Resumo
Twenty-six newborn lambs were evaluated for 21 weeks, from birth to slaughter, to assess their plasma anti-Oestrus ovis immunoglobulin (IgG) using the ELISA technique. On the last day of sampling, all the lambs were slaughtered and O. ovis larvae were recovered, quantified and identified according to the larval stage. High levels of IgG were observed over the first three weeks of life, thus indicating that antibodies are transferred via colostrum from ewes to lambs. Afterwards, the antibody levels declined progressively until the lambs were 11 weeks of age and subsequently started to increase again when they were around 13 weeks of age, reaching the apex on the last week of sampling. All the lambs were parasitized with different larval stages of O. ovis, with an average of 39 larvae per lamb, and the intensity of the infestation ranged from 10 to 97 larvae. However, there was non-significant correlation coefficients between IgG levels and O. ovis larval burden (P > 0.05). In conclusion, although the lambs became infested with O. ovis at an early age, the larval burden was not associated with specific IgG levels.(AU)
Vinte e seis cordeiros recém-nascidos foram avaliados por 21 semanas, desde o nascimento até o abate, para avaliar os níveis plasmáticos de imunoglobulina (IgG) anti-Oestrus ovis utilizando-se a técnica de ELISA. No último dia de coleta, todos os cordeiros foram abatidos e as larvas de O. ovis foram recuperadas, quantificadas e identificadas de acordo com o estádio larval. Foram observados altos níveis de IgG nas primeiras três semanas de vida, indicando que os anticorpos são transferidos por meio do colostro das ovelhas para os cordeiros. Posteriormente, os níveis de anticorpos diminuíram progressivamente, até os cordeiros completarem 11 semanas de vida. Os níveis de IgG começaram a aumentar novamente a partir de 13 semanas de idade, atingindo o ápice na última semana de coleta. Todos os cordeiros estavam parasitados com diferentes estádios larvais de O. ovis com uma média de 39 larvas por cordeiro, e a intensidade da infestação variou de 10 a 97 larvas. Porém, não houve correlação significativa entre os níveis de IgG e a carga larval de O. ovis (P > 0,05). Em conclusão, embora os cordeiros tenham sido infestados com O. ovis ainda jovens, a carga larval não foi associada a níveis específicos de IgG.(AU)
Assuntos
Animais , Ovinos/parasitologia , Imunidade Humoral , Miíase/imunologia , Miíase/veterinária , Dípteros/patogenicidade , Ensaio de Imunoadsorção Enzimática/métodosResumo
The heads of 139 slaughtered sheep were examined with the aim of determining Oestrus ovis prevalence and infestation intensity in the central region of the State of São Paulo, Brazil. Heads from slaughtered sheep were examined and the first (L1), second (L2) and third (L3) O. ovis larval instars were recovered from the nasal and sinus cavities. O. ovis larvae were detected in 13.7% of the sheep analyzed. The monthly mean intensity of infestation ranged from 1 to 10.2 larvae per infested head, with general mean intensity of 4.5 larvae/infested head. Of the total of 85 larvae, 21.2% were L1, 37.6% L2 and 41.2% L3. In conclusion, all different O. ovis larvae instars were recovered from slaughtered animals, which demonstrates the existence of favorable climatic conditions for the fly activity and larval development of O. ovis in sheep raised in the Central region of the State of São Paulo.
Com o objetivo de determinar a prevalência e intensidade de infestação por larvas de Oestrus ovis na região Central do Estado de São Paulo, 139 cabeças de ovinos obtidas de um abatedouro foram examinadas. As larvas O. ovis foram recuperadas da cavidade nasal e seios frontais, identificadas de acordo com o estádio larval e quantificadas. As larvas de O. ovis foram detectadas em 13,7% das cabeças examinadas e a intensidade média mensal de infestação variou entre 1 a 10,2 larvas/cabeça infestada, com média geral de 4,5 larvas/cabeça infestada. Do total de 85 larvas recuperadas, 21,2% eram larvas de primeiro estádio (L1), 37,6% de segundo (L2) e 41,2% de terceiro (L3). Em conclusão, todos os diferentes instares larvais de O. ovis foram recuperados de animais abatidos, o que demonstra a existência de condições climáticas favoráveis para a atividade da mosca bem como o desenvolvimento larval em ovinos criados na região Central do Estado de São Paulo.
Assuntos
Animais , Dípteros , Miíase/veterinária , Doenças dos Ovinos/epidemiologia , Doenças dos Ovinos/parasitologia , Brasil/epidemiologia , Miíase/epidemiologia , Prevalência , OvinosResumo
This study was carried out with the aim of estimating the degree of gastrointestinal helminth infection in goats on the Northern Plateau of Santa Catarina. Twelve young females and 11 adult females were used. Every 28 days, feces samples were taken to quantify the nematode eggs per gram of feces (EPG). Larval culturing was performed on a pool of positive samples from the same group. The fecal egg counts (FECs) ranged from zero to 10,400 EPG in the young group and zero to 7,600 EPG in the adult group. The mean FECs were between 583.3 and 4441.7 in the young group and between 418.2 and 2181.8 in the adult group. Eggs of the order Strongylida and genera Moniezia and Toxocara, and oocysts of Coccidia, were observed. The young animals were more affected and Haemonchus was the most prevalent genus in the samples.
