Resumo
ABAutosomal dominant polycystic kidney disease (ADPKD) has been related to left ventricular structural and functional abnormalities in human patients. The present study aimed to evaluate the cardiac structural and functional findings in Persian cats with ADPKD. Client-owned ADPKD (n=12) and non-ADPKD (n=12) Persian cats were enrolled in this study. The animals underwent echo- and electrocardiographic (ECG) examinations, and non-invasive measurements of systolic blood pressure (SBP) were obtained. Both groups were similar regarding hematological and biochemical parameters, including white blood cell count and levels of blood urea nitrogen, creatinine, total protein and thyroxine. There were no differences related to ECG parameters between ADPKD and non-ADPKD cats. Left ventricular hypertrophy (LVH) was demonstrated in 6/12 (50%) normotensive ADPKD cats with preserved renal function. There were no differences between animal groups regarding the echocardiographic parameters, including left ventricular ejection fraction and shortening fraction; however, basal interventricular septal thickness at end-diastole near the left ventricular outflow tract and aortic artery flow velocity showed slightly elevated values in ADPKD-cats. Our study revealed that Persian cats with ADPKD do not reproduce the functional and structural cardiac phenotype reported in human patients; however, large-scale cohort studies are necessary to distinguish the possibilities of a true linkage between ventricular myocardial hypertrophy and ADPKD in this breed.(AU)
A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) tem sido relacionada a anormalidades estruturais e funcionais de ventrículo esquerdo em pacientes humanos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os achados estruturais e funcionais cardíacos em gatos persas com DRPAD. Gatos persas pertencentes à clientes com DRPAD (n=12) e sem DRPAD (n=12) foram envolvidos neste trabalho. Os animais foram submetidos aos exames de eco e eletrocardiografia (ECG) e foram obtidas medições não-invasivas da pressão arterial sistólica (PAS). Ambos os grupos apresentaram valores semelhantes em relação aos parâmetros hematológicos e bioquímicos, incluindo contagem de glóbulos brancos e níveis séricos de ureia, creatinina, proteína total e tiroxina. Não houve diferença em relação aos parâmetros do ECG entre os gatos com ou sem DRPAD. A hipertrofia ventricular esquerda foi demonstrada em 6/12 (50%) dos gatos normotensos com DRPAD e função renal preservada. Não houve diferenças entre os grupos em relação aos parâmetros ecocardiográficos, incluindo fração de ejeção e fração de encurtamento do ventrículo esquerdo, entretanto a espessura septal interventricular basal na diástole na via de saída do ventrículo esquerdo e a velocidade do fluxo da artéria aórtica mostraram valores ligeiramente elevados em gatos com DRPAD. Nosso estudo revelou que gatos persas com DRPAD não reproduzem o fenótipo cardíaco funcional e estrutural encontrado em pacientes humanos. No entanto, estudos de coorte em larga escala são necessários para distinguir as possibilidades de uma verdadeira ligação entre a hipertrofia ventricular do miocárdio e a DRPAD nesta raça.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças do Gato/diagnóstico , Nefropatias/veterinária , Rim Policístico Autossômico Dominante/veterinária , Eletrocardiografia/veterináriaResumo
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a principal cardiopatia dos felinos e é caracterizada por hipertrofia miocárdica concêntrica, sem dilatação ventricular. O ecocardiograma é o melhor meio diagnóstico não invasivo para a diferenciação das cardiomiopatias e é considerado padrão ouro para a detecção de hipertrofia ventricular presente na CMH. Alterações eletrocardiográficas também são comuns em animais com CMH e o eletrocardiograma (ECG) é um teste de triagem para detecção de hipertrofia ventricular em humanos, sendo um exame rápido e facilmente disponível. Em gatos, poucos estudos foram realizados quanto à sensibilidade e especificidade do ECG na detecção de hipertrofia ventricular. Com a intenção de avaliar o uso do ECG como ferramenta de triagem para diagnóstico de CMH em felinos, gatos da raça Persa (n=82) foram avaliados por meio de exames ecocardiográfico e eletrocardiográfico. Animais com bloqueios e/ou distúrbios de condução foram excluídos da análise estatística (n=22). Posteriormente, os animais incluídos foram classificados em: normais (n=38), suspeitos (n=6) e acometidos pela CMH (n=16). Observaram-se diferenças estatísticas na amplitude da onda P em DII e na amplitude de onda R em DII, CV6LL e CV6LU, com valores maiores nos animais com CMH; e nos valores ecocardiográficos de velocidade e gradiente de pressão do fluxo aórtico, diâmetro do átrio esquerdo (AE) e relação AE/Ao, com valores maiores nos gatos com CMH. Dentre os animais com alterações eletrocardiográficas sugestivas de sobrecarga atrial esquerda (n=7), apenas dois realmente apresentavam aumento do AE no ecocardiograma; e dentre os animais com aumento atrial esquerdo ao ecocardiograma (n=7), apenas dois apresentavam alterações eletrocardiográficas sugestivas de sobrecarga do AE (sensibilidade de 40,40% e especificidade de 90,90%). Dentre os gatos com alterações eletrocardiográficas sugestivas de sobrecarga ventricular esquerda (n=6), cinco realmente apresentavam hipertrofia ventricular ao ecocardiograma; e dentre os animais com CMH ao ecocardiograma (n=16), apenas cinco apresentaram alterações eletrocardiográficas sugestivas de sobrecarga do VE (sensibilidade de 31,25% e especificidade de 97,72%). Observou-se correlação positiva entre espessura diastólica do septo interventricular e/ou da parede livre do ventrículo esquerdo e a amplitude da onda R em derivações DII e CV6LU. O eletrocardiograma é um exame rápido e de fácil execução, apresenta boa especificidade na detecção de hipertrofia ventricular em felinos, porém, possui baixa sensibilidade, com grande número de falsos negativos. Desta forma, o ECG auxilia no diagnóstico, mas não substitui o ecocardiograma na confirmação da hipertrofia ventricular.(AU)
Hypertrophic cardiomyopathy (HCM) is the most common feline heart disease and is characterized by increased cardiac mass with a hypertrophied and not dilated left ventricle. The echocardiography is the best noninvasive diagnostic tool for the differentiation of cardiomyopathies and is considered the gold standard for detection of ventricular hypertrophy present in HCM. Electrocardiographic changes are also common in animals with HCM and the electrocardiogram (ECG) is quick, easy and highly available screening test for the detection of ventricular hypertrophy in humans. In cats, few studies have been conducted regarding the sensitivity and specificity of ECG in detecting ventricular hypertrophy. With the intention of evaluating the use of ECG as a screening tool for diagnosis of HCM in cats, Persian cats (n=82) were evaluated by echocardiographic and electrocardiographic examinations. Animals with blocks and/or conduction disturbances were excluded from statistical analysis (n=22). Subsequently the animals included were classified as normal (n=38), suspicious (n=6) and affected by HCM (n=16). Statistical differences were observed in the P-wave amplitude in DII and R-wave amplitude in DII, CV6LL and CV6LU, with higher values in animals with HCM. Velocities and pressure gradient of aortic flow, left atrial diameter (LA) and LA/Ao ratio were higher in cats with HCM. Among the animals with ECG changes suggestive of left atrial enlargement (n=7), only two actually had LA enlargement on echocardiography, and among animals with left atrial enlargement on echocardiogram (n=7), only two had ECG changes suggestive of overload AE (40,4% of sensibility and 90,9% of specificity). Among the animals with ECG changes suggestive of left ventricular hypertrophy (n=6), five actually had ventricular hypertrophy on echocardiography, and among animals with HCM by echocardiography (n=16), only five showed electrocardiographic abnormalities suggestive of LV hypertrophy (31,25% of sensibility and 97,72% of specificity). We observed a positive correlation between diastolic thickness of the interventricular septum and/or left ventricular free wall and R-wave amplitude in DII and CV6LU. The electrocardiogram is quick and easy to perform, has good specificity in detecting ventricular hypertrophy in cats, however, has low sensitivity, with large numbers of false negative animals. Thus, the ECG assists in the diagnosis, but does not replace echocardiography in confirming ventricular hypertrophy.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Cardiomiopatia Hipertrófica/diagnóstico , Cardiomiopatia Hipertrófica/patologia , Cardiomiopatia Hipertrófica/veterinária , Eletrocardiografia/veterinária , Hipertrofia/patologia , Hipertrofia/veterinária , Cardiopatias/diagnóstico , Cardiopatias/patologia , Cardiopatias/veterinária , Hipertrofia Ventricular Esquerda/veterinária , Ventrículos do CoraçãoResumo
