Resumo
The herpes simplex virus type 1 (HSV-1) and type 2 (HSV-2) occur worldwide. Infections caused by these viruses have great public health importance due to the growing resistance to the first-choice drug, acyclovir, especially in immunosuppressed patients. Alkaloids derived from species of Annonaceae have been reported as antiviral agents against HSV and others viruses. Within this context, we evaluated the antiviral activity of the total alkaloid fraction (TAF) extracted from the branches of Fusaea longifolia (Aubl.) Saff. (Annonaceae), a species native to the Amazon region, against the HSV-1 and HSV-2 viruses. The antiviral activity was evaluated through the plate reduction assay and the mode of action was investigated by a set of other assays. The TAF was active against the HSV-2 strain 333 and against the HSV-1 strains KOS and 29R (acyclovir resistant), with selectivity index values (SI = 50% cytotoxic concentration/50% effective concentration) of 5, 4 and 3, respectively. In the preliminary study of the anti-HSV-2 mode of action, TAF showed viral inhibitory effects if added up to 12 h post-infection, had virucidal activity and did not present viral inhibition in pre-treatment. Our results showed that the TAF exhibited anti-HSV activity. Regarding HSV-2, TAF acted after the viral infection and had virucidal activity. A mass spectrometry analysis revealed the presence of nine alkaloids in the TAF that had previously been reported for Annonaceae, including liriodenine, lysicamine and isoboldine, which have been described as potential anti-HSV-1 agents.(AU)
Os vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2) têm ampla ocorrência global. As infecções causadas por esses vírus têm grande importância em saúde pública devido à crescente resistência ao fármaco de primeira linha, aciclovir, principalmente em pacientes imunossuprimidos. Alcaloides derivados de espécies de Annonaceae têm sido relatados como agentes antivirais contra o HSV e outros vírus. Neste contexto, nós avaliamos a atividade antiviral da fração alcaloide total (TAF) dos ramos de Fusaea longifolia (Aubl.) Saff. (Annonaceae), uma espécie nativa da região amazônica, contra os vírus HSV-1 e HSV-2. A atividade antiviral foi avaliada através do ensaio de redução em placa e o modo de ação foi investigado por um conjunto de ensaios. O TAF foi ativo contra a cepa HSV-2 333 e contra as cepas HSV-1 KOS e 29R (resistente ao aciclovir), com valores de índice de seletividade (IS = 50% concentração citotóxica/50% concentração efetiva) de 5, 4 e 3, respectivamente. No estudo preliminar do modo de ação da atividade anti-HSV-2, o TAF inibiu a replicação viral quando adicionados até 12 h pós-infecção, apresentou atividade virucida e não apresentou inibição viral no pré-tratamento. Nossos resultados mostraram que o TAF exibiu atividade anti-HSV. Em relação ao HSV-2, o TAF atuou após a infecção viral e apresentou atividade virucida. Uma análise do TAF por espectrometria de massas identificou a presença de nove alcaloides, incluindo liriodenina, lisicamina e isoboldina, que já foram descritos como potenciais agentes anti-HSV-1.(AU)
Assuntos
Simplexvirus/imunologia , Annonaceae/virologia , Alcaloides/efeitos adversos , Antivirais/químicaResumo
Human Respiratory Syncytial Virus (hRSV) infection results in death and hospitalization of thousands of people worldwide each year. Unfortunately, there are no vaccines or specific treatments for hRSV infections. Screening hundreds or even thousands of promising molecules is a challenge for science. We integrated biological, structural, and physicochemical properties to train and to apply the concept of artificial intelligence (AI) able to predict flavonoids with potential anti-hRSV activity. During the training and simulation steps, the AI produced results with hit rates of more than 83%. The better AIs were able to predict active or inactive flavonoids against hRSV. In the future, in vitro and/or in vivo evaluations of these flavonoids may accelerate trials for new anti-RSV drugs, reduce hospitalizations, deaths, and morbidity caused by this infection worldwide, and be used as input in these networks to determine which parameter is more important for their decision.
A infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório Humano (hRSV) resulta na morte e hospitalização de milhares de pessoas em todo o mundo a cada ano. Infelizmente, não existem vacinas ou tratamentos específicos para tais infecções. A testagem de centenas, ou mesmo milhares, de moléculas promissoras é um desafio para a ciência. Neste trabalho, nós integramos propriedades biológicas, estruturais e físico-químicas para treinar e aplicar o conceito de inteligência artificial (IA) capaz de prever flavonoides com potencial atividade anti-hRSV. Durante as etapas de treinamento e simulação, a IA produziu resultados com taxas de acerto superiores a 83%, sendo capaz de prever flavonoides ativos ou inativos contra o hRSV. No futuro, avaliações in vitro e/ou in vivo desses flavonoides poderão acelerar os testes de novas drogas anti-RSV, reduzir hospitalizações, mortes e morbidade causadas por essa infecção. Além disso, a validação futura destes dados poderá determinar qual parâmetro tem maior peso na decisão da inteligência.
