Resumo
Venereal infection of seronegative heifers and cows with bovine herpesvirus type 1.2 (BoHV-1.2) frequently results in vulvovaginitis and transient infertility. Parenteral immunization with inactivated or modified live BoHV-1 vaccines often fails in conferring protection upon genital challenge. We herein report an evaluation of the immune response and protection conferred by genital vaccination of heifers with a glycoprotein E-deleted recombinant virus (SV265gE-). A group of six seronegative heifers was vaccinated with SV265gE- (0,2mL containing 106.9TCID50) in the vulva submucosa (group IV); four heifers were vaccinated intramuscularly (group IM, 1mL containing 107.6TCID50) and four heifers remained as non-vaccinated controls. Heifers vaccinated IV developed mild, transient local edema and hyperemia and shed low amounts of virus for a few days after vaccination, yet a sentinel heifer maintained in close contact did not seroconvert. Attempts to reactivate the vaccine virus in two IV vaccinated heifers by intravenous administration of dexamethasone (0.5mg/kg) at day 70 pv failed since no virus shedding, recrudescence of genital signs or seroconversion were observed. At day 70 pv, all vaccinated and control heifers were challenged by genital inoculation of a highly virulent BoHV-1.2 isolate (SV56/90, 107.1TCID50/animal). After challenge, virus shedding was detected in genital secretions of control animals for 8.2 days (8-9); in the IM group for 6.2 days (4-8 days) and during 5.2 days (5-6 days) in the IV group. Control non-vaccinated heifers developed moderate (2/4) or severe (2/4) vulvovaginitis lasting 9 to 13 days (x: 10.7 days). The disease was characterized by vulvar edema, vulvo-vestibular congestion, vesicles progressing to coalescence and erosions, fibrino-necrotic plaques and fibrinopurulent exudate.(AU)
A infecção genital de novilhas ou vacas soronegativas pelo herpesvírus bovino tipo 1.2 (BoHV-1.2) pode resultar em vulvovaginite e infertilidade temporária. As vacinas atenuadas ou inativadas administradas pela via parenteral freqüentemente conferem proteção incompleta frente a desafio pela via genital. Este estudo relata uma avaliação da resposta imunológica e proteção conferida pela vacinação genital de bezerras soronegativas com uma cepa recombinante do BoHV-1 defectiva na glicoproteína E (SV265gE-). Um grupo de seis bezerras foi vacinado com a cepa SV265gE(0,2mL contendo 106,9TCID50) na submucosa da vulva (grupo IV); quatro bezerras foram vacinadas pela via intramuscular (IM; dose 107,6TCID50) e quatro bezerras permaneceram como controles não-vacinadas. As bezerras vacinadas pela via IV apresentaram edema e hiperemia leve e transitório na vulva e excretaram vírus em títulos baixos por alguns dias após a vacinação, porém uma bezerra soronegativa mantida em contato não soroconverteu. Administração de dexametasona pela via intravenosa no dia 70pv (0,5mg/kg) em duas bezerras vacinadas pela via IV não resultou em excreção viral, recrudescência clínica ou soroconversão. No dia 70pv, as bezerras vacinadas e as controle foram desafiadas pela inoculação genital da cepa de BoHV-1.2 altamente virulenta SV56/90 (107.1TCID50/animal). Após o desafio, excreção viral nas secreções genitais das bezerras controle foi detectada por 8,2 dias (8-9); no grupo IM durante 6,2 dias (4-8 dias) e durante 5,2 dias (5-6) nas bezerras do grupo IN. As bezerras do grupo controle desenvolveram vulvovaginite moderada (2/4) a severa (2/4) que duraram entre 9 e 13 dias (x: 10,7 dias). A doença se caracterizou por edema vulvar, congestão vulvo-vestibular, formação de vesículas/pústulas que coalesceram, erosões, placas fibrino-necróticas e exsudato fibrino-purulento. As bezerras do grupo IM desenvolveram lesões genitais leves (1/3) a moderadas (3/4), com duração de 10 a 12 dias (x: 10,7 dias).(AU)
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Animais , Feminino , Bovinos , Resultado do Tratamento , Vacinação/veterinária , Herpesvirus Bovino 1/imunologia , Vacinas contra Herpesvirus , Vulvovaginite/prevenção & controle , Vacinas Sintéticas/uso terapêuticoResumo
