Consumo de forragem por ovinos ingerindo grama missioneira gigante com ou sem acesso a amendoim forrageiro / Herbage intake by lambs grazing missioneira gigante grass with or without access to peanut pastures

A grama missioneira gigante (Axonopus catharinensis Valls) é uma espécie forrageira que merece ser melhor investigada tanto pura como recebendo a inclusão de leguminosas. Objetivou-se avaliar o consumo de MS por ovinos pastejando grama missioneira gigante com ou sem acesso a pastos de amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Amarillo). Para isso, foi conduzido um experimento prévio com cordeiros alojados em gaiolas metabólicas, gerando-se uma equação para a estimativa do consumo tomando como base a excreção fecal de proteína bruta (PBf), que apresentou R2= 0,91. Em um segundo experimento, foi avaliado o consumo de forragem por ovinos em pastos de grama missioneira gigante com duas alturas de entrada (25 ou 35cm), com ou sem acesso a áreas de amendoim forrageiro por duas horas diárias. A altura de entrada na grama missioneira gigante não alterou o consumo total de MS, mas o acesso aos piquetes da leguminosa aumentou o consumo em aproximadamente 20%. Em conclusão, a grama missioneira gigante pode ser manejada com alturas de entrada entre 25 e 35cm, enquanto o acesso a áreas de amendoim forrageiro por duas horas diárias aumenta o consumo de MO por cordeiros pastejando a missioneira.(AU)

The missioneira gigante grass (Axonopus catharinensis Valls) is a grass that deserves to be better investigated both pure and receiving the inclusion of legumes. The objective of this work was to evaluate the herbage intake by sheep grazing missioneira gigante grass with or without access to peanut grass (Arachis pintoi cv. Amarillo). A previous experiment was conducted using lambs housed in metabolic cages, generating an equation for estimation of herbage intake as a function of faecal crude protein excretion (CPf). The equation presented a value of R 2 = 0.91. In the grazing experiment, the herbage intake was evaluated using missioneira gigante pastures with two pre-grazing sward heights (25 or 35cm), with or without access to peanut areas during two hours per day. The pre-grazing sward height of missioneira gigante did not change the total OM herbage intake, but the access to peanut pastures increased the herbage intake by approximately 20%. In conclusion, missioneira gigante grass has shown flexibility to be used with pre-grazing sward heights between 25 and 35cm, while the access to forage peanut pastures during two hours daily increases herbage OM intake by lambs grazing grass.(AU)

Consumo de forragem por ovinos ingerindo grama missioneira gigante com ou sem acesso a amendoim forrageiro / Herbage intake by lambs grazing missioneira gigante grass with or without access to peanut pastures

A grama missioneira gigante (Axonopus catharinensis Valls) é uma espécie forrageira que merece ser melhor investigada tanto pura como recebendo a inclusão de leguminosas. Objetivou-se avaliar o consumo de MS por ovinos pastejando grama missioneira gigante com ou sem acesso a pastos de amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Amarillo). Para isso, foi conduzido um experimento prévio com cordeiros alojados em gaiolas metabólicas, gerando-se uma equação para a estimativa do consumo tomando como base a excreção fecal de proteína bruta (PBf), que apresentou R2= 0,91. Em um segundo experimento, foi avaliado o consumo de forragem por ovinos em pastos de grama missioneira gigante com duas alturas de entrada (25 ou 35cm), com ou sem acesso a áreas de amendoim forrageiro por duas horas diárias. A altura de entrada na grama missioneira gigante não alterou o consumo total de MS, mas o acesso aos piquetes da leguminosa aumentou o consumo em aproximadamente 20%. Em conclusão, a grama missioneira gigante pode ser manejada com alturas de entrada entre 25 e 35cm, enquanto o acesso a áreas de amendoim forrageiro por duas horas diárias aumenta o consumo de MO por cordeiros pastejando a missioneira.(AU)

The missioneira gigante grass (Axonopus catharinensis Valls) is a grass that deserves to be better investigated both pure and receiving the inclusion of legumes. The objective of this work was to evaluate the herbage intake by sheep grazing missioneira gigante grass with or without access to peanut grass (Arachis pintoi cv. Amarillo). A previous experiment was conducted using lambs housed in metabolic cages, generating an equation for estimation of herbage intake as a function of faecal crude protein excretion (CPf). The equation presented a value of R 2 = 0.91. In the grazing experiment, the herbage intake was evaluated using missioneira gigante pastures with two pre-grazing sward heights (25 or 35cm), with or without access to peanut areas during two hours per day. The pre-grazing sward height of missioneira gigante did not change the total OM herbage intake, but the access to peanut pastures increased the herbage intake by approximately 20%. In conclusion, missioneira gigante grass has shown flexibility to be used with pre-grazing sward heights between 25 and 35cm, while the access to forage peanut pastures during two hours daily increases herbage OM intake by lambs grazing grass.(AU)