Assuntos
Antivirais , Vírus Sinciciais Respiratórios , Flavonoides , Inteligência ArtificialResumo
Interest in antiviral plant species has grown exponentially and some have been reported to have anti-HIV properties. This research aims to perform the bio-guided phytochemical fractionation by antiretroviral activity of Lafoensia pacari stem barks. This in vitro experimental study involved the preparation of plant material, obtention of ethanolic extract, fractionation, purification, identification and quantification of fractions, acid-base extraction, nuclear magnetic resonance, HIV-1 RT inhibition test and molecular docking studies. From the bio-guided fractionation by the antiretroviral activity there was a higher activity in the acetanolic subfractions, highlighting the acetate subfraction - neutrals with 60.98% of RT inhibition and ellagic acid with 88.61% of RT inhibition and absence of cytotoxicity. The macrophage lineage cytotoxicity assay showed that the chloroform fraction was more toxic than the acetate fraction. The analysis of the J-resolved spectrum in the aromatic region showed a singlet at 7.48 and 6.93 ppm which was identified as ellagic acid and gallic acid, respectively. The 5TIQ enzyme obtained better affinity parameter with the ellagic acid ligand, which was confirmed by the HSQC-1H-13C spectra. Gallic acid was also favorable to form interaction with the 5TIQ enzyme, being confirmed through the HSQC-1H-13C spectrum. From the PreADMET evaluation it was found that ellagic acid is a promising molecule for its RT inhibition activity and pharmacokinetic and toxicity parameters.
O interesse por espécies vegetais com ação antiviral tem crescido exponencialmente e algumas tem sido relatadas como possuídoras de propriedades anti-HIV. Essa pesquisa tem como objetivo realizar o fracionamento fitoquímico biodirecionado pela atividade antirretroviral das cascas do caule da espécie Lafoensia pacari. Trata-se de um estudo experimental in vitro e a metodologia envolve preparo do material vegetal, obtenção do extrato etanólico, fracionamento, purificação, identificação e quantificação das frações, extração ácido-base, ressonância magnética nuclear, teste de inibição da TR do HIV-1 e estudos de docking molecular. A partir do fracionamento biodirecionado pela atividade antirretroviral verificou-se uma maior atividade nas subfrações acetanólica. Com destaque para a subfração acetanólica neutros com 60,98% de inibição de TR e o ácido elágico com 88,61% de inibição de TR e ausência de citotoxicidade. Verificou-se com o teste de citotoxicidade em linhagem de macrófagos que a fração clorofórmica foi mais tóxica que a fração acetanólica. A análise do espectro J-resolvido na região aromática apresentou um simpleto em 7.48 e 6.93 ppm que foram identificados como ácido elágico e ácido gálico respectivamente. A enzima 5TIQ obteve melhor parâmetro de afinidade com o ligante ácido elágico que foi confirmado pelos espectros HSQC-1H-13C. O ácido gálico mostrou-se também favorável a formar interação com a enzima 5TIQ, sendo confirmado através do espectro HSQC-1H-13C. Através da avaliação do PreADMET verificou-se que o ácido elágico é uma molécula promissora pela sua atividade de inibição da TR e parâmetros farmacocinéticos e de toxicidade.
