Resumo
Os efeitos hemodinâmicos da anestesia total intravenosa com propofol ou propofol associado à lidocaína foram estudados em 12 cães. No grupo P (n=6), os animais receberam bolus de 6mg kg-1 de propofol e infusão contínua de 1,25mg kg-1 min-1. No grupo PL (n=6), os animais receberam bolus de 6mg kg-1 de propofol e 1,5mg kg-1 de lidocaína, seguido de infusão de 1,0mg kg-1 min-1 e 0,25mg kg-1 min-1, dos mesmos fármacos, respectivamente. Os animais foram instrumentados para mensuração das variáveis hemodinâmicas e do índice bispectral (BIS), aos 75, 90, 105 e 120 minutos de anestesia. Foram observados valores menores de índice cardíaco, índice sistólico, pressões arteriais sistólica, diastólica e média no grupo P do que no grupo PL (P<0,05). Não foram observadas diferenças entre os grupos na frequência cardíaca, índice de resistência vascular sistêmica e BIS. As concentrações plasmáticas de propofol foram menores no grupo PL do que no grupo P (medianas de 5,7 a 6,1µg mL-1 no grupo P versus 3,1 a 3,7µg mL-1 no grupo PL). As concentrações plasmáticas de lidocaína (medianas de 2,27 a 2,51µg mL-1) mensuradas encontram-se na faixa que resulta em analgesia e abaixo de valores que resultam em toxicidade em cães. Os valores de BIS obtidos nos dois grupos foram compatíveis com plano profundo de anestesia (médias de 43 a 46 e 45 a 49 nos grupos P e PL, respectivamente). A manutenção da anestesia em plano profundo com lidocaína-propofol causa menor depressão cardiovascular do que a anestesia com dose equipotente de propofol isoladamente.(AU)
The hemodynamic effects of total intravenous anesthesia with propofol or propofol in combination with lidocaine were investigated in 12 dogs. In the P group (n=6), the dogs received a loading dose (LD) of 6mg kg-1 of propofol followed by a constant rate infusion (CRI) of 1.25mg kg-1 min-1. In the PL group (n=6), dogs received a LD of 6mg kg-1 of propofol and 1.5mg kg-1 of lidocaine followed by CRIs of 1.0mg kg-1 min-1 and 0.25mg kg-1 min-1 of propofol and lidocaine, respectively. The animals were instrumented for measurement of hemodynamic variables and bispectral index (BIS), recorded at 75, 90, 105 and 120 minutes during anesthesia. Cardiac index, stroke index, systolic, diastolic and mean arterial blood pressures were lower in the P group compared to the PL group (P<0.05). There were no significant differences between groups in heart rate, systemic vascular resistance index and BIS. Plasma concentrations of propofol were lower in group PL than in group P (medians of 5.7 to 6.1mg mL-1 in the P group versus 3.1 to 3.7mg mL-1 in the PL group). Measured lidocaine plasma concentrations (medians of 2.27 to 2.51mg mL-1) were in the range that result in analgesia and were below values that result in toxicity in dogs. The BIS values observed in the two groups of dogs were compatible with deep anesthesia (mean values of 43-46 and 45-49 in groups P and PL, respectively). Maintenance of deep anesthesia with lidocaine-propofol causes less cardiovascular depression than equipotent doses of propofol alone.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Infusões Intravenosas/veterinária , Propofol , Lidocaína , Hemodinâmica , Anestesia Intravenosa/veterinária , Eletroencefalografia/veterináriaResumo
O possível efeito antagonista da ioimbina sobre a sedação e efeitos cardiorrespiratórios produzidos pela xilazina foi avaliado em cães e gatos. Seis cães e seis gatos foram controles deles mesmos em experimento aleatório e duplo cego. Todos os animais foram sedados com 1,0 mg/kg de xilazina IV, sendo 15 minutos após, tratados com ioimbina (0,1 mg/kg IV) ou solução fisiológica em intervalo de uma semana. Observou-se hipotensão, bradicardia, redução da freqüência respiratória e da temperatura nos cães tratados com xilazina. Todos estes efeitos foram revertidos apenas nos animais tratados com ioimbina, em relação ao grupo controle. Não houve alteração no tempo de sangramento em nenhum dos grupos dos cães. Nos gatos, houve uma discreta redução da freqüência cardíaca e da temperatura em ambos os grupos. Não houve diferença significante nem ao longo do tempo em cada grupo, nem entre os grupos para a freqüência respiratória, ETCO 2 e pressão arterial sistólica, nos gatos. A ioimbina também reverteu qualitativamente a sedação produzida pela xilazina, bem como causou recuperação mais rápida, demonstrando que a ioimbina antagoniza rapidamente os efeitos sedativos causados pela xilazina em cães e gatos.