Hypertrophic cardiomyopathy (HCM) is the most common feline heart disease and is characterized by increased cardiac mass with a hypertrophied nondilated left ventricle. Myocardial dysfunction occurs in cats with HCM but less is known about dysfunctions in initial stages of HCM. A mutation in MYBPC-A31P gene has been identified in a colony of Maine Coon cats with HCM. However, the close correlation between genotype and phenotype still be inconclusive. Myocardial analysis by tissue Doppler imaging (TDI) is a noninvasive echocardiographic method to assess systolic and diastolic function that is more sensitive than conventional echocardiography. To evaluate diastolic and systolic function in cats with mutation, with or without ventricular hypertrophy, Maine Coon cats (n=57) were screened for mutation and examined with both echocardiography and TDI (pulsed tissue Doppler and color tissue Doppler methods). Then, were phenotypically classified in: normal (n=45), suspects (n=7) and HCM group (n=5); and genotypically classified in: negative (n=28), heterozygous (n=26) and homozygous group (n=3). Myocardial velocities (by pulsed and color tissue Doppler imaging) measured in the basal and mildventricular segment of the interventricular septal wall (IVS), left ventricular free wall (LVW), left ventricular anterior wall (LVAW), left ventricular posterior wall (LVPW) and radial segment of LVW, was compared among different groups. A decreased longitudinal Em velocities (pulsed tissue Doppler) at the mildventricular segment of LVW was observed in HCM cats compared with suspects and normal cats. A decreased longitudinal Em/Am (color tissue Doppler) at the basal segment of IVS was observed in HCM cats compared with suspects and normal cats. A significant increased longitudinal E/Em (color tissue Doppler) at the basal segment of IVS was observed in HCM cats compared with suspects and normal cats. And a significant decreased longitudinal Sm (color tissue Doppler) at the basal segment of the LVW was observed in heterozygous cats compared with negative cats, both without hypertrophy. There was a positive correlation between summated early and late diastolic velocities (Em/Am) and heart rate; and a positive correlation between Sm and Em velocities and heart rate, both in pulsed and in color TDI. TDI analyses are a new, valuable and reproducible method in cats that alone is not able to identify cats with mutation before myocardial hypertrophy. Despite high expectations regarding the use of TDI for early identification of individuals with HCM, there is still need for larger studies with greater numbers of individuals.(AU)
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a principal cardiopatia dos felinos e é caracterizada por hipertrofia miocárdica concêntrica, sem dilatação ventricular. Disfunções miocárdicas ocorrem em gatos com CMH, mas pouco se conhece a respeito destas alterações nos estágios iniciais da afecção. Em gatos da raça Maine Coon, a mutação no gene MyBPC-A31P está relacionada com a CMH de origem familial, porém, a correlação exata entre o genótipo e o fenótipo ainda é inconclusiva. A ecocardiografia tecidual é uma modalidade não invasiva que permite avaliação da função miocárdica e é mais sensível que a ecocardiografia convencional. Para avaliar as funções sistólica e diastólica, antes ou após a ocorrência de hipertrofia ventricular, gatos da raça Maine Coon (n=57), geneticamente testados para a mutação, foram avaliados por meio de ecocardiografias convencional e tecidual (nas modalidades Doppler tecidual pulsado e Doppler tecidual colorido). Posteriormente, foram fenotipicamente classificados em: normais (n=45), suspeitos (n=7) e acometidos pela CMH (n=5); e genotipicamente classificados em: negativos (n=28), heterozigotos (n=26) e homozigotos para a mutação (n=3). Valores de velocidades miocárdicas (Doppler tecidual pulsado e colorido) medidos na região basal e média do septo interventricular (SIV), da parede livre do ventrículo esquerdo (PVE), da parede anterior do ventrículo esquerdo (PAVE), da parede posterior do ventrículo esquerdo (PPVE) e do segmento radial da PVE, foram comparados nos diferentes grupos. Observou-se que as velocidades longitudinais Em (Doppler tecidual pulsado) na região média da PVE foram menores nos gatos com CMH quando comparados com suspeitos e normais. Os valores de Em/Am (Doppler tecidual colorido), na