Utilização da ozonioterapia como tratamento da endometrite em égua / Use of ozone therapy as endometritis treatment in mare

Conformações perineais inadequadas estão frequentemente associadas à pneumovagina, predispondo animais a processos inflamatórios vaginais e uterinos. Dentre as patologias reprodutivas que acometem éguas, a endometrite é a que ocorre com maior frequência, com forte impacto negativo sobre os índices reprodutivos de um criatório. Para essa afecção, a ozonioterapia se apresenta como tratamento em potencial. Assim, este estudo objetiva relatar um caso de endometrite em égua Quarto de Milha, multípara, de 17 anos de idade, atendida no Hospital Veterinário Sylvio Barbosa Cardoso, da Universidade Estadual de Ceará. Durante a avaliação ginecológica, observou-se alterações na conformação vulvar e teste de Windsucker positivo, indicando pneumovagina. Foram coletadas amostras endometriais para exames laboratoriais, os quais apresentaram citologia com contagem de neutrófilos polimorfonucleares ≥30% e cultura negativa para fungos e bactérias. O exame histopatológico revelou fibrose intersticial endometrial crônica acentuada. Diante do diagnóstico de endometrite, iniciou-se o tratamento com lavagem uterina usando solução ringer lactato ozonizada, seguido por insuflação uterina com ozônio. O animal foi submetido à técnica cirúrgica de Caslick para correção da má conformação vulvar. Após o tratamento, a égua foi inseminada, resultando na coleta de dois embriões viáveis. Diante do exposto, o caso reforça a efetividade da ozonioterapia associada à Caslick para o tratamento de endometrite em éguas.

Dysfunctional perineal conformations are often associated with pneumovagina, predisposing animals to vaginal and uterine inflammatory processes. Among the reproductive pathologies that affect mares, endometritis is the most frequent, with a strong negative impact on the reproductive indices of a farm. For this condition, ozone therapy presents itself as a potential treatment. The study aimed to report a case of endometritis in a 17-year-old multiparous quarter-mile mare, which was attended at the Veterinary Hospital Sylvio Barbosa Cardoso located in the State University of Ceará. During the gynecological evaluation, changes in vulvar conformation and a positive Windsucker test were observed, indicating pneumovagina. Endometrial samples were collected for laboratory exams, resulting in cytology with polymorphonuclear neutrophil count ≥30% and negative culture for fungi and bacteria. The histopathological examination revealed severe chronic endometrial interstitial fibrosis. Regarding the diagnosis of endometritis, the treatment with uterine lavage using ozonated ringer lactate solution was initiated followed by uterine insufflation with ozone. The animal was submitted to Caslick's surgical technique to correct the vulvar malformation. After treatment, the mare was inseminated, resulting in the collection of two viable embryos. In view of the above, the case reinforces the effectiveness of ozone therapy associated with Caslick`s technique for endometritis treatment in mares.

Vulvoplastia pré ou pós-cobertura e sua influência na fertilidade

O presente estudo teve como objetivo comparar a taxa de prenhez de éguas PSC apresentando boa conformação perineal,natural ou corrigida cirurgicamente, no momento da cobertura com a taxa obtida em éguas com falhas no fechamento vulvar ecuja correção cirúrgica ocorreu somente após a ovulação. Foram utilizadas 293 éguas Puro Sangue de Corrida, sendo 47virgens, 96 falhadas e 150 com produto ao pé. Durante os exames de rotina para o controle folicular, a região perineal eraavaliada quanto à sua conformação. Quando necessária, a sutura dos lábios vulvares era realizada o mais rapidamentepossível, após a ovulação. Os diagnósticos de gestação foram realizados através de ultra-sonografia entre 12 e 14 dias apósa ovulação. Foi observada diferença significativa (p=0,072) entre as éguas com bom fechamento vulvar e com mau fechamentovulvar. Conclui-se que correções dos defeitos de períneo efetuadas antes do início do cio em que se efetuará a coberturaapresentam melhores resultados de prenhez do que quando a correção é realizada após a ovulação.

Vulvoplastia pré ou pós-cobertura e sua influência na fertilidade

O presente estudo teve como objetivo comparar a taxa de prenhez de éguas PSC apresentando boa conformação perineal,natural ou corrigida cirurgicamente, no momento da cobertura com a taxa obtida em éguas com falhas no fechamento vulvar ecuja correção cirúrgica ocorreu somente após a ovulação. Foram utilizadas 293 éguas Puro Sangue de Corrida, sendo 47virgens, 96 falhadas e 150 com produto ao pé. Durante os exames de rotina para o controle folicular, a região perineal eraavaliada quanto à sua conformação. Quando necessária, a sutura dos lábios vulvares era realizada o mais rapidamentepossível, após a ovulação. Os diagnósticos de gestação foram realizados através de ultra-sonografia entre 12 e 14 dias apósa ovulação. Foi observada diferença significativa (p=0,072) entre as éguas com bom fechamento vulvar e com mau fechamentovulvar. Conclui-se que correções dos defeitos de períneo efetuadas antes do início do cio em que se efetuará a coberturaapresentam melhores resultados de prenhez do que quando a correção é realizada após a ovulação.