Resumo
The presence of pathogenic microorganisms in meat products may result in foodborne diseases and economic losses to their producers. Small industries in the region of Londrina, Paraná, produce sausages that are commercialized in free fairs, small markets, bars, and restaurants in the city. Although these industries are inspected by the Municipal Inspection Service of Londrina, there are no data about the pathogenic microorganisms present in these products. The objective of this study was to investigate the presence of Salmonella spp. in sausages produced and sold in the region of Londrina, Paraná, and identify eae, bfp, stx1, stx2, hlyA, ipaH, elt, est, aggR, aap, and AA probe genes in Escherichia coli strains isolated from these samples. Forty-six samples of three types of sausages (fresh pork, Tuscan, and Calabresa) produced by four different producers (brands A, B, C, and D) were analyzed. Salmonella spp. was isolated from 13 (28.3%) and E. coli from 33 (71.3%) of the analyzed samples. Seven (53.8%) of 13 samples contaminated with Salmonella spp. were from brand A. Salmonella spp. contamination was the highest in the Tuscan sausage samples (8/17, 41.7%) when compared with the fresh pork sausage samples of all brands analyzed. E. coli was isolated from 12 of 13 samples contaminated with Salmonella spp. One sample of Calabresa sausage was contaminated with atypical enteropathogenic E. coli serotype O108:H9 that has the eae and hlyA genes. The results suggest contamination of the processing plant and/or raw meat used in the manufacture of sausages. A better inspection of the industries is required to ensure that Good Manufacturing Practices are followed by which the contamination of products by pathogenic bacteria can be prevented.(AU)
A presença de microrganismos patogênicos em produtos cárneos pode levar a doenças de origem alimentar e perdas econômicas aos seus produtores. Pequenas indústrias da região de Londrina, Paraná, produzem embutidos que são comercializados em feiras livres, pequenos mercados, bares e restaurantes da cidade. Embora essas indústrias sejam fiscalizadas pelo Serviço de Inspeção Municipal de Londrina, não existem dados sobre microrganismos patogênicos presentes nesses produtos. Os objetivos deste estudo foram pesquisar a presença de Salmonella spp. em amostras de linguiças produzidas e comercializadas na região de Londrina, Paraná, e identificar os genes de virulência eae, bfp, stx1, stx2, hlyA, ipaH, elt, est, aggR, aap e AA probe das cepas de E. coli isoladas dessas amostras. Quarenta e seis amostras de três tipos de linguiça (suína fresca, toscana e calabresa) produzidas por quatro diferentes produtores (marcas A, B, C e D) foram analisadas. Salmonella spp. foi isolada em 13 (28.3%) amostras e E. coli em 33 (71.3%) amostras. Das 13 amostras contaminadas com Salmonella spp., sete (53.8%) foram da marca A. A contaminação por Salmonella spp. foi maior nas amostras de linguiça toscana (8/17 41.7%) quando comparada com a contaminação encontrada nas amostras de linguiça suína (4/22 18.2%), independente da marca analisada. E. coli foi isolada de 12 das 13 amostras contaminadas com Salmonella spp. Uma amostra de linguiça calabresa estava contaminada com E. coli enteropatogênica clássica atípica do sorotipo O108:H9, que apresentava genes eae e hlyA. Os resultados obtidos sugerem contaminação da planta de processamento e ou das matérias primas utilizadas na fabricação das linguiças. Uma fiscalização mais adequada das indústrias se torna necessária para que as Boas Práticas de Fabricação sejam atendidas e, consequentemente, prevenida a contaminação do produto por bactérias patogênicas.(AU)
Assuntos
Suínos/microbiologia , Produtos da Carne/análise , Produtos da Carne/microbiologia , Salmonella/patogenicidade , Escherichia coli/patogenicidade , Fiscalização SanitáriaResumo
