Resumo
O objetivo do experimento 1foi avaliar o efeito da suplementação alimentar com torta de palmistesobre a atividade ovariana, lipidemia e função hepática de búfalas submetidas à sincronização da ovulação, visando determinar o melhor percentualde torta de palmisteque pode ser oferecido na dieta.Foram utilizadas vinte e quatro búfalas da raça Murrah, com idade média de 5,67 ± 1,60 anos e peso médio de 684,17 ± 62,82 kg, cíclicas e não lactantes, divididas em quatro tratamentos de suplementação com torta de palmiste (0%; 0,25%; 0,50% e 1,00% do peso vivo). Todas as búfalas foram submetidas ao protocolo Ovsynch e foram avaliados os diâmetros do folículo pré-ovulatório, do corpo lúteo e do ovário ipsilateral nos dias D10 (fase folicular) e D17 (fase luteínica) após o início do protocolo de sincronização. O sangue foi colhido nesses mesmos dias para determinar as concentrações séricas de colesterol total e fração HDL, triglicerídeos, progesterona (P4) e das enzimas alanina aminotransferase (ALT), aspartatoaminotransferase (AST) e gamaglutamiltransferase (GGT). A suplementação com torta de palmiste não influenciou o desenvolvimento folicular e luteal (P>0,05) e não incrementou as concentrações de P4 (P=0,23). As concentrações de colesterol total aumentaram nos animais suplementados com até 0,5% PV de torta de palmiste, independente da fase (P<0,05), mas esse efeito não foi observado na fração HDL do colesterol, que se manteve semelhante nas fases folicular (54,86 mg/dL; P=0,08) e luteínica (53,73 mg/dL; P=0,47) do ciclo estral.Nas concentrações de triglicérides, houve um efeito linear (P=0,03) dos tratamentos na fase folicular, porém, houve similaridade na fase luteínica (59,99mg/dL; P=0,51). A suplementação não alterou a atividade da enzima ALT (P>0,05), mas as enzimas hepáticas AST e GGT tiveram efeito significativo (P<0,05) nas duas fases avaliadas. No grupo suplementado com 1,0% PV as concentrações de AST e GGT foram acima do recomendado para a espécie. Conclui-se que a suplementação de búfalas com torta de palmisteaumenta as concentrações de colesterole triglicerídeos, mas não influencianas concentrações circulantes de progesterona e no desenvolvimento folicular e luteal. A avaliação das enzimas hepáticas permite recomendar o fornecimento de 0,5% PVde torta de palmistepara búfalas, com aumento nas concentrações séricas de colesterol, sem que haja disfunção hepática nos animais.O objetivo do experimento 2foi avaliar o efeito da suplementação com sais de cálcio de ácidos graxos poliinsaturados (AGPI) na taxa de concepção de búfalas submetidas à inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e quantificar os níveis de progesterona e o perfil lipídico desses animais. Foram utilizadas búfalas leiteiras (Bubalusbubalis, n=120) da raça Murrah, com peso médio de 452,27 ± 6,55 kg e ECC de 3,41 ± 0,05. Todas as búfalas foram submetidas a um protocolo de sincronização da ovulação e a partir do dia da IATF (D0) divididas em três tratamentos de suplementação com os concentrados (0,5% PV) durante 22 dias. Os tratamentos foram: grupo Controle: animais suplementados com concentrado padrão; grupo Soja: concentrado padrão acrescido de óleo de soja refinado e grupo Megalac: concentrado padrão acrescido de gordura protegida. Foram dosadas as concentrações séricas de colesterol total, HDL, triglicerídeos e progesterona (P4) nos dias D-12 (pré-tratamento) e D22 (pós-tratamento). O diagnóstico de prenhez foi realizado 30 dias após a IATF. Houve uma elevação substancial de consumo de AGs insaturados para os grupos Soja e Megalac, na ordem de 174,43% e 198,47% respectivamente, em comparação ao grupo Controle. Após 22 dias de suplementação, as concentrações séricas de colesterol total, HDL, LDL e lipídios totais foram mais elevadas (P<0,05) nos grupos tratados Soja e Megalac em comparação ao grupo Controle, e as concentrações circulantes de P4 não diferiram estatisticamente entre os grupos Controle, Soja e Megalac, tanto para as fêmeas prenhas (18,09±2,06 vs 20,53±1,95 vs 18,76±1,36; P=0,6833, respectivamente) quanto para as não prenhas (4,15±1,06 vs 8,34±1,87 vs 6,09±1,51; P=0,2105, respectivamente). Os resultados da taxa de concepção aos 30 dias demonstram que houve diferença entre os grupos (P=0,0130) Soja, Controle e Megalac, onde as búfalas suplementadas com ração Controle e Megalac obtiveram uma maior taxa de concepção (33,3% e 30,8%, respectivamente) em relação ao grupo Soja (14,3%). As suplementações com concentrados adicionados de sais de cálcio de AGPI aumentaram as concentrações séricas de lipídios (colesterol total, HDL, LDL, lipídios totais), mas não desencadearam reflexos positivos nas concentrações circulantes de progesterona e nas taxas de concepção das búfalas.
