores Farmacológicos/análise , HemodinâmicaResumo
The occlusion of inguinal ring is the treatment to avoid the inguinal hernia in horses. The aim of this study is evaluate the efficacy of homologous pericardium grafts for internal inguinal ring closure in horses, comparing mechanical or manual laparoscopic suture. Cross over study, using six healthy intact male Mangalarga breed horses aged between 3 and 12 years. Horses were operated under general anesthesia in 25º Trendelenburg position. Five laparoscopic portals were employed. Pericardium grafts measuring 4x5cm were anchored covering the left and right internal inguinal rings using either manual intracorporeal suture or laparoscopic stapler. Horses were followed-up during 11 weeks when were submitted to a laparoscopic control. Surgical time, trans and postoperative complications and effectiveness of internal inguinal closure were evaluated and statistically analyzed. The level of significance was set at 5% P 0.05. The procedures were realized without complications and the mean time required for manual and mechanical suture procedures differed significantly (67.8±15.3 and 14.1±2.1 min respectively; P 0.05). All manually sutured grafts remained in place and partial suture dehiscence with incomplete occlusion of the internal inguinal ring was observed in two stapled grafts. Non-severe complications were observed trans or postoperatively. One synechiae and three omental ad(AU)
A oclusão dos anéis inguinais é o tratamento indicado para evitar as hérnias inguinais comumente observadas nos equinos. O objetivo do trabalho é avaliar a eficácia do uso de enxerto de pericárdio homólogo para recobrimento do anel inguinal interno de equinos, fixado por laparoscopia, comparando a sutura manual e mecânica. Para tanto, foram utilizados seis equinos machos não castrados da raça Mangalarga com idade entre 3 e 12 anos. Os cavalos foram operados sob anestesia geral em posição de Trendelenburg com inclinação de 25º. Cinco portais laparoscópicos foram empregados. Enxertos de pericárdio homólogo, medindo 4X5cm, foram ancorados recobrindo os anéis inguinais internos esquerdo e direito, sendo em um dos lados fixado com sutura manual intracorpórea e o contralateral fixado com grampos, escolhidos por sorteio previamente ao procedimento, distribuído equitativamente. Os cavalos foram acompanhados por 11 semanas do período pós-operatório. O tempo cirúrgico, eventuais complicações trans ou pós-operatórias e a efetividade do procedimento foram avaliados e analisados estatisticamente com nível de significância de 5% P 0,05. Os procedimentos foram realizados sem complicações, com tempo médio requerido para realização da sutura manual e com grampos de 67,8±15,3 e 14,1±2,1 minutos, respectivamente, havendo diferença significativa P 0,05. Todos os implantes suturados manualmen(AU)
Assuntos
Animais , Cavalos , Laparoscopia , Pericárdio , Hérnia InguinalResumo
The aim of this prospective randomized clinical study was to compare blood glucose and cortisol levels between horses receiving xylazine and detomidine for surgical and non-surgical procedures. Horses from non-surgical groups received 0.5 mg/kg of xylazine (GX group, n=5) or 0.01 mg/kg of detomidine (GD group, n=5) for gastroscopic examination. Horses from the surgical groups received similar doses of xylazine (AX group, n=7) or detomidine (AD group, n=7), followed by anesthetic induction with 2 mg/kg of ketamine and 0.05 mg/kg of diazepam for an arthroscopic procedure under isoflurane anesthesia. Blood samples were obtained prior to the alpha-2 agonist administration (baseline) and after 10, 30, 60 and 90 minutes. All groups had a significant increase in blood glucose from 30 to 90 minutes after alpha-2 agonist administration, compared to baseline. After receiving the alpha-2 agonist, the AD group had blood glucose levels (118-150 mg/dL) significantly higher than GD (99-119 mg/dL) and AX (97-116 mg/dL) groups. Cortisol had no significant changes within a group. However, the AX group had cortisol levels (3.6-3.7 mg/dL) significantly lower than GX group (5.4-5.7 mg/dL) from 30 to 90 minutes after xylazine administration. We concluded that blood glucose levels were when detomidine was administered for surgical procedure, compared to xylazine also for surgical procedure, and non-surgical procedure. Serum cortisol was minimally affected by administration of xylazine and detomidine regardless procedures were surgical or non-surgical.(AU)