região basal do SIV, foram inferiores nos gatos com CMH quando comparados com suspeitos e normais. A relação E/Em (Doppler tecidual colorido), na região basal do SIV, foi maior nos gatos com CMH em relação aos suspeitos e normais, enquanto que os valores de Sm (Doppler tecidual colorido), em região basal da PVE, foram menores nos gatos heterozigotos quando comparados com os negativos, ambos sem hipertrofia ventricular. Observou-se correlação positiva entre a ocorrência de fusão das ondas Em e Am e a frequência cardíaca, assim como correlação positiva entre valores de Sm e Em e a frequência cardíaca (Doppler tecidual pulsado e colorido). A ecocardiografia tecidual é uma nova modalidade ecocardiográfica reprodutível em gatos que, isoladamente, não permite diferenciar gatos portadores da mutação antes do desenvolvimento de hipertrofia ventricular. Apresenta utilidade como auxílio no diagnóstico em fases iniciais, mas, apesar da expectativa para a identificação precoce de indivíduos portadores da CMH, ainda há necessidade de estudos mais extensos e com maior número de indivíduos.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Gatos/anormalidades , Cardiomiopatia Hipertrófica/veterinária , Ecocardiografia Doppler de Pulso/veterinária , Ecocardiografia Doppler em Cores/veterinária , Frequência Cardíaca , Pressão SanguíneaResumo
Background: Chronic degenerative mitral valve disease (CDMVD) continues to be the most common cause of heart failure (HF) in small breed dogs. Pimobendan (PIMO) is a mixed action drug with inotropic and vasodilator properties and is widely used to treat heart disease in dogs. Therefore, PIMO increases cardiac output, reduces both preload and afterload and increases myocardial contractility without increasing energy consumption and myocardial oxygen. Digoxin (DIG) is a cardiac glycoside acting through inhibition of the sarcolemmal Na+/K+ ATPase pump, hence increasing intracellular calcium. It exerts beneficial effects on left ventricular function, symptoms and exercise tolerance. The purpose of this prospective, randomized, double blind clinical trial was to evaluate the clinical response and QoLQ in heart failure (HF) dogs treated with digoxin or pimobendan in addition to conventional therapy (furosemide and benazepril).Materials, Methods & Results: Inclusion criteria: dogs in class III or stabilized class IV (NYHA). Exclusion criteria: use of positive inotrope and antiarrhythmic, presence of atrial fibrillation, renal or hepatic disease or neoplasia. Thirty three dogs were included and randomly assigned to DIG (n = 11), PIMO (n = 14) and placebo (PL) (n = 8) and followed up weekly. Data was evaluated for days zero, 7, 14 and 28. Increasing score was assigned to...(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Digoxina/administração & dosagem , Insuficiência Cardíaca/terapia , Insuficiência Cardíaca/veterinária , Valva Mitral/patologia , Cardiotônicos/administração & dosagem , Vasodilatadores/administração & dosagem , Vasodilatadores/análise , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina , FurosemidaResumo
Background: Chronic degenerative mitral valve disease (CDMVD) continues to be the most common cause of heart failure (HF) in small breed dogs. Pimobendan (PIMO) is a mixed action drug with inotropic and vasodilator properties and is widely used to treat heart disease in dogs. Therefore, PIMO increases cardiac output, reduces both preload and afterload and increases myocardial contractility without increasing energy consumption and myocardial oxygen. Digoxin (DIG) is a cardiac glycoside acting through inhibition of the sarcolemmal Na+/K+ ATPase pump, hence increasing intracellular calcium. It exerts beneficial effects on left ventricular function, symptoms and exercise tolerance. The purpose of this prospective, randomized, double blind clinical trial was to evaluate the clinical response and QoLQ in heart failure (HF) dogs treated with digoxin or pimobendan in addition to conventional therapy (furosemide and benazepril).Materials, Methods & Results: Inclusion criteria: dogs in class III or stabilized class IV (NYHA). Exclusion criteria: use of positive inotrope and antiarrhythmic, presence of atrial fibrillation, renal or hepatic disease or neoplasia. Thirty three dogs were included and randomly assigned to DIG (n = 11), PIMO (n = 14) and placebo (PL) (n = 8) and followed up weekly. Data was evaluated for days zero, 7, 14 and 28. Increasing score was assigned to...