Resumo
Este estudio objetivó evaluar los efectos secundarios del empelo del ioparnidol y del iohexol en los exámenes mielográficos con y sin retirada de liquor. Se utilizaron 24hembras, saludables del criadero de la FMVZ -UNESP - Botucatu, con un peso promedio de l5kg. El protocolo anestésico consistió en levopromazina como preanestésico y tiopental como anestésico. La punción del espacio subaracnoide se realizó en la cisterna magna con una aguja 30x8 y la dosis de contraste utilizada puede 0,3ml/kg. A los animales se les separó a] azar en cuatro grupos: G1 sin retirada de liquor yempleo del iopanlidol, G2 con retirada de liquor y empleo del iopamidol, G3 sin retirada del liquor y empleo de iohexol y G4 con retirada del liquor y empleo de iohexol. Los estudios efectuado saquilataron los movimientos involuntarios y repetitivos de las articulaciones, movimientos de cabeza, movimientos tónicos-c1ónicos, rigidez muscular, vocalización, salivación, midriasis y convulsión. Los animales de los grupos GI YG2 acusaron un alto índice de convulsión (66.6%), siendo que el tiempo entre la administración dei contraste y la aparición de los síntomas neurológicos fue inferior para el G2.
The objective of this study was to evaluate the side effects of the use of iopamidol and iohexol inmyelography, with and without cerebrospinal fluid (CSF) removal. Twenty-four healthy female dogs, with an average weight of 15 kg, were studied. Methotrimeprazine was used to sedate the dogs; thiopental to induce anesthesia. The subarachnoid space was tapped through the atlanto-occipitalspace with a 30 x 8 needle and a 0.3 ml volume of contrast injected. The dogs were randomly divided into four groups: GI (without CSF removal, iopamidol was used); G2 (with CSF removal,iopamidol was used); G3 (without CSF removal, iohexol was used); G 4 (with CSF removal, iohexol was used). Involuntary limb and head movements, tonic-c1onic contractions, muscular rigidity, vocalization, salivation, mydriasis and seizures were recorded. A66.66% incidence of seizures was found in G1and G2. It was also found that time between the administration of contrast and onset of neurological symptoms was shorter in G1.
Este estudo objetivou avaliar os efeitos colaterais do emprego do iopamidol e do iohexol nosexames mielográficos com e sem retirada de líquor. Foram utilizados 24 cães, fêmeas, sadias do canil da FMVZ - UNESP - Botucatu, com peso médio de 15kg. O protocolo anestésico consistiude levopromazina como pré-anestésico e tiopental como anestésico. A punção do espaço subaracnóide foi realizada na cisterna magna com agulha 30xS e a dose de contraste utilizada foi de0,3ml/kg. Os animais foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: G1, sem retirada de líquore emprego do iopamidol; G2, com retirada de líquor e emprego do iopamidol; G3, sem retirada do líquor e emprego do iohexol, e G4, com retirada de líquor e emprego do iohexol. Os animais foram avaliados quanto aos movimentos involuntários e repetitivos das articulações, movimentos de cabeça, movimentos tônicos-clônicos, rigidez muscular, vocalização, salivação, midríase, e convulsão. Os animais dos grupos G1 e G2 apresentaram alto índice de convulsão (66.6%) e o tempo entre a administração do contraste e o aparecimento dos sintomas neurológicos foi menor para o G2.
Resumo
Este estudio objetivó evaluar los efectos secundarios del empelo del ioparnidol y del iohexol en los exámenes mielográficos con y sin retirada de liquor. Se utilizaron 24hembras, saludables del criadero de la FMVZ -UNESP - Botucatu, con un peso promedio de l5kg. El protocolo anestésico consistió en levopromazina como preanestésico y tiopental como anestésico. La punción del espacio subaracnoide se realizó en la cisterna magna con una aguja 30x8 y la dosis de contraste utilizada puede 0,3ml/kg. A los animales se les separó a] azar en cuatro grupos: G1 sin retirada de liquor yempleo del iopanlidol, G2 con retirada de liquor y empleo del iopamidol, G3 sin retirada del liquor y empleo de iohexol y G4 con retirada del liquor y empleo de iohexol. Los estudios efectuado saquilataron los movimientos involuntarios y repetitivos de las articulaciones, movimientos de cabeza, movimientos tónicos-c1ónicos, rigidez muscular, vocalización, salivación, midriasis y convulsión. Los animales de los grupos GI YG2 acusaron un alto índice de convulsión (66.6%), siendo que el tiempo entre la administración dei contraste y la aparición de los síntomas neurológicos fue inferior para el G2.