Assuntos
HIV , Antirretrovirais , Simulação de Acoplamento Molecular , Macrófagos , FitoterapiaResumo
Background Hepatitis C virus (HCV) infection is a major worldwide health problem that can cause liver fibrosis and hepatocellular carcinoma (HCC). The clinical treatment of HCV infection mainly relies on the use of direct-acting antivirals (DAAs) that are usually expensive and have side effects. Therefore, achieving the discovery of more successful agents is always urgent. In this context, antiviral compounds that inhibit viral infections and disease progression with important therapeutic activities have been identified in animal venoms including arthropod toxins. This indicates that arthropod venoms represent a good natural source of promising candidates for new antivirals. Methods The antiviral activity of the wasp venom (WV), isolated from the Oriental hornet (Vespa orientalis), was assessed using cell culture technique with human hepatocellular carcinoma-derived cell line (Huh7it-1) and the recombinant strain of HCV genotype 2a (JFH1). Results The results revealed that WV inhibited HCV infectivity with 50% inhibitory concentration (IC50) of 10 ng/mL, while the 50% cytotoxic concentration (CC50) was 11,000 ng/mL. Time of addition experiment showed that the WV blocked HCV attachment/entry to the cells probably through virucidal effect. On the other hand, the venom showed no inhibitory effect on HCV replication. Conclusion WV can inhibit the entry stage of HCV infection at non-cytotoxic concentrations. Therefore, it could be considered a potential candidate for characterization of natural anti-HCV agents targeting the entry step.(AU)
Assuntos
Antivirais , Venenos de Vespas , Carcinoma HepatocelularResumo
Abstract Background Hepatitis C virus (HCV) infection is a major worldwide health problem that can cause liver fibrosis and hepatocellular carcinoma (HCC). The clinical treatment of HCV infection mainly relies on the use of direct-acting antivirals (DAAs) that are usually expensive and have side effects. Therefore, achieving the discovery of more successful agents is always urgent. In this context, antiviral compounds that inhibit viral infections and disease progression with important therapeutic activities have been identified in animal venoms including arthropod toxins. This indicates that arthropod venoms represent a good natural source of promising candidates for new antivirals. Methods The antiviral activity of the wasp venom (WV), isolated from the Oriental hornet (Vespa orientalis), was assessed using cell culture technique with human hepatocellular carcinoma-derived cell line (Huh7it-1) and the recombinant strain of HCV genotype 2a (JFH1). Results The results revealed that WV inhibited HCV infectivity with 50% inhibitory concentration (IC50) of 10 ng/mL, while the 50% cytotoxic concentration (CC50) was 11,000 ng/mL. Time of addition experiment showed that the WV blocked HCV attachment/entry to the cells probably through virucidal effect. On the other hand, the venom showed no inhibitory effect on HCV replication. Conclusion WV can inhibit the entry stage of HCV infection at non-cytotoxic concentrations. Therefore, it could be considered a potential candidate for characterization of natural anti-HCV agents targeting the entry step.
Resumo
This study evaluated the in vitro antiviral activity of propolis and Baccharis sp. extracts on three animal herpesviruses (bovine, equine and swine). The propolis samples were produced by two species of bees. There was red and green propolis, which came from africanized Apis melifera, and a third type obtained from a native bee species, Tetragonisca angustula (jatai). The Baccharis extracts were obtained from four different species: B. oblongifolia, B. burchellii, B. dracunculifolia and B. uncinella. The maximum non-toxic concentration of the extracts was determined when no visible morphological changes were observed on the cells. These non-toxic concentrations were used in the antiviral tests. Antiviral activity was evaluated using a reduction assay of the cytopathic effect, which calculated the difference between treated and control virus titer by statistical analysis. Red propolis was active against the three herpesviruses and green propolis showed inhibition against the equine and swine herpesviruses. Conversely, jataí propolis showed no antiviral activity. Most extracts coming from male and female individuals of all of the Baccharis species showed antiviral activity against bovine and swine herpesviruses. Only the extract of the female specimen of B. oblongifolia was an inhibitor against equine herpesvirus.(AU)
O trabalho avaliou a atividade antiviral in vitro de própolis e espécies de Baccharis sobre três herpes vírus animais (bovino, equino e suíno). As própolis foram produzidas por duas espécies de abelhas. Pela Apis melifera (abelha africanizada) foram obtidas duas própolis, vermelha e verde, e uma terceira foi obtida pela abelha nativa Tetragonisca angustula (abelha jataí). Os extratos de Baccharis foram obtidos de 4 espécies diferentes: B. oblongifolia, B. burchellii, B. dracunculifolia e B. uncinella. A concentração máxima não tóxica dos extratos foi determinada pela ausência de alterações morfológicas nas células, e essas concentrações então utilizadas nos testes antivirais. A atividade antiviral foi avaliada pela redução do efeito citopático e calculada a partir da diferença entre o título viral do tratado pelo controle e feita a análise estatística. A própolis vermelha foi ativa contra os três herpes vírus, e a própolis verde apresentou inibição contra os herpes vírus equino e suíno, enquanto a própolis da abelha jataí não apresentou atividade antiviral. A maioria dos extratos dos indivíduos masculinos e femininos de todas as espécies de Baccharis apresentou atividade antiviral contra os herpes vírus bovino e suíno. Apenas o extrato do indivíduo feminino de B. oblongifolia foi inibidor contra o herpes vírus equino.(AU)