Assuntos
Animais , Cães , Cardiotônicos/administração & dosagem , Digoxina/administração & dosagem , Insuficiência Cardíaca/terapia , Insuficiência Cardíaca/veterinária , Valva Mitral/patologia , Furosemida , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina , Vasodilatadores/administração & dosagem , Vasodilatadores/análiseResumo
A 10-year-old cat was admitted to the Jardim da Saúde Veterinary Center with a history of anorexia, prostration and jaundice. On physical examination, it was observed an abdominal enlargement. The ultrasound revealed polycystic liver disease and biliary duct obstruction. During cholecistoduodenostomy, several cystic structures were observed within the liver. Bile cytology was performed revealing the presence of Platynosomum fastosum eggs. Findings were consistent with Platynosomum fastosum infection associated with polycystic liver disease. Although uncommonly mentioned, infection by Platynosomum fastosum should be placed as a differential diagnosis in polycystic liver disease in cats, always taking into account the geographic location and the hunting habits of the cat.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Infecções por Trematódeos/diagnóstico por imagem , Doenças do Gato , Hepatopatias/microbiologia , Trematódeos/patogenicidadeResumo
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) em humanos é uma alteração neuromuscular hereditária, de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X e causada pela ausência ou disfunção da distrofina. Clinicamente, caracteriza-se por grave alteração na musculatura esquelética, resultando em morte precoce do indivíduo acometido. Em cães da raça Golden Retriever, a mutação que leva à distrofia muscular ocorre espontaneamente e a extensa homologia entre a patogênese da DMD e da distrofia muscular do Golden Retriever permite qualificar o cão como o principal substituto de humanos nos testes clínicos de novas terapias. O miocárdio deficiente em distrofina é mais vulnerável à sobrecarga de pressão e os pacientes com DMD podem desenvolver cardiomiopatia dilatada, hipertensão arterial e o eletrocardiograma pode se apresentar distintamente anormal. No presente estudo, foram avaliados exames eletrocardiográficos de 38 cães da raça Golden Retriever clinicamente sadios (20 animais de até 12 meses de idade e 18 animais entre 12 e 36 meses de idade), com a finalidade de se obter parâmetros para a padronização do eletrocardiograma nessa referida raça, o que futuramente poderá servir de referência na identificação de cães portadores ou afetados pela distrofia muscular. Os valores eletrocardiográficos obtidos encontraram-se dentro dos valores de normalidade e referência para as diferentes raças de cães; e as variáveis peso e idade alteraram significativamente a freqüência cardíaca e a amplitude do complexo QRS.(AU)
The Duchenne's muscular dystrophy (DMD) in humans is a X-linked neuromuscular disease, of recessive character, caused either by the absence or dysfunction of the dystrophin. Clinically, it is characterized by severe alteration in the skeletal musculature, resulting in precocious death. In Golden Retriever dogs, the mutation that takes to the muscular dystrophy happens spontaneously and the extensive homology among the pathogenesis of DMD and of Golden Retriever muscular dystrophy allows to qualify the dog as the main substitute of humans in the clinical tests of new therapies. The deficient myocardium in distrofin is more vulnerable to the pressure overload and the patients with DMD can develop dilated cardiomyopathy, arterial hypertension and the electrocardiogram can come distinctly abnormal. In the present study, 38 healthy Golden Retriever dogs were evaluated by electrocardiographic exam with the purpose to obtain parameters for the standardization of the electrocardiogram in the referred breed, what hereafter can serve as reference in the identification of bearer or affected dogs. Electrocardiographic values obtained were within normal values and reference for the various breeds of dogs, and the variables weight and age significantly altered heart rate and amplitude of the QRS complex.(AU)
Assuntos
Cães , Eletrocardiografia/métodos , Eletrocardiografia/veterinária , Padrões de Referência/estatística & dados numéricosResumo