The objective of this study was to evaluate the side effects of the use of iopamidol and iohexol inmyelography, with and without cerebrospinal fluid (CSF) removal. Twenty-four healthy female dogs, with an average weight of 15 kg, were studied. Methotrimeprazine was used to sedate the dogs; thiopental to induce anesthesia. The subarachnoid space was tapped through the atlanto-occipitalspace with a 30 x 8 needle and a 0.3 ml volume of contrast injected. The dogs were randomly divided into four groups: GI (without CSF removal, iopamidol was used); G2 (with CSF removal,iopamidol was used); G3 (without CSF removal, iohexol was used); G 4 (with CSF removal, iohexol was used). Involuntary limb and head movements, tonic-c1onic contractions, muscular rigidity, vocalization, salivation, mydriasis and seizures were recorded. A66.66% incidence of seizures was found in G1and G2. It was also found that time between the administration of contrast and onset of neurological symptoms was shorter in G1.
Este estudo objetivou avaliar os efeitos colaterais do emprego do iopamidol e do iohexol nosexames mielográficos com e sem retirada de líquor. Foram utilizados 24 cães, fêmeas, sadias do canil da FMVZ - UNESP - Botucatu, com peso médio de 15kg. O protocolo anestésico consistiude levopromazina como pré-anestésico e tiopental como anestésico. A punção do espaço subaracnóide foi realizada na cisterna magna com agulha 30xS e a dose de contraste utilizada foi de0,3ml/kg. Os animais foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: G1, sem retirada de líquore emprego do iopamidol; G2, com retirada de líquor e emprego do iopamidol; G3, sem retirada do líquor e emprego do iohexol, e G4, com retirada de líquor e emprego do iohexol. Os animais foram avaliados quanto aos movimentos involuntários e repetitivos das articulações, movimentos de cabeça, movimentos tônicos-clônicos, rigidez muscular, vocalização, salivação, midríase, e convulsão. Os animais dos grupos G1 e G2 apresentaram alto índice de convulsão (66.6%) e o tempo entre a administração do contraste e o aparecimento dos sintomas neurológicos foi menor para o G2.
Resumo
O possível efeito antagonista da ioimbina sobre a sedação e efeitos cardiorrespiratórios produzidos pela xilazina foi avaliado em cães e gatos. Seis cães e seis gatos foram controles deles mesmos em experimento aleatório e duplo cego. Todos os animais foram sedados com 1,0 mg/kg de xilazina IV, sendo 15 minutos após, tratados com ioimbina (0,1 mg/kg IV) ou solução fisiológica em intervalo de uma semana. Observou-se hipotensão, bradicardia, redução da freqüência respiratória e da temperatura nos cães tratados com xilazina. Todos estes efeitos foram revertidos apenas nos animais tratados com ioimbina, em relação ao grupo controle. Não houve alteração no tempo de sangramento em nenhum dos grupos dos cães. Nos gatos, houve uma discreta redução da freqüência cardíaca e da temperatura em ambos os grupos. Não houve diferença significante nem ao longo do tempo em cada grupo, nem entre os grupos para a freqüência respiratória, ETCO 2 e pressão arterial sistólica, nos gatos. A ioimbina também reverteu qualitativamente a sedação produzida pela xilazina, bem como causou recuperação mais rápida, demonstrando que a ioimbina antagoniza rapidamente os efeitos sedativos causados pela xilazina em cães e gatos.
Resumo
O possível efeito antagonista da ioimbina sobre a sedação e efeitos cardiorrespiratórios produzidos pela xilazina foi avaliado em cães e gatos. Seis cães e seis gatos foram controles deles mesmos em experimento aleatório e duplo cego. Todos os animais foram sedados com 1,0 mg/kg de xilazina IV, sendo 15 minutos após, tratados com ioimbina (0,1 mg/kg IV) ou solução fisiológica em intervalo de uma semana. Observou-se hipotensão, bradicardia, redução da freqüência respiratória e da temperatura nos cães tratados com xilazina. Todos estes efeitos foram revertidos apenas nos animais tratados com ioimbina, em relação ao grupo controle. Não houve alteração no tempo de sangramento em nenhum dos grupos dos cães. Nos gatos, houve uma discreta redução da freqüência cardíaca e da temperatura em ambos os grupos. Não houve diferença significante nem ao longo do tempo em cada grupo, nem entre os grupos para a freqüência respiratória, ETCO 2 e pressão arterial sistólica, nos gatos. A ioimbina também reverteu qualitativamente a sedação produzida pela xilazina, bem como causou recuperação mais rápida, demonstrando que a ioimbina antagoniza rapidamente os efeitos sedativos causados pela xilazina em cães e gatos.
