Resumo
PURPOSE: To investigate the combined effects of reflux of duodenal contents through the pylorus and treatment with N-methyl-N'-nitro-nitrosoguanidine (MNNG) on the development of lesions in the glandular stomach, at the gastrojejunal anastomosis and in the forestomach of rats. METHODS: Eighty Male Wistar rats were divided into 4 groups: G1: MNNG + Reflux, G2: Reflux, G3: MNNG and G4: Gastrostomy. MNNG was given in the drinking water (100 mg/ml) for 12 weeks and then two groups (G1 and G2) were submitted to a gastrojejunal anastomosis followed by section of the afferent loop and suture of both stumps to allow reflux of duodenal contents through the pylorus. The animals were sacrificed 18 and 36 weeks after surgery. The lesions obtained in the antral mucosa, at the gastrojejunal anastomosis and in the forestomach were analysed histologically. RESULTS: Duodenal reflux induced proliferative lesions at both glandular and squamous mucosa of the stomach. In the antrum, adenomatous hyperplasia (AH) was observed in 20% and 50% of the animals at the 18th and 36th weeks respectively. Aditionally 85% of the animals presented AH at the gastrojejunal anastomosis and 60% developed squamous hyperplasia at the squamous portion of the stomach. MNNG treatment plus duodenal reflux enhanced the development of malignant tumors at both glandular and squamous mucosa, since there were 30% of antral adenocarcinomas and 45% of squamous carcinomas at the 18th week and the frequency of these malignant tumors rose to 50% in the antrum and 65% in the squamous mucosa at the 36th week. CONCLUSION: The reflux of duodenal contents through the pylorus enhanced the development of proliferative lesions, benign and malignant, in the glandular stomach and in the forestomach of rats.(AU)
OBJETIVO: Investigar os efeitos do refluxo duodenogástrico e sua interação com o cancerígeno químico N-methil-N'-nitro-nitrosoguanidina (MNNG) no desenvolvimento de lesões no estômago glandular, anastomose gastrojejunal e no estômago escamoso do rato. MÉTODOS: Foram utilizados 80 ratos Wistar divididos em 4 grupos: G1: MNNG + Refluxo, G2: Refluxo, G3: MNNG e G 4: Gastrostomia. O MNNG foi oferecido na água de beber (100mg/ml) por 12 semanas. A seguir foi feita anastomose gastrojejunal na porção glandular do estômago nos grupos G1 e G2, com secção da alça aferente junto ao estômago e sutura de ambos os cotos para permitir o refluxo do conteúdo duodenal para o estômago pelo piloro. Os animais foram sacrificados 18 e 36 semanas após a cirurgia. As lesões identificadas foram submetidas à exame histopatológico. RESULTADOS: O refluxo duodenogástrico levou ao desenvolvimento de lesões proliferativas no estômago glandular e na porção escamosa. No antro, hiperplasia adenomatosa (HA) foi diagnosticada em 20 e 50% dos animais (G2) na 18ª e 36ª semanas, respectivamente. Na anastomose gastrojejunal 85 por cento dos animais (G2) apresentaram HA e 60% apresentaram hiperplasia escamosa no estômago escamoso, na 36ª semana. No grupo MNNG+Refluxo foram identificados na 18ª semana, 30% adenocarcinomas no antro e 45%carcinomas escamosos. A freqüência destas lesões malignas aumentou, respectivamente, para 50% e 65% na 36ª semana. CONCLUSÃO: O refluxo duodenogástrico potencializou o desenvolvimento de lesões proliferativas benignas e malignas no estômago glandular e em sua porção escamosa, no rato.(AU)
Assuntos
Animais , Neoplasias Gastrointestinais , Metilnitronitrosoguanidina , Refluxo Duodenogástrico , Modelos Animais de Doenças , RatosResumo