Bovine herpesvirus type 1 (BoHV-1) is recognized as a major cause of economic losses in cattle. Vaccination has been widely applied to minimize losses induced by BoHV-1 infections. We have previously reported the development of a differential BoHV-1 vaccine, based on a recombinant glycoprotein E (gE)-deleted virus (265gE-). In present paper the efficacy of such recombinant was evaluated as an inactivated vaccine. Five BoHV-1 seronegative calves were vaccinated intramuscularly on day 0 and boostered 30 days later with an inactivated, oil adjuvanted vaccine containing an antigenic mass equivalent to 10(7.0) fifty per cent cell culture infectious doses (CCID50) of 265gE-. Three calves were kept as non vaccinated controls. On day 60 post vaccination both vaccinated and controls were challenged with the virulent parental strain. No clinical signs or adverse effects were seen after or during vaccination. After challenge, 2/5 vaccinated calves showed mild clinical signs of infection, whereas all non vaccinated controls displayed intense rhinotracheitis and shed virus for longer and to higher titres than vaccinated calves. Serological responses were detected in all vaccinated animals after the second dose of vaccine, but not on control calves. Following corticosteroid administration in attempting to induce reactivation of the latent infection, no clinical signs were observed in vaccinated calves, whereas non vaccinated controls showed clinical signs of respiratory disease. In view of its immunogenicity and protective effect upon challenge with a virulent BoHV-1, the oil adjuvanted preparation with the inactivated 265gE- recombinant was shown to be suitable for use as a vaccine.(AU)
O Herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) é reconhecido como um importante agente de perdas econômicas em bovinos. Vacinação tem sido amplamente empregada para minimizar as perdas conseqüentes a infecções com o BoHV-1. Reportamos previamente o desenvolvimento de uma vacina diferencial para BoHV-1, baseada em um recombinante do qual a glicoproteína gE (gE) foi deletada (265gE-). No presente trabalho foi realizada a avaliação da eficácia de tal recombinante como vacina inativada. Cinco bovinos soronegativos para BoHV-1 foram vacinadas por via intramuscular no dia 0 e revacinadas 30 dias após com uma vacina inativada com adjuvante oleoso, contendo massa antigênica equivalente a 10(7.0) doses infectantes para 50 por cento dos cultivos celulares (DICC50) de 265gE-. Três animais foram mantidos como controles não vacinados. No dia 60 pós-vacinação, os animais vacinados e controles foram desafiados com a amostra virulenta parental. Nenhum sinal clínico ou efeito adverso foi observado após ou durante a vacinação. Após o desafio, 2 dos 5 animais vacinados apresentaram sinais leves de infecção, enquanto que todos os animais não vacinados apresentaram intensa rinotraqueíte e disseminaram vírus por mais tempo e em títulos mais elevados do que os animais vacinados. Respostas sorológicas foram detectadas em todos os animais vacinados depois da segunda dose de vacina, mas não nos animais do grupo controle. Após a administração de corticosteróide visando a reativação de infecções latentes, não foram observados sinais clínicos em nenhum dos 5 animais vacinados, enquanto os animais não vacinados apresentaram sinais leves de doença respiratória. Em vista de sua imunogenicidade e efeito protetor frente ao desafio com BoHV-1 virulento, a preparação oleosa com o recombinante 265gE- inativado foi demonstrada ser adequada para uso como vacina.(AU)
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Animais , Bovinos , Vacinas Sintéticas , Herpesvirus Bovino 1/imunologia , Herpesvirus Bovino 1/isolamento & purificação , Glicoproteínas/isolamento & purificação , Corticosteroides/uso terapêuticoResumo
