Resumo
Searching for improvements in semen cryopreservation, natural substances are commonly studied focusing to improve the sperm quality. The aim of this study were evaluated the effect of adding orange, pineapple, and beet juices in different concentrations and combinations to the ram semen cryopreservation extender. Five ejaculates from five adult rams were used. The semen pool was diluted in egg yolk-based extender and mixed with the following 15 treatments (at a final concentration of 400.106 sptz/mL): orange 10% (O10) and 15% (O15); pineapple 10% (P10) and 15% (P15); beet 10% (B10) and 15% (B15); pineapple + orange 10% (PO10) and 15% (PO15); pineapple + beet 10% (PB10) and 15% (PB15); beet + orange 10% (BO10) and 15% (BO15); pineapple + beet + orange 10% (PBO10) and 15% (PBO15); and the control group (CON). Post-thaw in 0.25 mL straws semen quality analysis of cryopreserved semen was performed by CASA and flow cytometry. Analysis of variance (PROC GLM) was carried out and the averages were compared using the SNK test. Pearson's correlation test was also performed. No effect was noted in the addition of juices to the semen extender prior to cryopreservation. Post-thawed, although, statistically similar to the control group, the total motility of the B10 group reached acceptable standards of total motility. In addition, B10 group showed the highest values (p< 0.05) of progressive motility than control group or other treatments. The addition of 10% beet juice to the ram semen extender can improve the cryopreservation of sperm motility.
Em busca de melhorias na criopreservação do sêmen, substâncias naturais são comumente estudadas com o objetivo de melhorar a qualidade do sêmen. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adição de sucos de laranja, abacaxi e beterraba em diferentes concentrações e combinações ao diluidor de criopreservação de sêmen ovino. Foram utilizados cinco ejaculados de cinco carneiros adultos. O pool de sêmen foi diluído em diluente à base de gema de ovo e misturado com os seguintes 15 tratamentos (na concentração final de 400x106 sptz/ml): laranja 10% (O10) e 15% (O15); abacaxi 10% (P10) e 15% (P15); beterraba 10% (B10) e 15% (B15); abacaxi + laranja 10% (PO10) e 15% (PO15); abacaxi + beterraba 10% (PB10) e 15% (PB15); beterraba + laranja 10% (BO10) e 15% (BO15); abacaxi + beterraba + laranja 10% (PBO10) e 15% (PBO15); e o grupo controle (CON). Pós-descongelação em palhetas de 0,25 ml a análise da qualidade do sêmen criopreservado foi realizada pelo CASA e citometria de fluxo. A análise de variância foi realizada e as médias comparadas pelo teste SNK. O teste de correlação de Pearson também foi realizado. Nenhum efeito foi observado na adição de sucos ao diluidor de sêmen antes da criopreservação. Após o descongelamento, embora estatisticamente semelhante ao grupo controle, a motilidade total do grupo B10 atingiu padrões aceitáveis de motilidade total. Além disso, o grupo B10 apresentou os maiores valores (p<0,05) de motilidade progressiva que o grupo controle ou os outros tratamentos. A adição de 10% de suco de beterraba ao diluente de sêmen ovino pode melhorar a criopreservação da motilidade espermática.