PURPOSE: to investigate if combining VT to DGR through the pylorus can modulate the biological behavior of PL induced by DGR and to verify if TV alone can induce morphologic lesions in the gastric mucosa. METHODS: 62 male Wistar rats were assigned to four groups: 1 - Control (CT) gastrotomy; 2 - Troncular Vagotomy (TV) plus gastrotomy; 3 - Duodenogastric reflux through the pylorus (R) and 4 - Troncular vagotomy plus DGR (RTV). The animals were killed at the 54 week of the experiment. DGR was obtained by anastomosing a proximal jejunal loop to the anterior gastric wall. TV was performed through isolation and division of the vagal trunks. Gastrotomy consisted of 1 cm incision at the anterior gastric wall. PL were analyzed gross and histologically in the antral mucosa, at the gastrojejunal stoma and at the squamous portion of the gastric mucosa. RESULTS: Groups R and RTV developed exophytic lesions in the antral mucosa (R=90.9 percent; RTV=100 percent) and at the gastrojejunal stoma (R=54.54 percent; RTV=63.63 percent). Histologically they consisted of proliferative benign lesions, without cellular atypias, diagnosed as adenomatous hyperplasia. Both groups exposed to DGR presented squamous hyperplasia at the squamous portion of the gastric mucosa (R= 54.5 percent; RTV= 45.4 percent). TV, alone, did not induce gross or histological alterations in the gastric mucosa. TV did note change the morphologic pattern of the proliferative lesions induced by DGR. CONCLUSIONS: DGR induces the development of PL in the pyloric mucosa and at the gastrojejunal stoma. TV does not change the morphologic pattern of the proliferative lesions induced by DGR. TV alone is not able to induce morphologic lesions in the gastric mucosa.(AU)
OBJETIVO: investigar se a adição da VT ao RDG através do piloro, interfere no comportamento biológico das LP induzidas pelo RDG e observar se a VT isoladamente leva ao desenvolvimento de lesões morfológicas na mucosa gástrica. MÉTODOS: Foram utilizados 62 ratos Wistar machos, distribuídos em quatro grupos experimentais: 1- Controle (CT) Gastrotomia; 2- Vagotomia Troncular + gastrotomia (VT); 3-Refluxo duodeno-gástrico (R) e 4- RDG através do piloro e VT (RTV). Os animais foram sacrificados na 54ª semana do experimento. O RDG foi obtido através de anastomose do jejuno proximal com a parede gástrica anterior. A vagotomia troncular foi realizada através da dissecção e divisão dos troncos vagais. A gastrotomia consistiu de secção e síntese de um cm na parede gástrica anterior. As LP foram analisadas macroscopicamente e histologicamente na mucosa gástrica, na anastomose gastrojejunal e no estômago escamoso. RESULTADOS: Os grupos R e RVT desenvolveram lesões exofíticas na mucosa do antro gástrico (R=90,9 por cento e RVT=100 por cento) e na anastomose gastrojejunal (R=54,5 por cento e RVT=63,6 por cento) que se caracterizaram no exame histológico por lesões proliferativas epiteliais benignas, sem atipias celulares, diagnosticadas como hiperplasia adenomatosa. Na região do estômago escamoso, ambos os grupos expostos ao RDG apresentaram hiperplasia escamosa (R= 54,5 por cento e RVT= 45,4 por cento). A VT não modificou o padrão histopatológico das LP induzidas pelo RDG. Os grupos VT e CT não apresentaram alterações macroscópicas ou histológicas significativas. CONCLUSÕES: o RDG induz o desenvolvimento de lesões proliferativas (LP) benignas na mucosa do antro gástrico e na anastomose gastrojejunal. A VT isoladamente não induz alterações proliferativas na mucosa gástrica e não modifica as características morfológicas das LP induzidas pelo RDG através do piloro.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Vagotomia Troncular/efeitos adversos , Traumatismos Abdominais/induzido quimicamente , Refluxo Duodenogástrico/induzido quimicamente , RatosResumo
