Resumo
A demodicidose canina é uma dermatopatia parasitária inflamatória comum na rotina clínica. Ela é causada pela proliferação exacerbada do ácaro Demodex spp., e a espécie mais frequentemente encontrada e que causa a doença clínica é o Demodex canis. A doença pode ser classificada conforme a distribuição das lesões e a idade em que elas surgem. Os sinais clínicos mais comuns incluem alopecia, eritema, hiperpigmentação e descamação, e o diagnóstico mais preconizado é o exame parasitológico do raspado cutâneo. Diversos protocolos terapêuticos para a demodicidose canina têm sido estudados, e por muito tempo utilizou-se o amitraz, sendo ao longo dos anos substituído por fármacos da classe das lactonas macrocíclicas, pela praticidade de sua administração. Contudo, mais recentemente, as isoxazolinas (fluralaner, afoxolaner e sarolaner) foram descobertas como miticidas, e nos últimos anos têm demonstrado excelentes resultados. O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as isoxazolinas no tratamento da demodicidose canina.(AU)
Canine demodicosis is an inflammatory parasitic skin disease common in clinical routine. It is caused by the exacerbated proliferation of the Demodex spp., and the most frequently encountered species that causes clinical disease is Demodex canis. The disease can be classified according to the distribution of lesions and the age at which they appear. The most common clinical signs include alopecia, erythema, hyperpigmentation and desquamation, and the most recommended diagnosis is the parasitological examination of the skin scraping. Several therapeutic protocols for canine demodicosis have been studied, and for a long time the main therapeutic of this disease was amitraz, being replaced over the years by drugs of the macrocyclic lactone class due to the practicality of its administration. However, more recently the isoxazolines (fluralaner, afoxolaner and sarolaner) were discovered as miticides, and in recent years they have shown excellent efficacy results, coming to revolutionize the therapy of canine demodicosis. The present study aims to review the literature on isoxazolines in the treatment of canine demodicosis.(AU)
La demodicosis canina es una enfermedad inflamatoria parasitaria de la piel común en la rutina clínica. Es causada por la proliferación exacerbada de Demodex spp., y la especie más frecuente que causa enfermedad clínica es Demodex canis. La enfermedad se puede clasificar según la distribución de las lesiones y la edad en que aparecen. Los signos clínicos más frecuentes incluyen alopecia, eritema, hiperpigmentación y descamación, y el diagnóstico más recomendado es el examen parasitológico del raspado cutáneo. Se han estudiado varios protocolos terapéuticos para la demodicosis canina, y durante mucho tiempo la principal terapéutica de esta enfermedad fue el amitraz, siendo reemplazada con el paso de los años por fármacos de la clase de las lactonas macrocíclicas debido a la practicidad de su administración. Sin embargo, más recientemente se descubrieron las isoxazolinas (fluralaner, afoxolaner y sarolaner) como acaricidas, y en los últimos años han mostrado excelentes resultados de eficacia, llegando a revolucionar la terapia de la demodicosis canina. El presente estudio tiene como objetivo revisar la literatura sobre las isoxazolinas en el tratamiento de la demodicosis canina.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças Parasitárias em Animais/tratamento farmacológico , Doenças do Cão , Compostos Heterocíclicos/farmacologia , Infestações por Ácaros/tratamento farmacológico , Cães/parasitologia , ÁcarosResumo