Assuntos
Animais , Antivirais , Própole , Baccharis , Herpes Zoster , Suínos , Abelhas , BovinosResumo
This study evaluated the in vitro antiviral activity of propolis and Baccharis sp. extracts on three animal herpesviruses (bovine, equine and swine). The propolis samples were produced by two species of bees. There was red and green propolis, which came from africanized Apis melifera, and a third type obtained from a native bee species, Tetragonisca angustula (jatai). The Baccharis extracts were obtained from four different species: B. oblongifolia, B. burchellii, B. dracunculifolia and B. uncinella. The maximum non-toxic concentration of the extracts was determined when no visible morphological changes were observed on the cells. These non-toxic concentrations were used in the antiviral tests. Antiviral activity was evaluated using a reduction assay of the cytopathic effect, which calculated the difference between treated and control virus titer by statistical analysis. Red propolis was active against the three herpesviruses and green propolis showed inhibition against the equine and swine herpesviruses. Conversely, jataí propolis showed no antiviral activity. Most extracts coming from male and female individuals of all of the Baccharis species showed antiviral activity against bovine and swine herpesviruses. Only the extract of the female specimen of B. oblongifolia was an inhibitor against equine herpesvirus.(AU)
O trabalho avaliou a atividade antiviral in vitro de própolis e espécies de Baccharis sobre três herpes vírus animais (bovino, equino e suíno). As própolis foram produzidas por duas espécies de abelhas. Pela Apis melifera (abelha africanizada) foram obtidas duas própolis, vermelha e verde, e uma terceira foi obtida pela abelha nativa Tetragonisca angustula (abelha jataí). Os extratos de Baccharis foram obtidos de 4 espécies diferentes: B. oblongifolia, B. burchellii, B. dracunculifolia e B. uncinella. A concentração máxima não tóxica dos extratos foi determinada pela ausência de alterações morfológicas nas células, e essas concentrações então utilizadas nos testes antivirais. A atividade antiviral foi avaliada pela redução do efeito citopático e calculada a partir da diferença entre o título viral do tratado pelo controle e feita a análise estatística. A própolis vermelha foi ativa contra os três herpes vírus, e a própolis verde apresentou inibição contra os herpes vírus equino e suíno, enquanto a própolis da abelha jataí não apresentou atividade antiviral. A maioria dos extratos dos indivíduos masculinos e femininos de todas as espécies de Baccharis apresentou atividade antiviral contra os herpes vírus bovino e suíno. Apenas o extrato do indivíduo feminino de B. oblongifolia foi inibidor contra o herpes vírus equino.(AU)
Assuntos
Animais , Antivirais , Própole , Baccharis , Herpes Zoster , Suínos , Abelhas , BovinosResumo
Previous studies have demonstrated the antimicrobial activity of the peptide P34. In this study, the antiviral potential of P34 and the in vitro mechanism of action were investigated against bovine alphaherpesvirus type 1 (BoHV1). P34 exhibited low toxicity, a high selectivity index (22.9) and a percentage of inhibition of up to 100% in MDBK cells. Results from antiviral assays indicated that P34 did not interact with cell receptors, but it was able to inhibit the viral penetration immediately after pre-adsorption. In addition, BoHV1 growth curve in MDBK cells in the presence of P34 revealed a significant reduction in virus titer only 8h post-infection, also suggesting an important role at late stages of the replicative cycle. Virucidal effect was observed only in cytotoxic concentrations of the peptide. These findings showed that the antimicrobial peptide P34 may be considered as a potential novel inhibitor of in vitro herpesviruses and must encourage further investigation of its antiherpetic activity in animal models as well as against a wide spectrum of viruses.
A atividade antimicrobiana do peptídeo P34 já foi previamente demonstrada. Neste estudo, o potencial antiviral do P34 e o mecanismo de ação in vitro contra o alfaherpesvírus bovino tipo 1 (BoHV1) foram investigados. O P34 exibiu baixa toxicidade, alto índice de seletividade (22.9) e percentagem de inibição viral de até 100% em células MDBK. Os resultados dos ensaios antivirais indicaram que não interage com receptores celulares, mas é capaz de inibir a penetração viral, imediatamente após a pré-adsorção. Além disso, a curva de crescimento do BoHV1 em células MDBK na presença do P34 revelou uma significativa redução no título somente após 8h de infecção, sugerindo também uma importante atividade do peptídeo nas fases finais do ciclo replicativo. Efeito virucida frente / BoHV1 foi observado apenas em concentrações citotóxicas do peptídeo. Os dados obtidos indicam que o peptídeo antimicrobiano P34 pode ser considerado um potencial composto inibidor de herpesvírus, in vitro, e estimulam posteriores investigações sobre sua atividade anti-herpética em modelos animais, bem como contra outros vírus.
