Resumo
Descrevem-se os aspectos epidemiológicos das doenças causadas por fungos e oomicetos na população de equinos na região sudeste do Rio Grande do Sul, estabelecendo as taxas epidemiológicas, suas causas e sua importância sanitária na região. Foi realizada a epidemiologia descritiva por meio do cálculo da incidência das doenças encontradas ao longo dos anos e verificada a existência de associação entre a ocorrência dessas enfermidades e o sexo, a raça e a estação do ano. Entre os anos de 1978 e 2014 a pitiose teve prevalência de 49,71% (86/173), as micotoxicoses 30,05% (52/173), sendo 45 casos de leucoencefalomalácia e sete de ergotismo. As micoses tiveram prevalência de 19,65% (34/173), sendo as dermatofitoses as mais prevalentes com 58,82% (20/34) dos casos. As espécies de dermatófitos mais frequentemente isoladas foram Trichophyton mentagrophytes 60% (12/20), Trichophyton equinum 25% (5/20) e Microsporum gypseum, Microsporum canis e Trichophyton verrucosum ambos responsáveis por 5% (1/20) das infecções. Rinosporidiose foi diagnosticada em 35,29% (12/34) dos casos. Micoses uterinas causadas por Candida albicans e Cryptococcus laurentii foram observadas em 5,88% (2/34) dos casos. Alergia por Cladosporium sp. teve um registro. De acordo com as incidências calculadas entre 1990 e 2014 a pitiose teve incidência mediana (IM) 2,98 e distância interquartil (DI) =3,82, as fêmeas tiveram chance 4,18 vezes maiores de desenvolver a doença, a enfermidade ocorre independente das estações climáticas. A leucoencefalomalácia teve IM=0,0; DI 1,00 e equinos machos tiveram 3,4 vezes mais chance de desenvolver a doença que fêmeas, no inverno a possibilidade de ocorrência dessa enfermidade foi seis vezes maior. O ergotismo teve IM = 0,00; DI = 0,000, rinosporidiose IM=0,00; DI=0,088 e dermatofitose IM=0,00; DI=0,935. A pitiose foi mais prevalente entre as doenças encontradas, podendo ser considerada endêmica na região. Considera-se que a magnitude das doenças possa ser ainda maior dentro do rebanho equino, uma vez que as doenças descritas não são de notificação obrigatória e algumas são bem conhecidas por veterinários e proprietários, que muitas vezes não fazem a confirmação laboratorial do diagnóstico.(AU)
The epidemiological aspects of diseases caused by fungi and oomycetes in horses in southeastern Rio Grande do Sul, Brazil, is described. The epidemiological rates, their causes, and health importance in the region were established. A descriptive epidemiology study was carried out in relation of potential risk factors. The impact on these diseases in the region was measured. From 1978 to 2014, pythiosis had a prevalence of 49.71% (86/173), and mycotoxicoses of 30.05% (52/173), with 45 cases of leukoencephalomalacia and 7 of ergotism. The prevalence of fungal infections was 19.65% (34/173) of cases. Dermatophytosis was the most prevalent fungal infection with 58.82% (20/34) of cases. The most isolated dermatophyte species were Trichophyton mentagrophytes 60% (12/20), Trichophyton equinum 25% (5/20) and Microsporum gypseum, Microsporum canis, and Trichophyton verrucosum, both responsible for 5% (1/20) of infections. Rhinosporidose was diagnosed in 35.29% (12/34) of cases. Uterine mycosis caused by Candida albicans and Cryptococcus laurentii was observed at 5.88% (2/34) of cases. Cladosporium sp. allergy was noted in one record. According to the incidence from 1990 to 2014, pythiosis had median incidence (MI) of 2.98 and interquartile range (DI) of 3.82. Mares were 4.18 times likely to develop the disease then males. The disease occurs in the region in every season. Leukoencephalomalacia had MI of 0.0; DI 1.00 and male horses were 3.4 times more likely than mares to develop the disease. Leukoencephalomalacia was 6 times more likely to occur during winter. Ergotism had MI of 0.00; DI of 0.000, rhinosporidiosis MI of 0.00, DI of 0.088 and ringworm MI of 0.00, and DI of 0.935. In the study pythiosis had the highest prevalence among the diseases observed, and may be considered endemic in the region. The magnitude of the diseases observed may be even greater within the equine herd, since these diseases are not of obligatory notification and some are well known by veterinarians and owners, who often do not obtain a laboratory confirmation of the diagnosis.(AU)
Assuntos
Animais , Micotoxicose/epidemiologia , Pitiose/epidemiologia , Cavalos/microbiologia , Micoses/epidemiologiaResumo