Este estudo objetivou estimar a prevalência de anticorpos contra os herpesvírus bovinos tipos 1 e 5 (BoHV-1 e BoHV-5) no Estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil, frente a diferentes cepas de BoHV-1 e BoHV-5. As amostras de soro utilizadas foram extraídas de uma amostragem mais ampla, desenhada para estimar a prevalência de brucelose bovina no Estado. Todos os soros foram coletados de vacas com idade igual ou superior a 24 meses de idade, não vacinadas contra herpesvírus bovinos, de rebanhos de corte e leite. O cálculo amostral foi baseado em uma expectativa de prevalência média de infecção de 33 por cento, considerando-se um erro padrão não superior a 1 por cento e um intervalo de confiança de 95 por cento. Com base nesse cálculo foram examinados 2.200 soros, provenientes de 390 propriedades e 158 municípios. Os soros foram analisados na busca de anticorpos contra BoHV-1 e BoHV-5 pela técnica de soroneutralização (SN), executada frente a quatro cepas de vírus distintas: EVI123/98 e Los Angeles (BoHV-1.1); EVI88/95 (BoHV-5a) e A663 (BoHV-5b). A prevalência média de anticorpos contra o BoHV-1 e BoHV-5 nos animais amostrados foi de 29,2 por cento (642/2200); animais soropositivos foram identificados em 57,7 por cento (225/390) dos rebanhos. As estimativas de prevalência variaram de acordo com a cepa e/ou vírus utilizado para o desafio nos testes de SN. A prevalência e a sensibilidade mais altas foram obtidas quando os resultados positivos à SN frente aos quatro vírus distintos foram somados. O uso de somente um vírus de desafio na SN levaria a redução de sensibilidade de 20,4 por cento a 34,6 por cento quando comparada com os resultados positivos combinados. Estes achados evidenciam que anticorpos contra BoHV-1 e BoHV-5 estão amplamente difundidos nos rebanhos do RS, embora a prevalência em distintas regiões geográficas seja bastante variada. Os resultados obtidos nas estimativas de prevalência foram fortemente afetados pelas diferentes ...(AU)
This study was carried out to estimate the prevalence of antibodies to bovine herpesviruses types 1(BoHV-1) and 5 (BoHV-5) in the state of Rio Grande do Sul (RS), Brazil, by testing serum samples against different BoHV-1 and BoHV-5 strains. The sera examined were obtained from a larger sample designed to estimate the prevalence of bovine brucellosis within the state. All sera were collected from cows 24 months or older, not vaccinated to bovine herpesviruses, from both dairy and beef herds. The number of samples to be tested was calculated based on an estimated prevalence of infection of 33 percent, with an average standard deviation of £1 percent and a 95 percent limit of agreement. Sera from 2.200 cattle from 390 farms distributed in 158 counties were tested by serum neutralization (SN) tests in search for antibodies to the following strains: BoHV-1.1 (strains EVI123/98 and Los Angeles), BoHV-5a (strain EVI88/95) and BoHV-5b (strain A663). The overall seroprevalence to BoHV-1 and BoHV-5 in the sampled herds was 29.2 percent (642/2.200); seropositive animals were detected in 225 (57.7 percent) of the sampled farms. Prevalence estimates varied according to the virus used for challenge in SN tests. The highest prevalence and sensitivity were attained when positive SN results against the four different strains were added together. The use of only one virus for challenge in SN tests would lead to a loss in sensitivity from 20.4 percent to 34.6 percent when compared to the combined SN-positive results. These findings provide evidence that antibodies to BoHV-1 and BoHV-5 are largely spread in dairy and beef herds in RS, although prevalence in distinct geographic regions is quite variable. The results were strongly affected by the virus strains used for challenge in SN testing. This must be taken into account when performing serologic tests to detect BoHV-1 and BoHV-5 antibodies. As SN test is not capable of discriminating between antibody ...(AU)
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Animais , Bovinos , Herpesvirus Bovino 1/patogenicidade , Herpesvirus Bovino 5/patogenicidade , Testes Sorológicos/estatística & dados numéricos , Estudos SoroepidemiológicosResumo
São apresentados os resultados de 23 anos de diagnósticos de raiva realizados no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Entre os anos de 1985 e 2007, um total de 23.460 amostras foram diagnosticadas no laboratório, compreendendo cerca de 95 por cento do número total de amostras submetidas ao diagnóstico laboratorial de raiva no Estado. A metodologia utilizada seguiu técnicas padrões como a imunofluorescência direta (IFD) e inoculação em camundongos (IC). Não ocorreram casos de raiva humana no período. O vírus rábico (VR) foi detectado em 739 (3,1 por cento) amostras, sendo 656 (88,7 por cento) de origem bovina. O vírus foi também identificado em 23 caninos (3,1 por cento), 21 eqüinos (2,9 por cento), 29 quirópteros (4,0 por cento), 4 felinos (0,5 por cento), 3 ovinos (0,4 por cento), 2 suínos (0,27 por cento) e em um animal selvagem de espécie indeterminada (0,13 por cento). O último caso de raiva em cães associado com variantes do vírus endêmicas nessa espécie foi diagnosticado em 1988. Dois episódios de contaminação incidental registrados em um felino em 2001 e em um canino em 2007, associados com variantes do vírus prevalentes em morcegos. Em relação à raiva bovina, os dados aqui apresentados revelam uma marcante diminuição no número de casos de raiva nessa espécie, em comparação com registros prévios. Por outro lado, um aumento no número de casos de raiva em morcegos hematófagos e não hematófagos vem sendo observado; no entanto, não é possível associar este aumento com modificações nas relações vírus/hospedeiro, pois o número de morcegos submetidos para diagnóstico tem igualmente aumentado. Isto provavelmente reflete o aumento do conhecimento sobre o papel de morcegos no ciclo de transmissão, e não necessariamente alterações no vírus e/ou nos hospedeiros.(AU)
The results of 23 years of rabies diagnosis carried out at the Veterinary Research Institute Desidério Finamor, in the state of Rio Grande do Sul, RS, Brazil, are reported. From 1985 to 2007, a total of 23.460 specimens were examined, corresponding to 95 percent of the total number of samples submitted to rabies laboratory diagnosis notified within the state. Diagnostic methods included standard techniques such as the fluorescent antibody test (FAT) and mouse inoculation test (MIT). No cases of human rabies occurred in the period. Rabies virus (RV) was detected in 739 specimens (3.1 percent), from which 656 (88.7 percent) were from cattle. The virus was also identified in specimens from 23 dogs (3.1 percent), 21 horses (2.9 percent), 29 bats (4.0 percent), 4 cats (0.5 percent), 3 sheep (0.4 percent), 2 pigs (0.27 percent) and a wild animal of undetermined species (0.13 percent). The last case of rabies associated with a canine variant was diagnosed in 1988. Two cases of rabies associated with bat variant viruses were reported, in a domestic cat (2001) and in a dog (2007). In cattle, a marked tendency to a decrease in the number of cases was detected in the examined period. In contrast, an increase in the number of cases in haematophagous as well as in non haematophagous bats is noticed. However, as the number of bat specimens submitted for diagnosis has increased, this finding most likely reflects a higher degree of awareness on the possible role for bats in the rabies transmission cycle, rather than any particular changes on the virus or its hosts.(AU)
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Raiva/diagnóstico , Raiva/epidemiologia , Vírus da Raiva , Padrões de Referência , Técnicas de Laboratório ClínicoResumo
São apresentados os resultados de 23 anos de diagnósticos de raiva realizados no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Entre os anos de 1985 e 2007, um total de 23.460 amostras foram diagnosticadas no laboratório, compreendendo cerca de 95 por cento do número total de amostras submetidas ao diagnóstico laboratorial de raiva no Estado. A metodologia utilizada seguiu técnicas padrões como a imunofluorescência direta (IFD) e inoculação em camundongos (IC). Não ocorreram casos de raiva humana no período. O vírus rábico (VR) foi detectado em 739 (3,1 por cento) amostras, sendo 656 (88,7 por cento) de origem bovina. O vírus foi também identificado em 23 caninos (3,1 por cento), 21 eqüinos (2,9 por cento), 29 quirópteros (4,0 por cento), 4 felinos (0,5 por cento), 3 ovinos (0,4 por cento), 2 suínos (0,27 por cento) e em um animal selvagem de espécie indeterminada (0,13 por cento). O último caso de raiva em cães associado com variantes do vírus endêmicas nessa espécie foi diagnosticado em 1988. Dois episódios de contaminação incidental registrados em um felino em 2001 e em um canino em 2007, associados com variantes do vírus prevalentes em morcegos. Em relação à raiva bovina, os dados aqui apresentados revelam uma marcante diminuição no número de casos de raiva nessa espécie, em comparação com registros prévios. Por outro lado, um aumento no número de casos de raiva em morcegos hematófagos e não hematófagos vem sendo observado; no entanto, não é possível associar este aumento com modificações nas relações vírus/hospedeiro, pois o número de morcegos submetidos para diagnóstico tem igualmente aumentado. Isto provavelmente reflete o aumento do conhecimento sobre o papel de morcegos no ciclo de transmissão, e não necessariamente alterações no vírus e/ou nos hospedeiros.(AU)