Embora as doenças em seres humanos pareçam ser uma preocupação isolada, muitas são causadas por agentes zoonóticos. O contato cada vez mais próximo entre os animais de companhia e seus tutores deve ser levado em consideração, e devem-se realizar investigações relacionadas aos agentes patgênicos que são frequentemente isolados de infecções em seres humanos e outros animais. A bactéria Escherichia coli, além de ser uma bactéria comensal do trato intestinal de diversos animais, é uma das causas mais frequentes de diversas infecções bacterianas. Estudos recentes apontam que o contato entre seres humanos e animais poderia contribuir para a transmissão entre espécies de cepas E. coli produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) e lactamases do tipo AmpC, que são cepas resistentes a múltiplos antimicrobianos (multiresistentes). Contudo, mais estudos são necessários potencial zoonótico da E. coli a partir de pesquisas relacionadas com o achado de cepas patogênicas em animais e em seres humanos.(AU)
While diseases in humans seem to be an isolated concern, many are caused by zoonotic agents. The increasingly close contact between pets and their guardians must be considered, and investigations related to pathogens that are frequently found in humans and other animals must be carried out. Escherichia coli, in addition to being a commensal bacterium found in the intestinal tract of many animals, is one of the most frequent causes of several bacterial infections. Recent studies indicate that contact between humans and animals could contribute to the transmission between species of E. coli strains that produce extended-spectrum ß-lactamases (ESBL) and AmpC-type lactamases, which are antimicrobial-resistant (multidrug-resistant). However, more studies are needed for these assumption to be confirmed. This review addresses the zoonotic potential of E. coli based on research related to the finding of pathogenic strains in animals and humans.(AU)
Resumen: Aunque las enfermedades en los seres humanos parecen ser una preocupación aislada, algunas son provocadas por agentes zoonóticos. Se debe tener en cuenta que el contacto entre animales de compañía y sus tutores es cada vez más próximo, considerando asimismo que aún deben ser investigada con mayor profundidad la relación entre esos agentes patogénicos aislados de infecciones en seres humanos y otros animales. La bacteria Escherichia coli es un microorganismo comensal del intestino de diversos animales, y se la considera una de las causas más frecuentes de diversas infecciones bacterianas. Recientes estudios revelan que el contacto entre humanos y animales podría influenciar en la transmisión entre especies de algunas cepas de E. coli que producen ß-lactamasas de espectro ampliado (ESBL)y lactamasas AmpC, que son cepas resistentes a muchos antibióticos (multiresistentes). Se necesitan aún un mayor número de pesquisas para que esta suposición pueda ser confirmada. Frente a este hecho, la presente revisión aborda el potencial zoonótico de la E. coli a partir de investigaciones relacionadas con cepas patogénicas en animales y seres humanos.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos/microbiologia , Cães/microbiologia , Escherichia coli , Infecções por Escherichia coli/transmissão , Zoonoses BacterianasResumo
A demodicidose é uma doença incomum na rotina clínico-dermatológica de felinos. Ela pode ser causada pelo ácaro Demodex gatoi ou pelo Demodex cati, e há relatos de uma nova espécie ainda não nomeada. Inúmeras formas de diagnóstico e protocolos terapêuticos relativos à demodicidose canina vêm sendo relatados há anos. Contudo, há poucos trabalhos atuais sobre o tema em felinos. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre essa dermatopatia, com a descrição da sua etiologia, da epidemiologia, dos sinais clínicos, do diagnóstico e das formas de tratamento atuais, pois a demodicidose felina é difícil de tratar e diagnosticar, por ser uma enfermidade rara e de baixa incidência. Ainda há necessidade de trabalhos futuros para que o estudo da doença possa ser aprofundado e para que se defina um protocolo terapêutico mais conciso, incluindo padronização de doses e frequência de administração.(AU)
