Resumo
Background: Sporotrichosis is a dermatozoonosis that affects mammals in general, with the domestic feline (Felis catus)being the most epidemiologically important species. However, diagnosis of this disease in dogs is important consideringthe proximity with people and with other communicants. The epidemiology of sporotrichosis is already known in somestates of Brazil, especially in the southeast region, but to the best of our knowledge there are no reports of sporotrichosisin non-human species in the state of Espírito Santo. This paper aimed at describing the first case of canine sporotrichosisin Espírito Santo, Brazil.Case: A 10 year-old Bull Terrier male dog was presented with nodular non-ulcerated lesions on the head and nodularulcerated lesion on the nasal planum. The dog had a previous diagnosis of a low-grade mast cell tumour and palpebralmelanoma. Mast cell tumour was treated with scrotum ablation (and orchiectomy) and bilateral inguinal lymph node removal, followed by chemotherapy with twelve intravenous infusion of vinblastine, along with prednisolone. Cutaneouslesions in the head and nasal planum appeared two months after finishing chemotherapy. At further anamnesis, the pet´sresponsible reported that the dog had the habit of hunting cats that entered the residence, which raised the hypothesis ofsporotrichosis. An undiagnostic cytology was performed, followed by a fungal culture, positive for Sporothrix schenckii.Treatment was then initiated with itraconazol (Oficial generic drug), at a dose of 10mg/kg/SID, until clinical remission,obtained after 60 days, maintaining it for 60 more days. Patient showed completed recovery, with no further complatintsafter a follow-up of more than 220 days.Discussion: Sporotrichosis is considered a rare disease in dogs, with isolated cases in the literature...
Assuntos
Animais , Cães , Esporotricose/terapia , Esporotricose/veterinária , Prednisolona , Sarcoma de Mastócitos/veterinária , Tratamento Farmacológico/veterináriaResumo
Background: Sporotrichosis is a dermatozoonosis that affects mammals in general, with the domestic feline (Felis catus)being the most epidemiologically important species. However, diagnosis of this disease in dogs is important consideringthe proximity with people and with other communicants. The epidemiology of sporotrichosis is already known in somestates of Brazil, especially in the southeast region, but to the best of our knowledge there are no reports of sporotrichosisin non-human species in the state of Espírito Santo. This paper aimed at describing the first case of canine sporotrichosisin Espírito Santo, Brazil.Case: A 10 year-old Bull Terrier male dog was presented with nodular non-ulcerated lesions on the head and nodularulcerated lesion on the nasal planum. The dog had a previous diagnosis of a low-grade mast cell tumour and palpebralmelanoma. Mast cell tumour was treated with scrotum ablation (and orchiectomy) and bilateral inguinal lymph node removal, followed by chemotherapy with twelve intravenous infusion of vinblastine, along with prednisolone. Cutaneouslesions in the head and nasal planum appeared two months after finishing chemotherapy. At further anamnesis, the pet´sresponsible reported that the dog had the habit of hunting cats that entered the residence, which raised the hypothesis ofsporotrichosis. An undiagnostic cytology was performed, followed by a fungal culture, positive for Sporothrix schenckii.Treatment was then initiated with itraconazol (Oficial generic drug), at a dose of 10mg/kg/SID, until clinical remission,obtained after 60 days, maintaining it for 60 more days. Patient showed completed recovery, with no further complatintsafter a follow-up of more than 220 days.Discussion: Sporotrichosis is considered a rare disease in dogs, with isolated cases in the literature...(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Esporotricose/terapia , Esporotricose/veterinária , Prednisolona , Sarcoma de Mastócitos/veterinária , Tratamento Farmacológico/veterináriaResumo