TAXA DE INGESTÃO DE OVINOS EM GRAMA MISSIONEIRA-GIGANTE SUBMETIDA A DIFERENTES CONDIÇÕES DE MANEJO E LUMINOSIDADE

Em sistemas integrados de produção agropecuária (SIPA) onde há o arranjo de pastagens e árvores, o efeito do sombreamento das árvores causa alterações estruturais no pasto que podem influenciar o comportamento ingestivo dos animais em pastejo. Este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos do sombreamento em pastagem de grama missioneira-gigante (Axonopus catharinensis Valls. cv SCS 315 Catarina Gigante) em comparação ao pleno sol, em duas alturas pré-pastejo, e suas relações com o comportamento ingestivo de ovinos. Foram utilizados 8 piquetes de 20 m², distribuídos em pleno sol ou ambiente sombreado (sombrites com 50% de interceptação luminosa), e duas alturas pré-pastejo (25 cm e 35 cm), com rebaixamento em 40% da altura inicial. Foram utilizadas quatro ovelhas da raça Lacaune previamente adaptadas. Os testes de pastejo eram feitos pela manhã e tarde. A taxa de ingestão dos animais foi aferida pela técnica de dupla pesagem, com correção para perdas insensíveis de peso. Foram determinadas a taxa e a massa de bocados. Dois cortes de forragem foram realizados por piquete, ambos em 50% da altura do dossel e ao nível do solo, utilizando quadros de 0,25 m² para determinação da massa de forragem (MF). A partir do estrato superior apenas obteve-se a densidade de forragem e análises da composição química. A densidade populacional de perfilhos (DPP) foi determinada em quatro quadros e 40 perfilhos estendidos marcados foram medidos antes e após as sessões de pastejo. Os dados foram analisados através de modelos lineares mistos no ambiente estatístico R. A MF foi semelhante entre sol e sombra e superior em 35 cm comparado a 25 cm, sem alterar a densidade de forragem entre todos os tratamentos. A DPP reduziu em 38% na sombra comparada ao pleno sol e a relação folha: colmo manteve se semelhante. A fibra em detergente neutro (FDN) aumentou em função da altura e do ambiente sombreado, enquanto a fibra em detergente ácido (FDA) e a proteína bruta (PB) mantiveram-se semelhantes entre tratamentos. A taxa de ingestão, a massa de bocados e a profundidade de bocados foram semelhantes entre alturas e condições luminosas, mas o tempo por bocado foi maior no sol em comparação ao ambiente sombreado. A densidade de forragem do estrato pastejado não diferiu em função da luminosidade e variações na altura do pasto não modificaram a profundidade de bocados e a densidade de forragem. A taxa de ingestão de ovinos em pasto de missioneira-gigante não se modifica com a redução da luminosidade e entre as alturas de pré-pastejo de 25 e 35 cm.

In an integrated crop-livestock system (ICLS) combining trees and pastures, shading effect caused by trees may modify sward structure and ingestive behavior of grazing animals. The aim of this study was to assess the effects of shading on the ingestive behavior of sheep grazing missioneira-gigante grass (Axonopus catharinensis Valls. SCS 315 Catarina Gigante) compared with full sun environment, at two pre-grazing canopy target heights. Eight paddocks of 20m² were used in sun or shade (based on shade clothes with 50% LI), at pre-grazing heights of 25 cm and 35 cm, managed for 40% of grazing intensity. Four previously adapted Lacaune sheep were used. The grazing tests were performed in the morning and afternoon, and short-term intake rate (STIR) was measured by double-weighing technique, with correction for insensive weight losses. Bite rate and bite mass were determined. Two forage cuttings were made by paddock, each starting at 50% of the canopy height and then until ground level in frames of 0.250 m² to obtain herbage mass (HM), herbage bulk density (HBD) and chemical composition. Tiller density were counted in four frames, and 40 marked extended tillers were measured before and after grazing sessions. Data were analysed using linear mixed models in R statistical environment. The HM was similar between sun and shade and higher at 35 cm compared with 25 cm, but HBD remained unchanged. The tiler density dropped by 38% in shade, but leaf: stem ratio remained similar between treatments. The NDF content increased as a function of sward height and shade environment, but the ADF and CP content did not change between treatments. The STIR, bite mass and bite depth did not change between pre-grazing canopy target Heights and light conditions, but time per bite was greater in full sun environment compared with shade. Sheep grazing missioneira-gigante grass did not change STIR in shade compared with full sun environment, regardless the pre-grazing canopy target height.