The aims of this study were to evaluate the contamination of lettuce (Lactuca sativa), produced in Londrina, Paraná (PR), with total coliform, coliform at 45 °C, E. coli, and Salmonella spp.; and to determine the E. coli contamination of irrigation water used at the farms studied. Four farms were evaluated, of which three produced lettuce using a conventional system and one using an organic system. An evaluation of the production practices of the farms was also carried out. A total of 111 samples were analyzed, 71 lettuce samples from the conventional system and 40 samples from the organic system. A total of eight irrigation water samples were collected for analysis. Coliform at 45 °C counts above the limit tolerated by Brazilian legislation were observed in 2.8% (2/71) of conventionally grown lettuce samples, and Salmonella spp. was isolated in 1.4% (1/71) of those samples. In the organic lettuce samples, 12.5% (5/40) had coliform at 45 °C counts above the limit tolerated and Salmonella spp. was not detected. Irrigation water samples from three farms were unsatisfactory, with counts higher than 102 MPN of E. coli per 100mL. The results of this study demonstrate that most conventionally grown lettuce samples show good sanitary conditions in production, and that lettuce contamination is not related to contamination found in irrigation water samples. The results also showed that the organic production practices required by Brazilian certification agencies should be applied to ensure that contamination of produced lettuce remains controlled.(AU)
Os objetivos deste estudo foram avaliar a contaminação por coliformes totais, coliformes a 45 °C, Escherichia coli e Salmonella spp. em alfaces crespas (Lactuca sativa) produzidas na região de Londrina, PR, e a contaminação por E. coli das amostras da água de irrigação empregadas nas propriedades estudadas. Quatro propriedades rurais foram avaliadas, das quais três produziam alfaces pelo sistema convencional e uma pelo sistema orgânico. Avaliação das práticas de produção dessas propriedades também foi realizada. Um total de 111 amostras foi coletado, sendo 71 amostras de produção convencional e 40 amostras de produção orgânica. Oito amostras de água de irrigação foram coletadas para análise. Contagens de coliformes a 45 °C acima do tolerado pela legislação brasileira foram observadas em 2,8 % (2/71) das alfaces convencionais analisadas, e Salmonella spp. foi isolada em 1,4 % (1/71) destas amostras. Quanto às amostras orgânicas, 12,5 % (5/40) apresentaram contagens de coliformes a 45 °C acima do limite preconizado e Salmonella spp. não foi isolada nessas amostras. As amostras de água de irrigação de três propriedades rurais apresentaram resultados insatisfatórios com contagens superiores a 102 MPN de E. coli por 100 mL. Os resultados obtidos neste estudo mostraram que a maioria das amostras de alfaces convencionais analisadas apresentou boas condições higiênicosanitárias e uma não relação com a contaminação encontrada nas amostras de água de irrigação. Os resultados também mostraram que as práticas de produção orgânica exigidas pelas certificadoras devem ser aplicadas para que a contaminação destes alimentos permaneça sob controle.(AU)
Assuntos
Lactuca/microbiologia , Zona Rural , Escherichia coli/patogenicidade , Salmonella/patogenicidade , Irrigação AgrícolaResumo
The direct method for detecting and enumerating Campylobacter spp. in chicken meat is easy to perform, but the volumes of 100μL and 400μL, as recommended in some methodologies, are often unable to achieve the colonies counts due to the occurrence of confluent growth or microbial contaminants. This study aimed at evaluating the different volumes for rinsing chicken meats in order to minimize the interference of microbial contaminants, without compromising the sensitivity of direct methodology. Rinse volumes of 5, 10, 50, 100 and 400μL were tested using the modified charcoal cefoperazone deoxycholate agar (mCCDA) and modified Bolton agar. The presence of Campylobacter was confirmed by phenotypic methods and PCR assay. However, the strategy of using less than 100 µL of rinse volumes did not improve the isolation and enumeration of Campylobacter colonies, because it reduces the sensitivity of the assay. Thus, a possible solution to minimize the interference of microbial contaminants would be in developing new selective media or incorporate them into other existing antimicrobial drugs.(AU)
O método direto de detecção e contagem de Campylobacter spp. em carne de frango é de fácil execução, porém os volumes de 100 µL e de 400 µL, preconizados em algumas metodologias, muitas vezes impossibilitam a contagem de colônias pela ocorrência de crescimento confluente ou de microbiota contaminante. O objetivo do presente estudo foi de avaliar os diferentes volumes de enxaguadura de carne de frango com a finalidade de minimizar a interferência da microbiota contaminante, sem comprometer a sensibilidade do método. Os volumes de enxaguadura de 5, 10, 50, 100 e 400 µL foram testados utilizando-se os meios seletivo diferenciais ágar carvão cefoperazona desoxicolato modificado (mCCDA) e ágar Bolton modificado. A presença de Campylobacter spp. foi confirmada por métodos fenotípicos e por PCR. No entanto, a estratégia de utilização de volumes menores do que 100 µL de enxaguadura não melhoraram o isolamento e a contagem de colônias de Campylobacter, porque houve diminuição da sensibilidade do ensaio. A provável solução para minimizar a interferência da microbiota contaminante seria desenvolver novos meios seletivos ou incorporá-los aos antimicrobianos já existentes.(AU)