The results of 23 years of rabies diagnosis carried out at the Veterinary Research Institute Desidério Finamor, in the state of Rio Grande do Sul, RS, Brazil, are reported. From 1985 to 2007, a total of 23.460 specimens were examined, corresponding to 95 percent of the total number of samples submitted to rabies laboratory diagnosis notified within the state. Diagnostic methods included standard techniques such as the fluorescent antibody test (FAT) and mouse inoculation test (MIT). No cases of human rabies occurred in the period. Rabies virus (RV) was detected in 739 specimens (3.1 percent), from which 656 (88.7 percent) were from cattle. The virus was also identified in specimens from 23 dogs (3.1 percent), 21 horses (2.9 percent), 29 bats (4.0 percent), 4 cats (0.5 percent), 3 sheep (0.4 percent), 2 pigs (0.27 percent) and a wild animal of undetermined species (0.13 percent). The last case of rabies associated with a canine variant was diagnosed in 1988. Two cases of rabies associated with bat variant viruses were reported, in a domestic cat (2001) and in a dog (2007). In cattle, a marked tendency to a decrease in the number of cases was detected in the examined period. In contrast, an increase in the number of cases in haematophagous as well as in non haematophagous bats is noticed. However, as the number of bat specimens submitted for diagnosis has increased, this finding most likely reflects a higher degree of awareness on the possible role for bats in the rabies transmission cycle, rather than any particular changes on the virus or its hosts.(AU)
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Animais , Raiva/diagnóstico , Raiva/epidemiologia , Raiva/veterinária , Estudos Transversais , Técnica Direta de Fluorescência para Anticorpo/métodosResumo
O vírus da Diarréia Viral Bovina (BVDV) possui distribuição mundial e é considerado um dos principais patógenos de bovinos. A infecção e as enfermidades associadas ao BVDV têm sido descritas no Brasil desde os anos 60. Diversos relatos sorológicos, clínico-patológicos e de isolamento do agente demonstram a ampla disseminação da infecção no rebanho bovino brasileiro. Além de sorologia positiva em níveis variáveis em bovinos de corte e leite, anticorpos contra o BVDV têm sido ocasionalmente detectados em suínos, javalis, caprinos, cervos e bubalinos. O BVDV tem sido freqüentemente detectado em fetos abortados, na capa flogística de animais persistentemente infectados (PI) oriundos de rebanhos com problemas reprodutivos, em amostras clínicas e/ou material de necropsia de animais com as mais diversas manifestações clínicas, em sêmen de touros de centrais de inseminação artificial, em fetos saudáveis coletados em matadouros e em soro bovino comercial e/ou cultivos celulares. Aproximadamente 50 isolados do vírus já foram caracterizados genética e/ou antigenicamente, enquanto um número semelhante de amostras aguarda caracterização. A maioria dos isolados caracterizados pertence ao genótipo BVDV-1, biotipo não-citopático (NCP), embora vários isolados de BVDV-2 (e alguns BVDV citopáticos CP) já tenham sido identificados. Os isolados brasileiros apresentam grande variabilidade antigênica, além de diferenças antigênicas marcantes quando comparados a cepas vacinais norte-americanas. Algumas vacinas polivalentes (BHV-1, PI-3, BRSV), contendo o BVDV inativado, têm sido utilizadas no rebanho brasileiro. No entanto, o uso de vacinação ainda é incipiente na maioria das regiões; apenas 2,5 milhões de doses foram comercializadas em 2003. A baixa reatividade sorológica cruzada entre os isolados brasileiros e as cepas vacinais tem estimulado laboratórios nacionais a desenvolver vacinas com isolados autóctones de BVDV-1 e 2... (AU)