Descrevem-se os aspectos epidemiológicos das doenças causadas por fungos e oomicetos na população de equinos na região sudeste do Rio Grande do Sul, estabelecendo as taxas epidemiológicas, suas causas e sua importância sanitária na região. Foi realizada a epidemiologia descritiva por meio do cálculo da incidência das doenças encontradas ao longo dos anos e verificada a existência de associação entre a ocorrência dessas enfermidades e o sexo, a raça e a estação do ano. Entre os anos de 1978 e 2014 a pitiose teve prevalência de 49,71% (86/173), as micotoxicoses 30,05% (52/173), sendo 45 casos de leucoencefalomalácia e sete de ergotismo. As micoses tiveram prevalência de 19,65% (34/173), sendo as dermatofitoses as mais prevalentes com 58,82% (20/34) dos casos. As espécies de dermatófitos mais frequentemente isoladas foram Trichophyton mentagrophytes 60% (12/20), Trichophyton equinum 25% (5/20) e Microsporum gypseum, Microsporum canis e Trichophyton verrucosum ambos responsáveis por 5% (1/20) das infecções. Rinosporidiose foi diagnosticada em 35,29% (12/34) dos casos. Micoses uterinas causadas por Candida albicans e Cryptococcus laurentii foram observadas em 5,88% (2/34) dos casos. Alergia por Cladosporium sp. teve um registro. De acordo com as incidências calculadas entre 1990 e 2014 a pitiose teve incidência mediana (IM) 2,98 e distância interquartil (DI) =3,82, as fêmeas tiveram chance 4,18 vezes maiores de desenvolver a doença, a enfermidade ocorre independente das estações climáticas. A leucoencefalomalácia teve IM=0,0; DI 1,00 e equinos machos tiveram 3,4 vezes mais chance de desenvolver a doença que fêmeas, no inverno a possibilidade de ocorrência dessa enfermidade foi seis vezes maior. O ergotismo teve IM = 0,00; DI = 0,000, rinosporidiose IM=0,00; DI=0,088 e dermatofitose IM=0,00; DI=0,935. A pitiose foi mais prevalente entre as doenças encontradas, podendo ser considerada endêmica na região. Considera-se que a magnitude das doenças possa ser ainda maior dentro do rebanho equino, uma vez que as doenças descritas não são de notificação obrigatória e algumas são bem conhecidas por veterinários e proprietários, que muitas vezes não fazem a confirmação laboratorial do diagnóstico.(AU)
The epidemiological aspects of diseases caused by fungi and oomycetes in horses in southeastern Rio Grande do Sul, Brazil, is described. The epidemiological rates, their causes, and health importance in the region were established. A descriptive epidemiology study was carried out in relation of potential risk factors. The impact on these diseases in the region was measured. From 1978 to 2014, pythiosis had a prevalence of 49.71% (86/173), and mycotoxicoses of 30.05% (52/173), with 45 cases of leukoencephalomalacia and 7 of ergotism. The prevalence of fungal infections was 19.65% (34/173) of cases. Dermatophytosis was the most prevalent fungal infection with 58.82% (20/34) of cases. The most isolated dermatophyte species were Trichophyton mentagrophytes 60% (12/20), Trichophyton equinum 25% (5/20) and Microsporum gypseum, Microsporum canis, and Trichophyton verrucosum, both responsible for 5% (1/20) of infections. Rhinosporidose was diagnosed in 35.29% (12/34) of cases. Uterine mycosis caused by Candida albicans and Cryptococcus laurentii was observed at 5.88% (2/34) of cases. Cladosporium sp. allergy was noted in one record. According to the incidence from 1990 to 2014, pythiosis had median incidence (MI) of 2.98 and interquartile range (DI) of 3.82. Mares were 4.18 times likely to develop the disease then males. The disease occurs in the region in every season. Leukoencephalomalacia had MI of 0.0; DI 1.00 and male horses were 3.4 times more likely than mares to develop the disease. Leukoencephalomalacia was 6 times more likely to occur during winter. Ergotism had MI of 0.00; DI of 0.000, rhinosporidiosis MI of 0.00, DI of 0.088 and ringworm MI of 0.00, and DI of 0.935. In the study pythiosis had the highest prevalence among the diseases observed, and may be considered endemic in the region. The magnitude of the diseases observed may be even greater within the equine herd, since these diseases are not of obligatory notification and some are well known by veterinarians and owners, who often do not obtain a laboratory confirmation of the diagnosis.(AU)
Assuntos