Demodicosis is an uncommon disease in the clinical-dermatological routine of felines. It can be caused by the Demodex gatoi or Demodex cati, and a new, as yet unnamed species has been reported. Numerous forms of diagnosis and therapeutic protocols have been reported for canine demodicosis for years. However, there are few current studies on the subject in felines. Therefore, the present work aims to carry out a literature review on this skin disease, with a description of its etiology, epidemiology, clinical signs, diagnosis and current forms of treatment, as feline demodicosis still has a therapeutic and diagnostic difficulty because it is a rare and low-incidence disease. Future studies are still needed to reach a better understand of the disease and to define a more concise therapeutic protocol, including standardization of doses and frequency of administration.(AU)
La demodicosis es una enfermedad poco común en la rutina clínico- dermatológica de los felinos. Puede ser causada por los ácaros Demodex gatoi o Demodex cati, y se ha informado de una nueva especie, aún sin nombre. Numerosas formas de diagnóstico y protocolos terapéuticos para la demodicosis canina han sido utilizados durante años. Sin embargo, existen pocos trabajos actuales sobre el tema en felinos. El presente trabajo tiene como objetivo realizar una revisión bibliográfica sobre esta enfermedad de la piel, con una descripción de su etiología, epidemiología, signos clínicos, diagnóstico y formas de tratamiento actuales, ya que la demodicosis felina aún presenta una dificultad terapéutica y diagnóstica por ser una enfermedad rara y de baja incidencia. Se requiere estudo futuro para profundizar el conocimiento de la enfermedad y definir un protocolo terapéutico más conciso, que incluya estandarización de dosis y frecuencia de administración.(AU)
Assuntos
Animais , Dermatopatias/veterinária , Trombiculíase/diagnóstico , Gatos/parasitologia , Trombiculidae , RevisãoResumo
Felis catus gammaherpesvirus 1 (FcaGHV1) may causes an asymptomatic infection that result in an efficient transmission and subsequently dissemination of the virus in feline population. This study used molecular detection by qPCR (quantitative PCR) based on DNA polymerase gene fragment amplification to evaluate the occurrence of FcaGHV1 and its correlation with other feline viral pathogens, such as Carnivore protoparvovirus 1 (CPPV-1), Felid alphaherpesvirus 1 (FeHV-1), and feline retroviruses such as feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV). Of the 182 blood samples evaluated 23.6% (43/182) were positives for FcaGHV1. Approximately 37.9% (33/87) of the samples that tested positive for retrovirus were also were positive for FcaGHV1 infection (P 0.0001). Among FIV-infected samples, 49% (24/49) were positive for FcaGHV1 (P 0.0001). FcaGHV1 infection was not associated with FeLV (P>0.66) or CPPV-1 (P>0.46) coinfection. All samples were negative for FeHV-1. Male felines were significantly associated to FcaGHV1 (P 0.0001) and their risk of infection with FcaGHV1 was about of 7.74 times greater compared to females. Kittens ( 1year) were the least affected by FcaGHV1 infection, being verified a rate of 7.7% (4/52). Therefore, male cats over one year old and infected with FIV were considerably more likely to be infected with FcaGHV1. To our knowledge, this is the first study to report the occurrence and molecular detection of FcaGHV1 infection in domestic cats in Brazil and in South America.(AU)
Felis catus gammaherpesvirus 1 (FcaGHV1) pode causar uma infecção assintomática, que resulta em uma transmissão eficiente e consequente disseminação do virus na população felina. Este estudo utilizou a detecção molecular por qPCR (PCR quantitativa) baseado na amplificação de um fragmento do gene da DNA polimerase para avaliar a ocorrência de FcaGHV1, sendo correlacionado a outros patógenos virais felinos como Carnivore protoparvovirus 1 (CPPV-1), Felid alphaherpesvirus 1 (FeHV-1) e aos retrovírus felinos como vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV). Das 182 amostras de sangue avaliadas, 23,6% (43/182) foram positivas para FcaGHV1. Aproximadamente 37,9% (33/87) das amostras positivas para retrovirus também foram positivas para FcaGHV1 (P 0,0001). Entre as amostras FIV-infectadas, 49% (24/49) foram positivas para FcaGHV1 (P 0,0001). A infecção por