Assuntos
Campylobacter/isolamento & purificação , Carne/microbiologia , Alimentos Resfriados , Carga Bacteriana , GalinhasResumo
This study aimed to identify the risks of staphylococcal food poisoning due to the consumption of raw milk. Fifty-one farms in Londrina (PR) and 50 in Pelotas (RS) were analyzed, to determine the population of coagulase-positive staphylococci (UFC/ mL), as well as to verify the ability of producing Staphylococcal Enterotoxin A (SEA) by immunodifusion (OSP), the presence of the gene for the production of SEA (PCR) in the cultures, and the research of enterotoxin (SEA to SEE) in milk samples using ELISA commercial kit. Considering the 101 farms analyzed, 19 (18.8%) presented coagulase-positive staphylococci count above 105 UFC/mL. For the evaluation of the enterotoxigenic ability (SEA) by the OSP technique, six cultures coagulase-positive (5.5%) were positive to the test and identified as S. aureus. From the coagualse-negative sample, one (5.5%) was OSP positive. For the evaluation of the presence of the gene for EEA synthesis, 51 cultures of staphylococci were tested. From this total, 14 (27.45%) presented the gene, and from that, only 5 (9.81%) cultures were capable of expressing it in the technique of the OSP. The morphologic characteristic of the evaluated cultures that had enterotoxigenic capacity, from the 14 (33,3%) cultures that presented the gene for EEA production, 05 (11.9%) were characterized as typical cultures of S.aureus in Baird Parker agar. All the 12 milk samples studied for the presence of EEA to EEE in milk were negative. Thus, it can be concluded that there is extensive contamination of raw milk for staphylococci coagulase, however, most of the isolated strains were not enterotoxigenic or did not express such a characteristic. Only 9.81% of the tested colonies expressed the gene and effectively produced SEA. None of the samples had sufficient counts to produce detectable amounts of SEA. The milk samples did not present risk to cause staphylococcal food poisoning if consumed in natura until the collection moment.
Este trabalho teve como objetivo identificar os riscos de intoxicação estafilocócica pelo consumo de leite cru. Foram analisadas amostras de 51 propriedades em Londrina (PR) e 50 em Pelotas (RS), com o objetivo de determinar a população de estafilococos coagulase-positivos (UFC/mL) em leite, verificar a capacidade de produzir enterotoxina estafilocócica A (EEA) através do teste de imunodifusão (OSP), a presença do gene para produção EEA (PCR) nas culturas isoladas e a pesquisa de enterotoxina (EEA a EEE) nas amostras de leite através do kit comercial ELISA. Das 101 amostras, 19 (18,8%) apresentaram contagens de estafilococos coagulase positivos (ECP) acima de 105 UFC/mL. Quanto à capacidade enterotoxigênica das culturas isoladas (OSP), seis culturas produtoras de coagulase (5,5%) foram positivas no teste e identificadas como S. aureus. Das amostras coagulase negativas, 1 foi positiva no OSP (5,5%). Quanto à presença do gene para síntese de EEA, das 51 culturas de estafilococos testadas, 14 (27,45%) apresentaram o gene, sendo que, destas, somente 5 (9,81%) culturas foram capazes de expressá-lo na técnica do OSP. Quanto à característica morfológica das culturas avaliadas para a capacidade enterotoxigênica, 14 (33,3%) culturas que apresentaram o gene para produção de EEA foram caracterizadas como culturas típicas de S. aureus no ágar Baird Parker. Das amostras (12) utilizadas para pesquisa de EEA a EEE no leite, em nenhuma se detectou a presença de EE. Pode-se concluir que há extensa contaminação do leite cru por estafilococos coagulase-positivos, embora a maioria das colônias isoladas não fosse enterotoxigênica ou não expressasse esta característica. Somente 9,81% das colônias testadas expressaram o gene e efetivamente produziram EEA. Nenhuma das amostras apresentou enterotoxina detectável no leite. As amostras de leite testadas não apresentaram risco de causar intoxicação estafilocócica (EEA) se consumidas in natura até o momento da coleta.
