Resumo
Este estudo investigou a toxicidade pré-natal do inseticida piriproxifeno em ratos Wistar, de forma a detectar possíveis alterações no desenvolvimento fetal da progênie exposta durante o período organogênico. Três doses de piriproxifeno (100, 300 e 500mg.kg-1) foram administradas por via oral às progenitoras, do sexto ao 15º dia de gestação. Os fetos foram submetidos à técnica de diafanização modificada descrita por Taylor e Van Dyke, para avaliação de malformações e alterações esqueléticas. Os resultados não demonstraram a ocorrência de toxicidade materna sistêmica ou alterações nos índices reprodutivos avaliados. Malformações ou alterações teratogênicas não foram detectadas, no entanto alterações esqueléticas sugestivas de retardo no desenvolvimento foram observadas especialmente nas doses mais altas testadas (300mg.kg-1 e 500mg.kg-1). Considerando-se a situação complexa de risco para a saúde humana, mostra-se importante a execução de investigações adicionais, de modo a contribuir para a adequada avaliação de risco do piriproxifeno em água potável.(AU)
This study investigated the prenatal toxicity of the insecticide pyriproxyfen in Wistar rats to detect the possible changes in the fetal development of the progeny exposed during the organogenic period. Three doses of pyriproxyfen (100, 300, and 500mg.kg-1) were administered orally to the progenitors, from day 6 to 15 of gestation. The fetuses were processed using the Taylor and Van Dyke modified diaphanization technique to evaluate malformations and skeletal changes. The results did not demonstrate the occurrence of systemic maternal toxicity or changes in the reproductive indexes evaluated. Malformations or teratogenic changes were not detected, however, skeletal changes suggestive of developmental delay were observed, especially in the highest doses tested (300 mg.kg-1 and 500 mg.kg-1). Owing to the potentially complex situation regarding its risk to human health, it is important that further studies be performed to contribute to the risk assessment of the addition of pyriproxyfen in drinking water.(AU)
Assuntos
Animais , Ratos , Praguicidas/efeitos adversos , Piridinas , Teratogênicos/análise , Desenvolvimento Fetal/efeitos dos fármacos , Ratos Wistar/embriologia , Zika virus , Microcefalia/veterináriaResumo
Este estudo investigou a toxicidade pré-natal do inseticida piriproxifeno em ratos Wistar, de forma a detectar possíveis alterações no desenvolvimento fetal da progênie exposta durante o período organogênico. Três doses de piriproxifeno (100, 300 e 500mg.kg-1) foram administradas por via oral às progenitoras, do sexto ao 15º dia de gestação. Os fetos foram submetidos à técnica de diafanização modificada descrita por Taylor e Van Dyke, para avaliação de malformações e alterações esqueléticas. Os resultados não demonstraram a ocorrência de toxicidade materna sistêmica ou alterações nos índices reprodutivos avaliados. Malformações ou alterações teratogênicas não foram detectadas, no entanto alterações esqueléticas sugestivas de retardo no desenvolvimento foram observadas especialmente nas doses mais altas testadas (300mg.kg-1 e 500mg.kg-1). Considerando-se a situação complexa de risco para a saúde humana, mostra-se importante a execução de investigações adicionais, de modo a contribuir para a adequada avaliação de risco do piriproxifeno em água potável.(AU)
This study investigated the prenatal toxicity of the insecticide pyriproxyfen in Wistar rats to detect the possible changes in the fetal development of the progeny exposed during the organogenic period. Three doses of pyriproxyfen (100, 300, and 500mg.kg-1) were administered orally to the progenitors, from day 6 to 15 of gestation. The fetuses were processed using the Taylor and Van Dyke modified diaphanization technique to evaluate malformations and skeletal changes. The results did not demonstrate the occurrence of systemic maternal toxicity or changes in the reproductive indexes evaluated. Malformations or teratogenic changes were not detected, however, skeletal changes suggestive of developmental delay were observed, especially in the highest doses tested (300 mg.kg-1 and 500 mg.kg-1). Owing to the potentially complex situation regarding its risk to human health, it is important that further studies be performed to contribute to the risk assessment of the addition of pyriproxyfen in drinking water.(AU)
Assuntos
Animais , Ratos , Praguicidas/efeitos adversos , Piridinas , Teratogênicos/análise , Desenvolvimento Fetal/efeitos dos fármacos , Ratos Wistar/embriologia , Zika virus , Microcefalia/veterináriaResumo
In this study, we described the antifungal activity of three Brazilian propolis extracts: brown, green and from jataí bees against Sporothrix brasiliensis. The extracts were obtained from ethanolic extraction and their chemical composition was determined by high-performance liquid chromatography coupled to mass spectrometry. The cellular toxicity was measured in MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney) cells and quantified by the MTT assay (3- (4,5 dimethylthiazol-2yl -2,5-diphenyl-2H bromine tetrazolato). For antifungal activity, the minimum inhibitory concentration (MIC) and minimum fungicidal concentration (MFC) were determined by broth microdilution. The results showed that cell toxicity was not observed at lower concentrations (0.097 to 0.39μg/ml) for all extracts in comparison to cell control. Among the chemical compounds identified, caffeic acid, p-coumaric acid, chlorogenic acid, ferulic acid and rutin were quantified. In antifungal activity, green and jataí did not exhibit activity against the isolates (MIC and MFC greater than 0.78mg/ml). However, all isolates of S. brasiliensis were sensitive to brown propolis (MIC of 0.09 to 0.78mg/ml), including the standard strain (P<0.001). Among the Brazilian propolis studied, the brown propolis showed activity against the S. brasiliensis isolates and more studies should be undertaken in order to evaluate its promising use in the treatment of sporotrichosis.(AU)
Neste estudo, descreveu-se a atividade antifúngica de três extratos de própolis brasileiras: marrom, verde e de abelhas jataí (Tetragonisca angustula), contra Sporothrix brasiliensis. Os extratos foram obtidos de extração etanólica, e a sua composição química foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência, acoplada à espectrometria de massa. A toxicidade celular foi medida em células MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney), avaliada por observação microscópica e quantificada pelo ensaio MTT (3- (4,5-dimetiltiazol-2-ilo -2,5-difenil-2H bromo tetrazolato). Para a atividade antifúngica, determinou-se a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM) por meio de microdiluição em caldo. Os resultados mostraram que a toxicidade celular não foi observada em concentrações menores (0,097 a 0,39μg/ml). Entre os compostos químicos identificados, foram quantificados o ácido cafeico, ácido p-cumárico, ácido clorogênico, ácido ferúlico e a rutina. Na atividade antifúngica, as própolis verde e jataí não apresentaram atividade contra os isolados (CIM e CFM maior que 0,78mg/ml), porém todos os isolados de S. brasiliensis foram sensíveis à própolis marrom (CIM de 0,09 a 0,78mg/ml), incluindo a cepa padrão (P<0,001). Entre as própolis brasileiras estudadas, a marrom mostrou atividade contra S. brasiliensis, e mais estudos devem ser realizados para avaliar seu uso promissor no tratamento da esporotricose.(AU)