O mastocitoma é a neoplasia cutânea maligna mais comum na espécie canina, sendo a cirurgia o tratamento de primeira escolha, além da quimioterapia. Diversos trabalhos avaliaram a vimblastina na dosagem clássica de 2,0 mg/m² e tiveram caráter retrospectivo. Alguns estudos mais recentes indicam que esse fármaco pode ser utilizado em dosagens maiores. Este trabalho teve como objetivo avaliar de maneira prospectiva o tratamento de mastocitoma cutâneo em cães com quimioterapia a base de vimblastina na dose de 3,0mg/m³. Também foram avaliados os fatores clínicos, toxicidade, avaliação cito e histopatológica, marcação imunohistoquímica para Ki67 e padrão de localização da proteína tirosina quinase (KIT). Os resultados foram comparados a um grupo controle (GC), avaliado retrospectivamente, composto por cães que receberam a dose de 2,0 mg/m². No total, 32 animais foram avaliados em ambos os grupos. No grupo experimental (GE), 23 animais completaram o período mínimo de quatro sessões de quimioterapia. As variáveis clínicas e do tratamento foram comparadas com a classificação tumoral. Houve correlação significativa entre os casos de recidiva, linfonodo metastático e óbito relacionado ao tumor em cães com mastocitoma de alto grau (p<0,05). Não houve correlação entre os marcadores imunohistoquímicos e a graduação tumoral nas amostras avaliadas. Com relação ao tratamento quimioterápico, os efeitos adversos gastrointestinais (anorexia, vômito e diarreia) foram discretos em ambos os grupos e com caráter autolimitado. No GE foi observada redução significativa nos valores de hematócrito, hemoglobina, hematócrito e eosinófilos (p<0,001) ao longo das quatro sessões de quimioterapia. No GC foi observada redução significativa nos valores de hemoglobina (p=0,03) e eosinófilos (p<0,001). Apesar da redução desses parâmetros hematológicos em ambos os grupos, os valores não ultrapassaram o limite inferior para espécie. Com relação à neutropenia, a maioria dos casos ocorreu após a primeira aplicação de vimblastina (T2), não houve diferença significativa entre GE e GC com relação à neutropenia. Ao comparar os benefícios terapêuticos da quimioterapia entre os grupos, houve ocorrência de recidiva significativa pós-operatória maior para o GC (p=0,02). Pacientes do grupo GE com tumores de alto grau tiveram maior mortalidade em comparação os de baixo grau. O presente trabalho demonstrou a importância da graduação histopatológica de mastocitomas no prognóstico e revelou um possível efeito benéfico do uso de uma maior dose de vimblastina relacionada à menor taxa de recidiva.
O mastocitoma é a neoplasia cutânea maligna mais comum na espécie canina, sendo a cirurgia o tratamento de primeira escolha, além da quimioterapia. Diversos trabalhos avaliaram a vimblastina na dosagem clássica de 2,0 mg/m² e tiveram caráter retrospectivo. Alguns estudos mais recentes indicam que esse fármaco pode ser utilizado em dosagens maiores. Este trabalho teve como objetivo avaliar de maneira prospectiva o tratamento de mastocitoma cutâneo em cães com quimioterapia a base de vimblastina na dose de 3,0mg/m³. Também foram avaliados os fatores clínicos, toxicidade, avaliação cito e histopatológica, marcação imunohistoquímica para Ki67 e padrão de localização da proteína tirosina quinase (KIT). Os resultados foram comparados a um grupo controle (GC), avaliado retrospectivamente, composto por cães que receberam a dose de 2,0 mg/m². No total, 32 animais foram avaliados em ambos os grupos. No grupo experimental (GE), 23 animais completaram o período mínimo de quatro sessões de quimioterapia. As variáveis clínicas e do tratamento foram comparadas com a classificação tumoral. Houve correlação significativa entre os casos de recidiva, linfonodo metastático e óbito relacionado ao tumor em cães com mastocitoma de alto grau (p<0,05). Não houve correlação entre os marcadores imunohistoquímicos e a graduação tumoral nas amostras avaliadas. Com relação ao tratamento quimioterápico, os efeitos adversos gastrointestinais (anorexia, vômito e diarreia) foram discretos em ambos os grupos e com caráter autolimitado. No GE foi observada redução significativa nos valores de hematócrito, hemoglobina, hematócrito e eosinófilos (p<0,001) ao longo das quatro sessões de quimioterapia. No GC foi observada redução significativa nos valores de hemoglobina (p=0,03) e eosinófilos (p<0,001). Apesar da redução desses parâmetros hematológicos em ambos os grupos, os valores não ultrapassaram o limite inferior para espécie. Com relação à neutropenia, a maioria dos casos ocorreu após a primeira aplicação de vimblastina (T2), não houve diferença significativa entre GE e GC com relação à neutropenia. Ao comparar os benefícios terapêuticos da quimioterapia entre os grupos, houve ocorrência de recidiva significativa pós-operatória maior para o GC (p=0,02). Pacientes do grupo GE com tumores de alto grau tiveram maior mortalidade em comparação os de baixo grau. O presente trabalho demonstrou a importância da graduação histopatológica de mastocitomas no prognóstico e revelou um possível efeito benéfico do uso de uma maior dose de vimblastina relacionada à menor taxa de recidiva.