Assuntos
Intoxicação Alimentar Estafilocócica/transmissão , Leite , Medição de Risco/estatística & dados numéricos , Coagulase , Enterotoxinas/efeitos adversos , Imunodifusão/instrumentação , Ingestão de LíquidosResumo
This study aimed to identify the risks of staphylococcal food poisoning due to the consumption of raw milk. Fifty-one farms in Londrina (PR) and 50 in Pelotas (RS) were analyzed, to determine the population of coagulase-positive staphylococci (UFC/ mL), as well as to verify the ability of producing Staphylococcal Enterotoxin A (SEA) by immunodifusion (OSP), the presence of the gene for the production of SEA (PCR) in the cultures, and the research of enterotoxin (SEA to SEE) in milk samples using ELISA commercial kit. Considering the 101 farms analyzed, 19 (18.8%) presented coagulase-positive staphylococci count above 105 UFC/mL. For the evaluation of the enterotoxigenic ability (SEA) by the OSP technique, six cultures coagulase-positive (5.5%) were positive to the test and identified as S. aureus. From the coagualse-negative sample, one (5.5%) was OSP positive. For the evaluation of the presence of the gene for EEA synthesis, 51 cultures of staphylococci were tested. From this total, 14 (27.45%) presented the gene, and from that, only 5 (9.81%) cultures were capable of expressing it in the technique of the OSP. The morphologic characteristic of the evaluated cultures that had enterotoxigenic capacity, from the 14 (33,3%) cultures that presented the gene for EEA production, 05 (11.9%) were characterized as typical cultures of S.aureus in Baird Parker agar. All the 12 milk samples studied for the presence of EEA to EEE in milk were negative. Thus, it can be concluded that there is extensive contamination of raw milk for staphylococci coagulase, however, most of the isolated strains were not enterotoxigenic or did not express such a characteristic. Only 9.81% of the tested colonies expressed the gene and effectively produced SEA. None of the samples had sufficient counts to produce detectable amounts of SEA. The milk samples did not present risk to cause staphylococcal food poisoning if consumed in natura until the collection moment.(AU)
Este trabalho teve como objetivo identificar os riscos de intoxicação estafilocócica pelo consumo de leite cru. Foram analisadas amostras de 51 propriedades em Londrina (PR) e 50 em Pelotas (RS), com o objetivo de determinar a população de estafilococos coagulase-positivos (UFC/mL) em leite, verificar a capacidade de produzir enterotoxina estafilocócica A (EEA) através do teste de imunodifusão (OSP), a presença do gene para produção EEA (PCR) nas culturas isoladas e a pesquisa de enterotoxina (EEA a EEE) nas amostras de leite através do kit comercial ELISA. Das 101 amostras, 19 (18,8%) apresentaram contagens de estafilococos coagulase positivos (ECP) acima de 105 UFC/mL. Quanto à capacidade enterotoxigênica das culturas isoladas (OSP), seis culturas produtoras de coagulase (5,5%) foram positivas no teste e identificadas como S. aureus. Das amostras coagulase negativas, 1 foi positiva no OSP (5,5%). Quanto à presença do gene para síntese de EEA, das 51 culturas de estafilococos testadas, 14 (27,45%) apresentaram o gene, sendo que, destas, somente 5 (9,81%) culturas foram capazes de expressá-lo na técnica do OSP. Quanto à característica morfológica das culturas avaliadas para a capacidade enterotoxigênica, 14 (33,3%) culturas que apresentaram o gene para produção de EEA foram caracterizadas como culturas típicas de S. aureus no ágar Baird Parker. Das amostras (12) utilizadas para pesquisa de EEA a EEE no leite, em nenhuma se detectou a presença de EE. Pode-se concluir que há extensa contaminação do leite cru por estafilococos coagulase-positivos, embora a maioria das colônias isoladas não fosse enterotoxigênica ou não expressasse esta característica. Somente 9,81% das colônias testadas expressaram o gene e efetivamente produziram EEA. Nenhuma das amostras apresentou enterotoxina detectável no leite. As amostras de leite testadas não apresentaram risco de causar intoxicação estafilocócica (EEA) se consumidas in natura até o momento da coleta.(AU)