Assuntos
Humanos , Animais , Própole/análise , Própole/uso terapêutico , Sporothrix/isolamento & purificação , Itraconazol/uso terapêutico , Farmacorresistência Fúngica , Apiterapia/veterinária , Antifúngicos/análiseResumo
The effect of the systemic absorption of 0.1% diclofenac sodium (DS) eyedrop was compared to that of 0.5% ketorolac tromethamine (KT) in female New Zealand white rabbits treated on both eyes three times a day for 90 days. The rabbits were divided in three groups of six animals (n= 18): KT group, DS group, and control (Co) group, in which saline (0.9% NaCl) solution was instilled. Water and food consumption were measured daily, clinical examination was performed weekly, and blood samples were collected every 30 days for laboratory examination. The plasma was analyzed for the presence of KT and DS by solid-phase extraction (SPE) associated with mass spectrometry (MS). Systemic absorption of these drugs was confirmed by SPE-MS, allowing their separation and identification in the plasma. At the end of the treatment, the animals were euthanized and necropsied, and no macroscopic or microscopic changes were found. This observation confirmed the laboratory results, which were within normal reference standards for the species. According to the results obtained, it can be concluded that treatment with eyedrops containing KT and DS for 90 days in healthy rabbits does not cause adverse systemic effects.(AU)
Comparou-se o efeito da absorção sistêmica do colírio de diclofenaco de sódio 0,1% (DS) em relação ao de cetorolaco de trometamina 0,5% (CT) em coelhas da raça Nova Zelândia, tratadas nos dois olhos, três vezes ao dia, por 90 dias. As coelhas foram separadas em três grupos de seis animais (n=18): grupo CT, grupo DS e grupo controle (Co), no qual foi instilada solução fisiológica (NaCl 0,9%). Os consumos de água e ração foram mensurados diariamente, os exames clínicos foram realizados semanalmente e o sangue foi coletado a cada 30 dias para realização de exames laboratoriais. O plasma foi analisado para detectar a presença de CT e DS por extração em fase sólida (SPE) associada à espectrometria de massas (MS). A absorção sistêmica desses fármacos foi confirmada por SPE-MS, permitindo sua separação e identificação no plasma. Ao final do tratamento, os animais foram eutanasiados e necropsiados, e não foram encontradas alterações macroscópicas ou microscópicas. Essa observação confirmou os resultados laboratoriais, que estavam dentro dos padrões de referência para a espécie. De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que o tratamento com colírio contendo KT e DS, por 90 dias, em coelhos saudáveis, não causa efeitos adversos sistêmicos.(AU)
Assuntos
Animais , Coelhos , Soluções Oftálmicas/efeitos adversos , Diclofenaco/administração & dosagem , Diclofenaco/efeitos adversos , Cetorolaco de Trometamina/administração & dosagem , Cetorolaco de Trometamina/efeitos adversos , Absorção Fisiológica/efeitos dos fármacosResumo
Aspergillus fumigatus, A. flavus e A. niger são os mais importantes agentes etiológicos da aspergilose, relevante micose aviária, com tratamento ineficaz e altas taxas de mortalidade. Em vista da importância da aspergilose, da necessidade de prospectar novos fármacos e do potencial terapêutico do óleo essencial de Origanum vulgare L. (OEO), o orégano, objetivou-se avaliar a sensibilidade in vitro de isolados clínicos de Aspergillus spp. em relação ao OEO. O óleo foi obtido por hidrodestilação em Clevenger, e a análise química realizada por cromatografia de massa (GC/MS). Observaram-se 15 diferentes compostos ativos, sendo 4-terpineol, hidrato de sabinene e timol os majoritários. Nos testes de microdiluição em caldo (Reference..., 2008), todos os isolados (n= 23) foram sensíveis ao OEO: A. fumigatus teve CIM entre 28,125mg/mL (0,1875%) e 450mg/mL (3,0%), A. flavus entre 112,5mg/mL (0,75%) e 450mg/mL, e A. niger 112,5mg/mL. CFM variou de 112,5mg/mL a 450mg/mL nos isolados de A. fumigatus, de 225mg/mL (1,5%) a 450mg/mL em A. flavus, e foi de 450mg/mL em A. niger. CIM e CFM foram idênticos em 6/14 isolados, o que demonstra que o óleo com a mesma concentração pode ter capacidade fungistática e fungicida. CIM 90 correspondeu à CIM máxima. Os resultados demonstram a atividade anti-Aspergillus do OEO, com CIM 90 de 450mg/mL (3%).(AU)
Aspergillus fumigatus, A. flavus and A. niger are the most important etiological agents of aspergillosis, a relevant avian mycosis, with innefective treatment and high mortality rates. Due the importance of aspergillosis, the necessity of prospection of new drugs and the therapeutic potential of the essential oil of Origanum vulgare L. (OEO), popularly known as oregano, aims to evaluate the in vitro sensitivity of Aspergillus spp. opposing to OEO. The oil was obtained by hydrodistillation in Clevenger, and the chemical analysis performed by mass chromatography (GC/MS). 15 different active compounds were observed, being 4-terpineol (18.4%), sabinene hydrate (15.6%) and thymol (13.6%), the majority components. In the in vitro susceptibility test, all strains showed sensitivity to OEO, MIC of Aspergillus fumigatus ranged from 28,125mg/mL (0,1875%) to 450mg/mL (3,0%), A. flavus 112,5mg/mL (0,75%) to 450mg/mL, and A. niger 112,5mg/mL. MFC ranged from 112,5mg/mL to 450mg/mL in the A. fumigatus isolates, 225mg/mL (1,5%) to 450mg/mL in A. flavus, and 450mg/mL for A. niger. The MIC and FMC values were identical in 6/14 of the isolated subjects, demonstrating that the oil with the same concentration can have fungistatic and fungicidal capacity. The results demonstrates anti-Aspergillus activities of OEO with CIM90 de 450mg/mL (3%).(AU)
Assuntos
Aspergillus/enzimologia , Óleos Voláteis/síntese química , Origanum/análise , NoxasResumo