Bovine viral diarrhea virus (BVDV) is one of the most important pathogens of cattle worldwide. BVDV infection and associated diseases have been reported in Brazil since the late 1960ties. Several serological, virological, clinical and pathological reports demonstrate the widespread distribution of BVDV infection among Brazilian cattle. In addition to variable levels of positive serology in beef and dairy cattle, BVDV antibodies have been occasionally detected in swine, wild boars, goats, cervids and water buffaloes. BVDV infection has been diagnosed in aborted fetuses, buffy coats of persistently infected (PI) animals, clinical specimens from animals suffering from different clinical syndromes, semen of bulls of artificial insemination (AI) centers, in healthy fetuses and in commercial fetal bovine serum and/or cultured cells. About 50 isolates have been genetically and/or antigenically characterized up to date, whilst roughly an equivalent number of isolates awaits characterization. Most of the characterized isolates belong to BVDV-1 genotype, non-cytopathic (NCP) biotype, yet some BVDV-2 (and some CP BVDV) have been identified as well. Brazilian BVDV isolates display a high antigenic variability and are markedly different from North American vaccine strains. A few inactivated, polyvalent vaccines are currently licensed in the country, yet vaccination is still incipient in many regions: only about 2.5 million doses were marketed in 2003. The low serological cross-reactivity between vaccine strains and field isolates has recently stimulated national industries to develop vaccines containing Brazilian BVDV-1 and BVDV-2 strains... (AU)
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Animais , Vírus da Diarreia Viral Bovina/patogenicidade , Vacinas/administração & dosagem , VacinasResumo
A doença de Aujeszky ou pseudoraiva (DA), causada pelo vírus da pseudoraiva (PRV) é a maior preocupação na produção de suínos. No estado do Rio Grande do Sul, Brasil, a DA foi somente detectada em 1954, em bovino. Em 2003, ocorreram dois surtos de encefalite em granjas na região norte do estado, fronteira com o estado de Santa Catarina. O vírus da doença de Aujeszky (VDA) foi isolado a partir de animais coletados em oito granjas distintas da região e submetido a análises antigênicas e moleculares. As amostras de VDA isoladas foram comparadas com as amostras padrão NIA-3 e NP. A caracterização antigênica dos mesmos foi realizada com testes de imunoperoxidase frente a um painel de anticorpos mono-clonais (Mabs) preparado contra epitopos de glicoproteinas virais (gB, gC, gD e gE). A caracterização genômica foi realizada através da análise restrição enzimática (REA) sobre o genoma total das amostras, com a enzima de restrição (REA) Bam HI. O perfil antigênico das oito amostras isoladas no Rio Grande do Sul, bem como os apresentados pelas amostras padrão NIA-3 e NP, foram similares. A REA revelou que todos as oito amostras do Rio Grande do Sul apresentaram um arranjo genômico do tipo II, genótipo frequentemente encontrado em surtos prévios de DA em outros estados do Brasil. Os resultados aqui obtidos indicam que as oito amostras isoladas no Rio Grande do Sul são similares.(AU)
Pseudorabies or Aujeszky's disease (AD), caused by pseudorabies virus (PRV) is a major concern in swine production. In the state of Rio Grande do Sul, Brazil, AD was only detected in 1954, in cattle. In 2003 two outbreaks of encephalitis occurred on the northern region of the state, close to the border with the state of Santa Catarina. Pseudorabies virus (PRV) was isolated from distinct farms within the region and subjected to antigenic and genomic analyses. These isolates were compared with prototype strains NIA-3 and NP. Antigenic characterization with a panel of monoclonal antibodies (Mabs) directed to viral glycoproteins (gB, gC, gD and gE,) was performed by an imunoperoxidase monolayer assay (IPMA) on infected cell monolayers. Genomic characterization was carried out by restriction enzyme analysis (REA) of the whole DNA viral genome with Bam HI. The antigenic profile of the eight isolates from Rio Grande do Sul as well as strains NIA-3 and NP were similar. REA analysis revealed that all isolates from Rio Grande do Sul displayed a genomic type II arrangement, a genotype often found in other outbreaks of AD previously reported in other Brazilian states. The results obtained suggest that the eight isolates examined here were similar.(AU)