A hipertensão arterial sistêmica é uma enfermidade que afeta tanto cães quanto gatos e apresenta grande importância na prática da clínica veterinária. É caracterizada pelo aumento sustentado da pressão arterial sistêmica sistólica e/ou diastólica e pode levar a consequências deletérias, principalmente em rins, coração, olhos e sistema nervoso central. Diferentes estudos já foram realizados para a avaliação de técnicas de medida da pressão arterial em cães, comparando diferentes técnicas, com animais em diversos estados de consciência e em diferentes posições. A faixa de normalidade pode variar fisiologicamente nos cães, principalmente de acordo com a raça, sexo, idade, temperamento, condições patológicas, exercícios e dieta. Sabendo-se que o Golden Retriever pode apresentar distrofia muscular canina ligada ao cromossomo X e pode desenvolver cardiomiopatia dilatada e hipertensão sistêmica, no presente estudo, fez-se a mensuração da pressão arterial (por meio de dispositivo de Doppler) em 38 cães clinicamente sadios da referida raça com o propósito de obter parâmetros cardiovasculares que possam servir de referência. A partir dos resultados, pôde-se concluir que alterações significativas no peso corpóreo, principalmente dos três aos seis meses de idade, influenciam nos valores de pressão arterial; que a pressão arterial sistólica é maior em machos do que em fêmeas; e que os valores de pressão arterial são variáveis dentro de uma mesma raça canina.(AU)
Arterial hypertension is a disease that affects both dogs and cats and presents great importance in veterinary clinic practice. It is characterized by sustained increase in systolic blood pressure systemic and / or diastolic and can cause deleterious consequences, especially in kidney, heart, eyes and central nervous system. Different studies have been conducted for the evaluation of techniques for measuring blood pressure in dogs, comparing different techniques, with animals in various states of consciousness and in different positions. The range of normality can vary physiologically in dogs, mainly according to breed, sex, age, temperament, pathological conditions, exercise and diet. Knowing that the Golden Retriever can submit muscular dystrophy canine linked to chromosome X and can develop dilated cardiomyopathy and systemic hypertension, in this study, the blood pressure (with Doppler) of 38 clinically healthy dogs of that breed was measure with the purpose to obtain parameters that could serve as a reference. From the results, we concluded that significant changes in body weight, mainly from three to six months, influence the blood pressure values, whereas systolic blood pressure is higher in males than in females, and that the pressure values pressure are variables within the same breed of dog.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Determinação da Pressão Arterial , Ultrassonografia Doppler , Hipertensão/veterinária , Valores de ReferênciaResumo
The Duchenne's muscular dystrophy (DMD) in humans is a recessive X-linked neuromuscular disease, caused either by the absence or dysfunction of the dystrophin. Clinically it is characterized by severe alteration in the skeletal musculature, resulting in precocious death of the affected patient. In Golden Retriever dogs, the mutation that determines the muscular dystrophy occurs spontaneously and the extensive homology among the pathogenesis of DMD and of Golden Retriever muscular dystrophy allows to qualify the dog as the main substitute of humans in the clinical tests of new therapies. The deficient myocardium in dystrophin is more vulnerable to the pressure overload, and the patients with DMD can develop dilated cardiomyopathy as well as arterial hypertension; in echocardiography, diastolic function abnormalities are verified and systolic inadequacy can be observed in some old patients. In the present study, 41 healthy Golden Retriever dogs were evaluated by echocardiographic exam with the purpose to obtain parameters for the standardization of these cardiovascular characteristics in the refered breed, what hereafter can be used as reference in the identification of bearer or affected dogs by muscular dystrophy.
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) em humanos é uma alteração neuromuscular hereditária, de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X e causada pela ausência ou disfunção da distrofina. Clinicamente, caracteriza-se por severa alteração na musculatura esquelética, resultando em morte precoce do indivíduo acometido. Em cães da raça Golden Retriever, a mutação que leva à distrofia muscular ocorre espontaneamente e a extensa homologia entre a patogênese da DMD e da distrofia muscular do Golden Retriever permite qualificar o cão como principal substituto de humanos nos testes clínicos de novas terapias. O miocárdio deficiente em distrofina é mais vulnerável à sobrecarga de pressão e os pacientes com DMD podem desenvolver cardiomiopatia dilatada e hipertensão arterial; à ecocardiografia, verificam-se anormalidades na função diastólica, além de insuficiência sistólica em alguns pacientes mais velhos. No presente estudo, 41 cães da raça Golden Retriever, clinicamente sadios, foram submetidos ao exame ecocardiográfico com a finalidade de se obterem os citados parâmetros na referida raça, o que futuramente poderá servir de referência na identificação de cães portadores ou afetados pela distrofia muscular.
