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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-207917

Resumo

Após o desastre ecológico envolvendo o rompimento de uma barragem com detritos de mineração em Mariana, Minas Gerais, que terminou por atingir a bacia hidrográfica do Rio Doce, não se sabe ao certo o impacto da presença desses detritos sobre a fauna do rio no que diz respeito a elementos traço. Dentre os elementos em questão está o mercúrio, metal traço relevante para a área de alimentos em função de sua alta toxidade e bioacumulação na cadeia alimentar, atingindo o homem como consumidor final, podendo representar risco à saúde humana. O objetivo deste estudo é avaliar o risco à saúde humana associado à ingestão de mercúrio através do consumo de pescado proveniente do Rio Doce. Ao todo, 121 espécimes de pescado da fauna local foram obtidos junto a pescadores de Linhares-ES, onde se localiza a foz do Rio Doce. Os exemplares obtidos foram remetidos ao Laboratório de Tecnologia e Inspeção de Pescado da Universidade Federal Fluminense, onde foram realizadas identificação das espécies, mensuração e separação de amostras de musculatura. As amostras foram remetidas ao Laboratório de Controle Físico-Químico da Universidade Federal Fluminense, onde foi procedida a detecção e quantificação de mercúrio com o Analisador Direto de Mercúrio (DMA-80, Milestone). Os maiores teores médios de mercúrio total foram encontrados nas amostras de Hoplias malabaricus (0,4408 mg/kg), seguido por Pimelodus maculatus (0,0982 mg/kg), Anchoviella lepidentostole (0,0500 mg/kg), Hypostomus sp. (0,0344 mg/kg) e Macrobrachium sp. (0,0099 mg/kg), o que sugere a ocorrência de biomagnificação do mercúrio pela cadeia alimentar. Os valores não ultrapassaram os limites preconizados pela legislação consultada, com exceção de H. malabaricus que extrapolou o limite predefinido pela legislação japonesa. Dependendo da frequência de consumo e do peso corporal do consumidor, P. maculatus e H. malabaricus representaram agravos à saúde humana por contaminação de mercúrio. Palavras-chave: Acidente ecológico; Intoxicação; Barragem de mineração; Metilmercúrio; Bioacumulação.


After the ecological disaster involving the breaking of a dam with mining debris in Mariana, Minas Gerais, which ended up reaching the Rio Doce river basin, the impact of the presence of these debris on the river's fauna concerning trace elements is uncertain. Among the elements in question is mercury, trace metal relevant to the food area due to its high toxicity and bioaccumulation in the food chain, reaching the man as final consumer, posing a risk to human health. The objective of this study is to evaluate the human health risk associated with mercury intake through the consumption of fish from Rio Doce. In all, 121 specimens from the local fauna were obtained from fishermen from Linhares-ES, where the mouth of the Rio Doce is located. The specimens were submitted to the Fish Technology and Inspection Laboratory of Universidade Federal Fluminense where species identification, measurement and separation of musculature samples were performed. The samples were sent to the Laboratory of Physical and Chemical Control of Universidade Federal Fluminense, where the mercury detection and quantification was performed with the Mercury Direct Analyzer (DMA-80, Milestone). The highest levels of total mercury were found in the samples of Hoplias malabaricus (0.4408 mg/kg), followed by Pimelodus maculatus (0.0982 mg/kg), Anchoviella lepidentostole (0.0500 mg/kg), Hypostomus sp. (0.0344 mg/kg) and Macrobrachium sp. (0.0099 mg/kg), suggesting the occurrence of mercury biomagnification in the food chain. The values did not exceed the limits recommended by the consulted legislations, except for H. malabaricus that extrapolated the limit predefined by the Japanese legislation. Depending on the frequency of consumption and the body weight of the consumer, P. maculatus and H. malabaricus represented potential human health risk due to mercury contamination.

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