Assuntos
Animais , Masculino , Preservação do Sêmen/métodos , Diluição , Carneiro Doméstico , Sucos de Frutas e Vegetais/análise , Antioxidantes/administração & dosagem , Criopreservação , Beta vulgaris , Ananas , Citrus sinensisResumo
A compreensão dos mecanismos de controle da atividade ovariana é necessária para o sucesso das biotecnologias da reprodução. Embora existam inúmeros trabalhos a respeito da aplicação do hormônio luteinizante (LH) na função ovariana, pouco se sabe sobre a sua influência na morfologia e formação da vasculatura do corpo lúteo (CL). Diante disto, o presente projeto teve como objetivo a quantificação da densidade vascular dos CLs de animais tratados com Gonadotrofina Corionica Humana (hCG) após a ovulação. Para tanto, foram utilizados ratas wistar, cujos CLs foram divididos em dois grupos: (A) tratado com hCG na manhã seguinte a cópula e (B) controle (solução fisiológica a 0,9 % de NaCl). Foram confeccionadas lâminas dos ovários dos animais para a quantificação da densidade vascular. Os resultados obtidos não revelaram diferenças significantes entre a densidade vascular dos grupos tratado e controle.(AU)
The knowledge of the mechanisms that affect the control of the ovarian activity is essential for the success of reproduction biotechnologies. Although a number of studies have been carried out in which the luteinizing hormone (LH) was used to control the ovarian activity, little is known about its influence in the morphology and vascular formation of the corpus luteum, aiming to increase the local blood flow. Thus, the objective of the present experiment was the quantification of the vascular density of corpora lutea (Cls) in animals treated with human chorionic gonadotropin (hCG) just after ovulation. Therefore, eighteen wistar rats were used in this experiment . Eight rats in the treated group and ten rats in the control group. Corpora lutea were divided into two groups: group (A) treated with hCG in the following morning after copulation, and group (B) control animals which received an injection of 0.9% sodium chloride solution. Ovaries from each group were used for preparation of histological sections for vascular density qualification. No statistical significance was found between the two groups tested.(AU)
Assuntos
Animais , Neovascularização Patológica/patologia , Corpo Lúteo/anatomia & histologia , Biotecnologia/instrumentação , Ratos/classificaçãoResumo
Os ácidos graxos poli-insaturados garantem fluidez à membrana plasmática do espermatozoide. No entanto, as duplas ligações presentes, os tornam mais susceptíveis aos efeitos nocivos da peroxidação lipídica. A adição do antioxidante Glutationa reduzida (GSH) poderia conferir proteção aos espermatozoides de ovinos submetidos à congelação contra os graves danos causados pelo estresse oxidativo. O objetivo do presente experimento foi avaliar se a GSH protege os espermatozoides ovinos criopreservados contra danos causados pelo estresse oxidativo. Foram colhidos ejaculados de quatro carneiros adultos. As análises convencionais foram: concentração, motilidade, vigor e morfologia. As análises funcionais foram: integridade de membrana, integridade acrossomal, integridade de cromatina e atividade mitocondrial. O sêmen foi criopreservado utilizando o diluidor Tris-gema-critrato, suplementado com GSH (controle, 1, 5 e 10 mM). As amostras foram submetidas ao protocolo de peroxidação lipídica induzida e subsequente quantificação das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o Sistema SAS para Windows. Não houve efeito do tratamento com GSH sobre as variáveis avaliadas pelos testes convencionais. A GSH diminuiu a proporção de acrossomas íntegros. Amostras tratadas com 5mM de GSH apresentaram menor percentual de células com membranas íntegras quando comparadas às amostras controle e aquelas tratadas com 10 mM; o percentual de células sem atividade mitocondrial foi influenciado pela GSH e também não houve efeito nas TBARS. As amostras do grupo controle foram mais susceptíveis à denaturação da cromatina. Em conclusão, a adição do antioxidante Glutationa reduzida confere proteção ao DNA e à atividade mitocondrial de espermatozoides de ovinos.(AU)