The effect of the systemic absorption of 0.1% diclofenac sodium (DS) eyedrop was compared to that of 0.5% ketorolac tromethamine (KT) in female New Zealand white rabbits treated on both eyes three times a day for 90 days. The rabbits were divided in three groups of six animals (n= 18): KT group, DS group, and control (Co) group, in which saline (0.9% NaCl) solution was instilled. Water and food consumption were measured daily, clinical examination was performed weekly, and blood samples were collected every 30 days for laboratory examination. The plasma was analyzed for the presence of KT and DS by solid-phase extraction (SPE) associated with mass spectrometry (MS). Systemic absorption of these drugs was confirmed by SPE-MS, allowing their separation and identification in the plasma. At the end of the treatment, the animals were euthanized and necropsied, and no macroscopic or microscopic changes were found. This observation confirmed the laboratory results, which were within normal reference standards for the species. According to the results obtained, it can be concluded that treatment with eyedrops containing KT and DS for 90 days in healthy rabbits does not cause adverse systemic effects.(AU)
Comparou-se o efeito da absorção sistêmica do colírio de diclofenaco de sódio 0,1% (DS) em relação ao de cetorolaco de trometamina 0,5% (CT) em coelhas da raça Nova Zelândia, tratadas nos dois olhos, três vezes ao dia, por 90 dias. As coelhas foram separadas em três grupos de seis animais (n=18): grupo CT, grupo DS e grupo controle (Co), no qual foi instilada solução fisiológica (NaCl 0,9%). Os consumos de água e ração foram mensurados diariamente, os exames clínicos foram realizados semanalmente e o sangue foi coletado a cada 30 dias para realização de exames laboratoriais. O plasma foi analisado para detectar a presença de CT e DS por extração em fase sólida (SPE) associada à espectrometria de massas (MS). A absorção sistêmica desses fármacos foi confirmada por SPE-MS, permitindo sua separação e identificação no plasma. Ao final do tratamento, os animais foram eutanasiados e necropsiados, e não foram encontradas alterações macroscópicas ou microscópicas. Essa observação confirmou os resultados laboratoriais, que estavam dentro dos padrões de referência para a espécie. De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que o tratamento com colírio contendo KT e DS, por 90 dias, em coelhos saudáveis, não causa efeitos adversos sistêmicos.(AU)
Assuntos
Animais , Coelhos , Soluções Oftálmicas/efeitos adversos , Diclofenaco/administração & dosagem , Diclofenaco/efeitos adversos , Cetorolaco de Trometamina/administração & dosagem , Cetorolaco de Trometamina/efeitos adversos , Absorção Fisiológica/efeitos dos fármacosResumo
Aspergillus fumigatus, A. flavus e A. niger são os mais importantes agentes etiológicos da aspergilose, relevante micose aviária, com tratamento ineficaz e altas taxas de mortalidade. Em vista da importância da aspergilose, da necessidade de prospectar novos fármacos e do potencial terapêutico do óleo essencial de Origanum vulgare L. (OEO), o orégano, objetivou-se avaliar a sensibilidade in vitro de isolados clínicos de Aspergillus spp. em relação ao OEO. O óleo foi obtido por hidrodestilação em Clevenger, e a análise química realizada por cromatografia de massa (GC/MS). Observaram-se 15 diferentes compostos ativos, sendo 4-terpineol, hidrato de sabinene e timol os majoritários. Nos testes de microdiluição em caldo (Reference..., 2008), todos os isolados (n= 23) foram sensíveis ao OEO: A. fumigatus teve CIM entre 28,125mg/mL (0,1875%) e 450mg/mL (3,0%), A. flavus entre 112,5mg/mL (0,75%) e 450mg/mL, e A. niger 112,5mg/mL. CFM variou de 112,5mg/mL a 450mg/mL nos isolados de A. fumigatus, de 225mg/mL (1,5%) a 450mg/mL em A. flavus, e foi de 450mg/mL em A. niger. CIM e CFM foram idênticos em 6/14 isolados, o que demonstra que o óleo com a mesma concentração pode ter capacidade fungistática e fungicida. CIM 90 correspondeu à CIM máxima. Os resultados demonstram a atividade anti-Aspergillus do OEO, com CIM 90 de 450mg/mL (3%).(AU)
Aspergillus fumigatus, A. flavus and A. niger are the most important etiological agents of aspergillosis, a relevant avian mycosis, with innefective treatment and high mortality rates. Due the importance of aspergillosis, the necessity of prospection of new drugs and the therapeutic potential of the essential oil of Origanum vulgare L. (OEO), popularly known as oregano, aims to evaluate the in vitro sensitivity of Aspergillus spp. opposing to OEO. The oil was obtained by hydrodistillation in Clevenger, and the chemical analysis performed by mass chromatography (GC/MS). 15 different active compounds were observed, being 4-terpineol (18.4%), sabinene hydrate (15.6%) and thymol (13.6%), the majority components. In the in vitro susceptibility test, all strains showed sensitivity to OEO, MIC of Aspergillus fumigatus ranged from 28,125mg/mL (0,1875%) to 450mg/mL (3,0%), A. flavus 112,5mg/mL (0,75%) to 450mg/mL, and A. niger 112,5mg/mL. MFC ranged from 112,5mg/mL to 450mg/mL in the A. fumigatus isolates, 225mg/mL (1,5%) to 450mg/mL in A. flavus, and 450mg/mL for A. niger. The MIC and FMC values were identical in 6/14 of the isolated subjects, demonstrating that the oil with the same concentration can have fungistatic and fungicidal capacity. The results demonstrates anti-Aspergillus activities of OEO with CIM90 de 450mg/mL (3%).(AU)
Assuntos
Aspergillus/enzimologia , Óleos Voláteis/síntese química , Origanum/análise , NoxasResumo
In this study, we described the antifungal activity of three Brazilian propolis extracts: brown, green and from jataí bees against Sporothrix brasiliensis. The extracts were obtained from ethanolic extraction and their chemical composition was determined by high-performance liquid chromatography coupled to mass spectrometry. The cellular toxicity was measured in MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney) cells and quantified by the MTT assay (3- (4,5 dimethylthiazol-2yl -2,5-diphenyl-2H bromine tetrazolato). For antifungal activity, the minimum inhibitory concentration (MIC) and minimum fungicidal concentration (MFC) were determined by broth microdilution. The results showed that cell toxicity was not observed at lower concentrations (0.097 to 0.39μg/ml) for all extracts in comparison to cell control. Among the chemical compounds identified, caffeic acid, p-coumaric acid, chlorogenic acid, ferulic acid and rutin were quantified. In antifungal activity, green and jataí did not exhibit activity against the isolates (MIC and MFC greater than 0.78mg/ml). However, all isolates of S. brasiliensis were sensitive to brown propolis (MIC of 0.09 to 0.78mg/ml), including the standard strain (P<0.001). Among the Brazilian propolis studied, the brown propolis showed activity against the S. brasiliensis isolates and more studies should be undertaken in order to evaluate its promising use in the treatment of sporotrichosis.(AU)