Resumo
The Duchenne's muscular dystrophy (DMD) in humans is a recessive X-linked neuromuscular disease, caused either by the absence or dysfunction of the dystrophin. Clinically it is characterized by severe alteration in the skeletal musculature, resulting in precocious death of the affected patient. In Golden Retriever dogs, the mutation that determines the muscular dystrophy occurs spontaneously and the extensive homology among the pathogenesis of DMD and of Golden Retriever muscular dystrophy allows to qualify the dog as the main substitute of humans in the clinical tests of new therapies. The deficient myocardium in dystrophin is more vulnerable to the pressure overload, and the patients with DMD can develop dilated cardiomyopathy as well as arterial hypertension; in echocardiography, diastolic function abnormalities are verified and systolic inadequacy can be observed in some old patients. In the present study, 41 healthy Golden Retriever dogs were evaluated by echocardiographic exam with the purpose to obtain parameters for the standardization of these cardiovascular characteristics in the refered breed, what hereafter can be used as reference in the identification of bearer or affected dogs by muscular dystrophy.
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) em humanos é uma alteração neuromuscular hereditária, de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X e causada pela ausência ou disfunção da distrofina. Clinicamente, caracteriza-se por severa alteração na musculatura esquelética, resultando em morte precoce do indivíduo acometido. Em cães da raça Golden Retriever, a mutação que leva à distrofia muscular ocorre espontaneamente e a extensa homologia entre a patogênese da DMD e da distrofia muscular do Golden Retriever permite qualificar o cão como principal substituto de humanos nos testes clínicos de novas terapias. O miocárdio deficiente em distrofina é mais vulnerável à sobrecarga de pressão e os pacientes com DMD podem desenvolver cardiomiopatia dilatada e hipertensão arterial; à ecocardiografia, verificam-se anormalidades na função diastólica, além de insuficiência sistólica em alguns pacientes mais velhos. No presente estudo, 41 cães da raça Golden Retriever, clinicamente sadios, foram submetidos ao exame ecocardiográfico com a finalidade de se obterem os citados parâmetros na referida raça, o que futuramente poderá servir de referência na identificação de cães portadores ou afetados pela distrofia muscular.
Resumo
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a principal cardiopatia dos felinos e é caracterizada por hipertrofia miocárdica concêntrica, sem dilatação ventricular. Disfunções miocárdicas ocorrem em gatos com CMH, mas pouco se conhece a respeito destas alterações nos estágios iniciais da afecção. Em gatos da raça Maine Coon, a mutação no gene MyBPC-A31P está relacionada com a CMH de origem familial, porém, a correlação exata entre o genótipo e o fenótipo ainda é inconclusiva. A ecocardiografia tecidual é uma modalidade não invasiva que permite avaliação da função miocárdica e é mais sensível que a ecocardiografia convencional. Para avaliar a função sistólica e diastólica, antes ou após a ocorrência de hipertrofia ventricular, gatos da raça Maine Coon (n=57), geneticamente testados para a mutação, foram avaliados por meio de ecocardiografia convencional e tecidual (nas modalidades Doppler tecidual pulsado, Doppler tecidual colorido e strain). Posteriormente, foram fenotipicamente classificados em: normais (n=45), suspeitos (n=7) e acometidos pela CMH (n=5); e genotipicamente classificados em: negativos (n=28), heterozigotos (n=26) e homozigotos para a mutação (n=3). Valores de velocidades miocárdicas (Doppler tecidual pulsado e colorido) e valores de strain, medidos na região basal e média do septo interventricular (SIV), da parede livre do ventrículo esquerdo (PVE), da parede anterior do ventrículo esquerdo (PAVE), da parede posterior do ventrículo esquerdo (PPVE) e do segmento radial da PVE, foram comparados nos diferentes grupos. Observou-se que as velocidades longitudinais Em (Doppler tecidual pulsado) na região média da PVE foram menores nos gatos com CMH quando comparados com suspeitos e normais. Os valores de Em/Am (Doppler tecidual colorido), na região basal do SIV, foram inferiores nos gatos com CMH quando comparados com suspeitos e normais. A relação E/Em (Doppler tecidual colorido), na região basal do SIV, foi maior nos gatos com CMH em relação aos suspeitos e normais. E os valores de Sm (Doppler tecidual colorido), em região basal da PVE, foram menores nos gatos heterozigotos em relação aos negativos, ambos sem hipertrofia ventricular. Observou-se correlação positiva entre a ocorrência de fusão das ondas Em e Am e a frequência cardíaca; e correlação positiva entre valores de Sm e Em e a frequência cardíaca (Doppler tecidual pulsado e colorido). Enquanto à ecocardiografia convencional observou-se um estado de contratilidade aparentemente normal, os valores de