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Animais , Herpesvirus Suídeo 1/isolamento & purificação , Anticorpos/isolamento & purificação , Técnicas Imunoenzimáticas/métodos , Pseudorraiva/epidemiologiaResumo
Coelhos são susceptíveis à infecção pelo herpes-vírus bovino tipo 5 (BHV-5) e freqüentemente desenvolvem enfermidade neurológica aguda fatal após inoculação intranasal. A cinética da invasão do sistema nervoso central (SNC) de coelhos pelo BHV-5 foi estudada através de pesquisa de vírus em secções do SNC a diferentes intervalos pós-inoculação. Após inoculação intranasal, o vírus foi inicialmente detectado no bulbo olfatório às 48h, seguido do córtex olfatório às 48/72h. Às 72/96h o vírus foi detectado também no gânglio trigêmeo, ponte e córtex cerebral. Dois experimentos foram realizados para avaliar a importância do sistema olfatório na invasão do SNC de coelhos pelo BHV-5. No primeiro experimento, coelhos foram inoculados com duas amostras do BHV-5 no saco conjuntival. Coelhos inoculados por essa via também desenvolveram a enfermidade neurológica, porém com menor freqüência com curso clínico tardio. No segundo experimento, doze coelhos foram submetidos à ablação cirúrgica do bulbo olfatório e posteriormente inoculados com o BHV-5 pela via intranasal. Onze de 12 coelhos controle (91,6 por cento), não submetidos à cirurgia, desenvolveram a doença neurológica, contra quatro de 12 (33,3 por cento) dos animals submetidos à remoção cirúrgica do bulbo olfatório. Esses resultados demonstram que o sistema olfatório constitui-se na principal via de acesso do BHV-5 ao encéfalo de coelhos após inoculação intranasal. No entanto, o desenvolvimento de infecção neurológica em coelhos inoculados pela via conjuntival e em coelhos sem o bulbo olfatório indica que o BHV-5 pode utilizar outras vias para invadir o SNC, provavelmente as fibras sensoriais e autonômicas que compõe o nervo trigêmeo. Os efeitos da imunização com vírus homólogo (BHV-5) e heterólogo (BHV-1) na proteção à infecção neurológica foram investigados. Cinco entre 10 coelhos (50 por cento) imunizados com o BHV-5 apresentaram sinais neurológicos discretos e transitórios e um morreu após o desafio ... (AU)
Rabbits are susceptible to bovine herpesvirus type 5 (BHV-5) infection and often develop an acute and fatal neurological disease upon intranasal inoculation. The kinetics of viral infection of the central nervous system (CNS) was investigated by testing serial brain sections for infectivity at intervals after virus inoculation. The virus was first detected in the main olfactory bulb at 48h, followed by the olfactory cortex at 48/72h. At 72/96h infectivity was also detected in the trigeminal ganglia, pons and cerebral cortex. Two experiments were conducted to investigate the role of the olfactory system in the invasion of the rabbits' CNS by BHV-5. In the first experiment, rabbits were inoculated with two BHV-5 isolates in the conjunctival sac. Rabbits inoculated by this route developed the neurological disease, yet with a reduced frequency and delayed clinical course. In a second experiment, twelve rabbits were submitted to surgical removal of the olfactory bulb and subsequently inoculated intranasally with BHV-5. Eleven out of 12 (91.6%) of the control rabbits developed the disease, against four out of 12 (33.3%) of the animals lacking the olfactory bulb. These results suggest that the olfactory system is the main pathway utilized by BHV-5 to reach the CNS of rabbits after intranasal inoculation. Nevertheless, the development of neurological infection in rabbits inoculated in the conjunctival sac and in rabbits lacking the olfactory bulb indicate that BHV-5 may utilize an alternative route to invade the CNS, probably the sensory and autonomic fibers of the trigeminal nerve. The effects of immunization with homologous (BHV-5) and heterologous (BHV-1) strains in prevention of neurological disease by BHV-5 were investigated. Five out of 10 rabbits (50%) immunized with BHV-5 showed mild and transient neurological signs and one died upon challenge. Interestingly, the degree of protection against BHV-5 challenge was higher in rabbits immunized with BHV-1: only...(AU)