The high susceptibility of sperm to the oxidative stress occurs especially due to high content of poly-unsaturated fatty acids (PUFAs) in its plasma membrane. The PUFAs provide the necessary fluidity to the plasma membrane. However double bonds present in those fatty acids are more susceptible to oxidative stress. Studies in human indicate that cryopreservation may lead to damages to the sperm due to oxidative stress. This study aimed to verify if the antioxidant glutathione (GSH) may protect ovine cryopreserved sperm against damages caused by oxidative stress. Semen samples of four rams were cryopreserved using Tris-egg yolk extender supplemented with different concentrations of reduced glutathione (control, 1, 5 and 10 mM). After thawing, samples were evaluated using conventional (motility and vigor) and functional tests (membrane integrity and mitochondrial activity). Aliquots of each thawed sample were submitted to protocol of induced lipid peroxidation using ascorbate (20 mM) and ferrous sulphate (4 mM), with further measurement of tiobarbituric acid reactive substances (TBARS), index of oxidative stress. No effect of GSH was observed on variables assessed by conventional tests. GSH decreased the proportion of intact acrosomes. Samples treated with 5 mM GSH showed lower percentage of intact membrane cells when compared to control samples and those treated with 10 mM. The percentage of cells with mitochondrial activity was affected by GSH, but no effect on TBARS. Samples from control group were more susceptible to denaturation of chromatin. In conclusion, the addition of Glutathione (GSH) offers protection to DNA and mitochondrial activity of ovine sperm.(AU)
Assuntos
Animais , Análise do Sêmen/veterinária , Bovinos/classificação , Estresse Oxidativo/fisiologia , Glutationa , Ácidos Graxos/químicaResumo
The ideal interval between AI and ovulation (OV) is not well determined yet, varying from 12 to 28 h before up to 4 h after ovulation. Utilization of gonadotrophins to synchronize ovulation would allow the pre-determination of the groups' size, according to the AI-OV intervals, and would contribute to determine a secure interval between AI-Ov. 120 sows received 7.5 mg IM of Luprostiol, between days 12 and 17 of the estrous cycle, 600 lU of eCG 1M 24 h after prostaglandin and 5.0 mg of LH 1M 72 h after eCG injection. The moment of ovulation was diagnosed by transrectal ultrasonography at intervals of 6 h. There were 5 treatments according to IA-OV interval: T1- 48 to 36 h before OV; T2- 36 to 24 h before OV; T3- 24 to 12 h before OV; T4- 12 to 0h before OV and T5-0 to 12 h after Ov. Sows were slaughtered 96. 7±11.37 h after Ov. Recovery rate (RR), number of corpora lutea (NC), total number of structures (ST), fertilization rate (FR), embryo viability (EV) and number of accessory sperm (AS) were analyzed. The synchronization protocol showed an homogenous distribution of the animaIs among treatments (LH-OV interval 39.22±7.6h), and it didn't influenced the results. FR and EV results suggest that 36 h is the time of sperm viability in sow genital tract. There was a strong decline of AS between T3 and T4.(AU)
O intervalo ideal entre a AI e ovulação (OV) não está bem determinado ainda, variando entre 12 a 28 h antes até 4 h depois da ovulação. A utilização de gonadotrofinas para sincronizar ovulação permitiria a pré-determinação do tamanho dos grupos, de acordo com os intervalos IA-OV, e possibilitaria determinar um intervalo seguro entre IA-OV 120 porcas receberam 7.5 mg IM de Luprostiol, entre os dias 12 e 17 do ciclo estral, 600 lU de eCG 1M 24 h após o Luprostiol e 5.0 mg de LH 1M 72 h após a injeção de eCG. O momento de ovulação foi diagnosticado pela ultra-sonografia trans-retal a intervalos de 6 h. Definiu-se 5 tratamentos de acordo com o intervalo IA-OV: T1 - 48 a 36 h antes da OV; T2 - 36 a 24 h antes da OV; T3 - 24 a 12 h antes da OV; T4 -12 a 0 h antes da OV e T5 - 0 a 12 h após a OV. O abate ocorreu 96.7±11.37 h após a OV. A taxa de recuperação (RR), número de lutea de corpos (NC), número total de estruturas (ST), taxa de fecundação (FR), viabilidade embrionária (EV) e número de espermatozóides acessórios (AS) foram analisados. O protocolo de sincronização mostrou uma distribuição homogênea dos animais entre os tratamentos (intervalo LH-OV de 39.22±7.6h), e não influenciou os resultados. A FR e os resultados de EV sugerem que 36 h seja o tempo de viabilidade do espermatozóide trato genital da porca. Houve um forte declínio do AS entre T3 e T4.