Resumo
Pretendeu-se avaliar a eficácia do sulfato de condroitina A como tratamento de úlceras de córnea experimentais em coelhos, analisando-se seu potencial antinflamatório, além da redução de tecido cicatricial por ele promovida. Utilizaram-se 15 coelhos, divididos em tratados e não tratados, subdivididos em três grupos de cinco animais cada, sacrificados no sétimo, 14º e 30º dias após a ceratectomia. Esta, do tipo lamelar, foi feita em ambos os olhos, sendo um deles tratado com Ciprovet® colírio (sulfato de condroitina A e ciprofloxacina associados) e o contralateral, como controle, com colírio de ciprofloxacina. Os olhos foram avaliados quanto aos sinais clínicos, bem como suas córneas, em exame histopatológico. Quanto aos sinais, verificou-se hiperemia de conjuntiva e blefarospasmo nos dois primeiros dias e teste de fluorenceína positivo até, no máximo, 0 5º dia. Não se observou diferença quanto aos sinais clínicos entre os grupos tratados e não tratados. No corte histológico, puderam ser vistos maior organização lamelas, melhor distribuição de colágeno e fibrócitos e menor edema estromal, no grupo tratado com (Ciprovet®), indicando assim uma cicatrização mais eficiente(AU)
The objective of this test was to measure the efficacy of chondroitin sulfate A as a treatment to experimental corneal ulcer in rabbits. We observed, through exams, its anti-inflammatory potential, as well as a reduction of cicatricial tissue. We utilized 15 rabbits that were divided into two categories: treated and non-treated. The rabbits were also subdivided into three groups with five animals, on the seventh, 15 and 30 days after lamellar ceratectomy. This one was done in both eyes. Only one eye was treated with (Ciprovet) eyewash (chondroitin sulfate A and ciproflaxacin associated) and the other, as a control, was treated only with ciprofloxacin. The signs observed were: hyperemic conjuctiva and blefarospasm in the two first days, and a positive fluorescein test within the following five days. There were no real significant differences in the clinical signs obtained from the treated and non-treated groups. In the histological exam, though, there was more lamellar organization, and a better collagen and fibrocytes distribution. There was less stromal edema in the group treated with Ciprovet, with indication of a more efficient cicatrisation(AU)
Assuntos
Animais , Coelhos , Coelhos , Úlcera da Córnea/tratamento farmacológico , Úlcera da Córnea/veterinária , Doenças da Córnea/veterináriaResumo
Pretendeu-se avaliar a eficácia do sulfato de condroitina A como tratamento de úlceras de córnea experimentais em coelhos, analisando-se seu potencial antinflamatório, além da redução de tecido cicatricial por ele promovida. Utilizaram-se 15 coelhos, divididos em tratados e não tratados, subdivididos em três grupos de cinco animais cada, sacrificados no sétimo, 14º e 30º dias após a ceratectomia. Esta, do tipo lamelar, foi feita em ambos os olhos, sendo um deles tratado com Ciprovet® colírio (sulfato de condroitina A e ciprofloxacina associados) e o contralateral, como controle, com colírio de ciprofloxacina. Os olhos foram avaliados quanto aos sinais clínicos, bem como suas córneas, em exame histopatológico. Quanto aos sinais, verificou-se hiperemia de conjuntiva e blefarospasmo nos dois primeiros dias e teste de fluorenceína positivo até, no máximo, 0 5º dia. Não se observou diferença quanto aos sinais clínicos entre os grupos tratados e não tratados. No corte histológico, puderam ser vistos maior organização lamelas, melhor distribuição de colágeno e fibrócitos e menor edema estromal, no grupo tratado com (Ciprovet®), indicando assim uma cicatrização mais eficiente
The objective of this test was to measure the efficacy of chondroitin sulfate A as a treatment to experimental corneal ulcer in rabbits. We observed, through exams, its anti-inflammatory potential, as well as a reduction of cicatricial tissue. We utilized 15 rabbits that were divided into two categories: treated and non-treated. The rabbits were also subdivided into three groups with five animals, on the seventh, 15 and 30 days after lamellar ceratectomy. This one was done in both eyes. Only one eye was treated with (Ciprovet) eyewash (chondroitin sulfate A and ciproflaxacin associated) and the other, as a control, was treated only with ciprofloxacin. The signs observed were: hyperemic conjuctiva and blefarospasm in the two first days, and a positive fluorescein test within the following five days. There were no real significant differences in the clinical signs obtained from the treated and non-treated groups. In the histological exam, though, there was more lamellar organization, and a better collagen and fibrocytes distribution. There was less stromal edema in the group treated with Ciprovet, with indication of a more efficient cicatrisation