strain (em região média do SIV) nos gatos com CMH foram inferiores aos dos gatos normais. Valores de strain (em região basal da PAVE) também foram menores nos gatos heterozigotos em relação aos negativos, antes mesmo da hipertrofia ventricular. Observou-se correlação negativa entre valores de strain e espessura miocárdica. A ecocardiografia tecidual é uma nova modalidade ecocardiográfica reprodutível em gatos que, isoladamente, não permite a identificação de gatos com mutação antes do desenvolvimento de hipertrofia. O strain possibilita a detecção de anormalidades sistólicas em gatos da raça Maine Coon, apesar da aparente normalidade à ecocardiografia convencional. Apesar da expectativa em relação ao uso da ecocardiografia tecidual para a identificação precoce de indivíduos portadores da CMH, ainda há necessidade de estudos mais extensos e com maior número de indivíduos
Hypertrophic cardiomyopathy (HCM) is the most common feline heart disease and is characterized by increased cardiac mass with a hypertrophied nondilated left ventricle. Myocardial dysfunction occurs in cats with HCM but less is known about dysfunctions in initial stages of HCM. A mutation in MYBPC-A31P gene has been identified in a colony of Maine Coon cats with HCM. However, the close correlation between genotype and phenotype still be inconclusive. Myocardial analysis by tissue Doppler imaging (TDI) is a noninvasive echocardiographic method to assess systolic and diastolic function that is more sensitive than conventional echocardiography. To evaluate diastolic and systolic function in cats with mutation, with or without ventricular hypertrophy, Maine Coon cats (n=57) were screened for mutation and examined with both echocardiography and TDI (pulsed tissue Doppler, color tissue Doppler and Strain methods). Then, were phenotypically classified in: normal (n=45), suspects (n=7) and HCM group (n=5); and genotypically classified in: negative (n=28), heterozygous (n=26) and homozygous group (n=3). Myocardial velocities (by pulsed and color tissue Doppler imaging) and peak myocardial strain, measured in the basal and mildventricular segment of the interventricular septal wall (IVS), left ventricular free wall (LVW), left ventricular anterior wall (LVAW), left ventricular posterior wall (LVPW) and radial segment of LVW, was compared among different groups. A decreased longitudinal Em velocities (pulsed tissue Doppler) at the mildventricular segment of LVW was observed in HCM cats compared with suspects and normal cats. A decreased longitudinal Em/Am (color tissue Doppler) at the basal segment of IVS was observed in HCM cats compared with suspects and normal cats. A significant increased longitudinal E/Em (color tissue Doppler) at the basal segment of IVS was observed in HCM cats compared with suspects and normal cats. And a significant decreased longitudinal Sm (color tissue Doppler) at the basal segment of the LVW was observed in heterozygous cats compared with negative cats, both without hypertrophy. There was a positive correlation between summated early and late diastolic velocities (EmAm) and heart rate; and a positive correlation between Sm and Em velocities and heart rate, both in pulsed and in color TDI. Whereas conventional echocardiography demonstrated an apparently normal contractile state, myocardial strain (at mildventricular segment of IVS) in HCM cats was decreased compared with normal group. Myocardial strain (at basal segment of LVAW) also was decreased in heterozygous cats compared with negative group; and was decreased in heterozygous cats compared with negative group, both without ventricular hypertrophy. And there was a negative correlation between strain values and wall thickness. TDI analyses are a new, valuable and reproducible method in cats that alone is not able to identify cats with mutation before myocardial hypertrophy. Strain method allows noninvasive detection of abnormal systolic deformation in Maine Coons cats with HCM mutation despite apparently normal left ventricular systolic function. Despite high expectations regarding the use of TDI for early identification of individuals with HCM, there is still need for larger studies with greater numbers of individuals
Resumo
A 10-year-old cat was admitted to the Jardim da Saúde Veterinary Center with a history of anorexia, prostration and jaundice. On physical examination, it was observed an abdominal enlargement. The ultrasound revealed polycystic liver disease and biliary duct obstruction. During cholecistoduodenostomy, several cystic structures were observed within the liver. Bile cytology was performed revealing the presence of Platynosomum fastosum eggs. Findings were consistent with Platynosomum fastosum infection associated with polycystic liver disease. Although uncommonly mentioned, infection by Platynosomum fastosum should be placed as a differential diagnosis in polycystic liver disease in cats, always taking into account the geographic location and the hunting habits of the cat.