Este trabalho foi realizado com o objetivo de estimar o grau de infecção dos helmintos gastrintestinais em um rebanho caprino criado no Planalto Norte Catarinense. Foram utilizadas 12 fêmeas jovens e 11 adultas, das quais, a cada 28 dias, foram coletadas amostras de fezes diretamente do reto, totalizando 12 coletas, para quantificação de ovos por grama de fezes (OPG) e cultivo de larvas através de "pool" das amostras positivas do mesmo grupo. A contagem de OPG variou de zero a 10.400 nos animais jovens e de zero a 7.600 nos adultos. As médias do OPG entre as coletas foram de 583,3 a 4.441,7 no grupo jovem e de 418,2 a 2.181,8 nos adultos, sendo observados ovos da ordem Strongylida, dos gêneros Moniezia e Toxocara, bem como oocistos de coccídeos. Os animais mais jovens foram os mais acometidos, sendo o gênero Haemonchus o mais prevalente.
Assuntos
Animais , Doenças das Cabras/parasitologia , Haemonchus/parasitologia , Helmintíase/parasitologia , Haemonchus/patogenicidade , Moniezíase/patologia , Moniezíase/parasitologia , Toxocara/parasitologia , Toxocara/patogenicidade , Estrongilídios/parasitologia , Estrongilídios/patogenicidade , BrasilResumo
This study was carried out with the aim of estimating the degree of gastrointestinal helminth infection in goats on the Northern Plateau of Santa Catarina. Twelve young females and 11 adult females were used. Every 28 days, feces samples were taken to quantify the nematode eggs per gram of feces (EPG). Larval culturing was performed on a pool of positive samples from the same group. The fecal egg counts (FECs) ranged from zero to 10,400 EPG in the young group and zero to 7,600 EPG in the adult group. The mean FECs were between 583.3 and 4441.7 in the young group and between 418.2 and 2181.8 in the adult group. Eggs of the order Strongylida and genera Moniezia and Toxocara, and oocysts of Coccidia, were observed. The young animals were more affected and Haemonchus was the most prevalent genus in the samples.
Este trabalho foi realizado com o objetivo de estimar o grau de infecção dos helmintos gastrintestinais em um rebanho caprino criado no Planalto Norte Catarinense. Foram utilizadas 12 fêmeas jovens e 11 adultas, das quais, a cada 28 dias, foram coletadas amostras de fezes diretamente do reto, totalizando 12 coletas, para quantificação de ovos por grama de fezes (OPG) e cultivo de larvas através de "pool" das amostras positivas do mesmo grupo. A contagem de OPG variou de zero a 10.400 nos animais jovens e de zero a 7.600 nos adultos. As médias do OPG entre as coletas foram de 583,3 a 4.441,7 no grupo jovem e de 418,2 a 2.181,8 nos adultos, sendo observados ovos da ordem Strongylida, dos gêneros Moniezia e Toxocara, bem como oocistos de coccídeos. Os animais mais jovens foram os mais acometidos, sendo o gênero Haemonchus o mais prevalente.
Assuntos
Animais , Doenças das Cabras/parasitologia , Haemonchus/parasitologia , Haemonchus/patogenicidade , Helmintíase/parasitologia , Brasil , Estrongilídios/parasitologia , Estrongilídios/patogenicidade , Moniezíase/parasitologia , Moniezíase/patologia , Toxocara/parasitologia , Toxocara/patogenicidadeResumo
The seasonal factors that influence Oestrus ovis infestation in sheep were determined in Botucatu, State of São Paulo, Southwestern Brazil, from April 2008 to March 2011. Two tracer lambs were monthly exposed to natural infestation by O. ovis larvae for 28 consecutive days, by grazing with a sheep flock. Tracer animals were then euthanized and the larvae of O. ovis recovered from nasal and sinus cavities. Of the 72 tracer lambs, 50% were infested with O. ovis larvae and the mean intensity of infestation per head infested was 16.8 larvae, with an average of 7.8 L1, 5.3 L2 and 3.7 L3. O. ovis larvae were present during the four seasons of the year, but the mean larval burden was significantly higher during the spring and summer months, compared to winter (P < 0.05). The highest rate of larvae recovery coincided with mean temperatures between 20 °C and 25 °C and air relative humidity around 70%. Results suggest that evolution and development of O. ovis practically occurs throughout the entire year, with larval infestation especially frequent during the spring and summer months.(AU)
Os fatores sazonais que influenciam a infestação por larvas de Oestrus ovis, foram determinados no período de abril de 2008 a março de 2011, em ovinos criados em Botucatu, São Paulo, região Sudeste do Brasil. Mensalmente, dois cordeiros traçadores permaneceram em pastejo com um rebanho ovino durante 28 dias consecutivos, expostos à infestação natural por larvas de O. ovis. Em seguida, os cordeiros foram sacrificados, e as larvas de O. ovis recuperadas da cavidade nasal e seios frontais. Dos 72 cordeiros traçadores, 50% estavam infestados por larvas de O. ovis, com intensidade média de infestação de 16,8 larvas/cabeça infestada, com média de 7,8 L1, 5,3 L2 e 3,7 L3. As larvas de O. ovis foram recuperadas durante as quatro estações do ano, mas o número médio de larvas foi significativamente superior durante os meses de primavera e verão comparado aos meses de inverno (P < 0,05). A maior taxa de recuperação larval coincidiu com temperaturas médias entre 20 °C e 25 °C e umidade relativa do ar por volta de 70%. Os resultados sugerem que a evolução e desenvolvimento de O. ovis ocorre praticamente durante o ano inteiro, mas a infestação é mais frequente nos meses de primavera e verão.(AU)