Neste estudo, descreveu-se a atividade antifúngica de três extratos de própolis brasileiras: marrom, verde e de abelhas jataí (Tetragonisca angustula), contra Sporothrix brasiliensis. Os extratos foram obtidos de extração etanólica, e a sua composição química foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência, acoplada à espectrometria de massa. A toxicidade celular foi medida em células MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney), avaliada por observação microscópica e quantificada pelo ensaio MTT (3- (4,5-dimetiltiazol-2-ilo -2,5-difenil-2H bromo tetrazolato). Para a atividade antifúngica, determinou-se a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM) por meio de microdiluição em caldo. Os resultados mostraram que a toxicidade celular não foi observada em concentrações menores (0,097 a 0,39μg/ml). Entre os compostos químicos identificados, foram quantificados o ácido cafeico, ácido p-cumárico, ácido clorogênico, ácido ferúlico e a rutina. Na atividade antifúngica, as própolis verde e jataí não apresentaram atividade contra os isolados (CIM e CFM maior que 0,78mg/ml), porém todos os isolados de S. brasiliensis foram sensíveis à própolis marrom (CIM de 0,09 a 0,78mg/ml), incluindo a cepa padrão (P<0,001). Entre as própolis brasileiras estudadas, a marrom mostrou atividade contra S. brasiliensis, e mais estudos devem ser realizados para avaliar seu uso promissor no tratamento da esporotricose.(AU)
Assuntos
Animais , Própole/análise , Própole/uso terapêutico , Sporothrix/isolamento & purificação , Itraconazol/uso terapêutico , Farmacorresistência Fúngica , Apiterapia/veterinária , Antifúngicos/análiseResumo
Yeast infections have acquired great importance due to increasing frequency in immunocompromised patients or patients undergoing invasive diagnostic and therapeutic techniques, and also because of its high morbidity and mortality. At the same time, it has been seen an increase in the emergence of new pathogenic species difficult to diagnose and treat. The aim of this study was to determine the in vitro susceptibility of 89 yeasts from different sources against the antifungals amphotericin B, voriconazole, fluconazole and flucytosine, using the VITEK® 2 Compact system. The antifungal susceptibility was performed automatically by the Vitek® 2 Compact system. The origin of the yeasts was: Group 1 - microbiota of wild animals (W) (26/89), 2 - cows milk with subclinical mastitis (M) (27/89) and 3 - hospital enviorment (H) (36/89). Of the 89 yeasts submitted to the Vitek® 2 test, 25 (20.9%) were resistant to fluconazole, 11 (12.36%) to amphotericin B, 3 (3.37%) to voriconazole, and no sample was resistant to flucytosine. Regarding the minimum inhibitory concentration (MIC), fluconazole showed an MIC between 1 and 64 mg/mL for the three groups, voriconazole had an MIC between 0.12 and 8 mg/mL, amphotericin B had an MIC between 0.25 and 4 mg/mL for group H and group W respectively, between 0.25 and 16 mg/mL for group M and flucytosine had an MIC equal to 1g/mL for all groups. The yeasts isolated from the H group showed the highest resistance to fluconazole 12/89 (13.49%), followed by group W (7.87%) and group M (5.62%). The more resistant group to voriconazole was followed by the M and H groups, the W group showed no resistance to this antifungal. Group H was the least resistant (2.25%) to amphotericin.(AU)
As infecções por leveduras têm adquirido grande importância, devido ao aumento da sua frequência em pacientes imunocomprometidos ou pacientes submetidos a técnicas diagnosticas e terapêuticas agressivas, e devido sua alta morbidade e mortalidade. Paralelamente tem-se observado um incremento na aparição de novas espécies patógenas difíceis de diagnosticar e tratar. O objetivo desse estudo foi avaliar a suscetibilidade in vitro de 89 leveduras de diferentes origens frente aos antifúngicos Anfotericina B, Voriconazol, Fluconazol e Fluocitocina pelo Sistema Vitek 2.O antifungigrama foi realizado automaticamente pelo Vitek 2 Compact. A origem das leveduras foi: Grupo 1-Microbiota de Animais Silvestres (S) (26/89), 2- Leite com mastite bovina subclínica (L) (27/89) e 3- Ambiente Hospitalar (H)(36/89). Das 89 leveduras submetidas à carta Vitek, 25 (20.09%) foram resistentes ao fluconazol, oito (8.99%) à anfotericina B, três (3.37%) ao voriconazol, e nenhuma amostra mostrou-se resistente a fluocitosina. O grupo três (H)foi mais resistente ao fluconazol que os demais, já o dois (L) foi mais resistente ao voriconazol e a anfotericina B que os outros dois. O fluconazol pode ter apresentado maior número de resistências devido ser um fármaco comumente usado principalmente em humanos. As leveduras isoladas de humanos apresentaram maior número de resistências aos fármacos testados do que as leveduras isoladas de animais silvestres. O que pode ocorrer devido a uma maior exposição dos humanos aos fármacos em relação aos animais que vivem isolados em ambientes selvagens e na maioria dos casos nunca teve contato com fármacos de qualquer origem.(AU)
Assuntos
Animais , Leveduras/patogenicidade , Antifúngicos , Farmacorresistência Fúngica , Microbiota , Mastite Bovina , Animais Selvagens/microbiologia , Leite/microbiologiaResumo
Abstract Yeast infections have acquired great importance due to increasing frequency in immunocompromised patients or patients undergoing invasive diagnostic and therapeutic techniques, and also because of its high morbidity and mortality. At the same time, it has been seen an increase in the emergence of new pathogenic species difficult to diagnose and treat. The aim of this study was to determine the in vitro susceptibility of 89 yeasts from different sources against the antifungals amphotericin B, voriconazole, fluconazole and flucytosine, using the VITEK® 2 Compact system. The antifungal susceptibility was performed automatically by the Vitek® 2 Compact system. The origin of the yeasts was: Group 1 - microbiota of wild animals (W) (26/89), 2 - cows milk with subclinical mastitis (M) (27/89) and 3 - hospital enviorment (H) (36/89). Of the 89 yeasts submitted to the Vitek® 2 test, 25 (20.9%) were resistant to fluconazole, 11 (12.36%) to amphotericin B, 3 (3.37%) to voriconazole, and no sample was resistant to flucytosine. Regarding the minimum inhibitory concentration (MIC), fluconazole showed an MIC between 1 and 64 mg/mL for the three groups, voriconazole had an MIC between 0.12 and 8 mg/mL, amphotericin B had an MIC between 0.25 and 4 mg/mL for group H and group W respectively, between 0.25 and 16 mg/mL for group M and flucytosine had an MIC equal to 1g/mL for all groups. The yeasts isolated from the H group showed the highest resistance to fluconazole 12/89 (13.49%), followed by group W (7.87%) and group M (5.62%). The more resistant group to voriconazole was followed by the M and H groups, the W group showed no resistance to this antifungal. Group H was the least resistant (2.25%) to amphotericin.