Assuntos
Medição de Risco/estatística & dados numéricos , Leite , Intoxicação Alimentar Estafilocócica/transmissão , Ingestão de Líquidos , Enterotoxinas/efeitos adversos , Imunodifusão/instrumentação , CoagulaseResumo
The aims of this study were to evaluate the contamination of lettuce (Lactuca sativa), produced in Londrina, Paraná (PR), with total coliform, coliform at 45 °C, E. coli, and Salmonella spp.; and to determine the E. coli contamination of irrigation water used at the farms studied. Four farms were evaluated, of which three produced lettuce using a conventional system and one using an organic system. An evaluation of the production practices of the farms was also carried out. A total of 111 samples were analyzed, 71 lettuce samples from the conventional system and 40 samples from the organic system. A total of eight irrigation water samples were collected for analysis. Coliform at 45 °C counts above the limit tolerated by Brazilian legislation were observed in 2.8% (2/71) of conventionally grown lettuce samples, and Salmonella spp. was isolated in 1.4% (1/71) of those samples. In the organic lettuce samples, 12.5% (5/40) had coliform at 45 °C counts above the limit tolerated and Salmonella spp. was not detected. Irrigation water samples from three farms were unsatisfactory, with counts higher than 102 MPN of E. coli per 100mL. The results of this study demonstrate that most conventionally grown lettuce samples show good sanitary conditions in production, and that lettuce contamination is not related to contamination found in irrigation water samples. The results also showed that the organic production practices required by Brazilian certification agencies should be applied to ensure that contamination of produced lettuce remains controlled.
Os objetivos deste estudo foram avaliar a contaminação por coliformes totais, coliformes a 45 °C, Escherichia coli e Salmonella spp. em alfaces crespas (Lactuca sativa) produzidas na região de Londrina, PR, e a contaminação por E. coli das amostras da água de irrigação empregadas nas propriedades estudadas. Quatro propriedades rurais foram avaliadas, das quais três produziam alfaces pelo sistema convencional e uma pelo sistema orgânico. Avaliação das práticas de produção dessas propriedades também foi realizada. Um total de 111 amostras foi coletado, sendo 71 amostras de produção convencional e 40 amostras de produção orgânica. Oito amostras de água de irrigação foram coletadas para análise. Contagens de coliformes a 45 °C acima do tolerado pela legislação brasileira foram observadas em 2,8 % (2/71) das alfaces convencionais analisadas, e Salmonella spp. foi isolada em 1,4 % (1/71) destas amostras. Quanto às amostras orgânicas, 12,5 % (5/40) apresentaram contagens de coliformes a 45 °C acima do limite preconizado e Salmonella spp. não foi isolada nessas amostras. As amostras de água de irrigação de três propriedades rurais apresentaram resultados insatisfatórios com contagens superiores a 102 MPN de E. coli por 100 mL. Os resultados obtidos neste estudo mostraram que a maioria das amostras de alfaces convencionais analisadas apresentou boas condições higiênicosanitárias e uma não relação com a contaminação encontrada nas amostras de água de irrigação. Os resultados também mostraram que as práticas de produção orgânica exigidas pelas certificadoras devem ser aplicadas para que a contaminação destes alimentos permaneça sob controle.