The objective of experiment 1 was to evaluate the effect of food supplementation with palm kernel cake on ovarian activity, lipidemia and hepatic function of buffaloes subjected to ovulation synchronization, aiming at determining the best percentage of palm kernel cake that can be offered in the diet. Twenty-four Murrah buffaloes, mean age of 5.67 ± 1.60 years and mean weight of 684.17 ± 62.82 kg, cyclic and non-lactating, were divided into four treatments of palm kernel cake supplementation (0%, 0.25%, 0.50% and 1.00% of live weight). All buffaloes were submitted to the Ovsynch protocol and the diameter of the preovulatory follicle, corpus luteum and ipsilateral ovary were evaluated at days D10 (follicular phase) and D17 (luteal phase) after the initiation of the synchronization protocol. Blood was collected on these same days to determine serum concentrations of total cholesterol and HDL, triglycerides, progesterone (P4) and alanine aminotransferase (ALT), aspartate aminotransferase (AST) and gamma glutamyltransferase (GGT). Supplementation with palm kernel cake did not influence follicular and luteal development (P>0.05) and did not increase P4 concentrations (P=0.23). Concentrations of total cholesterol increased in animals supplemented with up to 0.5% PV of palm kernel cake, regardless of the phase (P<0.05), but this effect was not observed in the HDL cholesterol fraction, which remained similar in the follicular phase (54.86 mg/dL, P=0.08) and luteal phase (53.73 mg/dL, P=0.47) of the estrous cycle. In the triglyceride concentrations, there was a linear effect (P=0.03) of the treatments in the follicular phase, but there was similarity in the luteal phase (59.99 mg/dL; P=0.51). Supplementation did not alter ALT activity (P>0.05), but liver enzymes AST and GGT had a significant effect (P<0.05) in the two phases evaluated. In the group supplemented with 1.0% PV the concentrations of AST and GGT were above that recommended for the specie. It is concluded that supplementation of buffaloes with palm kernel cake increases cholesterol and triglyceride concentrations but does not influence circulating progesterone concentrations and follicular and luteal development. The evaluation of hepatic enzymes allows recommending the supplementation of 0.5% PV of palm kernel cake to buffaloes, with increase in serum cholesterol concentrations, without hepatic dysfunction in the animals. The objective of experiment 2 was to evaluate the effect of supplementation with calcium salts of polyunsaturated fatty acids (PUFA) on the conception rate of buffaloes submitted to artificial insemination at fixed time (FTAI) and to quantify progesterone levels and lipid profile of these animals. Milk buffaloes (Bubalus bubalis, n = 120) of the Murrah breed were used, with a mean weight of 452.27 ± 6.55 kg and BCS of 3.41 ± 0.05. All buffaloes were submitted to an ovulation synchronization protocol and from day FTAI (D0) divided into three supplementation treatments with the concentrates (0.5% PV) for 22 days. The treatments were: Control group: animals supplemented with standard concentrate; Soybean group: standard concentrate plus refined soybean oil and Megalac group: standard concentrate plus protected fat. The serum concentrations of total cholesterol, HDL, triglycerides and progesterone (P4) on days D-12 (pre-treatment) and D22 (post-treatment) were measured. The diagnosis of pregnancy was performed 30 days after the FTAI. There was a substantial increase in the consumption of unsaturated AGs for the Soja and Megalac groups, in the order of 174.43% and 198.47%, respectively, compared to the Control group. After 22 days of supplementation, serum concentrations of total cholesterol, HDL, LDL and total lipids were higher (P<0.05) in the treated groups compared to the Control group, and the circulating concentrations of P4 did not differ statistically between the Control, Soybean