Produção de mudas de espécies forrageiras no sistema hidropônico de leito flutuante (floating) com solução nutritiva à base de biofertilizante ou adubo solúvel / Production of seedlings of forage species in floating hydroponics system with biofertilizer or soluble fertilizer

Neste trabalho objetivou-se avaliar a sobrevivência das estacas e a produção de matéria seca na fase de cultivo de mudas das espécies forrageiras missioneira gigante (Axonopus catharinensis), amendoim forrageiro (Arachis pintoi) e maku (Lotus uliginosus cv. Maku). No sistema hidropônico de leito flutuante com solução nutritiva à base de biofertilizante ou adubo solúvel. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 3 x 2, sendo três espécies forrageiras e duas soluções nutritivas. As espécies não apresentaram diferença quanto à sobrevivência (p = 0,225), independentemente do tipo de fertilizante (p = 0,92). No entanto, quando se quantificou a produção de MS planta-1 proporcionada por cada uma dessas espécies, o maku (p = 0,001) obteve as maiores quantidades (47,18 g), enquanto o amendoim forrageiro (19,90 g) e a missioneira gigante (16,81 g) foram semelhantes entre si (p = 0,227), tendo o mesmo ocorrido entre os fertilizantes (p = 0,559). Deste modo, as três espécies possuem condições semelhantes de sobrevivência, independentemente da concentração de nutrientes da solução nutritiva, com o maku proporcionando a maior produção de MS planta-1.(AU)

The aim of this work was to evaluate the survival and dry matter production during the seedling culture phase of three forage species: Axonopus catharinensis, forage peanut (Arachis pintoi), and greater lotus (Lotus uliginosus cv. Maku), in a floating hydroponic system using biofertilizer or soluble fertilizer. The experimental design adopted was randomized blocks in a 3 x 2 factorial scheme, with three forage species and two fertilizers. There was no difference between species with regard to survival (p = 0.225), regardless of the fertilizer used (p = 0.92). However, when dry matter production was considered, Maku (P=0,001) showed greater weight (47.18 g), while there was no difference (p = 0.227) in weight between Arachis pintoi (19.90 g) and Axonopus catharinensis (16.81 g) or between fertilizers (p = 0.559). Thus, all three forage species have similar survival conditions, regardless of nutrient concentration of the fertilizer, and Maku had greater dry matter production.(AU)

Produção de mudas de espécies forrageiras no sistema hidropônico de leito flutuante (floating) com solução nutritiva à base de biofertilizante ou adubo solúvel / Production of seedlings of forage species in floating hydroponics system with biofertilizer or soluble fertilizer

Neste trabalho objetivou-se avaliar a sobrevivência das estacas e a produção de matéria seca na fase de cultivo de mudas das espécies forrageiras missioneira gigante (Axonopus catharinensis), amendoim forrageiro (Arachis pintoi) e maku (Lotus uliginosus cv. Maku). No sistema hidropônico de leito flutuante com solução nutritiva à base de biofertilizante ou adubo solúvel. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 3 x 2, sendo três espécies forrageiras e duas soluções nutritivas. As espécies não apresentaram diferença quanto à sobrevivência (p = 0,225), independentemente do tipo de fertilizante (p = 0,92). No entanto, quando se quantificou a produção de MS planta-1 proporcionada por cada uma dessas espécies, o maku (p = 0,001) obteve as maiores quantidades (47,18 g), enquanto o amendoim forrageiro (19,90 g) e a missioneira gigante (16,81 g) foram semelhantes entre si (p = 0,227), tendo o mesmo ocorrido entre os fertilizantes (p = 0,559). Deste modo, as três espécies possuem condições semelhantes de sobrevivência, independentemente da concentração de nutrientes da solução nutritiva, com o maku proporcionando a maior produção de MS planta-1.

The aim of this work was to evaluate the survival and dry matter production during the seedling culture phase of three forage species: Axonopus catharinensis, forage peanut (Arachis pintoi), and greater lotus (Lotus uliginosus cv. Maku), in a floating hydroponic system using biofertilizer or soluble fertilizer. The experimental design adopted was randomized blocks in a 3 x 2 factorial scheme, with three forage species and two fertilizers. There was no difference between species with regard to survival (p = 0.225), regardless of the fertilizer used (p = 0.92). However, when dry matter production was considered, Maku (P=0,001) showed greater weight (47.18 g), while there was no difference (p = 0.227) in weight between Arachis pintoi (19.90 g) and Axonopus catharinensis (16.81 g) or between fertilizers (p = 0.559). Thus, all three forage species have similar survival conditions, regardless of nutrient concentration of the fertilizer, and Maku had greater dry matter production.