Assuntos
Lactuca/microbiologia , Escherichia coli/patogenicidade , Irrigação Agrícola , Salmonella/patogenicidade , Zona RuralResumo
Salmonellosis is a common and widespread zoonotic disease of humans and a frequent cause of foodborne disease. Treatment of severe and systemic salmonellosis is usually done with fluoroquinolones. In this review resistance mechanisms of Salmonella to quinolones are discussed. Single point mutations in the quinolone resistant determining region (QRDR) of the gyrA gene may be sufficient to generate high levels of resistance to non-fluorated quinolones and also may decrease the fluoroquinolones susceptibility. Other resistance mechanisms that should be considered are mutations in parC gene, the possibility of acquiring resistance through plasmidial transference and hyper-expression of efflux pumps. Fluoroquinolones resistance is still relatively uncommon in Salmonella compared to other species belonging to the Enterobacteriaceae family. However, the more careful use of fluoroquinolones in veterinary and human medicine is essential to decrease the selective pressure which can avoid the emergence and spread of resistant clones and consequently maintain the clinical efficacy of this group of antibiotics.
A salmonelose é uma zoonose de importância mundial e uma das mais freqûentes doenças de origem alimentar. As fluoroquinolonas são a principal opção para o tratamento de salmoneloses graves ou sistêmicas. Esta revisão de literatura teve como objetivo apresentar os principais mecanismos envolvidos na resistência de Salmonella spp a estes antimicrobianos. Mutações de ponto na Região Determinante de Resistência à Quinolona (QRDR) do gene gyrA podem gerar altos nÃveis de resistência a quinolonas não-fluoradas, além de reduzir a suscetibilidade as fluoroquinolonas. Outros mecanismos de resistência que também precisam ser considerados são as mutações no gene parC, a possibilidade do envolvimento de plasmÃdios de resistência e o sistema de efluxo ativo. A resistência à s fluoroquinolonas ainda é incomum em Salmonella spp., quando comparada a outros gêneros da famÃlia Enterobacteriaceae. No entanto, o uso criterioso de fluoroquinolonas na medicina humana e veterinária é essencial para reduzir a pressão seletiva e evitar a emergência e disseminação de clones resistentes, mantendo o espectro de ação e a eficácia clÃnica desta classe terapêutica.
Resumo
Os biofilmes são estruturas altamente organizadas, nas quais microrganismos crescem e sobrevivem a ambientes hostis. São definidos como complexos ecossistemas microbianos, embebidos em uma matriz de substâncias poliméricas extracelulares (EPS), aderidos a uma superfície. Se microrganismos não forem completamente removidos das superfícies de contato durante a desinfecção, biofilmes podem ser formados e se tornarem uma fonte constante de contaminação de alimentos. Os microrganismos aderidos são mais resistentes aos sanitizantes que as células livres. Porém, a eficácia de um sanitizante depende do tipo de microrganismo, da natureza do sanitizante e da superfície de adesão. A compreensão de como os biofilmes podem ser formados é importante para a manutenção da qualidade e segurança dos alimentos. O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão sobre a formação de biofilme e a sua resistência aos sanitizantes.(AU)
Biofilms are structures highly organized in which microorganisms grow and therefore can survive to hostile environments. They are defined as a complex community of microorganisms usually encased in anextracellular matrix of polymeric substances (EP5) attached to a surface. Biofilms can be formed and be constantsources of product contamination if poor cleaning and disinfection practices do not remove microorganisms from food processing surfaces. The cells embedded in biofilm are more resistant to sanitizers than free cells. However, the sanitizers' effectiveness depends 017 the type of microorganism, the type of sanitizer and the surface attachment. The understanding of biofilms formation is important for food quality and safety. The aim of this study was to reviewbiofilms formation and its resistance to sanitizers. (AU)