FcaGHV1 não foi associada à coinfecção por FeLV (P>0,66) e CPPV-1 (P>0,46). Todas as amostras foram negativas para FeHV-1. Felinos machos foram significativativamente associados à infecção por FcaHV1 (P 0,0001) e o risco de infecção com FcaGHV1 foi aproximadamente 7,74 vezes maior comparados às femeas. Os filhotes (1 ano) foram os menos acometidos pela infecção por FcaGHV1 sendo verificado uma proporção de 7.7% (4/52). Assim, gatos machos com mais de um ano de idade e infectados por FIV foram, consideravelmente, mais susceptíveis a serem infectados com FcaGHV1. Para nosso conhecimento, este é o primeiro estudo que relata a ocorrência de infecção e detecção molecular de FcaGHV1 em gatos domésticos no Brasil e na América do Sul.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Herpesviridae/isolamento & purificação , Coinfecção/veterinária , Infecções por Herpesviridae/diagnóstico , Reação em Cadeia da Polimerase/veterináriaResumo
Felis catus gammaherpesvirus 1 (FcaGHV1) may causes an asymptomatic infection that result in an efficient transmission and subsequently dissemination of the virus in feline population. This study used molecular detection by qPCR (quantitative PCR) based on DNA polymerase gene fragment amplification to evaluate the occurrence of FcaGHV1 and its correlation with other feline viral pathogens, such as Carnivore protoparvovirus 1 (CPPV-1), Felid alphaherpesvirus 1 (FeHV-1), and feline retroviruses such as feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV). Of the 182 blood samples evaluated 23.6% (43/182) were positives for FcaGHV1. Approximately 37.9% (33/87) of the samples that tested positive for retrovirus were also were positive for FcaGHV1 infection (P 0.0001). Among FIV-infected samples, 49% (24/49) were positive for FcaGHV1 (P 0.0001). FcaGHV1 infection was not associated with FeLV (P>0.66) or CPPV-1 (P>0.46) coinfection. All samples were negative for FeHV-1. Male felines were significantly associated to FcaGHV1 (P 0.0001) and their risk of infection with FcaGHV1 was about of 7.74 times greater compared to females. Kittens ( 1year) were the least affected by FcaGHV1 infection, being verified a rate of 7.7% (4/52). Therefore, male cats over one year old and infected with FIV were considerably more likely to be infected with FcaGHV1. To our knowledge, this is the first study to report the occurrence and molecular detection of FcaGHV1 infection in domestic cats in Brazil and in South America.
Felis catus gammaherpesvirus 1 (FcaGHV1) pode causar uma infecção assintomática, que resulta em uma transmissão eficiente e consequente disseminação do virus na população felina. Este estudo utilizou a detecção molecular por qPCR (PCR quantitativa) baseado na amplificação de um fragmento do gene da DNA polimerase para avaliar a ocorrência de FcaGHV1, sendo correlacionado a outros patógenos virais felinos como Carnivore protoparvovirus 1 (CPPV-1), Felid alphaherpesvirus 1 (FeHV-1) e aos retrovírus felinos como vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV). Das 182 amostras de sangue avaliadas, 23,6% (43/182) foram positivas para FcaGHV1. Aproximadamente 37,9% (33/87) das amostras positivas para retrovirus também foram positivas para FcaGHV1 (P 0,0001). Entre as amostras FIV-infectadas, 49% (24/49) foram positivas para FcaGHV1 (P 0,0001). A infecção por FcaGHV1 não foi associada à coinfecção por FeLV (P>0,66) e CPPV-1 (P>0,46). Todas as amostras foram negativas para FeHV-1. Felinos machos foram significativativamente associados à infecção por FcaHV1 (P 0,0001) e o risco de infecção com FcaGHV1 foi aproximadamente 7,74 vezes maior comparados às femeas. Os filhotes (1 ano) foram os menos acometidos pela infecção por FcaGHV1 sendo verificado uma proporção de 7.7% (4/52). Assim, gatos machos com mais de um ano de idade e infectados por FIV foram, consideravelmente, mais susceptíveis a serem infectados com FcaGHV1. Para nosso conhecimento, este é o primeiro estudo que relata a ocorrência de infecção e detecção molecular de FcaGHV1 em gatos domésticos no Brasil e na América do Sul.