Assuntos
Antivirais/análise , Peptídeos/fisiologia , Anti-Infecciosos/análise , Peptídeos Catiônicos Antimicrobianos/análiseResumo
Previous studies have demonstrated the antimicrobial activity of the peptide P34. In this study, the antiviral potential of P34 and the in vitro mechanism of action were investigated against bovine alphaherpesvirus type 1 (BoHV1). P34 exhibited low toxicity, a high selectivity index (22.9) and a percentage of inhibition of up to 100% in MDBK cells. Results from antiviral assays indicated that P34 did not interact with cell receptors, but it was able to inhibit the viral penetration immediately after pre-adsorption. In addition, BoHV1 growth curve in MDBK cells in the presence of P34 revealed a significant reduction in virus titer only 8h post-infection, also suggesting an important role at late stages of the replicative cycle. Virucidal effect was observed only in cytotoxic concentrations of the peptide. These findings showed that the antimicrobial peptide P34 may be considered as a potential novel inhibitor of in vitro herpesviruses and must encourage further investigation of its antiherpetic activity in animal models as well as against a wide spectrum of viruses.(AU)
A atividade antimicrobiana do peptídeo P34 já foi previamente demonstrada. Neste estudo, o potencial antiviral do P34 e o mecanismo de ação in vitro contra o alfaherpesvírus bovino tipo 1 (BoHV1) foram investigados. O P34 exibiu baixa toxicidade, alto índice de seletividade (22.9) e percentagem de inibição viral de até 100% em células MDBK. Os resultados dos ensaios antivirais indicaram que não interage com receptores celulares, mas é capaz de inibir a penetração viral, imediatamente após a pré-adsorção. Além disso, a curva de crescimento do BoHV1 em células MDBK na presença do P34 revelou uma significativa redução no título somente após 8h de infecção, sugerindo também uma importante atividade do peptídeo nas fases finais do ciclo replicativo. Efeito virucida frente / BoHV1 foi observado apenas em concentrações citotóxicas do peptídeo. Os dados obtidos indicam que o peptídeo antimicrobiano P34 pode ser considerado um potencial composto inibidor de herpesvírus, in vitro, e estimulam posteriores investigações sobre sua atividade anti-herpética em modelos animais, bem como contra outros vírus.(AU)
Assuntos
Peptídeos/fisiologia , Antivirais/análise , Peptídeos Catiônicos Antimicrobianos/análise , Anti-Infecciosos/análiseResumo
The equine arteritis virus (EAV) is responsible by an important respiratory and reproductive disease in equine populations and there is no specific antiviral treatment available. The objective of this study was to investigate the activity of an ethanolic crude extract of Origanum vulgare (EEO) and of isolated compound caffeic acid, p-coumaric acid, rosmarinic acid, quercetin, luteolin, carnosol, carnosic acid, kaempferol and apigenin against EAV. The assays were performed using non-cytotoxic concentrations. The antiviral activity was monitored initially by cytopathic effect inhibition (CPE) assay in RK13 cells in the presence or absence of EEO. Pre-incubated cells with EEO were also examined to show prophylactic effect. Direct viral inactivation by EEO and isolated compounds was evaluated by incubation at 37C or 20C. After the incubation period, the infectivity was immediately determined by virus titrations on cell cultures and expressed as 50% tissue culture infective dose (TCID50)/100 µL. There was significant virucidal activity of EEO and of the compounds caffeic acid, p-coumaric acid, quercetin, carnosic acid and kaempferol. When EEO was added after infection, EEO inhibited the virus growth in infected cells, as evidenced by significant reduction of the viral titre. The results provide evidence that the EEO exhibit an inhibitory effect anti-EAV. Among the main compounds evaluated, caffeic acid, p-coumaric acid,carnosic acid, kaempferol and mainly quercetin, contributed to the activity of EEO. EEO may represent a good prototype for the development of a new antiviral agent, presenting promising for combating arteriviruses infections.(AU)
O virus da arterite equine (EAV) é responsável por uma importante doença respiratória e reprodutiva na população de equinos e não há tratamento antiviral específico disponível. O objetivo desse estudo foi investigar a atividade de um extrato etanólico de Origanum vulgare (EEO) e dos compostos isolados ácido caféico, ácido p-cumarico, ácido rosmarínico, quercetina, luteolina, carnosol, ácido carnósico, campferol e apigenina contra o EAV. Os ensaios foram realizados com concentrações não citotóxicas. A atividade antiviral foi monitorada inicialmente por um ensaio de inibição de efeito citopático (CPE) em células RK13 na presença ou ausência do EEO. Células pré-incubadas com o EEO foram também examinadas para a presença de efeito profilático. Inativação direta do EAV pelo EEO e pelos compostos isolados foi avaliada mediante incubação a 37C ou 20C. Após o período de incubação, a infectividade foi imediatamente determinada por titulação viral em cultivo celular sendo expresso como dose infectiva a 50% (TCID50)/100 µL. Houve significativa atividade virucida do EEO e dos compostos ácido caféico, ácido p-cumarico, quercetina, ácido carnósico e campferol. Quando o EEO foi adicionado após a infecção, o EEO inibiu a replicação do vírus nas células infectadas, o que foi evidenciado pela redução significativa do título viral. Os resultados fornecem evidências de que o EEO possui efeito anti-EAV.Entre os principais compostos presentes avaliados, ácido caféico, ácido p-cumarico, ácido carnósico, campferol e, principalmente, quercetina, contribuíram para a atividade antiviral do extrato. O EEO pode representar um bom protótipo para o desenvolvimento de um novo agente antiviral, sendo promissor para combater infecções por arterivírus.(AU)