Assuntos
Biofilmes , Indústria Alimentícia , Contaminação de AlimentosResumo
The aims of this study were to evaluate the contamination of lettuce (Lactuca sativa), produced in Londrina, Paraná (PR), with total coliform, coliform at 45 C, E. coli, and Salmonella spp.; and to determine the E. coli contamination of irrigation water used at the farms studied. Four farms were evaluated, of which three produced lettuce using a conventional system and one using an organic system. An evaluation of the production practices of the farms was also carried out. A total of 111 samples were analyzed, 71 lettuce samples from the conventional system and 40 samples from the organic system. A total of eight irrigation water samples were collected for analysis. Coliform at 45 C counts above the limit tolerated by Brazilian legislation were observed in 2.8% (2/71) of conventionally grown lettuce samples, and Salmonella spp. was isolated in 1.4% (1/71) of those samples. In the organic lettuce samples, 12.5% (5/40) had coliform at 45 C counts above the limit tolerated and Salmonella spp. was not detected. Irrigation water samples from three farms were unsatisfactory, with counts higher than 102MPN of E. coli per 100mL. The results of this study demonstrate that most conventionally grown lettuce samples show good sanitary conditions in production, and that lettuce contamination is not related to contamination found in irrigation water samples. The results also showed that t
Os objetivos deste estudo foram avaliar a contaminação por coliformes totais, coliformes a 45 C, Escherichia coli e Salmonella spp. em alfaces crespas (Lactuca sativa) produzidas na região de Londrina, PR, e a contaminação por E. coli das amostras da água de irrigação empregadas nas propriedades estudadas. Quatro propriedades rurais foram avaliadas, das quais três produziam alfaces pelo sistema convencional e uma pelo sistema orgânico. Avaliação das práticas de produção dessas propriedades também foi realizada. Um total de 111 amostras foi coletado, sendo 71 amostras de produção convencional e 40 amostras de produção orgânica. Oito amostras de água de irrigação foram coletadas para análise. Contagens de coliformes a 45 C acima do tolerado pela legislação brasileira foram observadas em 2,8 % (2/71) das alfaces convencionais analisadas, e Salmonella spp. foi isolada em 1,4 % (1/71) destas amostras. Quanto às amostras orgânicas, 12,5 % (5/40) apresentaram contagens de coliformes a 45 C acima do limite preconizado e Salmonella spp. não foi isolada nessas amostras. As amostras de água de irrigação de três propriedades rurais apresentaram resultados insatisfatórios com contagens superiores a 102MPN de E. coli por 100 mL. Os resultados obtidos neste estudo mostraram que a maioria das amostras de alfaces convencionais analisadas apresentou boas condições higiênico-sanitárias e uma n
Resumo
Staphylococcal intoxication, caused by enterotoxins produced by species of Staphylococcus, is a constant problem in the Public Health, in consequence of the frequency of cases and thermostability of the toxin. Considering that this microorganism is one of the most common agents isolated from human and animal flora, the review relates briefly about structure, physicochemical and biological properties of staphylococcal enterotoxins and factors involved with their production in foods.
Intoxicação estafilocócica, causada por enterotoxinas produzidas por espécies de Staphylococcus, tem sido um problema constante em Saúde Pública, em vista da freqüência dos casos e da termoestabilidade das toxinas. Considerando que este microrganismo é um dos agentes mais frequentes na microbiota humana e animal, apresenta-se uma breve revisão sobre as características estruturais, propriedades físico-químicas e biológicas das enterotoxinas estafilocócicas, assim como fatores que afetam a sua produção em alimentos.