Animais , Micotoxicose/epidemiologia , Pitiose/epidemiologia , Cavalos/microbiologia , Micoses/epidemiologiaResumo
ABSTRACT: The epidemiological aspects of diseases caused by fungi and oomycetes in horses in southeastern Rio Grande do Sul, Brazil, is described. The epidemiological rates, their causes, and health importance in the region were established. A descriptive epidemiology study was carried out in relation of potential risk factors. The impact on these diseases in the region was measured. From 1978 to 2014, pythiosis had a prevalence of 49.71% (86/173), and mycotoxicoses of 30.05% (52/173), with 45 cases of leukoencephalomalacia and 7 of ergotism. The prevalence of fungal infections was 19.65% (34/173) of cases. Dermatophytosis was the most prevalent fungal infection with 58.82% (20/34) of cases. The most isolated dermatophyte species were Trichophyton mentagrophytes 60% (12/20), Trichophyton equinum 25% (5/20) and Microsporum gypseum, Microsporum canis, and Trichophyton verrucosum, both responsible for 5% (1/20) of infections. Rhinosporidose was diagnosed in 35.29% (12/34) of cases. Uterine mycosis caused by Candida albicans and Cryptococcus laurentii was observed at 5.88% (2/34) of cases. Cladosporium sp. allergy was noted in one record. According to the incidence from 1990 to 2014, pythiosis had median incidence (MI) of 2.98 and interquartile range (DI) of 3.82. Mares were 4.18 times likely to develop the disease then males. The disease occurs in the region in every season. Leukoencephalomalacia had MI of 0.0; DI 1.00 and male horses were 3.4 times more likely than mares to develop the disease. Leukoencephalomalacia was 6 times more likely to occur during winter. Ergotism had MI of 0.00; DI of 0.000, rhinosporidiosis MI of 0.00, DI of 0.088 and ringworm MI of 0.00, and DI of 0.935. In the study pythiosis had the highest prevalence among the diseases observed, and may be considered endemic in the region. The magnitude of the diseases observed may be even greater within the equine herd, since these diseases are not of obligatory notification and some are well known by veterinarians and owners, who often do not obtain a laboratory confirmation of the diagnosis.
RESUMO: Descrevem-se os aspectos epidemiológicos das doenças causadas por fungos e oomicetos na população de equinos na região sudeste do Rio Grande do Sul, estabelecendo as taxas epidemiológicas, suas causas e sua importância sanitária na região. Foi realizada a epidemiologia descritiva por meio do cálculo da incidência das doenças encontradas ao longo dos anos e verificada a existência de associação entre a ocorrência dessas enfermidades e o sexo, a raça e a estação do ano. Entre os anos de 1978 e 2014 a pitiose teve prevalência de 49,71% (86/173), as micotoxicoses 30,05% (52/173), sendo 45 casos de leucoencefalomalácia e sete de ergotismo. As micoses tiveram prevalência de 19,65% (34/173), sendo as dermatofitoses as mais prevalentes com 58,82% (20/34) dos casos. As espécies de dermatófitos mais frequentemente isoladas foram Trichophyton mentagrophytes 60% (12/20), Trichophyton equinum 25% (5/20) e Microsporum gypseum, Microsporum canis e Trichophyton verrucosum ambos responsáveis por 5% (1/20) das infecções. Rinosporidiose foi diagnosticada em 35,29% (12/34) dos casos. Micoses uterinas causadas por Candida albicans e Cryptococcus laurentii foram observadas em 5,88% (2/34) dos casos. Alergia por Cladosporium sp. teve um registro. De acordo com as incidências calculadas entre 1990 e 2014 a pitiose teve incidência mediana (IM) 2,98 e distância interquartil (DI) =3,82, as fêmeas tiveram chance 4,18 vezes maiores de desenvolver a doença, a enfermidade ocorre independente das estações climáticas. A leucoencefalomalácia teve IM=0,0; DI 1,00 e equinos machos tiveram 3,4 vezes mais chance de desenvolver a doença que fêmeas, no inverno a possibilidade de ocorrência dessa enfermidade foi seis vezes maior. O ergotismo teve IM = 0,00; DI = 0,000, rinosporidiose IM=0,00; DI=0,088 e dermatofitose IM=0,00; DI=0,935. A pitiose foi mais prevalente entre as doenças encontradas, podendo ser considerada endêmica na região. Considera-se que a magnitude das doenças possa ser ainda maior dentro do rebanho equino, uma vez que as doenças descritas não são de notificação obrigatória e algumas são bem conhecidas por veterinários e proprietários, que muitas vezes não fazem a confirmação laboratorial do diagnóstico.