Resumo As infecções por leveduras têm adquirido grande importância, devido ao aumento da sua frequência em pacientes imunocomprometidos ou pacientes submetidos a técnicas diagnosticas e terapêuticas agressivas, e devido sua alta morbidade e mortalidade. Paralelamente tem-se observado um incremento na aparição de novas espécies patógenas difíceis de diagnosticar e tratar. O objetivo desse estudo foi avaliar a suscetibilidade in vitro de 89 leveduras de diferentes origens frente aos antifúngicos Anfotericina B, Voriconazol, Fluconazol e Fluocitocina pelo Sistema Vitek® 2. O antifungigrama foi realizado automaticamente pelo Vitek® 2 Compact. A origem das leveduras foi: Grupo 1- Microbiota de Animais Silvestres (S) (26/89), 2- Leite com mastite bovina subclínica (L) (27/89) e 3- Ambiente Hospitalar (H) (36/89). Das 89 leveduras submetidas à carta Vitek®, 25 (20.09%) foram resistentes ao fluconazol, oito (8.99%) à anfotericina B, três (3.37%) ao voriconazol, e nenhuma amostra mostrou-se resistente a fluocitosina. O grupo três (H) foi mais resistente ao fluconazol que os demais, já o dois (L) foi mais resistente ao voriconazol e a anfotericina B que os outros dois. O fluconazol pode ter apresentado maior número de resistências devido ser um fármaco comumente usado principalmente em humanos. As leveduras isoladas de humanos apresentaram maior número de resistências aos fármacos testados do que as leveduras isoladas de animais silvestres. O que pode ocorrer devido a uma maior exposição dos humanos aos fármacos em relação aos animais que vivem isolados em ambientes selvagens e na maioria dos casos nunca teve contato com fármacos de qualquer origem.
Resumo
Abstract Yeast infections have acquired great importance due to increasing frequency in immunocompromised patients or patients undergoing invasive diagnostic and therapeutic techniques, and also because of its high morbidity and mortality. At the same time, it has been seen an increase in the emergence of new pathogenic species difficult to diagnose and treat. The aim of this study was to determine the in vitro susceptibility of 89 yeasts from different sources against the antifungals amphotericin B, voriconazole, fluconazole and flucytosine, using the VITEK® 2 Compact system. The antifungal susceptibility was performed automatically by the Vitek® 2 Compact system. The origin of the yeasts was: Group 1 - microbiota of wild animals (W) (26/89), 2 - cows milk with subclinical mastitis (M) (27/89) and 3 - hospital enviorment (H) (36/89). Of the 89 yeasts submitted to the Vitek® 2 test, 25 (20.9%) were resistant to fluconazole, 11 (12.36%) to amphotericin B, 3 (3.37%) to voriconazole, and no sample was resistant to flucytosine. Regarding the minimum inhibitory concentration (MIC), fluconazole showed an MIC between 1 and 64 mg/mL for the three groups, voriconazole had an MIC between 0.12 and 8 mg/mL, amphotericin B had an MIC between 0.25 and 4 mg/mL for group H and group W respectively, between 0.25 and 16 mg/mL for group M and flucytosine had an MIC equal to 1g/mL for all groups. The yeasts isolated from the H group showed the highest resistance to fluconazole 12/89 (13.49%), followed by group W (7.87%) and group M (5.62%). The more resistant group to voriconazole was followed by the M and H groups, the W group showed no resistance to this antifungal. Group H was the least resistant (2.25%) to amphotericin.
Resumo As infecções por leveduras têm adquirido grande importância, devido ao aumento da sua frequência em pacientes imunocomprometidos ou pacientes submetidos a técnicas diagnosticas e terapêuticas agressivas, e devido sua alta morbidade e mortalidade. Paralelamente tem-se observado um incremento na aparição de novas espécies patógenas difíceis de diagnosticar e tratar. O objetivo desse estudo foi avaliar a suscetibilidade in vitro de 89 leveduras de diferentes origens frente aos antifúngicos Anfotericina B, Voriconazol, Fluconazol e Fluocitocina pelo Sistema Vitek® 2. O antifungigrama foi realizado automaticamente pelo Vitek® 2 Compact. A origem das leveduras foi: Grupo 1- Microbiota de Animais Silvestres (S) (26/89), 2- Leite com mastite bovina subclínica (L) (27/89) e 3- Ambiente Hospitalar (H) (36/89). Das 89 leveduras submetidas à carta Vitek®, 25 (20.09%) foram resistentes ao fluconazol, oito (8.99%) à anfotericina B, três (3.37%) ao voriconazol, e nenhuma amostra mostrou-se resistente a fluocitosina. O grupo três (H) foi mais resistente ao fluconazol que os demais, já o dois (L) foi mais resistente ao voriconazol e a anfotericina B que os outros dois. O fluconazol pode ter apresentado maior número de resistências devido ser um fármaco comumente usado principalmente em humanos. As leveduras isoladas de humanos apresentaram maior número de resistências aos fármacos testados do que as leveduras isoladas de animais silvestres. O que pode ocorrer devido a uma maior exposição dos humanos aos fármacos em relação aos animais que vivem isolados em ambientes selvagens e na maioria dos casos nunca teve contato com fármacos de qualquer origem.
Resumo
Rosmarinus officinalis L. (rosemary) and Origanum vulgare L. (oregano) are known to have antimicrobial properties, but studies on sporotrichosis are scarce. This study aimed to evaluate the anti-Sporothrix spp. activity of essential oils from commercial products and oils extracted from aerial parts of these plants and analyze their chemical constituents. S. schenckii complex and S. brasiliensis (n: 25) isolated from humans, cats, dogs, and environmental soil were tested through M27-A3 guidelines of CLSI with modification for phytotherapics. The essential oils of R. officinalis L. were similar for MIC50 and MFC50 ≤2.25mg/mL for extracted oil; and 4.5mg/mL and 9mg/mL, respectively, for commercial oil. Both products showed MIC90 of 18mg/mL and MFC90 of 36mg/mL. In O. vulgare L., the extracted oil had better activity with MIC50 and MFC50 ≤2.25mg/mL, and MIC90 and MFC90 of 4.5mg/mL, whereas the commercial oil showed MIC50 and MFC50 of 9mg/mL and MIC90 18mg/mL, respectively, and MFC90 of 36mg/mL. Through gas chromatography (CG/FID), thymol and α-terpinene were majority for extracted oil of O. vulgare L., and carvacrol and γ-terpinene made up the majority of the commercial oil. Both essential oils of R. officinalis L. showed 1,8-cineole and α-pinene as major. The fungal isolates were susceptible to all tested essential oils, including in itraconazole-resistant S. brasiliensis isolates. The extracted and commercial oils of the plants presented in vitro anti-Sporothrix spp. activity, and they are promising for treatment of sporotrichosis, including in cases refractory to itraconazole. More studies should be performed about toxicity and in vivo efficacy for its safe use.(AU)