and Megalac groups, both for pregnant females (18.09 ± 2.06 vs. 20.53 ± 1.95 vs 18.76 ± 1.36, P=0.6833, respectively) and for non-pregnant (4.15 ± 1.06 vs 8.34 ± 1.87 vs. 6.09 ± 1.51, P=0.2105, respectively). The results of the conception rate at 30 days show that there was a difference between the groups (P=0.0130) Soybean, Control and Megalac, where buffaloes supplemented with Control and Megalac rations obtained a higher conception rate (33.3% and 30.8%, respectively) in relation to the Soja group (14.3%). Supplements with added concentrates of PUFA calcium salts increased serum lipid concentrations (total cholesterol, HDL, LDL, total lipids), but did not trigger positive reflexes in circulating progesterone concentrations and buffalo conception rates.
Resumo
Foram utilizados 16 cabritos Saanen não castrados dos 15,16±1,60kg até 30,61±0,33kg de peso vivo, distribuídos em delineamento inteiramente ao acaso, alimentados com dietas (tratamentos) com grãos de linhaça, girassol ou canola. A dieta-controle foi formulada com feno de aveia, farelo de soja, milho moído e suplemento vitamínico-mineral. Os pesos da carcaça quente e fria e os rendimentos da carcaça e de cortes comerciais não foram modificados pelos tratamentos. A dieta com grãos de canola resultou em maior perda por resfriamento da carcaça e menor proporção de gordura no lombo, e a proporção de osso no lombo foi maior para os animais que receberam linhaça ou canola. Os teores de umidade, proteína, lipídios totais e cinzas do músculo Longissimus dorsi não foram alterados com a adição dos grãos de oleaginosas. A dieta com grãos de linhaça resultou em aumento do teor de ômega-3 no músculo, e o teor de colesterol e a razão ômega-6/ômega-3 foram menores nos tratamentos que continham linhaça, girassol e canola. A inclusão dos grãos de oleaginosas nas dietas não alterou as características quantitativas da carcaça de cabritos Saanen, mas melhorou a qualidade da carne, que apresentou menos colesterol e mais ômega-3, com o uso de linhaça.(AU)
Sixteen non-castrated Saanen kids from 15.16±1.60kg to 30.61±0.33kg of body weight, allotted into completely randomized experimental design, were fed experimental diets (treatments) containing flaxseed, sunflower, or canola oilseeds, and a control diet based on oat hay, soybean meal, ground corn, and vitamin-mineral supplement. Hot and cold carcass weight, carcass and commercial cuts yields were not modified by treatments. Canola seed in diets resulted in greater weight loss by cooling and lower loin fat proportion. Loin bone proportion was higher for kids fed flaxseed or canola. The moisture, protein, lipid, and ash contents in the Longissimus dorsi were not affected by oilseeds inclusion. Flaxseed in the diet increased the omega-3 content in muscle. Cholesterol content and omega-6/omega-3 ratio were lower to the treatments with flaxseed, sunflower, and canola. Oilseeds in diets of Saanen kids did not alter the carcass quantitative traits, but improved the quality of meat, with less cholesterol and more omega-3 using flaxseed.(AU)
Assuntos
Animais , Ração Animal , Colesterol , Dieta/veterinária , Ácidos Graxos/análiseResumo
Foram conduzidos três experimentos para avaliar o efeito da suplementação de antioxidantes naturais em vacas leiteiras em diferentes estágios de lactação recebendo dietas ricas em ácidos graxos poli-insaturados. No primeiro experimento foram avaliadas vacas em início de lactação. Este período é associado principalmente ao balanço energético negativo pelo aumento repentino das exigências nutricionais junto com uma baixa ingestão de matéria seca. Além disso, doenças são correlacionadas, pois há aumento na concentração de ácido beta-hidroxibutirato e ácidos graxos não esterificados no plasma sanguíneo. O total de 20 vacas multíparas da raça Holandês com cânulas ruminais foi dividido em duas dietas: (1) dieta COFO (controle) com perfusão 250 g de