OBJETIVO: Avaliar as lesões proliferativas que se desenvolvem na mucosa gástrica de ratos Wistar após modelo específico de refluxo duodeno-gástrico.MÉTODOS: Foram utilizados 75 ratos adultos machos divididos em três grupos experimentais: o grupo I (controle) submetido a gastrotomia na parede posterior do estômago glandular (25 animais); o grupo II (RDG), foi submetido a gastrojejunoanastomose látero-lateral na parede posterior do estômago glandular (25 animais) e o grupo III (RDG-P) submetido a gastrojejunoanastomose látero-lateral na parede posterior do estômago glandular, com secção e fechamento da alça (25 animais). Os animais foram observados durante 36 semanas, após o que foram realizados estudos macroscópicos e microscópicos da anastomose gastrojejunal, da região pré-pilórica e região escamosa do estômago. RESULTADOS: Os animais do Grupo I não apresentaram nenhum tipo de lesão. No grupo II observou-se 40% de lesões do tipo hiperplasia adenomatosa na anastomose e 12% de hiperplasia escamosa. No grupo III obteve-se 40% de hiperplasia adenomatosa na mucosa pré-pilórica, 72 % de hiperplasia adenomatosa na mucosa da anastomose, 20% de hiperplasia escamosa e 12 % de adenocarcinoma. CONCLUSÕES: O refluxo duodeno-gástrico induz a alta freqüência de lesões proliferativas na mucosa adjacente à anastomose gastrojejunal ou na mucosa pré-pilórica e o adenocarcinoma é um evento raro neste modelo experimental.(AU)
PURPOSE: To analyze mucosal proliferation and its characteristics, through specific models of duodenogastric reflux, in the stomach of Wistar rats. METHODS: Seventy-five healthy and adult male rats were divided into three groups: group I control (n = 25 animals), submitted to gastrotomy of the posterior wall of the glandular stomach; group II DGR (n = 25 animals), submitted to duodenogastric reflux through latero-lateral gastrojejunal anastomosis in the posterior wall of the glandular stomach and group III DGR-P (n = 25 animals), submitted to duodenogastric reflux through the pylorus following the same procedure of group II, sectioning and closing the afferent loop. The animals were observed during 36 weeks and subsequently the mucosal lesions were analyzed, with macroscopic and microscopic examination of the prepyloric, the gastrojejunostomy and the squamous area of the stomach. RESULTS: Group I did not present any kind of lesion. Macroscopic lesions of the prepyloric area in groups II and III were 0% and 20%, respectively. Macroscopic lesions of the gastrojejunal stoma in groups II and III were 36% and 88%, respectively, and 12% and 28%, respectively, in the squamous area. Microscopically, adenomatous hyperplasia (AH), squamous hyperplasia (SH) and adenocarcinoma (AC) were diagnosed. The occurrence of AH at the prepyloric area in groups II and III was 0% and 40%, respectively, and in the gastrojejunal stoma, 40% and 72%, respectively. The occurrence of SH in the squamous area in groups II and III was 12% and 20%, respectively, without statistical differences between the groups. AC was found only in three animals of groups III (12%). CONCLUSIONS: The duodenogastric reflux in this experimental model caused high frequency of proliferative lesions of the gastrojejunal stoma and in the prepyloric area, while adenocarcinoma was a rare occurrence.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Ratos , Refluxo Duodenogástrico/complicações , Adenocarcinoma/etiologia , Neoplasias Duodenais/etiologia , Hiperplasia/etiologia , Refluxo Duodenogástrico/patologia , Adenocarcinoma/patologia , Neoplasias Duodenais/patologia , Hiperplasia/patologia , Ratos Wistar , Modelos Animais de Doenças , Anastomose Cirúrgica , Jejuno/patologia , Jejuno/cirurgia , Piloro/patologia , Piloro/cirurgia , Estudos de Casos e ControlesResumo
Objective: The aims of this study were to investigate the development of proliferating lesions in the gastric mucosa of male Wistar rats induced by duodenogastric reflux (DGR) through the pylorus, and also to study the effects of DGR interruption on the development of proliferating lesions. Methods: Three groups were randomly established: Sham FONT FACE=Symbol>- /FONT> 20 rats were submitted to a gastrotomy at the anterior gastric wall; DGR54 FONT FACE=Symbol>- /FONT> 16 rats were operated to create the DGR through the pylorus; DGR36 FONT FACE=Symbol>- /FONT> 14 rats were submitted to the same surgical