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Inseminação Artificial/efeitos adversos , Inseminação Artificial/veterinária , Indução da Ovulação/efeitos adversos , Indução da Ovulação/veterinária , Sincronização do Estro/métodos , Fertilização , SuínosResumo
Duzentas e cinqüenta e quatro matrizes Camborough 22 (PIC®), foram divididas em 3 tratamentos: T 1 (n=60) - 600 UI de eCG após desmama e 5 mg de LH, 72 h após eCG , com única inseminação artificial (IA) (24 h após LH); T 2 (n=95) - mesmo tratamento hormonal do T1, com 2 IA (24 e 32 h após LH); T 3 (n=99) - grupo controle sem tratamento hormonal, com 3 IA. As médias de intervalo desmame-estro (IDE) em T1, T2 e T3 foram de 87,4 ± 3,0 (87 a 111), 87 ± 0 (87) e 99,9 ± 13,6 (63 a 135) horas, respectivamente, sendo reduzidas (P < 0,0001) pelas gonadotrofinas. A duração do estro (DE) foi de 44,3 ± 8,78 (12 a 60), 41,3 ± 9,77 (24 a 60) e 60,1 ± 10,22 (36 a 84) horas, respectivamente para T1, T2 e T3, sendo menor (P < 0,0001) nas fêmeas tratadas. As diferenças no intervalo LH e ovulação (LH-OV) entre o grupo controle (56,1 ± 15,91, variação de 21 a 93 horas) e os grupos tratados (35,7 ± 6,07 em T1 e 35,5 ± 6,06 em T2, com variação de 30 a 42 horas) foram significativas (P < 0,0001). O tamanho de leitegada (TL) foi de 10,6 ± 3,25 (2 a 16) em T1, 11,3 ± 3,0 (4 a 20) em T2 e 11,6 ± 2,74 (4 a 18) leitões em T3, enquanto os mesmos demonstraram número de leitões nascidos vivos (NV) de 9,6 ± 3,14 (2 a 16), 10,5 ± 2,83 (1 a 18) e 10,5 ± 2,73 (4 a 16) leitões. Tanto em TL (P = 0,11) quanto em NV (P = 0,06) não houve diferença. A significante taxa de parição (TP) no T1, T2 e T3 foi, respectivamente, 76,67 por cento, 88,42 por cento e 91,92 por cento, diferindo entre T1 e T3 (P = 0,01). As gonadotrofinas foram efetivas na indução e sincronização das ovulações; o uso de 2 IAs manteve os índices reprodutivos e, embora a IA única não revele significância quanto ao menor valor de TL, há necessidade de serem realizados novos estudos nesta área. (AU)
Two hundred fifty four sows Camborough 22 (PIC®), were divided in 3 treatments: T 1 (n=60) - 600 UI of eCG after weaning and 5 mg of LH, after 72 h, with single artificial insemination (AI) (24 h after LH); T 2 (n=95) - same hormonal treatment of T1, with 2 AI (24 and 32 h after LH); T 3 (n=99) - control group, with 3 AI. The averages of weaning-to-estrus interval (WEI) in T1, T2 and T3 were of 87,4 ± 3,0 (87 - 111), 87 ± 0 (87) and 99,9 ± 13,6 (63 - 135) h, respectively, been reduced (P < 0,0001) by gonadotropins. The duration of estrus (DE) were of 44,3 ± 8,78 (12 - 60), 41,3 ± 9,77 (24 - 60) and 60,1 ± 10,22 (36 - 84) h, respectively for T1, T2 and T3, showed lower (P < 0,0001) in treated sows. Fourteen of 155 sows that received gonadotropins (9,03 %) didn't show oestrus. Among these, 10 return to estrus, denote 40% of the total returns. The diferences in LH to ovulation interval (LH-OV) among control group (56,1 ± 15,91, range: 21 - 93 h) and treated groups (35,7 ± 6,07 in T1 and 35,5 ± 6,06 in T2, range: 30 - 42 h) were significant (P < 0,0001). The litter size (LS) were of 10,6 ± 3,25 (2 - 16) in T1, 11,3 ± 3,0 (4 - 20) in T2 and 11,6 ± 2,74 (4 - 18) in T3, while the same demonstred number of piglets born alive (BA) of 9,6 ± 3,14 (2 - 16), 10,5 ± 2,83 (1 - 18) and 10,5 ± 2,73 (4 - 16). In both TL (P = 0,11) and NV (P = 0,06) there weren't any diference. The farrowing rate (FR) in T1, T2 and T3 were, respectively, 76,67 %, 88,42 % and 91,92 %, been diferent between T1 and T3 (P = 0,01). The gonadotropins were effetive in the ovulation induction and synchronization; the use of 2 AI maintained the reproductive index and, however the single AI do not show significance in LS, there is necessity of new reserchs in this area. (AU)