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Animais , Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde , Herpesvirus Bovino 5/isolamento & purificação , Meningoencefalite/complicações , Meningoencefalite/epidemiologia , Vírus/metabolismo , Modelos Animais , CoelhosResumo
The brain of an one year old male calf which died with signs of neurological disease was submitted to the laboratory for rabies diagnosis. Microscopical findings included moderate mielitis, mild meningoencephalitis with perivascular cell cuffing and Negri inclusion bodies in Purkinje cells of the cerebellum. Rabies virus infection was further confirmed by the direct fluorescent antibody test as well as by mouse inoculation. In addition, a herpesvirus was isolated from brain tissues. The isolate was antigenic and genetically characterized as bovine herpesvirus type 5 (BHV-5). It was not possible to determine whether BHV-5 played an active role in the outcome of the infection, since, the virus might have been present in a latent form in neural tissues. This is the first report of a mixed rabies/ BHV-5 infection in calves (AU)
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Animais , Herpesvirus Bovino 5 , Bovinos , RaivaResumo
Um ensaio imunoenzimático do tipo ELISA de bloqueio com anticorpo monoclonal (ELISA-M) foi desenvolvido e padronizado para a detecção de anticorpos contra o vírus da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (Herpesvírus Bovino tipo 1; BHV-1). Foram utilizadas nesta avaliação 266 amostras de soros bovinos, sendo 148 negativos e 118 positivos em testes de soroneutralização (SN). Em comparação com este último, o ELISA-M demonstrou uma sensibilidade de 92,37 por cento, especificidade de 92,56 por cento, valor preditivo positivo de 90,83 por cento, valor preditivo negativo de 93,83 por cento e precisão de 92,48 por cento. O índice de concordância (k) entre os testes foi de 0,85. O ELISA-M apresentou como vantagens a rapidez e a praticidade de execução. Com base nestes resultados, o ELISA-M foi considerado uma alternativa apropriada para o diagnóstico sorológico de infecções pelo BHV-1. Entretanto, o teste não foi capaz de diferenciar anticorpos induzidos por BHV-1 ou BHV-5 (AU)
Assuntos
Animais , Herpesvirus Bovino 1 , Rinotraqueíte Infecciosa Bovina , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática/métodosResumo
Com o objetivo de avaliar a capacidade dos herpesvírus bovinos tipos 1 e 5 (BHV-1 e BHV-5) de invadir e replicar no sistema nervoso central (SNC) (neuroinvasividade), bem como sua capacidade de induzir doença neurológica (neurovirulência), coelhos com 30 a 35 dias de idade foram inoculados com uma amostra do Herpesvírus da Encefalite Bovina (BHV-5; amostra EVI 88/95) ou com amostras de BHV-1 (Los Angeles ou Cooper), pelas vias intratecal (IT) e intranasal (IN). A inoculação da amostra de BHV-5, tanto pela via IT como IN, induziu sinais clínicos neurológicos em 100 por cento (12/12) dos coelhos inoculados. Os exames histopatológicos revelaram um quadro de meningoencefalite não-purulenta multifocal, caracterizada por gliose multifocal e infiltrados perivasculares. O vírus foi isolado de várias áreas do SNC desses animais. As amostras de BHV-1, quando inoculadas pela via IT, não foram neurovirulentas. A amostra Los Angeles de BHV-1, quando administrada pela via IN, induziu sinais respiratórios severos, além de sinais neurológicos em 57 por cento (4/7) dos animais inoculados. Entretanto, o exame histopatológico destes quatro animais revelou vasculite e trombose no pulmão e cérebro, este último apresentando focos de necrose neuronal, porém sem lesões indicativas de encefalite. Isso sugere que os sinais neurológicos foram, provavelmente, conseqüentes a prejuízos no fluxo sangüíneo encefálico, e não a danos neuronais provocados pela inoculação desse vírus. A amostra Cooper de BHV-1, quando inoculada pela via IN, induziu apenas sinais leves de infecção respiratória. Estes resultados indicam que apenas a amostra de BHV-5 foi capaz de invadir e replicar no encéfalo dos coelhos quando inoculada tanto por via IN como IT, apresentando neuroinvasividade e neurovirulência. É possível que estas observações tenham relação com o fato de amostras de BHV-5 freqüentemente causarem encefalites, em contraposição a infecções pelo BHV-1, onde encefalites são raramente observadas (AU)