Resumo
Avaliou-se a atividade dos extratos de própolis e digluconato de clorexidina em Candida sp isoladas da mucosa bucal de pacientes em UTI. Foram determinadas as concentrações fungicidas mínimas (CFM) e comparadas, nas doses sub-inibitórias, à produção de exoenzimas proteinase e fosfolipase e formação de franjas. Em 72 isolados foram avaliadas a atividade antifúngica pela técnica de microdiluição em série, na base 2, a produção das exoenzimas proteinase e fosfolipase, e a formação de franjas, antes e após a exposição às própolis e clorexidina. Dos 72 isolados, 53 eram C. albicans, 11 C. tropicalis, quatro C. guilhermondii e quatro sugestivas de C. dubliniensis. CFM 90% do extrato de própolis foi de 5% para C. albicans, 20% C. tropicalis, 0,625% C. guilhermondii e 0,312% sugestivas de C. dubliniensis. CFM 90% da clorexidina foi de 0,0018% para C. albicans, 0,012% C. tropicalis, de 0,0018% C. guilhermondii e de 0,00375% sugestivas de C. dubliniensis. Ocorreu inibição das exoenzimas e franjas, em ambos os produtos. Apesar da inibição da clorexidina ser menor que a da própolis, seu uso diário não causa efeitos colaterais indesejáveis como manchas nos dentes e na língua, perda do paladar e sensação de queimação na mucosa bucal.
The activity of propolis extract and chlorhexidine digluconate on Candida sp isolated from oral mucosa of patients in ICU was evaluated. The minimum fungicidal concentrations (MFC) were determined, and also the production of proteinase and phospholipase exoenzymes and the fringe formation. Seventy-two isolates were used and identified by the API 20C AUX® System. The antifungal activity was evaluated by at base 2 serial microdilution technique. Also the exoenzymes production (proteinase and phospholipase), the fringes formation, before and after being exposed to propolis and chlorhexidine, were analysed. Of 72 isolates, 53 were C. albicans, 11 C. tropicalis, four C. guilhermondii and four suggestive C. dubliniensis. The MFC 90% of propolis extract was 5% C. albicans, 20% C. tropicalis, 0.625% C. guilhermondii; and 0.312% suggestive of C. dubliniensis. MFC 90% of chlorhexidine was 0.0018% C. albicans, 0.012% C. tropicalis, 0.0018% C. guilhermondii and 0.00375% suggestive of C. dubliniensis. The inhibition of exoenzymes and fringes occurred in the both products. Although the inhibition of chlorhexidine is lower than that showed by propolis, its daily use neither cause undesirable side effects as blemishes on the teeth and tongue, nor the loss of the taste and the burning sensation in the oral mucosa.
Assuntos
Humanos , Candida albicans , Candidíase Bucal/terapia , Clorexidina/uso terapêutico , Gluconatos/uso terapêutico , Própole/uso terapêutico , Unidades de Terapia IntensivaResumo
Avaliou-se a atividade dos extratos de própolis e digluconato de clorexidina em Candida sp isoladas da mucosa bucal de pacientes em UTI. Foram determinadas as concentrações fungicidas mínimas (CFM) e comparadas, nas doses sub-inibitórias, à produção de exoenzimas proteinase e fosfolipase e formação de franjas. Em 72 isolados foram avaliadas a atividade antifúngica pela técnica de microdiluição em série, na base 2, a produção das exoenzimas proteinase e fosfolipase, e a formação de franjas, antes e após a exposição às própolis e clorexidina. Dos 72 isolados, 53 eram C. albicans, 11 C. tropicalis, quatro C. guilhermondii e quatro sugestivas de C. dubliniensis. CFM 90% do extrato de própolis foi de 5% para C. albicans, 20% C. tropicalis, 0,625% C. guilhermondii e 0,312% sugestivas de C. dubliniensis. CFM 90% da clorexidina foi de 0,0018% para C. albicans, 0,012% C. tropicalis, de 0,0018% C. guilhermondii e de 0,00375% sugestivas de C. dubliniensis. Ocorreu inibição das exoenzimas e franjas, em ambos os produtos. Apesar da inibição da clorexidina ser menor que a da própolis, seu uso diário não causa efeitos colaterais indesejáveis como manchas nos dentes e na língua, perda do paladar e sensação de queimação na mucosa bucal.(AU)
The activity of propolis extract and chlorhexidine digluconate on Candida sp isolated from oral mucosa of patients in ICU was evaluated. The minimum fungicidal concentrations (MFC) were determined, and also the production of proteinase and phospholipase exoenzymes and the fringe formation. Seventy-two isolates were used and identified by the API 20C AUX® System. The antifungal activity was evaluated by at base 2 serial microdilution technique. Also the exoenzymes production (proteinase and phospholipase), the fringes formation, before and after being exposed to propolis and chlorhexidine, were analysed. Of 72 isolates, 53 were C. albicans, 11 C. tropicalis, four C. guilhermondii and four suggestive C. dubliniensis. The MFC 90% of propolis extract was 5% C. albicans, 20% C. tropicalis, 0.625% C. guilhermondii; and 0.312% suggestive of C. dubliniensis. MFC 90% of chlorhexidine was 0.0018% C. albicans, 0.012% C. tropicalis, 0.0018% C. guilhermondii and 0.00375% suggestive of C. dubliniensis. The inhibition of exoenzymes and fringes occurred in the both products. Although the inhibition of chlorhexidine is lower than that showed by propolis, its daily use neither cause undesirable side effects as blemishes on the teeth and tongue, nor the loss of the taste and the burning sensation in the oral mucosa.(AU)