O objetivo deste estudo clínico, radomizado e prospectivo, foi comparar as concentrações sanguíneas de glicose e cortisol entre equinos recebendo xilazina e detomidina para procedimentos cirúrgicos e não-cirúrgicos. Os equinos dos grupos nãocirúrgicos receberam 0,5 mg/kg de xilazina (grupo GX, n=5) ou 0,01 mg/kg de detomidina (grupo GD, n=5) para realização de exame gastroscópico. Os equinos dos grupos cirúrgicos receberam doses semelhantes de xilazina (grupo AX, n=7) ou detomidina (grupo AD, n=7), seguindo-se a indução anestésica com 2 mg/kg de cetamina e 0,05 mg/kg de diazepam para realização de procedimento artroscópico durante anestesia com isofluorano. As amostras de sangue foram coletadas antes da administração do alfa-2 agonista (basal) e após 10, 30, 60 e 90 minutos. Todos os grupos tiveram um aumento significativo da glicemia, a partir de 30 até 90 minutos da administração do alfa-2 agonista, em relação ao basal. Após receber o alfa-2 agonista, o grupo AD apresentou glicemia (118-150 mg/dL) significativamente maior que os grupos GD (99-119 mg/dL) e AX (97-116 mg/dL). Não houve diferenças significativas da concentração de cortisol dentro de cada grupo. Entretanto, o grupo AX apresentou níveis de cortisol (3,6-3,7 mg/dL) significativamente mais baixos que o grupo GX (5,4-5,7 mg/dL), a partir de 30 até 90 minutos da administração de xilazina. Concluímos que a glicemia apresentou valor mais elevadoapós a administração de detomidina para realização de procedimento cirúrgico, comparado à xilazina administrada também para procedimento cirúrgico, e para procedimento não-cirúrgico. A concentração sérica de cortisol foi minimamente influenciada pela administração de xilazina e detomidina independentemente dos procedimentos serem cirúrgicos ou não-cirúrgicos.(AU)
Assuntos
Animais , Glicemia/análise , Hidrocortisona/análise , Glucose/análise , Cavalos/classificação , Artroscopia , Procedimentos ClínicosResumo
Xylazine (XYL) and acepromazine (ACP) are known to decrease the hematocrit (HT) of horses when administered alone. However in routine anesthesia these drugs are administered by associations which ultimate effect in the HT is unknown but may cause false impressions about the hydration status, blood loss and red blood cell indices. The objective of this study was to characterize the values of HT in horses anesthetized with XYL, ACP, ketamine, midazolam, guaiphenesin, isoflurane and ephedrine. Twenty healthy horses were premedicated with either XYL 0.8 mg/kg (XYL group, n=10) or XYL 0.5 mg/kg plus ACP 0.05 mg/kg (XYL+ACP group, n=10). Anesthesia was induced with ketamine, midazolam and guaiphenesin and maintained with isoflurane. Ephedrine was infused for cardiovascular support. HT, vital parameters and blood gas values were evaluated at baseline, between each drug administration, after standing and 24 hours after baseline (24hBL). The HT started to decrease 17 and 40 minutes after premedication in XYL group and XYL+ACP group, respectively (p<0.05). The maximum decrease of 19% in XYL group and 17% in XYL+ACP group was observed after 1 hour of premedication (p<0.05). In both groups HT remained low for longer than 180 minutes and returned to baseline at 24hBL. A significant HT decrease should be considered in anesthetized healthy horses receiving XYL, ACP, ketamine, midazolam, guaiphenesin, isoflurane and ephedrine.(AU)
A administração isolada de xilazina (XIL) e acepromazina (ACP) pode diminuir o hematócrito (HT) de equinos. Na rotina anestésica, estes fármacos são administrados em associações, cujo efeito final no HT não é conhecido, mas pode causar falsas impressões sobre o grau de hidratação, perda sanguínea e índices hematimétricos. O objetivo deste estudo foi caracterizar os valores de HT de equinos anestesiados com XYL, ACP, cetamina, midazolam, EGG, isofluorano e efedrina. Vinte equinos hígidos foram pré-tratados com XIL 0,8 mg/kg (grupo XIL, n=10) ou XIL 0,5 mg/kg associada à ACP 0,05 mg/kg (grupo XIL+ACP, n=10). A anestesia foi induzida com cetamina, midazolam e EGG e mantida com isofluorano. A efedrina foi utilizada para suporte cardiovascular. O HT, parâmetros vitais e hemogasometria foram avaliados no momento basal, entre administração de cada fármaco, após retorno à posição quadrupedal e 24 horas após momento basal (24hBL). A diminuição do HT iniciou-se 17 e 40 minutos após administração da medicação préanestésica no grupo XIL e grupo XIL+ACP, respectivamente (p<0,05). A queda máxima de 19% no grupo XIL e 17% no grupo XIL+ACP foi observada após 1 hora da administração da medicação pré-anestésica (p<0,05). Em ambos os grupos, o HT permaneceu baixo por mais de 180 minutos e retornou aos valores basais em 24hBL. Deve-se considerar a ocorrência de uma redução significativa do HT em equinos hígidos anestesiados com XYL, ACP, cetamina, midazolam, EGG, isofluorano e efedrina.(AU)