Assuntos
Equartevirus , Origanum/química , Extratos Vegetais/uso terapêutico , Antivirais/análise , Origanum/toxicidade , Citotoxinas/análise , Apigenina , Quercetina , LuteolinaResumo
P34 is an antimicrobial peptide produced by Bacillus sp. P34, isolated from the intestinal contents of a fish from the Amazon basin. This peptide showed antibacterial properties against Gram-positive and Gram-negative bacteria and was characterized as a bacteriocin like substance. It was demonstrated that the peptide P34 exhibited antiviral activity against feline herpesvirus type 1 in vitro. The aim of this work was to evaluate P34 for its antiviral properties in vitro, using RK 13 cells, against the equine arteritis virus, since it has no specific treatment and a variable proportion of stallions may become persistently infected. The results obtained show that P34 exerts antiviral and virucidal activities against equine arteritis virus, probably in the viral envelope. The antiviral assays performed showed that P34 reduces significantly the viral titers of treated cell cultures. The mechanism of action of P34 seems to be time/temperature-dependent. This peptide tends to be a promising antiviral compound for the prevention and treatment of arteriviral infections since it has a high therapeutic index. However, more detailed studies must be performed to address the exact step of viral infection where P34 acts, in order to use this peptide as an antiviral drug in vivo in the future.(AU)
P34 é um peptídeo antimicrobiano produzido pelo Bacillus sp. P34, isolado do conteúdo intestinal de um peixe na Bacia Amazônica. Esse peptídeo demonstrou propriedades antibacterianas contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e foi caracterizado como uma substância do tipo bacteriocina. Foi demonstrado que o peptídeo P34 exibiu atividade antiviral contra o herpesvírus felino tipo 1 in vitro. O objetivo deste trabalho foi avaliar o P34 in vitro, em cultivo de células RK 13, contra o vírus da arterite equina, uma vez que não há tratamento específico e uma variável proporção de garanhões pode permanecer persistentemente infectada. Os resultados obtidos mostram que o peptídeo exerce atividade antiviral e virucida contra o vírus da arterite equina, agindo provavelmente no envelope viral. Os ensaios antivirais realizados demonstraram que o P34 reduz significativamente os títulos do vírus nas células infectadas e tratadas. O mecanismo de ação do P34 parece ser tempo/temperatura dependente. Esse peptídeo tende a ser um antiviral promissor para o tratamento e a prevenção das infecções por arterivírus, tendo em vista que ele possui um alto índice terapêutico. Contudo, estudos mais detalhados devem ser realizados para precisar a etapa exata da infecção viral em que o P34 age, para que ele possa ser usado como antiviral in vivo no futuro.(AU)
Assuntos
Equartevirus , Peptídeos/farmacologia , Bacillus , Anti-Infecciosos/análise , Antivirais/uso terapêuticoResumo
Viruses exhibit rapid mutational capacity to trick and infect host cells, sometimes assisted through virus-coded peptides that counteract host cellular immune defense. Although a large number of compounds have been identified as inhibiting various viral infections and disease progression, it is urgent to achieve the discovery of more effective agents. Furthermore, proportionally to the great variety of diseases caused by viruses, very few viral vaccines are available, and not all are efficient. Thus, new antiviral substances obtained from natural products have been prospected, including those derived from venomous animals. Venoms are complex mixtures of hundreds of molecules, mostly peptides, that present a large array of biological activities and evolved to putatively target the biochemical machinery of different pathogens or host cellular structures. In addition, non-venomous compounds, such as some body fluids of invertebrate organisms, exhibit antiviral activity. This review provides a panorama of peptides described from animal venoms that present antiviral activity, thereby reinforcing them as important tools for the development of new therapeutic drugs.(AU)
Assuntos
Animais , Antivirais , Peptídeos , Venenos , Produtos Biológicos , Fauna Marinha/análiseResumo
