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Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-201226

Resumo

A valorização de animais com alto desempenho funcional e alto valor zootécnico, fez com que a criação desses animais fosse conduzida em alta escala, concentrando muitas vezes uma mesma linhagem, a fim de acelerar o melhoramento e valorizar seus produtos. Com isso, a consanguinidade é uma realidade dentro das criações. Além disso, deu-se a modificação dos hábitos alimentares naturais do cavalo, alterando substancialmente o padrão de mastigação. Com isso, as mais variadas alterações odontológicas passaram a ter influência no desenvolvimento e performance. A odontologia equina não está incluída nos critérios de seleção de animais para a reprodução, principalmente devido a ausência de estudos correlacionando anormalidades odontológicas com a genealogia e desempenho. Entretanto, isto é muito importante, pois orientará o criador para evitar efeitos indesejáveis da endogamia. Entre as anormalidades odontológicas o dente de lobo ou pré-molar 1 (PM1) é a mais frequente. Com base nisto, este estudo teve o objetivo de avaliar a incidência do PM1 e identificar os fatores que contribuem para sua variação em uma amostra de 443 equinos, machos e fêmeas da raça Crioula examinados clinicamente, entre os anos de 2013 e 2014. Um total de 223 (50,34%) de animais apresentaram o primeiro pré-molar. Avaliações usando qui-duadrado (2) não identificaram nenhuma associação significativa (P=0,4648) entre sexo e a presença do primeiro pré-molar. As percentagens de ocorrência de acordo com a posição 105, 205 e ambas (105-205) foram respectivamente, 6,32%, 7,00% e 37,02%. Houve uma associação significativa (P < 0,0001) entre a idade do animal (grupos de I, II e III) e a presença de dente de lobo. A maior frequência de dente de lobo foi observada em animais do grupo I (idade de 1 a 3 anos) e a menor em animais do grupo III (acima de 10 anos). Houve uma associação também significativa entre linhagens (brasileira, uruguaia e chilena) e a presença de dente de lobo. A maior incidência de dente de lobo ocorreu na linhagem uruguaia (66,67%) e a menor na linhagem brasileira (46,35%). A consanguinidade avaliada na população analisada variou entre 0,0 e 0,2812. A consanguinidade média (erro padrão) em machos foi de 0,015 (0,026) e em fêmeas 0,009 (0,021). As consanguinidades entre 9 animais sem e com dente de lobo foram: 0,011 (0,025) e 0,015 (0,024) respectivamente. As consanguinidade média e erros padrão de acordo com os grupos de idade (I, II e III) foram: 0,016 (0,021), 0,014 (0,027) e 0,007 (0,019) respectivamente. As médias de consanguinidade e desvio padrão de acordo com as linhagens (brasileira, chilena e uruguaia) foram: 0,009 (0,019), 0,011 (0,012) e 0,023 (0,032) respectivamente.Dos 443 animais coletados foram escolhidos 50 para análise do gene MSX1, sendo 25 com presença de dente de lobo e 25 sem esta alteração. Estas 50 amostras foram submetidas a análise de SSCP e sequenciamento para verificação de polimorfismo no primeiro exon do gene MSX1. Embora nenhuma relação de causa tenha sido estabelecida entre o exon I do gene MSX1 e a presença de dente de lobo, esta é a primeira tentativa de relacionar este tipo de alteração dentária e gene homeobox em equinos. Podemos concluir neste estudo que há uma forte relação entre dente de lobo com idade e linhagem, mas não há influência do sexo sobre esta alteração dentária. Uma grande influência genética também existe, pois há uma expressão mais forte (ocorrência) desta anomalia na arcada dentária superior. De forma especulativa podemos dizer que estas associações observadas neste trabalho sejam em parte devido aos níveis de consanguinidades apresentados pelos animais avaliados.


The placement values in high functional performance animals and high value livestock, made the breeding of these individuals wascarried out in high scale, focusing often the same lineages in order to accelerate the improvement and enhance their products. So, inbreeding is a reality within the creations. In addition, there was the modification of natural horse eating habits, substantially altering the pattern of chewing. With this, the most varied dental disorders started to have an influence in the performance. Equine dentistry is not included in the selection criteria of animals for reproduction, mainly due to lack of studies correlating dental abnormalities with genealogy and athletic performance. However, this is very important, as it will guide the breeder to avoid undesirable effects of inbreeding. Among the dental abnormalities wolf tooth or premolar 1 (PM1) is the most frequent. On this basis, this study aimed to assess the impact of PM1 and identify the factors contributing to the variation in a sample of 443 horses, male and female of the Criollo breed examined clinically, between the years 2013 and 2014. Two hundred and twenty three out of 443 animals, (approximately 50.34%), showed the first premolar. Assessments using chi-square (2) did not identify any significant association (P = 0.4648) between sex and the presence of the first premolar. The percentages of occurrence in accordance with the position 105, 205 and both (105-205) were, respectively 6.32%, 7.00% and 37.02%. There was a significant association (P <0.0001) between the age of the animal (groups 1-3) and the presence of wolf tooth. The highest frequency of wolf tooth wasobserved in animals from group I (age 1-3 years) and the lowest in animals of group III (above 10 years). There was also a significant association (P=0.0004) between lineages (Brazilian, Uruguayan and Chilean) and the presence of wolf tooth. The highest incidence of wolf tooth occurred in the Uruguayan lineage (66.67%) and the lowest in the Brazilian strain (46.35%). Inbreeding evaluated in the study population ranged from 0.0 to 0.2812. The average inbreeding (standard error) in males was 0.015 (0.026) and females 0.009 (0.021). The inbreeding among animals with and without wolf tooth were 0.011 (0.025) and 0.015 (0.024) respectively. The mean and standard errors from inbreeding 11 coefficientin accordance with age groups (I, II and III) were 0.016 (0.021) 0.014 (0.027) and 0.007 (0.019), respectively. The mean and standard deviation of consanguinity according to the lineages (Brazilian, Chilean and Uruguayan) were 0.009 (0.019) 0.011 (0.012) and 0.023 (0.032), respectively. Fifty out of 443 animals were selected for genetic analysis, 25 with the presence of wolf tooth and 25 without this change. Genomic DNA was extracted from whole blood and checked on 1% agarose gel. These 50 samples were subjected to SSCP analysis and sequencing to check polymorphism in the first exon of the gene MSX1. Although no causal relationship has been established between exon I of MSX1 gene and the presence of wolf tooth, this is the first attempt to relate this kind of change and homeobox gene in horses. We can conclude from this study that there is a strong relationship between wolf tooth with age and lineage, but there is no influence of gender on this dental anomaly. A large genetic influence also exists because there is a stronger expression (occurrence) of this anomaly in the upper dental arch. Speculatively,we can say that these associations observed in this study are partly due to inbrreding levels presented by the evaluated animals.

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