Assuntos
Animais , Cavalos/classificação , Hematócrito , Anestesiologia/métodosResumo
O desmame é a transição da ventilação mecânica para a espontânea ao final da assistência ventilatória artificial. Não existem estudos específicos sobre esta fase de transição na espécie equina porém, os elevados valores na tensão de dióxido de carbono arterial (PaCO2) ao desmame e os baixos valores na tensão de oxigênio arterial (PaO2) na recuperação pós-anestésica (RPA) refletem a necessidade do estudo de modalidades mais seguras de desmame. Sendo assim, este estudo objetivou comparar dois diferentes protocolos de desmame da ventilação mecânica em equinos hígidos. Para tanto, foram utilizados 20 equinos, de 5±2 anos de idade e pesando 456±90 kg, submetidos a procedimento cirúrgico em decúbito dorsal. Os animais foram divididos aleatoriamente em 2 grupos de acordo com o protocolo de desmame, sendo considerado Grupo Controle os animais que foram submetidos a diminuição gradual da frequência respiratória (FR) isoladamente e Grupo PSV os animais que foram submetidos à redução da FR associada à administração de pressão de suporte ventilatório (PSV). Avaliou-se os parâmetros cardiovasculares, de ventilação, de oxigenação e metabólicos durante o desmame, a desconexão da ventilação mecânica e a RPA. Ao final do desmame, o Vexp (12,49±1,93 L) e o VT (28,10±6,17 mL/kg) do Grupo PSV foram superiores aos do Grupo Controle (Vexp de 7,66±2,66 L e VT de 16,88±4,30 mL/kg). Durante o desmame, a PaCO2 aumentou 29% (de 44±3 mmHg para 57±6 mmHg) e houve diminuição de 28% da relação PaO2/FiO2 (de 391±68 mmHg para 280±28) e de 9% da SaO2 (de 100±1% para 91±3%) apenas no Grupo Controle. Na RPA houve hipoxemia transitória no Grupo Controle após 15 (PaO2 de 48±5 mmHg) e 35 minutos (PaO2 de 57±7 mmHg) da desconexão do ventilador, e no Grupo PSV obteve-ve relação PaO2/FiO2 e SaO2 superior à do Grupo Controle durante a RPA. Concluiu-se que o uso da PSV no desmame foi capaz de manter os parâmetros ventilatórios e de oxigenação adequados durante todos os momentos de avaliação, e o desmame por redução gradativa da FR não impediu a ocorrência de hipercapnia transitória ao final do desmame e hipoxemia transitória na RPA. Considerando-se a higidez dos animais, estas alterações foram revertidas sem intervenção clínica, mas devem ser consideradas em animais debilitados
Weaning from mechanical ventilation is the transition from mechanical to spontaneous ventilation at the end of the ventilatory support. There are no specific studies about this transition phase in horses. However, high tension of carbon dioxide pressure (PaCO2) at weaning and low values of arterial oxygen tension (PaO2) during recovery from anaesthesia suggest the need to study safer modalities of weaning. The scope of this study was to compare two weaning protocols from mechanical ventilation in healthy horses. With this purpose we studied 20 horses with a mean age of 5±2 years and a mean weight of 456±90 kg, scheduled to surgery in dorsal recumbency. Animals were randomly assigned one of the 2 weaning protocols, considering from Control Group those animals submitted to gradual decrease in respiratory rate (RR) set alone and from PSV Group those animals submitted to gradual decrease in RR associated with pressure support ventilation (PSV) administration. We evaluated cardiovascular, ventilatory, oxygenation and metabolic parameters during weaning, ventilator disconnection and recovery from anaesthesia. At the end of weaning, Vexp (12,49±1,93 L) and VT (28,10±6,17 mL/kg) of PSV Group were superior to the Control Group (Vexp of 7.66±2.66 L and VT of 16.88±4.30 mL/kg). During weaning PaCO2 increased by 29% (44±3 mmHg to 57±6 mmHg) and there was increasing PaO2/FiO2 ratio by 28% (391±68 mmHg to 280±28) and SaO2 by 9% (100±1% to 91±3%) only in Control Group. In the recovery phase there was transient hypoxemia in Control Group after 15 (PaO2 of 48±5 mmHg) and 35 minutes (PaO2 of 57±7 mmHg) of ventilator disconnection, and PaO2/FiO2 ratio and SaO2 in PSV Group were superior to the Control Group in the recovery phase. We conclude that the use of PSV in the weaning from mechanical ventilation phase was capable to remain ventilatory and oxygenation parameters appropriate in all evaluations, and weaning only by gradual decrease of RR did not prevent the occurrence of transient hypercapnia at the end of weaning and transient hypoxemia in the recovery from anaesthesia. Considering the healthiness of the animals, these changes were reversed without clinical intervention, but should be considered important recovery events in critical horses