Resumo
The plants which cause sudden death of cattle in Brazil occupy a leading position for losses in the cattle industry. Amorimia exotropica is one of the plants pertaining to this group. Diagnostic findings in these cases may be inconclusive; further knowledge is necessary. This paper identifies cardiac lesions through anti-cardiac troponin C (cTnC) immunehistochemistry performed in tissues from cattle poisoned after consumption of A.exotropica in southern Brazil. Heart fragments from nine A. exotropica-poisoned cattle were studied immunohistochemically using anti-human cTnC as the primary antibody. In the hearts from all of the poisoned cattle, there was a sharp decrease in the cTnC expression level in the cytoplasm of groups of cardiomyocytes. A significant decrease in anti-cTnC immunoreactivity occurred particularly in degenerated or necrotic cardiomyocytes. Occasional groups of cells showed complete loss of immunolabeling. In the remaining intact cardiomyocytes from poisoned cattle and in cardiomyocytes from six cattle that died from other causes there was intense cytoplasmic staining.(AU)
No Brasil, plantas cujo consumo determina morte súbita de bovinos estão entre as principais causas de perdas na pecuária. Esse trabalho identifica lesões cardíacas através de imuno-histoquímica antitroponina cardíaca C (TncC), desenvolvida em tecidos de bovinos intoxicados após consumo de Amorimia exotropica, no sul do Brasil. Fragmentos cardíacos de nove bovinos intoxicados, naturalmente, por Amorimia exotropica foram examinados por imuno-histoquímica anti-TncC, como anticorpo primário. Nos corações de todos os bovinos intoxicados pela planta, havia pronunciada diminuição dos níveis de expressão de TncC no citoplasma de grupos de cardiomiócitos. Diminuição significativa na imunorreatividade anti-TncC ocorreu, particularmente, em cardiomiócitos degenerados ou necróticos. Grupos ocasionais de células mostraram completa perda de imunomarcação. Em cardiomiócitos remanescentes e intactos de bovinos intoxicados e em cardiomiócitos de seis bovinos que morreram por outras causas, observou-se intensa coloração citoplasmática.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Morte Súbita/veterinária , Malpighiaceae/toxicidade , Bovinos/imunologia , Miócitos Cardíacos/imunologia , Imuno-Histoquímica/veterinária , Ácido FluorídricoResumo
Plantas que contêm monofluoracetato (MFA) estão relacionadas a casos de morte súbita em rebanhos da Autrália, África do Sul e Brasil. Diversas medidas de controle são estudadas e envolvem o fornecimento constante de plantas que contêm MFA ou bactérias capazes de degradar este composto. A identificação e seleção de animais resistentes é uma alternativa promissora para a redução de perdas, que pode ser mantida independente do fornecimento contínuo de bactérias ou plantas aos animais. Objetivou-se com este estudo: 1) desenvolver um modelo experimental para identificação de ovinos resistentes à intoxicação por MFA através da mensuração de marcadores não específicos de injúria cardíaca como creatinaquinase fração MB (CK-MB) e aspartato-transaminase (AST) e outros analitos como cálcio ionizado e glicose. 2) estimar a quantidade equivalente de plantas que contêm MFA necessária para atingir as doses de MFA utilizadas neste experimento. Cinco ovinos (G1) receberam doses crescentes não letais de MFA diluído em 10 ml de água deionizada, por via intrarruminal, por seis períodos: 0,05 mg/Kg por 5 dias; 0,08 mg/Kg por 4 dias; 0,08 mg/Kg por 4 dias; 0,1 mg/Kg por 3 dias; 0,1 mg/Kg por 3 dias e 0,25 mg/Kg por 3 dias. Entre cada período houve um intervalo de 10 dias sem a administração. Outros cinco ovinos (G2) receberam apenas 10 ml de água deionizada, também por via intrarruminal, nos mesmos períodos e respeitando os mesmos intervalos que os ovinos do G1. Amostras de sangue foram colhidas no primeiro dia de cada período (imediatamente antes do fornecimento das doses de MFA ou água deionizada) e 48 e 120 horas após a primeira coleta para mensuração dos níveis séricos de CK-MB, AST, glicose e cálcio ionizado. As doses de MFA recebidas pelos animais do presente estudo foram comparadas a quantidade desta substância presente em espécies de Amorimia e Palicourea. Os ovinos não se demonstraram resistentes à intoxicação. Não houve diferença significativa nos níveis séricos de CK-MB, AST, glicose e cálcio ionizado entre os grupos G1 e G2, entretanto alguns animais apresentaram hiperglicemia no momento da apresentação dos sinais clínicos. As doses tóxicas de MFA administradas no presente estudo são inferiores à quantidade mínima de folhas necessária para causar intoxicação, considerando-se a quantidade deste princípio presente em cada espécie de planta. Portanto, o princípio quando administrado em sua forma pura, é mais tóxico do que quando ingerido através do consumo de plantas dos gêneros Amorimia e Palicourea.
Plants containing monofluoracetate (MFA) are related to sudden death in cattle of Australia, South Africa and Brazil. Several control measures are studied and involved the constant providing of plants containing MFA or bacterias capable of degrading this compound. The identification and selection of resistant animal is a promising alternative to reduce losses, which can be maintained regardless of the continuous supply of bacteria to animals and plants. The aim of this study: 1) develop an experimental model for identification of resistent sheep to intoxication for MFA throught the mesure of non specific markers of cardiac injury as serum creatine kinase MB (CK-MB) fraction and aspartate transaminase (AST) and others analytes as ionized calcium and glucose. 2) To estimate the equivalent amount of plants containig MFA necessary to achieve MFA doses used in this experiment. Five sheep (G1) recieved crescent non lethal doses of MFA diluted in 10 ml of deionized water, intraruminal, for six periods: 0,05 mg/kg for 5 days; 0,08 mg/kg for 4 days; 0.08 mg/kg for 4 days; 0,1 mg/kg for 3 days; 0,1 mg/ kg for 3 days and 0,25 mg/kg for 3 days. Between each period there was an intervalo of 10 days without the administration. Others five sheep (G2) recieved only 10 ml of deionized water, also by intraruminal, at the same periods and respecting the same intervals as the sheeps of G1. Blood samples were colected at the first day of each period (immediately before supply of the doses of MFA or deionized water) and 48 and 120 hours after the first collection for mesure of serum levels of CK-MB, AST, glucose and ionized calcium. The doses of MFA recieved for animals of the current study were compared to the quantity of this substance present in species of Amorimia e Palicourea. The sheep don´t demonstrate to be resistent to intoxication. There was no significant difference in serum levels of CK-MB, AST, glucose and ionized calcium between G1 and G2, however few animals presented hyperglycemia at the moment of the clinical signs presentation. The toxic doses of MFA administered in this study are less than the minimum amount of sheets required to cause intoxication considering the amount of this principle present in each plant species. Therefore, the principle when administered in its pure form is more toxic than when ingested by consuming plants of Amorimia and Palicourea genres.