Viruses exhibit rapid mutational capacity to trick and infect host cells, sometimes assisted through virus-coded peptides that counteract host cellular immune defense. Although a large number of compounds have been identified as inhibiting various viral infections and disease progression, it is urgent to achieve the discovery of more effective agents. Furthermore, proportionally to the great variety of diseases caused by viruses, very few viral vaccines are available, and not all are efficient. Thus, new antiviral substances obtained from natural products have been prospected, including those derived from venomous animals. Venoms are complex mixtures of hundreds of molecules, mostly peptides, that present a large array of biological activities and evolved to putatively target the biochemical machinery of different pathogens or host cellular structures. In addition, non-venomous compounds, such as some body fluids of invertebrate organisms, exhibit antiviral activity. This review provides a panorama of peptides described from animal venoms that present antiviral activity, thereby reinforcing them as important tools for the development of new therapeutic drugs.(AU)
Assuntos
Animais , Antivirais , Peptídeos , Venenos , Produtos Biológicos , Fauna Marinha/análiseResumo
Abstract Viruses exhibit rapid mutational capacity to trick and infect host cells, sometimes assisted through virus-coded peptides that counteract host cellular immune defense. Although a large number of compounds have been identified as inhibiting various viral infections and disease progression, it is urgent to achieve the discovery of more effective agents. Furthermore, proportionally to the great variety of diseases caused by viruses, very few viral vaccines are available, and not all are efficient. Thus, new antiviral substances obtained from natural products have been prospected, including those derived from venomous animals. Venoms are complex mixtures of hundreds of molecules, mostly peptides, that present a large array of biological activities and evolved to putatively target the biochemical machinery of different pathogens or host cellular structures. In addition, non-venomous compounds, such as some body fluids of invertebrate organisms, exhibit antiviral activity. This review provides a panorama of peptides described from animal venoms that present antiviral activity, thereby reinforcing them as important tools for the development of new therapeutic drugs.
Resumo
Dentre as propriedades biológicas da própolis, a atividade antimicrobiana tem merecido destacada atenção. No presente trabalho, descreve-se a ação antiviral e virucida de três extratos hidroalcoólicos de própolis (marrom, verde e de abelhas jataí (Tetragonisca angustula), frente ao Herpesvírus Bovino tipo (BoHV-1) e ao Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV). Os três extratos hidroalcoólicos foram obtidos de extração etanólica e são oriundos do sul do Brasil. A composição química dos extratos de própolis foi determinada pela cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrômetro de massas (UFLC-PDA-ESI-TOF/MS) que identificou e quantificou compostos como: ácido cafeico e ácido p-cumárico, ácido clorogênico, ácido ferúlico, além de flavonoides como a rutina. A toxicidade celular bem como a atividade antiviral dos extratos de própolis em monocamadas de células MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney) foi avaliada através de observação microscópica e quantificada pelo teste de MTT (3-(4,5 dimetiltiazol-2yl)-2-5-difenil-2H tetrazolato de bromo). O extrato de própolis de abelhas jataí demonstrou ser menos citotóxico (1,57µg/mL), quando comparado aos extratos verde (0,78µg/mL) e marrom (0,39µg/mL). Quanto a atividade antiviral, a própolis verde demostrou maior eficácia em ambos os tratamentos celulares (pós e pré-exposição) frente ao BoHV-1 em relação aos outros extratos, ou seja, houve maior viabilidade celular quando comparada aos controles de células e vírus. Já a de jataí apresentou atividade frente aos dois vírus (BoHV-1 e BVDV) no método pré-infecção, enquanto a própolis marrom demonstrou ação apenas frente ao BoHV-1 também no método pré-infecção. Para determinação da atividade virucida foram utilizadas diferentes diluições dos vírus, bem como temperaturas e tempos distintos de incubação. A própolis verde a 37°C propiciou a maior redução no título viral (4,33log) em relação a marrom (log = 3,5log) e de jataí (log = 3,24log). No entanto, frente ao BVDV a própolis jataí apresentou os melhores resultados em ambas as temperaturas (22oC e 37oC). Portanto, os extratos avaliados apresentaram atividade antiviral e virucida frente ao BoHV-1 e BVDV, o que os torna alvo para o desenvolvimento de novos biofármacos como alternativa ao uso de antivirais comerciais em Medicina Veterinária.(AU)