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Animais , Gatos , Coinfecção/veterinária , Herpesviridae/isolamento & purificação , Infecções por Herpesviridae/diagnóstico , Reação em Cadeia da Polimerase/veterináriaResumo
A erliquiose é uma doença infecciosa transmitida por carrapatos, causada por uma bactéria da família Anaplasmataceae que pode infectar mamíferos. No Brasil, a erliquiose canina causada pela Ehrlichia canis é considerada endêmica em algumas regiões, sendo a sua transmissão feita por meio de vetores, principalmente o Rhipicephalus sanguineus. Já no que se refere aos gatos, essa informação é pouco conhecida, pois faltam pesquisas, padronização de testes diagnósticos e conscientização dos médicos-veterinários sobre a importância da doença nessa espécie; contudo, sugere-se que o curso da enfermidade seja semelhante ao do cão. O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a erliquiose felina, relatando a sua etiopatogenia, e os métodos de diagnóstico, tratamento e profilaxia dessa doença.
Ehrlichiosis is a tick-borne infectious disease caused by a bacterium belonging to the Anaplasmataceae family that can infect mammals. In Brazil, canine ehrlichiosis is caused by Ehrlichia canis, and it is endemic in some regions. The bacterium is transmitted by vectors, and especially the Rhipicephalus sanguineus. In cats the disease process is less understood due to scarce research, and lack of standardization of diagnostic tests. Lack of awareness of veterinarians about the importance of the disease in cats is also a contributíng factor to scarce information. The available information suggests that the course of the disease in cats is similar to that of the dog. In this article we present a literature review on feline ehrlichiosis describing etiopathogenesis, methods of diagnostic, treatment, and prophylaxis strategies.
La erliquiosis es una enfermedad infecciosa transmitida por garrapatas, causada por una bacteria de la familia Anaplasmataceae y que puede infectar a algunos mamíferos. En Brasil, la erliquiosis canina, causada por Ehrlichia canis y considerada endémica en algunas regiones es transmitida a través de vectores, principalmente el Rhipicephalus sanguineus. En los gatos, esta información es poco conocida debido a la falta de investigaciones al respecto, así como también falta estandarizar algunas pruebas diagnósticas y la concientización de los veterinarios sobre la importancia de la enfermedad en esta especie. No obstante, se ha sugerido que la enfermedad en gatos pueda ser semejante a la de los perros. Este trabajo tuvo como objetivo realizar una revisión de la literatura relacionada con la erliquiosis felina, relatando su etiopatogenia, los métodos de diagnóstico, su tratamiento y profilaxis.
Assuntos
Animais , Gatos , Ehrlichia/patogenicidade , Ehrlichiose/veterináriaResumo
A erliquiose é uma doença infecciosa transmitida por carrapatos, causada por uma bactéria da família Anaplasmataceae que pode infectar mamíferos. No Brasil, a erliquiose canina causada pela Ehrlichia canis é considerada endêmica em algumas regiões, sendo a sua transmissão feita por meio de vetores, principalmente o Rhipicephalus sanguineus. Já no que se refere aos gatos, essa informação é pouco conhecida, pois faltam pesquisas, padronização de testes diagnósticos e conscientização dos médicos-veterinários sobre a importância da doença nessa espécie; contudo, sugere-se que o curso da enfermidade seja semelhante ao do cão. O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a erliquiose felina, relatando a sua etiopatogenia, e os métodos de diagnóstico, tratamento e profilaxia dessa doença.(AU)
Ehrlichiosis is a tick-borne infectious disease caused by a bacterium belonging to the Anaplasmataceae family that can infect mammals. In Brazil, canine ehrlichiosis is caused by Ehrlichia canis, and it is endemic in some regions. The bacterium is transmitted by vectors, and especially the Rhipicephalus sanguineus. In cats the disease process is less understood due to scarce research, and lack of standardization of diagnostic tests. Lack of awareness of veterinarians about the importance of the disease in cats is also a contributíng factor to scarce information. The available information suggests that the course of the disease in cats is similar to that of the dog. In this article we present a literature review on feline ehrlichiosis describing etiopathogenesis, methods of diagnostic, treatment, and prophylaxis strategies.(AU)
La erliquiosis es una enfermedad infecciosa transmitida por garrapatas, causada por una bacteria de la familia Anaplasmataceae y que puede infectar a algunos mamíferos. En Brasil, la erliquiosis canina, causada por Ehrlichia canis y considerada endémica en algunas regiones es transmitida a través de vectores, principalmente el Rhipicephalus sanguineus. En los gatos, esta información es poco conocida debido a la falta de investigaciones al respecto, así como también falta estandarizar algunas pruebas diagnósticas y la concientización de los veterinarios sobre la importancia de la enfermedad en esta especie. No obstante, se ha sugerido que la enfermedad en gatos pueda ser semejante a la de los perros. Este trabajo tuvo como objetivo realizar una revisión de la literatura relacionada con la erliquiosis felina, relatando su etiopatogenia, los métodos de diagnóstico, su tratamiento y profilaxis.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Ehrlichiose/veterinária , Ehrlichia/patogenicidadeResumo
A infecção primária do trato urinário inferior em felinos é infrequente, contudo ela pode ocorrer de modo secundário após procedimentos de cateterização para a desobstrução uretral. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de abscesso e microabscessos renais, como consequência da infecção do trato urinário inferior, em um felino de oito meses de idade.
