Resumo
Identificar irregularidades em restaurantes pode auxiliar a minimizar riscos de contaminação. O objetivo desse estudo foi analisar as irregularidades registradas em inspeções sanitárias de restaurantes e similares em Curitiba, Brasil, entre 2005 a 2017. A descrição das irregularidades foi organizada seguindo as categorias e os itens da legislação de Boas Práticas (BP) para serviços de alimentação do Brasil e as cinco chaves para uma alimentação mais segura, definidas pela Organização Mundial da Saúde. Do total de 4.098 registros, houve a descrição de 8.327 irregularidades. Em relação às BP, houve a prevalência da descrição de irregularidades nos anos de 2005, 2006 e 2013, e das categorias: edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios (42,80%); preparação do alimento (11,54%); documentação e registro (9,92%) e matéria-prima, ingredientes e embalagens (9,06%). Em relação às cinco chaves para uma alimentação mais segura, apenas 3.209 (38,53%) descrições correspondiam a esse tema, com destaque a: manter a limpeza (40,70%) e usar água e matérias-primas seguras (34,71%). Houve uma tendência decrescente na descrição das irregularidades no período estudado, porém ainda é um desafio implementar as BP em restaurantes e similares no Brasil, o que pode favorecer a ocorrência de doenças e aumentar o risco à saúde da população.
Identifying irregularities in restaurants can help minimize contamination risks. The objective of this study was to analyze the irregularities recorded in sanitary inspections of restaurants and similar establishments in Curitiba, Brazil, between 2005 and 2017. The description of the irregularities was categorized following the items and criteria outlined in the Good Practices (GP) legislation for food services of Brazil and the Five Keys to Safer Food, defined by the World Health Organization. Out of the total of 4,098 records, 8,327 irregularities were documented. Concerning GP, there was a prevalence of irregularities described in the years 2005, 2006 and 2013, mainly in the following categories: buildings, installations, equipment, furniture and utensils (42.80%); food preparation (11.54%); documentation and registration (9.92%) and raw materials, ingredients and packaging (9.06%). Regarding the Five Keys to Safer Food, only 3,209 (38.53%) corresponded to this theme, with particular emphasis on maintaining cleanliness (40.70%) and using safe water and raw materials (34.71 %). The study observed a declining trend in the description of irregularities over the study period. However, the successful implementation of GP in restaurants and similar establishments in Brazil remains a challenge, potentially favoring the occurrence of foodborne diseases and increasing the risk to public health.
Assuntos
Restaurantes , Higiene dos Alimentos/métodos , Inspeção Sanitária , Boas Práticas de Fabricação , Inocuidade dos Alimentos , BrasilResumo
This study identified the modal salient behavior, the normative and the control modal beliefs on the nutritional label use for the prepackaged food products among the college students. In November 2015, the exploratory qualitative research was conducted with 19 nutrition students, applying the concepts of Theory of Planned Behavior. Contents analysis of two organized focus groups and the statistical descriptive analysis of quantitative variables were performed. Both focus groups mentioned the advantages of the use of nutritional information, as the assistance for choosing the healthy food. A specific disadvantage associated with the mentioned nutritional claims was this influence on the purchase decisions (behavioral beliefs). The students mentioned their parents and siblings as the peoples who approve the use of this information, when they purchase a product (normative beliefs). Small lettering and difficulty to interpret the portions size indicated in the nutritional information on the labels were the factors, which could difficult their use. Making easy to read the nutritional claims tend to stimulate the purchasing decisions (control beliefs). Eleven salient modal beliefs were identified, which may explain participants behavior when using information and nutrition claims.
O trabalho teve como objetivo identificar as crenças modais salientes comportamentais, normativas e de controle sobre o uso do rótulo nutricional de produtos alimentícios entre estudantes universitários. Em novembro de 2015, 19 estudantes de nutrição participaram de pesquisa qualitativa exploratória, que abordou conceitos da Teoria do Comportamento Planejado. Foram realizadas a análise de conteúdo de dois grupos focais e a análise estatística descritiva das variáveis quantitativas. Ambos os grupos focais mencionaram vantagens do uso de informações nutricionais, como auxílio na realização de escolhas de alimentos saudáveis. Uma desvantagem específica associada às alegações nutricionais mencionada, foi a influência desta na decisão de compra (crenças comportamentais). Os alunos mencionaram seus pais e irmãos como pessoas que aprovam o uso dessa informação, quando compram um produto (crenças normativas). Quanto às letras pequenas e à dificuldade de interpretar o tamanho das porções, na informação nutricional nos rótulos, foram fatores que poderiam dificultar o uso. Em relação às alegações nutricionais, por serem fáceis de ler, tenderam a estimular as decisões de compra (crenças de controle). Foram identificadas 11 crenças modais salientes, que podem explicar o comportamento dos participantes ao usar a informação e as alegações nutricionais.
Assuntos
Humanos , Comportamento do Consumidor , Estudantes de Ciências da Saúde , Rotulagem de Alimentos , Ciências da NutriçãoResumo
As informações contidas nos rótulos dos alimentos devem ser claras e adequadas, a fim de que os consumidores consigam avaliar sua preferência e necessidade. O objetivo do estudo foi realizar análise crítica da rotulagem de alimentos minimamente processados, processados e ultraprocessados disponíveis para comercialização. Durante as visitas às redes de supermercados, realizou-se registro fotográfico de 198 produtos e posteriormente avaliados em relação à adequação dos aspectos gerais e nutricionais estabelecidos pelas legislações brasileiras de rotulagem de alimentos. Constou-se que, nenhum rótulo apresentou-se totalmente adequado com base nas legislações vigentes. Conclui-se que os fabricantes de alimentos não aplicam adequadamente as normas de rotulagem previstas na legislação, o que pode colocar a saúde do consumidor em risco.