Resumo
To describe plant phenological patterns and correlate functioning for the quantity and quality of resources available for the pollinator, it is crucial to understand the temporal dynamics of biological communities. In this way, the pollination syndromes of 46 species with different growth habits (trees, shrubs, herbs, and vines) were examined in an area of Caatinga vegetation, northeastern Brazil (7° 28′ 45″ S and 36° 54′ 18″ W), during two years. Flowering was monitored monthly in all the species, over two years (from January 2003 to December 2004). Pollination syndromes were characterised based on floral traits such as size, colour, morphology, symmetry, floral resources, as well as on direct visual observation of floral visitors on focal plants and published information. We observed differences among the plant growth habits with respect to floral traits, types of resources offered, and floral syndromes. The flowering periods of the species varied among floral syndrome groups. The majority of the melittophilous species flowered during the rainy season in the two study years, while the species of the other pollination syndroms flowered at the end of the dry season. An asynchrony of flowering was noted among the chiropterophilous species, while the phalenophilous group concentrated during the rainy season. The overall availability of floral resources was different during the rainy and the dry seasons, and also it varied among plants with different growth habits. The availability of oil-flowers coincided with the period of low nectar availability. We observed a relationship between the temporal distribution of the pollination syndromes and the availability of floral resources among each growth habits in this tropical ecosystem. Resource allocation in seasonal environments, such as the Caatinga, can function as a strategy for maintaining pollinators, facilitating therefore the reproductive success of plant species. The availability of floral resources during all the year, specially in seasonal environments such as the Caatinga, may function as a strategy to maintain pollinator populations ensuring the reproductive success of the plants.(AU)
Descrever o padrão fenológico das plantas e correlacionar com a quantidade e qualidade dos recursos disponíveis para os polinizadores é fundamental para entender a dinâmica temporal das comunidades biológicas. Neste sentido, foram estudadas as síndromes de polinização de 46 espécies com diferentes hábitos (árvores, arbustos, ervas, trepadeiras) em uma área de caatinga, no Cariri Paraibano no Nordeste do Brasil (7° 28′ 45″ S e 36° 54′ 18″ W) durante dois anos. Para as diferentes espécies foi acompanhado o período de floração, sendo destacada a fase de início e o pico. As síndromes de polinização foram caracterizadas com base nos atributos florais, como tamanho, cor, morfologia, simetria, tipo de recurso, bem como a partir de observações visuais diretas dos visitantes florais em plantas focais e informações de literatura. Foram encontradas diferenças entre os hábitos, relacionadas aos distintos atributos florais, tipo de recurso e síndrome floral. O período de floração das espécies mostrou-se distinto entre os diferentes tipos de síndromes. A maioria das espécies melitófilas floresceu na estação úmida, enquanto as demais no final da estação seca, nos dois anos de estudo. Foi observada assincronia na floração das espécies quiropterófilas e concentração entre as esfingófilas na estação úmida. A disponibilidade de recursos florais apresentou diferenças entre as estações seca e chuvosa, diferindo também entre os hábitos. A oferta de flores de óleo coincidiu com o período de menor disponibilidade de néctar. Foi observada relação entre a distribuição temporal das diferentes síndromes de polinização, juntamente com a disponibilidade dos recursos florais, nos diferentes hábitos para este ecossistema tropical. A alocação de recursos em ambientes sazonais, como a Caatinga estudada, pode funcionar como uma estratégia para manutenção de polinizadores, facilitando, portanto o sucesso reprodutivo das espécies vegetais.(AU)
Assuntos
Magnoliopsida/fisiologia , Flores/fisiologia , Polinização/fisiologia , Magnoliopsida/classificação , Brasil , Estações do Ano , Especificidade da EspécieResumo
The oyster Crassostrea spp. is one of the main fisheries resources in the southern portion of São Paulo State. This paper aims to evaluate the extractivism of that resource, supplying subsidies to the implementation of management regulations. This study was developed in Cananéia, from February 1999 to December 2006. The oyster production data in dozens was obtained through weekly or monthly interviews. The annual and average CPUE in dozens per day was analysis to verify significant differences along years. There are no regulations that limit the fishing effort or organize the admission in the fishermen. The admission is controlled by the condition of the market and there is a risk of increasing the fishing effort above the sustainable yield, which demands measures that control the number of fishermen enganged in the activity. Those measures, to be effective, must be created in discussion with the fisheries sector, based on technical information.(AU)
A ostra do mangue Crassostrea spp. é um dos principais recursos pesqueiros da porção sul do Estado de São Paulo. O presente documento visa avaliar o extrativismo do recurso no município de Cananeia, fornecendo subsídios para implementação de normas de manejo e para a manutenção da sustentabilidade da atividade. O trabalho foi desenvolvido em Cananeia, entre fevereiro de 1999 e dezembro de 2006, com o acompanhamento dos desembarques de ostras junto aos extrativistas profissionais. A produção em dúzias foi obtida por meios entrevistas semanais e/ou mensais. A CPUE (Captura por Unidade de Esforço) anual, em dúzias por dia, foi estimada pela produção total do ano dividida pelo esforço total no ano, e a CPUE anual média foi obtida pela média das CPUEs mensais. Foi aplicada a análise de variância (ANOVA), o teste de Tukey e o teste F para verificação de diferenças significativas entre as CPUEs anuais médias, com α de 5 por cento. Entre 1999 e 2001 houve queda significativa nos valores de produção e CPUE (anual e anual média), coincidindo com níveis elevados de esforço pesqueiro sobre o recurso. A partir de 2002 os índices de abundância apresentaram estabilização, ocorrendo também diminuição, seguida de estabilização do esforço pesqueiro. A ostra é um recurso de livre acesso, não existindo regulamentação que limite o esforço pesqueiro ou organize o ingresso de pescadores na atividade. O ingresso é controlado pela condição de mercado do produto, havendo o risco de aumento do esforço de pesca acima do sustentável, o que demanda medidas que controlem o número de pescadores na atividade. Tais medidas, para serem efetivas, devem ser construídas em conjunto com o setor pesqueiro, a partir do subsídio de informações técnicas. Este processo de aprendizado dinâmico tornará mais eficientes às medidas de manejo, com consequente melhora nos resultados de sustentabilidade do recurso, implicando na gestão do recurso de forma integrada, a partir de seus ...(AU)