Primary infection of the lower urinary tract in feline is infrequent, however it can occur secondarily after catheterization procedures for urethral obstruction. The aim of this paper is to report a case of abscess and renal microabscesses as result of lower urinary tract infection in a feline eight months old.
La infección primaria del tracto urinario inferior en los gatos es poco frecuente, pero puede ocurrir en segundo lugar después de los procedimientos de cateterismo para la obstrucción uretral. El objetivo de este trabajo es presentar un caso de absceso y microabscesos renales como resultado de la infección del tracto urinario en un felino ocho meses.
Assuntos
Animais , Gatos , Infecções Urinárias/veterinária , Abscesso/veterinária , Azotemia/tratamento farmacológico , Azotemia/veterináriaResumo
A urolitíase é definida como a formação de sedimentos pouco solúveis em qualquer local do trato urinário. O tratamento médico consiste em impedir o crescimento adicional e promover a dissolução da pedra. Alterar a dieta do animal pode levar à dissolução do cálculo, ou pode evitar recidivas. A composição da dieta é capaz de alterar o pH urinário e o volume de urina produzida, alterando a quantidade de substâncias litogênicas na urina. Devido à importância da dieta no tratamento da urolitíase, este trabalho tem como objetivo revisar a influência nutricional no tratamento e/ou prevenção de recidivas dos urólitos caninos de estruvita, oxalato de cálcio, urato, cistina sílica. A urinálise e os exames de imagem periódicos permitem avaliar o protocolo de dissolução e o aparecimento de novos cálculos.
Urolithiasis is defined as the formation of poorly soluble sediments anywhere in the urinary tract. Medical treatment aims to prevent further growth and promote the dissolution of the stone. Dietary changes may lead to the dissolution of the calculus or prevent recurrence. The diet can alter the urinary pH and volume, as well as the amount of lithogenic substances in the urine. Due to the importance of dietary intake in the treatment of urolithiasis, this paper aims to review the influence of nutrition in the treatment and prevention of canine uroliths composed of struvite, calcium oxalate, urate, cystine, and silica. Periodic urinalysis and imaging allow assessing the dissolution protocol and the emergence of new calculi.
La urolitiasis se define como la formación de sedimentos poco solubles en cualquier localización del tracto urinario. El tratamiento médico se fundamenta en impedir el crecimiento adicional y propiciar la disolución de las piedras. La alteración de la dieta puede llevar a la disolución del cálculo, y también puede evitar recidivas. La composición de la dieta puede alterar el pH urinario y el volumen de orina, modificando la cantidad de sustancias que favorecen la formación de cálculos. Dada la importancia de la dieta en el tratamiento de las urolitiasis, este trabajo tiene como objetivo revisar la influencia nutricional sobre el tratamiento y prevención de recidivas en perros de los urolitos de estruvita, de oxalato de calcio, de uratos, de cistina y de sílica. Exámenes de orina e imágenes periódicos permiten evaluar el protocolo de disolución así como también la eventual presencia de nuevos cálculos.