Rosmarinus officinalis L. (alecrim) e Origanum vulgare L. (orégano) são conhecidos pelas propriedades antimicrobianas, entretanto seus estudos na esporotricose são escassos. Este trabalho objetivou avaliar a atividade anti-Sporothrix spp. de óleos extraídos e comerciais dessas plantas e analisar seus constituintes químicos. Isolados do complexo S. schenckii e S. brasiliensis (n: 25) de humanos, gatos, cães e solo, foram testados pela diretriz M27-A3 do CLSI com modificações para fitoterápicos. Os óleos de R. officinalis L. foram similares com CIM50 e CFM50 ≤2.25mg/mL para extraído; e 4.5mg/mL e 9mg/mL, respectivamente, para comercial. Ambos os produtos demonstraram CIM90 de 18mg/mL e CFM90 de 36mg/mL. Em O. vulgare L., o óleo extraído apresentou melhor atividade com CIM50 e CFM50≤2.25mg/mL e CIM90 e CFM90 de 4.5mg/mL, ao passo que o óleo comercial mostrou CIM50 e CFM50 de 9mg/mL; e CIM90 de 18mg/mL e CFM90 de 36mg/mL. Por meio da cromatografia gasosa (CG/FID), timol e α-terpineno foram majoritários para o óleo extraído de O. vulgare L., e carvacrol e γ-terpineno para o comercial. Ambos os óleos de R. officinalis L. apresentaram 1,8-cineol e α-pineno como prevalentes. Os isolados foram sensíveis a todos os óleos essenciais testados, inclusive S. brasiliensis, resistentes ao itraconazol. Os óleos extraídos e comerciais de R. officinalis L. e O. vulgare L. apresentaram atividade anti-Sporothrix spp. in vitro e são promissores para o tratamento da esporotricose, inclusive em casos refratários ao itraconazol. Mais estudos devem ser realizados sobre toxicidade e eficácia in vivo para seu uso seguro.(AU)
Assuntos
Humanos , Animais , Gatos , Cães , Antifúngicos/uso terapêutico , Lamiaceae , Origanum , Rosmarinus , Esporotricose/prevenção & controle , Micoses/prevenção & controle , Micoses/veterináriaResumo
Rosmarinus officinalis L. (rosemary) and Origanum vulgare L. (oregano) are known to have antimicrobial properties, but studies on sporotrichosis are scarce. This study aimed to evaluate the anti-Sporothrix spp. activity of essential oils from commercial products and oils extracted from aerial parts of these plants and analyze their chemical constituents. S. schenckii complex and S. brasiliensis (n: 25) isolated from humans, cats, dogs, and environmental soil were tested through M27-A3 guidelines of CLSI with modification for phytotherapics. The essential oils of R. officinalis L. were similar for MIC50 and MFC50 2.25mg/mL for extracted oil; and 4.5mg/mL and 9mg/mL, respectively, for commercial oil. Both products showed MIC90 of 18mg/mL and MFC90 of 36mg/mL. In O. vulgare L., the extracted oil had better activity with MIC50 and MFC50 2.25mg/mL, and MIC90 and MFC90 of 4.5mg/mL, whereas the commercial oil showed MIC50 and MFC50 of 9mg/mL and MIC90 18mg/mL, respectively, and MFC90 of 36mg/mL. Through gas chromatography (CG/FID), thymol and -terpinene were majority for extracted oil of O. vulgare L., and carvacrol and -terpinene made up the majority of the commercial oil. Both essential oils of R. officinalis L. showed 1,8-cineole and -pinene as major. The fungal isolates were susceptible to all tested essential oils, including in itraconazole-resistant S. brasiliensis isolates. The extracted and commercial oils of the plants presented in vitro anti-Sporothrix spp. activity, and they are promising for treatment of sporotrichosis, including in cases refractory to itraconazole. More studies should be performed about toxicity and in vivo efficacy for its safe use.(AU)
Rosmarinus officinalis L. (alecrim) e Origanum vulgare L. (orégano) são conhecidos pelas propriedades antimicrobianas, entretanto seus estudos na esporotricose são escassos. Este trabalho objetivou avaliar a atividade anti-Sporothrix spp. de óleos extraídos e comerciais dessas plantas e analisar seus constituintes químicos. Isolados do complexo S. schenckii e S. brasiliensis (n: 25) de humanos, gatos, cães e solo, foram testados pela diretriz M27-A3 do CLSI com modificações para fitoterápicos. Os óleos de R. officinalis L. foram similares com CIM50 e CFM50 2.25mg/mL para extraído; e 4.5mg/mL e 9mg/mL, respectivamente, para comercial. Ambos os produtos demonstraram CIM90 de 18mg/mL e CFM90 de 36mg/mL. Em O. vulgare L., o óleo extraído apresentou melhor atividade com CIM50 e CFM502.25mg/mL e CIM90 e CFM90 de 4.5mg/mL, ao passo que o óleo comercial mostrou CIM50 e CFM50 de 9mg/mL; e CIM90 de 18mg/mL e CFM90 de 36mg/mL. Por meio da cromatografia gasosa (CG/FID), timol e -terpineno foram majoritários para o óleo extraído de O. vulgare L., e carvacrol e -terpineno para o comercial. Ambos os óleos de R. officinalis L. apresentaram 1,8-cineol e -pineno como prevalentes. Os isolados foram sensíveis a todos os óleos essenciais testados, inclusive S. brasiliensis, resistentes ao itraconazol. Os óleos extraídos e comerciais de R. officinalis L. e O. vulgare L. apresentaram atividade anti-Sporothrix spp. in vitro e são promissores para o tratamento da esporotricose, inclusive em casos refratários ao itraconazol. Mais estudos devem ser realizados sobre toxicidade e eficácia in vivo para seu uso seguro.(AU)
Assuntos
Humanos , Animais , Gatos , Cães , Esporotricose/prevenção & controle , Antifúngicos/uso terapêutico , Origanum , Rosmarinus , Lamiaceae , Micoses/veterinária , Micoses/prevenção & controleResumo
Objetivou-se com este estudo avaliar a atividade antifúngica in vitro do óleo essencial de Origanum vulgare frente a isolados clínicos de Malassezia pachydermatis. As folhas secas de O. vulgare foram adquiridas de distribuidor comercial com certificado de qualidade e origem e encaminhadas para extração do óleo essencial e cromatografia. Para realização do teste in vitro, foi utilizada a técnica de microdiluição em caldo (CLSI M27A3) com modificações para fitofármacos e M. pachydermatis. O óleo essencial de orégano foi testado nas concentrações de 28 a 0,87mg/mL diluído em caldo Sabouraud com 1% de tween 80. Todos os isolados foram testados em duplicata. Na análise cromatográfica do óleo essencial, foram identificados 12 compostos, sendo timol, a-terpineno e 4-terpineol os compostos majoritários. A CIM e a CFM dos 42 isolados de M. pachydermatis variaram de <0,87 a 7mg/mL, com valores de CIM50 e CIM90 de 1,18 e 3,28mg/mL, respectivamente. Com este estudo foi possível concluir que M. pachydermatis é sensível ao óleo essencial de orégano mesmo em concentrações baixas. Dessa maneira, o óleo essencial de orégano apresenta-se como promissor na bioprospecção de novos fármacos para o tratamento das otites e dermatites na clínica de pequenos animais.(AU)
The aim of this study was to evaluate the in vitro antifungal activity of essential oil of Origanum vulgare against clinical isolates of Malassezia pachydermatis. The dried leaves of O. vulgare were purchased from a commercial distributor with certified quality and origin and referred for essential oil extraction and chromatography. The technique for in vitro testing was microdilution (CLSI M27A3) with modifications to phytochemicals and M. pachydermatis. The essential oil of O. vulgare was tested at concentrations from 28 to 0.87mg/mL in Sabouraud broth diluted with 1% of tween 80. All isolates were tested in duplicate. In the chromatographic analysis of the essential oil 12 compounds were identified, and thymol, α-terpinene, 4-terpineol were the major compounds. The MIC and the MFC of the 42 isolates of M. pachydermatis ranged from <0.87 to 7mg/mL with MIC50 and MIC90 values of 1.18 and 3.28 mg/mL, respectively. With this study it was concluded that M. pachydermatis is sensible to O. vulgare essential oil even at low concentrations. Thus, the essential oil of O. vulgare is presented as bioprospecting in the promising new drugs for the treatment of otitis and dermatitis in small animal clinic.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Cães/microbiologia , Malassezia/isolamento & purificação , Origanum , Óleos de Plantas/uso terapêutico , Otite/veterinária , Dermatite/veterinária , Antifúngicos , Preparações de Plantas/uso terapêuticoResumo
