Resumo
O presente trabalho estudou a frequência dos grupos sanguíneos identificados como antígenos eritrocitários caninos (AEC) 1, 1.1 e 7 em cães da região metropolitana da cidade de São Paulo-SP, Brasil, e calculou o risco de administração de sangue incompatível tanto em uma primeira quanto em uma segunda transfusão. Para tanto, 300 cães não aparentados foram divididos igualmente em seis grupos de acordo com as raças: Pastor Alemão (PA); Rottweiler (R); Poodle (P); Cocker Spaniel Inglês (CS); raças definidas diversas (RDD) e mestiços (M). Foi avaliada a relação entre a frequência dos AEC e os grupos raciais. A frequência geral de AEC 1 na população foi de 71% (AEC 1.1 53,35%) e houve variações de acordo com as raças: PA- 32% (AEC 1.1 20%), R- 98% (1.1 80%), P- 76% (1.1 54%), CS- 84% (1.1 50%), RDD- 62% (1.1 56%) e M- 74% (1.1 60%). A frequência geral de AEC 7 foi de 39,33% e não houve diferenças significativas entre as raças. O risco de um cão negativo para o AEC 1 receber sangue positivo foi de 0,6 a 66,6% em uma primeira transfusão e de 0,21 a 65,3% do mesmo cão receber sangue incompatível em uma segunda transfusão. O risco quanto ao AEC 7 foi de 23,86% na primeira transfusão e 9,4% numa segunda transfusão. Este trabalho concluiu que houve variação na frequência de AEC1 e AEC 1.1, mas não quanto ao AEC 7 entre raças. Esta variação na porcentagem de animais positivos quanto ao AEC 1 se refletiu na grande variação no risco de uso de sangue incompatível. Portanto, conhecer a frequência dos AEC na população tem impacto direto no manejo entre cães doadores e receptores, mas a utilização conjunta de teste de tipagem sanguínea e reação cruzada reduz a possibilidade de transfusão de sangue incompatível.(AU)
It was investigated the frequency of blood groups identified as Dog Erythrocyte Antigens (DEA) 1, 1.1 and 7 dogs in the metropolitan region of São Paulo-SP, Brazil, and calculated the risk of administering incompatible blood in both first and second transfusion. For both, 300 unrelated dogs were equally divided into six groups according to the breeds: German Shepherd (GS), Rottweiler (R) Poodle (P), Cocker Spaniel (CS); defined several races (DSR), mongrel dogs (M). It was evaluated the relationship between the frequency of AEC and racial groups. The overall frequency of DEA 1 in population was 71% (DEA 1.1 53.35%) and there were variations according to the breeds: GS- 32% (DEA 1.1 20%), R 98% (1.1 80%) P 76% (1.1 54%), CS-84% (1.1 50%), DSR- 62% (1.1 56%) and M 74% (1.1 60%). The overall frequency of BCE 7 was 39.33%, and there were no significant differences between the breeds. The risk of a dog negative DEA receiving 1 positive blood was 0.6 to 66.6% in the first transfusion and 0.21 to 65.3% from the same animal dog receiving incompatible blood transfusion in a second. The risk of the DEA 7 was 23.86% in the first transfusion and 9.4% in a second transfusion. This study concluded that there was variation in the frequency of DEA 1 and 1.1, but not on the DEA 7 between races. This variation in the percentage of positive animals to DEA 1 was reflected in the large variation in the risk of use of incompatible blood. Therefore, knowing the frequency of the DEA in the population has a direct impact on handling dogs between donors and recipients, but the joint use of testing blood typing and cross-reactivity reduces the possibility of incompatible blood transfusion.(AU)
Assuntos
Animais , Policitemia , Cães/classificação , Transfusão de Sangue/métodosResumo
O presente caso trata-se do relato de correção cirúrgica do defeito septal atrial em cão. Este caso objetivou a demonstração dos métodos diagnósticos utilizados assim como o reparo cirúrgico utilizando-se da técnica de parada circulatória e posterior fechamento do defeito através de sutura. Tal técnica mostrou-se altamente exeqüível em medicina veterinária já que não utiliza circulação extra-corpórea.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Comunicação Interatrial/diagnóstico , Comunicação Interatrial/cirurgia , Técnicas de Sutura/veterinária , Técnicas e Procedimentos Diagnósticos/veterinária , CãesResumo
O presente trabalho objetivou o estudo da freqüência dos grupos sanguíneos DEA 1 e DEA 7 em cães no Banco de Sangue do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Para tanto observou-se a freqüência desses grupos nas raças poodle, cocker spaniel inglês, rottweiler, pastor alemão e cães sem raça definida, bem como estudou-se a relação entre essas freqüências e as referidas raças. Foram utilizados 300 animais divididos em seis grupos de 50 cães, sendo cinco grupos referentes às raças acima citadas e o último grupo composto por 50 animais de outras raças. Foram coletados 5 ml de sangue para ser realizada a tipagem sanguínea com antisoros (anticorpos policlonais) oriundos da Michigan State University. A análise estatística foi feita através do cálculo da freqüência dos grupos sanguíneos DEA 1 e DEA 7 dentro dos referidos grupos raciais, e estudo da relação entre raça e tipo sanguíneo com os testes de Qui-quadrado ou Teste exato de Fisher (p<0,05). Os resultados encontrados permitem concluir que existe variação na freqüência dos tipos sanguíneos caninos pertencentes ao grupo DEA 1 entre as raças estudadas, e que as variáveis raça e tipo sanguíneo são significantemente associadas quando se refere ao grupo DEA 1 nas comparações entre: pastor alemão e todos os grupos raciais; cães rottweiler e todos os outros grupos raciais; cães sem raça definida com o grupo de cocker spaniel. Não existe associação entre tipos sanguíneos e as raças estudas no grupo DEA 7