Assuntos
Animais , Cães , Cálculos Urinários/dietoterapia , Cálculos Urinários/veterinária , Urolitíase/dietoterapia , Urolitíase/veterinária , Dieta/veterináriaResumo
A urolitíase é definida como a formação de sedimentos pouco solúveis em qualquer local do trato urinário. O tratamento médico consiste em impedir o crescimento adicional e promover a dissolução da pedra. Alterar a dieta do animal pode levar à dissolução do cálculo, ou pode evitar recidivas. A composição da dieta é capaz de alterar o pH urinário e o volume de urina produzida, alterando a quantidade de substâncias litogênicas na urina. Devido à importância da dieta no tratamento da urolitíase, este trabalho tem como objetivo revisar a influência nutricional no tratamento e/ou prevenção de recidivas dos urólitos caninos de estruvita, oxalato de cálcio, urato, cistina sílica. A urinálise e os exames de imagem periódicos permitem avaliar o protocolo de dissolução e o aparecimento de novos cálculos.(AU)
Urolithiasis is defined as the formation of poorly soluble sediments anywhere in the urinary tract. Medical treatment aims to prevent further growth and promote the dissolution of the stone. Dietary changes may lead to the dissolution of the calculus or prevent recurrence. The diet can alter the urinary pH and volume, as well as the amount of lithogenic substances in the urine. Due to the importance of dietary intake in the treatment of urolithiasis, this paper aims to review the influence of nutrition in the treatment and prevention of canine uroliths composed of struvite, calcium oxalate, urate, cystine, and silica. Periodic urinalysis and imaging allow assessing the dissolution protocol and the emergence of new calculi.(AU)
La urolitiasis se define como la formación de sedimentos poco solubles en cualquier localización del tracto urinario. El tratamiento médico se fundamenta en impedir el crecimiento adicional y propiciar la disolución de las piedras. La alteración de la dieta puede llevar a la disolución del cálculo, y también puede evitar recidivas. La composición de la dieta puede alterar el pH urinario y el volumen de orina, modificando la cantidad de sustancias que favorecen la formación de cálculos. Dada la importancia de la dieta en el tratamiento de las urolitiasis, este trabajo tiene como objetivo revisar la influencia nutricional sobre el tratamiento y prevención de recidivas en perros de los urolitos de estruvita, de oxalato de calcio, de uratos, de cistina y de sílica. Exámenes de orina e imágenes periódicos permiten evaluar el protocolo de disolución así como también la eventual presencia de nuevos cálculos.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Urolitíase/dietoterapia , Urolitíase/veterinária , Cálculos Urinários/dietoterapia , Cálculos Urinários/veterinária , Dieta/veterinária , /métodosResumo
Para avaliar se a dinâmica da infecção toxoplásmica em gatos infectados pelo VIF é diferente daquela que ocorre em gatos não infectados por esse retrovírus, gatos adultos infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Felina (VIF) clade B assintomáticos (n=7) (Grupo I: VIF+TOXO+), e gatos sem a infecção viral (n=7) (Grupo III: VIF-TOXO+) foram inoculados pela via oral com cistos de Toxoplasma gondii cepa P. Os animais foram avaliados por meio do exame clínico, mensuração de anticorpos IgM e IgG anti-T. gondii pela Reação de Imunofluorescência Indireta, eliminação e quantificação de oocistos pela técnica de flutuação em solução de sacarose, leucograma, e as subpopulações de linfócitos T CD4+ e CD8+ foram mensuradas por meio da citometria de fluxo. Outros dois grupos de gatos, um apenas infectado com o VIF (n=7) (Grupo II: VIF+TOXO-) e outro não infectado com nenhum dos agentes (n=3) (Grupo IV: VIF-TOXO-), constituíram os grupos controle. O período de eliminação de oocistos e a quantidade de oocistos eliminados foram semelhantes entre os Grupos I e III, respectivamente