Resumo
Micoses são doenças infecciosas causadas pelo desenvolvimento e multiplicação de fungos patogênicos em diferentes tecidos e órgãos com manifestações clínicas bastante variadas. Dermatologicamente, estas infecções podem ser classificadas de acordo com a localização do agente em micoses superficiais, cutâneas e subcutâneas, representadas respectivamente pelos fungos Malassezia pachydermtis, dermatófitos, principalmente Microsporum canis,e Sporothrix schenckii. Nas últimas décadas, a utilização crescente de terapias imunossupressivas, o surgimento de infecções retrovirais, em humanos e animais, foram decisivas para a emergência de doenças oportunistas, sendo as doenças fúngicas uma das mais importantes. Além disso, algumas das infecções fúngicas são zoonoses e tem grande importância em saúde pública. O presente trabalho se propôs a realizar detalhada revisão de literatura com o objetivo de fornecer informações relevantes a respeito dos aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos das principais dermatopatias fúngicas na clínica de pequenos animais.
Mycoses are infectious diseases caused by the development and multiplication of pathogenic fungi in different tissues and organs with various clinical manifestations. Dermatologically, these infections can be classified according to the location of the agent in superficial mycoses, cutaneous and subcutaneous, represented respectively by the fungus Malassezia pachydermtis, dermatophytes, mainly Microsporum canisand Sporothrix schenckii. In recent decades the increasing use of immunosuppressive therapies, emergence of retroviral infections in humans and animals have been crucial to the emergence of opportunistic infections like fungal diseases. Besides, some of fungal infections are zoonoses and have important implications in public health. This study aimed to perform a detailed review about the clinical features, diagnosis and treatment of major fungal skin diseases in small animal clinic
Assuntos
Esporotricose , Tinha , Dermatomicoses/diagnóstico , Dermatomicoses/terapia , Dermatomicoses/veterináriaResumo
Sporothrix schenckii is the etiological agent of the sporotrichosis in animals and humans being this mycosis of greatimportance in public health. Due to clinical, epidemiological and molecular differences described in other studies, this studyevaluated phenotypic and thermotolerance characteristics of 36 S. schenckii isolates from clinical cases of feline, canine andhuman sporotrichosis, four environmental isolates and two reference strains. Forty-two S. schenckii isolates from five townsof the south region of the Rio Grande do Sul, Brazil were utilized to phenotypic analyses, thermotolerance and conversion tothe yeast phase. Cultured isolates on lactrimel agar, Sabouraud dextrose agar added chloramphenicol and potato dextroseagar at 25 and 35oC showed differences in the colonies morphology and growth time (p=0,026) among reference strains and,clinical and environmental isolates. In the thermotolerance evaluation 26.2 % isolates were capable of growth at 41oC. Allisolates presented conversion to the yeast phase. Microscopic morphologies study showed statistical differences (p 0,01)among clinical isolates of felines and other species in relation to sessile pigmented and sympodial conidia. Our resultsdemonstrated morphological differences among S. schenckii clinical and environmental isolates of a same region and angreat probability of development of clinical forms disseminate
Resumo
Micoses são doenças infecciosas causadas pelo desenvolvimento e multiplicação de fungos patogênicos em diferentes tecidos e órgãos com manifestações clínicas bastante variadas. Dermatologicamente, estas infecções podem ser classificadas de acordo com a localização do agente em micoses superficiais, cutâneas e subcutâneas, representadas respectivamente pelos fungos Malassezia pachydermtis, dermatófitos, principalmente Microsporum canis, e Sporothrix schenckii. Nas últimas décadas, a utilização crescente de terapias imunossupressivas, o surgimento de infecções retrovirais, em humanos e animais, foram decisivas para a emergência de doenças oportunistas, sendo as doenças fúngicas uma das mais importantes. Além disso, algumas das infecções fúngicas são zoonoses e tem grande importância em saúde pública. O presente trabalho se propôs a realizar detalhada revisão de literatura com o objetivo de fornecer informações relevantes a respeito dos aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos das principais dermatopatias fúngicas na clínica de pequenos animais.