Assuntos
Animais , Inseminação Artificial/veterinária , Indução da Ovulação/veterinária , Gonadotropinas/uso terapêutico , Suínos , Hormônio Luteinizante , PrenhezResumo
A pesquisa, desenvolvida num sistema de produção de suínos, estudou a efetividade do hormônio luteinizante (LH) na indução das ovulações. Vinte e quatro fêmeas constituíram o grupo controle e trinta e duas receberam a injeção intramuscular de 600 UI de eCG (Novormon 5000®), 24 h após a desmama e 5 mg de LH (Lutropin - V ®), 56 h após a injeção de eCG, caracterizando o grupo tratado. O estro foi observado 2 vezes ao dia, a ovulação detectada por ultra-sonografia transcutânea e taxa de ovulação (TO) determinada por contagem de corpos lúteos. O intervalo desmama-estro (IDE) foi reduzido (P = 0,01) pelo tratamento (87,4 vs 98,5 horas). As ovulações ocorreram entre 32 e 48 h (37,25 ± 3,65) após LH e foi diferente (P < 0,0001) do controle (63,67 ± 20,22, variando de 32 a 104 h). A TO do tratamento foi semelhante (P = 0,2) à do controle (23,16 ± 12,19 vs 20,08 ± 5,19, respectivamente). (AU)
The research, developed in a swine production system, examined the effectivity of luteinizing hormone (LH) in ovulation induction. Twenty four sows compose the control group and tirthy two sows received intramuscular aplication of 600 IU of eCG (Novormon 5000®), 24 h after weaning and 5 mg of LH (Lutropin - V ®), 56 h after eCG injection (treated group). Oestrus were observed twice a day, the ovulation detected by transcutaneous ultrasonography and ovulation rate (OR) determined by corpora lutea counting. The weaning-to-estrus interval (WEI) were reduced (P=0,01) by treatment (87,4 vs 98,5 h). The ovulations occured among 32 and 48 h (37,25 ± 3,65) after LH and were diferent (P < 0,0001) of control (63,67 ± 20,22, range: 32 - 104 h). The OR of treatment was similar (P = 0,2) on the control (23,16 ± 12,19 vs 20,08 ± 5,19, respectively). (AU)
Assuntos
Animais , Hormônio Luteinizante , Indução da Ovulação/veterinária , Suínos , Gonadotropinas/uso terapêutico , Inseminação ArtificialResumo
Estudaram-se as relações entre o intervalo desmame-cio (IDC), a duração do cio (DC) e o momento da ovulação (MO). Foram observadas 236 fêmeas para a obtenção dos dados de IDC e DC, as quais eram testadas para o diagnóstico de cio 4 vezes ao dia, na presença do macho. A ovulação foi diagnosticada em 77 fêmeas, pela ultra-sonografia, por via transcutânea, em 3 exames diários com 8 horas de intervalo. Houve correlação negativa entre intervalo desmame-cio e duração do cio (r=-0,4657; p=0,0001) e entre intervalo desmame-cio e momento da ovulação (r=-0,3955; p=0,0004), no entanto, não houve correlação entre duração do cio e momento da ovulação (r=0,2201; p=0,0578). A porcentagem de fêmeas que ovularam entre 0 e 24, 24 e 48, 48 e 72 e acima de 72 horas após o início do cio foi de, respectivamente, 0 por cento, 58,4 por cento, 37,5 por cento e 4,2 por cento para o IDC de 3 dias, 3,2 por cento, 67,7 por cento, 29,2 por cento e 0 por cento para o IDC de 4 dias, 0 por cento, 91,6 por cento, 8,3 por cento e 0 por cento para o IDC de 5 dias e 10 por cento, 90 por cento, 0 por cento e 0 por cento para o IDC de 6 e 7 dias. Nestas condições, o IDC não se mostrou uma referência confiável para ser utilizado como um preditor do momento ideal da inseminação. No entanto, o conhecimento das características IDC, DC e MO dentro de cada rebanho ajuda a apontar falhas e elaborar programas eficientes de IA. (AU)
Assuntos
Estro/fisiologia , Ovulação/fisiologia , Ultrassonografia/métodos , Suínos , Inseminação Artificial/métodosResumo