óleo de linhaça/d no abomaso; e (2) dieta FMFO (com 136 g farelo de linhaça na matéria seca) com perfusão de 250 g de óleo de linhaça no abomaso. Em um fatorial simples (2 níveis: COFO e FMFO) e análises de variância com medidas repetidas foram conduzidas para todos os dados. As vacas foram submetidas aos procedimentos experimentais do sétimo dia ao 28o após o parto, e durante os dias 28 aos 49 de lactação, as vacas receberam uma dieta basal. A ingestão de MS expressa em kg/d e em porcentagem no peso vivo aumentou para vacas alimentadas com FMFO quando comparadas com COFO. Consequentemente, o balanço energético negativo foi melhor nos animais tratados com FMFO. No segundo experimento, foram avaliadas vacas em meio lactação recebendo erva-mate (EMa) a qual possui antioxidantes naturais. O trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos de níveis crescentes de EMa na alimentação de vacas leiteiras e o efeito da EMa na digestibilidade e qualidade do leite. Os animais foram distribuídos em um duplo quadrado latino 4 × 4, cada período experimental foi de 21 dias, sendo 14 dias para adaptação e sete dias para coleta de dados e amostras. Os tratamentos experimentais foram: 1) ração-controle sem suplementação de EMa (CONT); 2) ração-controle + suplementação com 250 g de EMa/dia (250EM); 3) ração-controle + suplementação de 500 g de EMa/dia (500EM); 4) ração-controle + suplementação de 750 g de EMa/dia (750EM). O poder de redução da erva mate no leite mostrou efeito linear positivo (P=0,04) em relação ao controle e efeito linear decrescente foi observado com a lactose (P=0.0001) e no N-ureico (P=0,04) para os níveis de inclusão de EMa. A digestibilidade de extrato etéreo também apresentou efeito linear positivo (P=0,05). Os resultados sugerem que a inclusão de EMa foi capaz de aumentar o poder de redução do leite das vacas demonstrando ser um aditivo viável para o aumento do poder antioxidante. Apesar da redução linear de lactose no leite e consequentemente sólidos totais, a EMa não alterou a produção de leite. Em função da oxidação dos ácidos graxos do leite, a inclusão de antioxidantes na alimentação animal é uma alternativa para reduzir oxidação dos AGPI presentes no leite, evitar a formação de compostos tóxicos e, ainda, melhorar a saúde dos animais que os consomem. No terceiro experimento, estudou-se a inclusão de vitamina E e erva mate na dieta de vacas leiteiras recebendo grãos de soja com objetivo de mensurar a transferência do antioxidante para o leite. Foram utilizadas quatro vacas multíparas da raça Holandês (549 ± 57 kg de peso corporal e 62 ± 15 dias em lactação) distribuídas em quadrado latino (4×4) com quatro dietas e quatro períodos experimentais. As dietas experimentais foram: 1) Dieta-controle sem suplementação de EMa e de vit. E; 2) Dieta-controle + suplementação de 350 UI de vit E/kg de MS/dia; 3) Dieta controle + suplementação de 3% de EMa/kg de MS/dia; 4) Dieta-controle + suplementação de 350 UI de vit E/kg de MS/dia + suplementação de 3% de EMa/kg de MS/dia. Cápsulas contendo 10 g de óxido de titânio (via sonda esofágica) foram inseridas no rúmen, após a alimentação da manhã (9h00min) para determinação do fluxo fecal e da digestibilidade. O período experimental foi de 28 dias, sendo 21 dias de adaptação e sete dias de coleta. A ingestão de vit E diminuiu a ingestão de MS e outros nutrientes, enquanto a EMa teve efeito positivo sobre o consumo e a digestibilidade de MS. O consumo de EMa não aumentou a produção de leite, até mesmo diminuindo a concentração de proteína e sólidos totais no leite. Nenhuma alteração foi observada para a composição em ácidos graxos e nos antioxidantes TBARS, dienos conjugados e polifenóis. Entretanto, a suplementação de EMa aumentou o poder de redução do leite. Concluiu-se assim que a erva mate pode ser capaz de substituir a suplementação de vit E na transferência do poder antioxidante para o leite.