procedure to create DGR through the pylorus, but, in the 36th week the DGR was interrupted. For the achievement of the DGR, an anastomosis was made between the proximal jejunum and the anterior gastric wall, then the jejunum was divided 1cm before the gastroenterostomy and both proximal and distal cut ends of the jejunum were closed. In the 54th experimental week all of the rats were killed. Results: Proliferating lesions were observed: adenomatous hyperplasia in both the pyloric mucosa and the gastroenterostomy; adenocarcinoma only in the gastroenterostomy and squamous hyperplasia in the forestomach. The incidence (%) of adenomatous hyperplasia in the pyloric mucosa was 68.45% for DGR54 group and 50% for DGR36 (p > 0.30). In the gastroenterostomy, the incidence of the same proliferating lesion was 43.75% in the DGR54 and 85.71% in DGR36 (p 0,05). The incidence of squamous hyperplasia was 62.5% in DGR54 and 14.2% in DGR36 (p 0.001). In the sham group, not one proliferating lesion was diagnosed. Areas of adenomatous hyperplasia were histologically measured in both groups (DGR54 and DGR36) by digital analysis system. In the pyloric mucosa the median of the areas was 8.583mm² in DGR54 and 0.2690mm² in DGR36 (p 0.001). In the gastroenterostomy the median was zero in DGR54 and 0.5295mm² in DGR36 (p > 0.50). Conclusions: The DGR through the pylorus promoted mainly benign proliferating lesions. The interruption of the DGR resulted in impaired growing of the area of adenomatous hyperplasia in pyloric mucosa and decreased the incidence of the squamous hyperplasia. At the gastroenterostomy site, the surgical procedure favored the maintenance of the proliferating process, even after DGR interruption.
Objetivo: Estudar o desenvolvimento de lesões proliferativas na mucosa gástrica de ratos Wistar submetidos ao refluxo duodeno-gástrico (RDG) através do piloro e, também, avaliar os efeitos da interrupção do RDG sobre o desenvolvimento das mesmas. Métodos: Constituíram-se três grupos experimentais: No CT (n = 20) os ratos foram submetidos a uma gastrotomia; nos grupos RDG54 (n = 16) e RDG36 (n = 14) realizou-se a indução do RDG e, somente no último, interrompeu-se o RDG após 36 semanas. O RDG foi obtido através da realização de anastomose entre o jejuno proximal e a parede gástrica anterior, seguido por secção completa e fechamento das bocas distal e proximal do jejuno a cerca de 1cm antes do início da gastroenteroanastomose. Na 54ª semana do seguimento, todos os ratos foram submetidos à eutanásia. Resultados: Diagnosticaram-se três tipos de lesões proliferativas: na mucosa glandular, a hiperplasia adenomatosa e o adenocarcinoma e, no epitélio escamoso, a hiperplasia escamosa. No grupo CT, não se diagnosticaram lesões proliferativas. Na região da mucosa pilórica dos grupos RDG54 e RDG36, a incidência da hiperplasia adenomatosa foi, respectivamente, de 68,75% e 50% (p > 0,30), enquanto na região da gastroenteroanastomose, de 43,75% no RDG54 e 85,71% no RDG36 (p 0,05). No epitélio escamoso, a incidência da hiperplasia escamosa no RDG54 e RDG36 foi, respectivamente, de 62,5% e 14,2% (p 0,001). O adenocarcinoma foi diagnosticado na região da anastomose de uma única peça histológica do RDG54. Através de um sistema de análise digital, determinaram-se as áreas da hiperplasia adenomatosa. Na região da mucosa pilórica, obteve-se mediana de 8,583mm² no RDG54 e de 0,2690mm² no RDG36 (p 0,001). Na gastroenteroanastomose, obteve-se zero no RDG54 e 0,5295mm² no RDG36 (p > 0,50). Conclusões: O RDG propiciou o desenvolvimento de lesões proliferativas, predominantemente benignas. A interrupção do RDG refreou o crescimento da área da hiperplasia adenomatosa na mucosa pilórica e diminuiu a incidência da hiperplasia escamosa. Na região da gastroenteroanastomose, o procedimento cirúrgico favoreceu a manutenção do processo prolifera tivo, mesmo após a interrupção do RDG através do piloro.