O sucesso no emprego da inseminação artificial em suínos depende de inúmeros fatores, sendo o momento ideal de sua realização, um dos que mais influencia, o qual compreende um intervalo entre 0 e 24 horas antes da ovulação. Estudou-se as relações entre o intervalo desmame-cio (IDC), a duração do cio (DC) e o momento da ovulação (MO) e a influência da raça, ordem de parto e estação do ano sobre estas características e suas relações. Um total de 236 fêmeas, de uma unidade de produção de suínos no oeste Santa Catarina, foram observadas para a obtenção dos dados de IDC e DC, as quais eram testadas para o diagnóstico de cio 4 vezes ao dia, na presença do macho. A ovulação foi diagnosticada em 77 fêmeas, pela ultra-sonografia, por via trans-cutânea, em 3 exames diários com 8 horas de intervalo. As amostras de sangue para análise de progesterona, foram coletadas de 74 fêmeas, com 24 horas de intervalo, em 4 ocasiões para a determinação dos níveis: basal, 24, 48 e 72 horas após o início do cio, respectivamente, e submetidas a técnica de radioimunoensaio. A raça Landrace mostrou um IDC mais longo (113,62 horas) em comparação à Large White (linhagem 1) (102,45 horas) (P<0,05), mas não houveram diferenças significativas destas em relação à Large White (linhagem 2). Fêmeas de 1º parto apresentaram um IDC mais longo (117,44 horas) que às de 2º parto (100,47 horas) e acima deste (104,78 horas) (P<0,05). Não houve influência da estação do ano sobre nenhuma das características. Houve interação entre estação do ano e ordem de parto sobre o MO, sendo que, nas fêmeas acima de 2º parto, o MO médio estimado foi de 51,76 horas na estação 1 e de 36,56 horas na estação 2 (P<0,05). Houve correlação negativa entre intervalo desmame-cio e duração do cio (r=-0,4657; P=0,0001) e entre intervalo desmame-cio e momento da ovulação (r=-0,3955; P=0,0004), no entanto, não houve correlação entre duração do cio e momento da ovulação (r=0,2201; P=0,0578). Não foi possível mostrar influências de raça, ordem de parto e estação de ano sobre as relações entre IDC, DC e MO através da análise de regressão com comparação de retas. Houve baixa correlação entre a ultra-sonografia e a análise de progesterona (MOP), para o diagnóstico da ovulação (r=0,3396;P=0.0209), sem correlação quando a ocorrência da ovulação foi considerada em intervalos de 24 horas a partir do início do cio (r=0,2637;P=0,0766). A porcentagem de fêmeas que, pela ultra-sonografia, ovularam entre 0 e 24, 24 e 48, 48 e 72 e acima de 72 horas após o início do cio foi de, respectivamente, 0%, 58,4%, 37,5% e 4,2% para o IDC de 3 dias, 3,2%, 67,7%, 29,2% e 0% para o IDC de 4 dias, 0%, 91,6%, 8,3% e 0% para o IDC de 5 dias e 10%, 90%, 0% e 0% para o IDC de 6 e 7 dias. Pela análise de progesterona, para os mesmos intervalos, respectivamente, a porcentagem fêmeas foi de 4,5%, 36,3%, 50% e 9,1% para o IDC de 3 dias, 3,6%, 32,2%, 60,7% e 3,6% para o IDC de 4 dias, 5,9%, 35,3%, 52,9% e 5,9% para o IDC de 5 dias e 14,3%, 57,1%, 28,6% e 0% para o IDC de 6 e 7 dias. Nestas condições, o I DC não se mostrou uma referência confiável para ser utilizado como um preditor do momento ideal da inseminação. No entanto, conhecimento das características IDC, DC e MO dentro de cada rebanho ajudam a apontar falhas e elaborar programas eficientes de IA
The success of artificial insemination (AI) depends on several factors. The ideal moment to realize the AI is a limiting factor and it is defined as O to 24 hours before ovulation. Relationships between weaning-to-estrus interval (WEI), duration of estrus (DE) and moment of ovulation (MO) and the influence of breed, parity and season over these characteristics and the relationships with each other were studied. In a total of 236 sows, of a farm in the west of Santa Catarina, were observed to record the data of WEI and DE, which were tested by back pressure 4 times a day, in presence of a boar. The ovulation was diagnosed in 77 sows, by transcutaneous ultrasonography, 3 times a day at intervals of 8 hours. The blood samples to progesterone analyze were collected of 74 SOWS, at 24 hours intervals, at 4 occasions to determine basal, 24, 48, 72 hours levels after estrus onset, respectively, and submitted to radioimunoassay. The breed Landrace showed a WEI longer (113,62 hours) than Large White (Iine 1) (102,45 hours) (P<0,05), but there were no differences in relation to Large White (Iine 2). First parity sows presented a WEI longer (117,44 hours) than second parity sows (100,47 hours) and over second parity (104,78 hours) (P