Resumo
RESUMO A dermatofitose é a micose cutânea de maior ocorrência na clínica de pequenos animais e, que pelo seu caráter zoonótico, é considerada uma importante doença em saúde pública. O presente trabalho teve como objetivo descrever um surto de dermatofitose neonatal canina causada por Microsporum gypseum. Sete filhotes com 20 dias de idade foram encaminhados para exame clinico onde cinco apresentavam áreas de alopecia, eritema e descamação no membro posterior e/ou cauda. A dermatofitose foi confirmada pelo isolamento de M. gypseum, sendo indicada terapia antifúngica tópica para todos os animais. Dois animais tiveram cura clínica espontânea das lesões e os outros foram tratados com cetoconazol ou miconazol por 30 dias, sendo obtida a negatividade da cultura fúngica ao final do tratamento. Palavras-chave: Dermatofitose, filhotes, antifúngico. CANINE NEONATAL DERMATOPHYTOSIS BY Microsporum gypseum ABSTRACT Dermatophytosis is a cutaneous mycosis of great occurrence in the small animal clinics and, that due to zoonotic character is considered an important disease in public health. This paper has the objective to report a outbreak of canine neonatal dermatophytosis caused by Microsporum gypseum. Seven puppies with 20 days old-age were submitted to clinical examination, where five showed regions of alopecia, erythema and scaling in the hindlimb and/or tail. Dermatophytosis
Resumo
RESUMO A dermatofitose é a micose cutânea de maior ocorrência na clínica de pequenos animais e, que pelo seu caráter zoonótico, é considerada uma importante doença em saúde pública. O presente trabalho teve como objetivo descrever um surto de dermatofitose neonatal canina causada por Microsporum gypseum. Sete filhotes com 20 dias de idade foram encaminhados para exame clinico onde cinco apresentavam áreas de alopecia, eritema e descamação no membro posterior e/ou cauda. A dermatofitose foi confirmada pelo isolamento de M. gypseum, sendo indicada terapia antifúngica tópica para todos os animais. Dois animais tiveram cura clínica espontânea das lesões e os outros foram tratados com cetoconazol ou miconazol por 30 dias, sendo obtida a negatividade da cultura fúngica ao final do tratamento. Palavras-chave: Dermatofitose, filhotes, antifúngico. CANINE NEONATAL DERMATOPHYTOSIS BY Microsporum gypseum ABSTRACT Dermatophytosis is a cutaneous mycosis of great occurrence in the small animal clinics and, that due to zoonotic character is considered an important disease in public health. This paper has the objective to report a outbreak of canine neonatal dermatophytosis caused by Microsporum gypseum. Seven puppies with 20 days old-age were submitted to clinical examination, where five showed regions of alopecia, erythema and scaling in the hindlimb and/or tail. Dermatophytosis
Resumo
Sporothrix schenckii is the etiological agent of the sporotrichosis in animals and humans being this mycosis of greatimportance in public health. Due to clinical, epidemiological and molecular differences described in other studies, this studyevaluated phenotypic and thermotolerance characteristics of 36 S. schenckii isolates from clinical cases of feline, canine andhuman sporotrichosis, four environmental isolates and two reference strains. Forty-two S. schenckii isolates from five townsof the south region of the Rio Grande do Sul, Brazil were utilized to phenotypic analyses, thermotolerance and conversion tothe yeast phase. Cultured isolates on lactrimel agar, Sabouraud dextrose agar added chloramphenicol and potato dextroseagar at 25 and 35oC showed differences in the colonies morphology and growth time (p=0,026) among reference strains and,clinical and environmental isolates. In the thermotolerance evaluation 26.2 % isolates were capable of growth at 41oC. Allisolates presented conversion to the yeast phase. Microscopic morphologies study showed statistical differences (p 0,01)among clinical isolates of felines and other species in relation to sessile pigmented and sympodial conidia. Our resultsdemonstrated morphological differences among S. schenckii clinical and environmental isolates of a same region and angreat probability of development of clinical forms disseminate