Resumo
Staphylococcal intoxication, caused by enterotoxins produced by species of Staphylococcus, is a constant problem in the Public Health, in consequence of the frequency of cases and thermostability of the toxin. Considering that this microorganism is one of the most common agents isolated from human and animal flora, the review relates briefly about structure, physicochemical and biological properties of staphylococcal enterotoxins and factors involved with their production in foods. Â
Intoxicação estafilocócica, causada por enterotoxinas produzidas por espécies de Staphylococcus, tem sido um problema constante em Saúde Pública, em vista da freqûência dos casos e da termoestabilidade das toxinas. Considerando que este microrganismo é um dos agentes mais frequentes na microbiota humana e animal, apresenta-se uma breve revisão sobre as caracterÃsticas estruturais, propriedades fÃsico-quÃmicas e biológicas das enterotoxinas estafilocócicas, assim como fatores que afetam a sua produção em alimentos. Â
Resumo
The presence of pathogenic microorganisms in meat products may result in foodborne diseases and economic losses to their producers. Small industries in the region of Londrina, Paraná, produce sausages that are commercialized in free fairs, small markets, bars, and restaurants in the city. Although these industries are inspected by the Municipal Inspection Service of Londrina, there are no data about the pathogenic microorganisms present in these products. The objective of this study was to investigate the presence of Salmonella spp. in sausages produced and sold in the region of Londrina, Paraná, and identify eae, bfp, stx1, stx2, hlyA, ipaH, elt, est, aggR, aap, and AA probe genes in Escherichia coli strains isolated from these samples. Forty-six samples of three types of sausages (fresh pork, Tuscan, and Calabresa) produced by four different producers (brands A, B, C, and D) were analyzed. Salmonella spp. was isolated from 13 (28.3%) and E. coli from 33 (71.3%) of the analyzed samples. Seven (53.8%) of 13 samples contaminated with Salmonella spp. were from brand A. Salmonella spp. contamination was the highest in the Tuscan sausage samples (8/17, 41.7%) when compared with the fresh pork sausage samples of all brands analyzed. E. coli was isolated from 12 of 13 samples contaminated with Salmonella spp. One sample of Calabresa sausage was contaminated with atypical enteropathogenic E. coli serotype O108:H9 that has the eae and hlyA genes. The results suggest contamination of the processing plant and/or raw meat used in the manufacture of sausages. A better inspection of the industries is required to ensure that Good Manufacturing Practices are followed by which the contamination of products by pathogenic bacteria can be prevented.
A presença de microrganismos patogênicos em produtos cárneos pode levar a doenças de origem alimentar e perdas econômicas aos seus produtores. Pequenas indústrias da região de Londrina, Paraná, produzem embutidos que são comercializados em feiras livres, pequenos mercados, bares e restaurantes da cidade. Embora essas indústrias sejam fiscalizadas pelo Serviço de Inspeção Municipal de Londrina, não existem dados sobre microrganismos patogênicos presentes nesses produtos. Os objetivos deste estudo foram pesquisar a presença de Salmonella spp. em amostras de linguiças produzidas e comercializadas na região de Londrina, Paraná, e identificar os genes de virulência eae, bfp, stx1, stx2, hlyA, ipaH, elt, est, aggR, aap e AA probe das cepas de E. coli isoladas dessas amostras. Quarenta e seis amostras de três tipos de linguiça (suína fresca, toscana e calabresa) produzidas por quatro diferentes produtores (marcas A, B, C e D) foram analisadas. Salmonella spp. foi isolada em 13 (28.3%) amostras e E. coli em 33 (71.3%) amostras. Das 13 amostras contaminadas com Salmonella spp., sete (53.8%) foram da marca A. A contaminação por Salmonella spp. foi maior nas amostras de linguiça toscana (8/17 41.7%) quando comparada com a contaminação encontrada nas amostras de linguiça suína (4/22 18.2%), independente da marca analisada. E. coli foi isolada de 12 das 13 amostras contaminadas com Salmonella spp. Uma amostra de linguiça calabresa estava contaminada com E. coli enteropatogênica clássica atípica do sorotipo O108:H9, que apresentava genes eae e hlyA. Os resultados obtidos sugerem contaminação da planta de processamento e ou das matérias primas utilizadas na fabricação das linguiças. Uma fiscalização mais adequada das indústrias se torna necessária para que as Boas Práticas de Fabricação sejam atendidas e, consequentemente, prevenida a contaminação do produto por bactérias patogênicas.