The bumblefoot or pododermatitis is among the diseases with the highest morbidity in Magellanic penguins, sometimes evolving to septicemia and death. Therefore, this study aimed to relate the main species involved in the disorder, as well as the in vitro susceptibility profile of the microorganisms against routine antimicrobial usage in Veterinary Medicine. During two years in vivo material was harvested from 200 footpads (n=100 animals) for microbiological analysis and in vitro susceptibility tests against the Antibiotic enrofloxacin, streptomycin, penicillin and cephalosporin. Bacteria have been identified both as part of permanent and transient microbiota, also being associated to 100% of the pododermatitis cases. The most prevalent genus were Staphylococcus and Corynebacterium. The antibiograms of all the isolated bacteria resulted in greater susceptibility of the strains facing cephalosporin, followed by enrofloxacin, streptomycin and penicillin.(AU)
O bumblefoot ou pododermatite está entre as afecções de maior morbidade em pinguins-de-magalhães, podendo evoluir para septicemia e óbito. Portanto, o presente estudo objetivou relacionar as principais espécies bacterianas envolvidas na afecção, bem como o perfil de susceptibilidade in vitro destes microrganismos frente a antimicrobianos de uso rotineiro em medicina veterinária. Durante o período de dois anos, foi realizada colheita de material in vivo de 200 coxins plantares (n=100 animais) para análise microbiológica e testes de susceptibilidade in vitro frente aos antibióticos enrofloxacina, estreptomicina, penicilina e cefalosporina. Bactérias foram identificadas tanto como parte da microbiota permanente quanto da transitória, bem como estiveram associadas a 100% dos casos de pododermatite. Os gêneros mais prevalentes foram Staphylococcus e Corynebacterium. Os antibiogramas de todas as bactérias isoladas resultaram em maior sensibilidade das cepas frente à cefalosporina, seguida de enrofloxacina, estreptomicina e penicilina.(AU)
Assuntos
Animais , Bactérias/crescimento & desenvolvimento , Bactérias/patogenicidade , Spheniscidae/anormalidades , Spheniscidae/crescimento & desenvolvimento , Spheniscidae/lesões , Sepse/patologia , Sepse/veterináriaResumo
In vitro activity of the essential oil Origanum vulgare against Sporothrix schenckii was determined by the MIC (Minimum Inhibitory Concentration). For this, seven samples of S. schenckii were studied, two isolated from two cases of human sporotrichosis and five isolated from cats. Analysis of the essential oil was carried out in a gas chromatograph (GC/FID) for the identification and quantification of thymol and carvacrol (antifungal agents). MIC was obtained based on the microdilution method according to the adapted document NCCLS-M 27A2 for fitopharmacy. All the isolates presented sensibility to the essential oil. S. schenckii was inhibited in a concentration of 0.25 percent (250m l/ml). Chromatographic analysis showed that thymol concentration was bigger than carvacrol. The antifungal activity demonstrated by the essential oil of O. vulgare against S. Schenckii stimulates the accomplishment of more studies, including in vivo studies.(AU)
Assuntos
Animais , Óleos Voláteis , Origanum , Sporothrix , Esporotricose/diagnósticoResumo
Avaliaram-se os efeitos antitussígenos-expectorantes de duas formulações fitoterápicas utilizando-se três modelos biológicos diferentes. Foram utilizados ratos Wistar no modelo da secreção das vias aéreas, cobaias no modelo de tosse induzido por ácido cítrico e codornas japonesas na determinação da velocidade de transporte mucociliar. Os animais foram distribuídos em grupos e tratados por via oral com as formulações, com doses equivalentes a 10 vezes a terapêutica recomendada, 9ml.kg-1. O grupo-controle negativo de cada espécie foi tratado com solução fisiológica, 10ml.kg-1. O grupo-controle positivo no modelo de tosse induzida pelo ácido cítrico foi tratado com morfina, 1mg.kg-1, por via subcutânea. No modelo em que foram utilizados ratos e codornas, o grupo-controle positivo recebeu erdosteína por via oral, 600mg.kg-1. Os resultados mostraram que as duas formulações fitoterápicas foram eficazes no reflexo da tosse em cobaias, causando 36,4 por cento e 27,3 por cento, respectivamente, de redução. Nos modelos de secreção das vias aéreas e determinação da velocidade de transporte mucociliar, ambas as formulações não apresentaram eficácia significativa.(AU)
The antitussive-expectorant effects of two phytotherapic formulations available in the Brazilian market were evaluated using three different biological models. Each phytotherapic formulation, with different composition, had the same batch number and fabrication date. The trade names of the phytotherapics were: Gripalplus Solução® and Melagrião®. Wistar rats were used in the airway secretion model, guinea pigs in the citric acid-induced cough model and japanese quails in the mucociliary transport rate determination. The animals (one group/formulation) were divided in the two phytotherapic groups and orally treated with the equivalent to ten told the therapeutic recommended dose, which was 9ml.kg-1. Animals of negative control group of each specie were orally treated with 10ml.kg-1 of saline. Positive guinea-pigs citric acid-induced cough model was subcutaneously treated with 1mg.kg-1 of morphine. In the rats airway secretion model and japanese quails mucociliary transport rate, a positive control orally received 600mg.kg-1 of erdosteine. The results showed that both phytotherapic formulations were able to inhibit the guinea pig cough reflex induced by citric acid, being 36.4 percent of reduction in the Gripalplus Solução® group and 27.3 percent in the Melagrião® group. The rats airway secretion and the mucociliary transport rate were not significantly affected by the two phytotherapic formulations.(AU)
Assuntos
Animais , Cobaias , Ratos , Resultado do Tratamento , Medicamento Fitoterápico , Expectorantes/administração & dosagem , Fitoterapia/veterinária , Antitussígenos/administração & dosagem , Antitussígenos/uso terapêutico , Cobaias , Ratos Wistar , CoturnixResumo
ABSTRACT Sporotrichosis is a mycosis caused by the geophilic fungus Sporothrixschenckii that can infect different species of animals, including humans. The mycosis has a worldwide distribution, mainly in the tropical and subtropical regions. The infection is usually associated with the traumatic inoculation of soil, vegetables or organic materials contaminated by the fungus, being, therefore, considered an occupational mycosis, affecting mainly rural workers. The zoonotic potential of the domestic feline has been recognized since the 1980s, due to the presence of a great number of microorganisms present in this animal species. Concerning the important epidemiological role of the domestic feline, this study describes a case of cutaneous sporotrichosis with ascendant lymphangitis in a rural worker contaminated by an asymptomatic feline. One 40-year-old human male presented nodular injuries 15 days after being scratched by a cat. Samples of lesion exudates were collected for mycological analysis, which resulted in the isolation of the S. schenckii. After the diagnostic confirmation of sporotrichosis, treatment with cetoconazol was started, which resulted in the regression of the lesions. This study emphasizes the importance of the domestic feline as an important carrier of the sporotrichosis agent for humans.