p=1,00 e p=0,201. O período de soroconversão e a duração dos títulos de IgM e IgG também foram semelhantes, respectivamente p=0,535; p=0,789 e p=0,674; p=0,123. No entanto, os episódios febris e de apatia foram mais freqüentes entre os gatos co-infectados (Grupo I) do que entre os animais do grupo não infectado com o vírus (Grupo III), embora estes últimos tenham apresentado diarréia mais freqüente e intensa do que os primeiros. Apenas no grupo co-infectado (Grupo I) um animal desenvolveu uveíte anterior unilateral autolimitante. Exclusivamente no grupo de gatos co-infectados (Grupo I), durante todo o período experimental foi observado aumento do número de leucócitos (p=0,047), linfócitos (p=0,029) e linfócitos T CD8+ (p=0,047) em relação aos gatos do grupo infectado apenas com o T. gondii (Grupo III). O grupo de gatos infectados somente com o VIF (Grupo II) apresentou diminuição quantitativa de linfócitos T CD4+ (p=0,031) em comparação ao grupo controle não infectado com nenhum dos agentes (Grupo IV), evidenciando a ação do vírus em destruir progressivamente essa subpopulação de linfócitos. A relação de linfócitos CD4/CD8 entre os Grupos I e II, infectados pelo VIF, e os Grupos III e IV, não infectados pelo vírus, foi alterada (p<0,001 e p=0,002 respectivamente), observando-se que a infecção toxoplásmica não teve influência sobre esse parâmetro. O aumento dos linfócitos T CD8+ nos gatos co-infectados e a diminuição de linfócitos T CD4+ causada pela infecção pelo VIF podem contribuir para o desenvolvimento de manifestações clínicas mais graves nos gatos infectados por ambos os agentes infecciosos
Asymptomatic adult cats (n=7) infected with Feline Immunodeficiency Virus (FIV) clade B (Group I: FIV+TOXO+) and normal non-infected cats (n=7) (Group III: FIV-TOXO+) were inoculated, orally with cysts of Toxoplasma gondii strain P, in order to evaluate if there is a difference in dynamics of toxoplasmic infection between cats infected with FIV and naive-FIV cats. The animals were assessed by means of physical exam, T. gondii IgM and IgG antibodies by indirect immunofluorescent reaction, shedding and quantification of oocysts using sugar centrifugation, leucogram and CD4+ and CD8+ T-lymphocytes subsets using cytometry. Others two groups of cats, one of them only infected with FIV (n=7) (Group II: FIV+TOXO-) and other non-infected (n=3) (Group IV: FIV-TOXO-) composed the control groups. The shedding and quantification of oocysts were not different between the Groups I and III, respectively p=1,00 and p=0,201. The serum convertion and the period that during of values of IgM and IgG antibodies were not different, respectively p=0,535; p=0,789 and p=0,674; p=0,123. However, fever and letargy were more frequent between cats co-infected (Group I) than the group not infected with FIV (Group III), although the latter one had presented more frequently intense diarrhea than formers. Just one cat dually infected (Group I) presented autolimitant unilateral anterior uveitis. Only cats co-infected (Group I), during all period of the experiment, presented increase in number of leukocytes (p=0,047), lymphocytes (p=0,029) and CD8+ T lymphocytes subset (p=0,047) comparing to the cats only infected with T. gondii (Group III). Only in the group FIV-infected (Group II) was observed decrease in numbers of CD4+ T lymphocytes subset (p=0,031) compared to the not infected any microrganism (Group IV), showing the virus action to destroy this lymphocyte subset slowly. The CD4/CD8 lymphocyte ratio was different between the Groups I and II, FIV-infected, from Groups III and IV, FIV-naive cats, (p<0,001 e p=0,002 respectively) showing that toxoplasmic infection did not alter this parameter. The increase number of CD8+ T lymphocyte, in dually infected cats, associated with loss of CD4+ T lymphocyte caused by FIV, can contribute for the development of more severe clinical signs in cats dually infected