Three experiments were conducted to evaluated the supplementation of natural antioxidant in dairy cows in different lactation stage fed rich diet of polyunsaturated fatty acids. In the first experiment evaluated dairy cows in early lactation. The period between delivery and lactation peak is commonly associated to negative energy balance (NEB) due to a rapid increase in of nutritional requirements coupled with a low dry matter intake. Futhermore, diseases are correlated with concentrated volume of beta-hydroxybutyrate acid (BHBA) and non-esterified fatty acids (NEFA) in plasma. A total of 20 multiparous dairy cows fitted with rumen cannulas were stratified by groups in two treatments: (1) control diet with 250 g flax oil/d infused in the abomasum (n=10, COFO); and (2) diet with 136 g/kg flax meal (n=10, FMFO) in the dry matter (DM) with 250 g flax oil/d infused in the abomasum. All data were analyzed using the MIXED procedure of SAS, release 9.2. A one-way factorial (2 levels: COFO and FMFO) analysis of variance with repeated measure was conducted for all data. Cows were subjected to experimental treatments from day 7 to 28 of post-partum and fed a common total mixed diet from day 28 to 49 of lactation. Intake of DM, expressed in kg/d and as a percentage of BW was increased for cows fed FMFO when compared with cows fed COFO. Likewise, the NEB was less severe for cows fed FMFO. However, thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) increased when cows fed flax meal.The second experiment evaluated cows in middle lactation receiving yerba mate (YM) that has good levels of natural antioxidants. The study was to evaluate the effects of increasing levels of YM in dairy cows and the effect of YM in digestibility and quality of milk. The animals were distributed in a double Latin square 4x4, each experimental period was 21 days, 14 days for adaptation and seven days to harvest data and samples. The treatments were: 1) control diet without supplementation YM (CONT); 2) diet + supplementation with 250 g of YM / day (250EM); 3) diet + supplementation of 500 g of YM / day (500EM); 4) control diet + supplementation of 750 g of YM / day (750EM). The reduction (P = 0.04) of yerba mate in milk showed a positive linear effect on the control and decreasing linear effect was observed with lactose (P = 0.0001) and urea (P = 0.04) for levels inclusion of YM. The ether extract digestibility (P = 0.05) also had a positive linear effect. Our results suggest that the inclusion of EMA was able to increase the power reduction of milk cows demonstrated to be a viable additive for increasing the antioxidant power. Despite the linear reduction of lactose in milk and consequently total solids, YM did not affect milk production. After we studied the inclusion of vitamin E (vit E) and yerba mate (YM) in the diet of dairy cows fed soybeans to compare the transfer of the antioxidant for milk. There were four multiparous Holstein cows (549 ± 57 kg body weight and 62 ± 15 days in milk) distributed in Latin square (4 × 4) with four treatments and four experimental periods. The treatments were: 1) Control diet without supplementation YM and vit E; 2) diet plus supplementation of 350 IU of vit E / kg DMI per day; 3) diet plus supplementation of 3% of YM / kg IMS per day; 4) diet plus supplementation of 350 IU of vit E / kg IMS daily supplementation + 3% of YM / kg IMS per day. Capsules containing 10 g of titanium oxide was inserted into the rumen (by gavage) after the morning feeding (9h00min) for determination of fecal flow and digestibility. The experimental period was 21 days and then seven days of collection. The intake of vit E reduces DM intake and other nutrients, while YM had a positive effect on the intake and digestibility of MS. The intake of YM did not increase milk production, even decreasing the concentration of protein and total solids in milk. No change was observed for the fatty acid composition and TBARS antioxidants, conjugated diene and polyphenols. However, supplementation of YM increased the power reduction of milk. We can conclude that yerba mate can replace the supplementation of vit E is even better than the vit E in the transfer of the antioxidant power to the milk.