RESUMO A esporotricose é uma micose causada pelo fungo geofílico Sporothrix schenckii que pode infectar diferentes espécies de animais, inclusive o homem. A micose tem distribuição mundial, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais. A infecção está, normalmente, associada com a inoculação traumática de solo, vegetais ou materiais orgânicos contaminados pelo fungo, sendo, portanto, considerada uma micose ocupacional, afetando, principalmente trabalhadores rurais. O potencial zoonótico do felino doméstico tem sido reconhecido desde a década de 80, possivelmente devido ao grande número do organismo presente nessa espécie animal. Em vista do importante papel epidemiológico do felino doméstico, este estudo descreve um caso de esporotricose cutânea com linfangite ascedente em um trabalhador rural contaminado por um felino assintomático. Um humano, com 40 anos, do sexo masculino, apresentou lesões nodulares 15 dias após ter sido arranhado por um gato hígido. Foram coletadas amostras de exsudato das lesões para análise micológica, a qual resultou no isolamento do S. schenckii. Após a confirmação do diagnóstico de esporotricose, foi iniciado o tratamento com o cetoconazol que resultou na regressão das lesões. O estudo ressalta a importância do felino doméstico como importante carreador do agente da esporotricose para o homem.
Resumo
The effect of aqueous extract of Solanum malacoxylon (Sendter) Solanaceae (SM) (sin.: S. glaucophyllum) and Nierembergia veitchii (Hook) Solanaceae (NV), common calcinogenic plants in Brazil, on the reproduction of rats and on their offsprings was investigated. In one set of experiments, male and female Wistar rats were treated per os with aqueous extract of each plant at a dose corresponding to the daily administration of 10g×kg-1 of dried plant for 40 days before mating. In another set of experiments, pregnant rats were daily treated with three different doses of aqueous extracts of both plants (5.4; 10.9 and 21.7g×kg-1, equivalent to the administration of dried plants) from the first until the last day of pregnancy. Saline and vitamin D3 treated male, female and pregnant rats were used as control in both experimental procedures. When administered before the pregnancy, the weight gain and the fertility were reduced in groups treated with SM (11%) and vitamin D3 (11%). In the NV group, fertility was reduced (25%) but the weight gain was not affected. The number of pups per litter and their weight were reduced in groups SM and vitamin D3, but in all groups the body development of the offsprings was not adversely affected. The treatment of the dams with SM during pregnancy causes significant and dose-related reduction of the fertility, as well as with vitamin D3. With an aqueous extract from NV it was not observed a significant reduction of the fertility, but the pups (2.3% in group treated with NV 10.9g×kg-1 and 0,1% in group treated with NV 21.7g×kg-1) presented morphological abnormalities, that were also observed with vitamin D3 (2.25mg×kg-1) treatment. The presence of vitamin D3 and metabolites in the calcinogenic plants is probably responsible for the infertility, not only because their systemic toxicity, but also because of the direct effects on the reproductive system.
Investigou-se o efeito de extratos aquosos de Solanum malacoxylon (Sendter) Solanaceae (SM) (sin.: S. glaucophyllum) e Nierembergia veitchii (Hook) Solanaceae (NV), plantas calcinogênicas encontradas no Brasil, sobre a reprodução de ratos e sobre suas progênies. No experimento 1, ratos e ratas Wistar, em número variável conforme o grupo, receberam por via oral, durante os 40 dias anteriores ao acasalamento, extrato aquoso de ambas as plantas em dosagem equivalente à administração diária de 10,9g×kg-1 de planta seca. Os resultados foram comparados com os de um grupo tratado diariamente com vitamina D3 (3,0mg×kg-1) e com os de um grupo-controle (salina). No experimento 2, ratas prenhes receberam, por via oral, três diferentes doses dos extratos de ambas as plantas (equivalente à administração diária de 5,4; 10,9 e 21,7g×kg-1 de planta seca), durante toda a gestação. Os resultados foram comparados com três grupos tratados com vitamina D3 (0,75; 2,25 e 3,75mg×kg-1) e um grupo-controle (salina). Quando administradas antes da gestação, o ganho de peso das fêmeas e a fertilidade foram reduzidos nos grupos tratados com SM (11%) e vitamina D3 (11%). No grupo tratado com NV, a fertilidade também foi reduzida (25%), mas o desenvolvimento ponderal durante o tratamento não foi afetado. Nos grupos tratados com SM e vitamina D3 anterior à gestação, o número de filhotes por ninhada foi reduzido, assim como o seu peso ao nascer. Características de desenvolvimento e desempenho físico dos filhotes não foram afetados em nenhum dos grupos. O tratamento das fêmeas com extrato aquoso de SM durante a gestação causou redução significativa e dose-dependente nas características reprodutivas estudadas. O mesmo foi observado com as fêmeas tratadas com vitamina D3. Com o extrato aquoso de NV não foram observadas reduções nas taxas reprodutivas, quando as fêmeas foram tratadas durante a gestação. Com as doses 10,9 e 21,7g×kg-1 de NV foram observadas anomalias morfológicas fetais (2,3 e 0,1%, respectivamente), também presentes nos filhotes de fêmeas tratadas com vitamina D3 (2,25mg×kg-1). A presença de vitamina D3 e seus metabólitos nas plantas calcinogênicas provavelmente é responsável pela infertilidade observada, não somente devido à toxicidade sistêmica, mas também devido aos seus efeitos específicos sobre o aparelho reprodutor.