Resumo
O Tumor Venéreo Transmissível (TVT) é uma neoplasia transmitida por células transplantáveis, com localização predominantemente venérea, podendo ainda ser encontrado em regiões extragenitais. Os agentes quimioterápicos são a opção mais utilizada no tratamento do TVT, sendo o sulfato de vincristina a droga de eleição e o sulfato de vimblastina uma alternativa de tratamento. O objetivo deste trabalho é relatar o tratamento de um caso de TVT nasal sem comprometimento genital, com destruição de tecidos moles e perda óssea, resistente à vincristina. Foi instituído inicialmente tratamento quimioterápico com sulfato de vincristina e posterior substituição por sulfato de vimblastina. Com a evolução do tratamento, houve regressão do tecido neoplásico e surgiram fístulas no local antes ocupado pelo tumor. Assim, quando já se havia obtido cura clínica e citologia negativa para células tumorais, realizou-se cirurgia reconstrutiva no palato e na maxila. Até o 180° dia de observação,o cão encontrava-se bem, com deformidade óssea na face mas sem alterações funcionais. Esse relato demonstra que o uso do sulfato de vimblastina foi um protocolo eficaz para o tratamento de TVT delocalização extragenital e que a utilização da quimioterapia antineoplásica seguida por cirurgia reconstrutiva é efetiva,capaz de proporcionar cura e qualidade de vida ao paciente(AU)
The transmissible venereal tumor (TVT) is a neoplasm transmitted by transplantable cells, with predominant venereal location, but also found in extragenital regions. Antineoplasic chemotherapy is the most used treatment for TVT. The vincristine sulphate is the drug of choice and vinblastine sulphate, an alternative chemotherapeutic agent. This work aims to report a case of nasal TVT without compromised genital areas, destroying tissue and bone loss, resistant to vincristine. Chemotherapic treatment with vincristine sulphate was initially established and subsequently replaced by vinblastine sulphate. After treatment, there was regression of the tumor and fistulas appeared on the areas previously occupied by the tumor. When clinical cure and negative cytology for tumor cells were achieved, reconstructive surgery was proceded on the palate and jaw. After 180 days of observation, the dog was healthy, presenting bone deformity in the face but without functional changes. This report demonstrates that vinblastine sulphate was an effective protocol for the treatment of extragenital TVT and that the use of anticancer chemotherapy followed by reconstructive surgery is effective, capable of inducing healing and quality of life for patients(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Cavidade Nasal , Oncologia , Vimblastina , Cães , Neoplasias Bucais , Cirurgia VeterináriaResumo
O Tumor Venéreo Transmissível (TVT) é uma neoplasia transmitida por células transplantáveis, com localização predominantemente venérea, podendo ainda ser encontrado em regiões extragenitais. Os agentes quimioterápicos são a opção mais utilizada no tratamento do TVT, sendo o sulfato de vincristina a droga de eleição e o sulfato de vimblastina uma alternativa de tratamento. O objetivo deste trabalho é relatar o tratamento de um caso de TVT nasal sem comprometimento genital, com destruição de tecidos moles e perda óssea, resistente à vincristina. Foi instituído inicialmente tratamento quimioterápico com sulfato de vincristina e posterior substituição por sulfato de vimblastina. Com a evolução do tratamento, houve regressão do tecido neoplásico e surgiram fístulas no local antes ocupado pelo tumor. Assim, quando já se havia obtido cura clínica e citologia negativa para células tumorais, realizou-se cirurgia reconstrutiva no palato e na maxila. Até o 180° dia de observação,o cão encontrava-se bem, com deformidade óssea na face mas sem alterações funcionais. Esse relato demonstra que o uso do sulfato de vimblastina foi um protocolo eficaz para o tratamento de TVT delocalização extragenital e que a utilização da quimioterapia antineoplásica seguida por cirurgia reconstrutiva é efetiva,capaz de proporcionar cura e qualidade de vida ao paciente
The transmissible venereal tumor (TVT) is a neoplasm transmitted by transplantable cells, with predominant venereal location, but also found in extragenital regions. Antineoplasic chemotherapy is the most used treatment for TVT. The vincristine sulphate is the drug of choice and vinblastine sulphate, an alternative chemotherapeutic agent. This work aims to report a case of nasal TVT without compromised genital areas, destroying tissue and bone loss, resistant to vincristine. Chemotherapic treatment with vincristine sulphate was initially established and subsequently replaced by vinblastine sulphate. After treatment, there was regression of the tumor and fistulas appeared on the areas previously occupied by the tumor. When clinical cure and negative cytology for tumor cells were achieved, reconstructive surgery was proceded on the palate and jaw. After 180 days of observation, the dog was healthy, presenting bone deformity in the face but without functional changes. This report demonstrates that vinblastine sulphate was an effective protocol for the treatment of extragenital TVT and that the use of anticancer chemotherapy followed by reconstructive surgery is effective, capable of inducing healing and quality of life for patients