Among the biological properties of propolis, the antimicrobial activity has received prominent attention. In this paper, we describe the antiviral and virucidal effect of three hydroalcoholic extracts of propolis (brown, green and jataí bees (Tetragonisca angustula), against bovine herpesvirus type-1 (BoHV-1) and bovine viral diarrhea Virus (BVDV). All hydroalcoholic extracts were obtained from ethanol extraction. The chemical composition of propolis extracts was determined by high-performance liquid chromatography coupled to mass spectrometer (UFLC-PDA-ESI-TOF/MS) to identify and quantify compounds such as caffeic acid and p-coumaric acid, chlorogenic acid, ferulic, and flavonoids such as rutin. Cell toxicity and antiviral activity of propolis extracts in monolayers of MDBK cells (Madin-Darby Bovine Kidney) were assessed by microscopic observation and quantified by the MTT assay (3- (4.5 dimethylthiazol-2yl) -2- 5-diphenyl-2H-tetrazolato bromine). Propolis extract from Jataí bees proved to be less cytotoxic (1.57mg / ml) when compared to green extracts (0.78mg / ml) and brown (0.39mg/mL). Regarding antiviral activity, propolis has shown greater efficacy in both cellular treatments (post and pre-exposure) against BoHV-1 when compared to other extracts, ie, there was increased cell viability compared to cell and virus controls. Extracts from Jataí showed activity against both viruses (BoHV-1 and BVDV) infection in the pre-test, whereas brown propolis demonstrated action only against the BoHV-1 in the pre-infection method. To determine the virucidal activity, it were used different dilutions of virus, as well as different temperatures and incubation times. The green propolis at 37°C led to a greater reduction in viral titer (4.33log) compared to brown (3.5log) and jataí (3.24log). Jataí propolis showed the best results in both temperatures (22oC and 37oC) when tested against BVDV. In summary, the evaluated extracts showed antiviral and virucidal activity against BoHV-1 and BVDV, and may be important targets for the development of new compounds as an alternative to commercial antivirals.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Antivirais/uso terapêutico , Própole/uso terapêutico , Infecções por Herpesviridae/terapia , Herpesvirus Bovino 1 , Vírus da Diarreia Viral Bovina Tipo 1 , Abelhas , Solução Hidroalcoólica , CitotoxinasResumo
Dentre as propriedades biológicas da própolis, a atividade antimicrobiana tem merecido destacada atenção. No presente trabalho, descreve-se a ação antiviral e virucida de três extratos hidroalcoólicos de própolis (marrom, verde e de abelhas jataí (Tetragonisca angustula), frente ao Herpesvírus Bovino tipo (BoHV-1) e ao Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV). Os três extratos hidroalcoólicos foram obtidos de extração etanólica e são oriundos do sul do Brasil. A composição química dos extratos de própolis foi determinada pela cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrômetro de massas (UFLC-PDA-ESI-TOF/MS) que identificou e quantificou compostos como: ácido cafeico e ácido p-cumárico, ácido clorogênico, ácido ferúlico, além de flavonoides como a rutina. A toxicidade celular bem como a atividade antiviral dos extratos de própolis em monocamadas de células MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney) foi avaliada através de observação microscópica e quantificada pelo teste de MTT (3-(4,5 dimetiltiazol-2yl)-2-5-difenil-2H tetrazolato de bromo). O extrato de própolis de abelhas jataí demonstrou ser menos citotóxico (1,57µg/mL), quando comparado aos extratos verde (0,78µg/mL) e marrom (0,39µg/mL). Quanto a atividade antiviral, a própolis verde demostrou maior eficácia em ambos os tratamentos celulares (pós e pré-exposição) frente ao BoHV-1 em relação aos outros extratos, ou seja, houve maior viabilidade celular quando comparada aos controles de células e vírus. Já a de jataí apresentou atividade frente aos dois vírus (BoHV-1 e BVDV) no método pré-infecção, enquanto a própolis marrom demonstrou ação apenas frente ao BoHV-1 também no método pré-infecção. Para determinação da atividade virucida foram utilizadas diferentes diluições dos vírus, bem como temperaturas e tempos distintos de incubação. A própolis verde a 37°C propiciou a maior redução no título viral (4,33log) em relação a marrom (log = 3,5log) e de jataí (log = 3,24log). No entanto, frente ao BVDV a própolis jataí apresentou os melhores resultados em ambas as temperaturas (22oC e 37oC). Portanto, os extratos avaliados apresentaram atividade antiviral e virucida frente ao BoHV-1 e BVDV, o que os torna alvo para o desenvolvimento de novos biofármacos como alternativa ao uso de antivirais comerciais em Medicina Veterinária.(AU)
Among the biological properties of propolis, the antimicrobial activity has received prominent attention. In this paper, we describe the antiviral and virucidal effect of three hydroalcoholic extracts of propolis (brown, green and jataí bees (Tetragonisca angustula), against bovine herpesvirus type-1 (BoHV-1) and bovine viral diarrhea Virus (BVDV). All hydroalcoholic extracts were obtained from ethanol extraction. The chemical composition of propolis extracts was determined by high-performance liquid chromatography coupled to mass spectrometer (UFLC-PDA-ESI-TOF/MS) to identify and quantify compounds such as caffeic acid and p-coumaric acid, chlorogenic acid, ferulic, and flavonoids such as rutin. Cell toxicity and antiviral activity of propolis extracts in monolayers of MDBK cells (Madin-Darby Bovine Kidney) were assessed by microscopic observation and quantified by the MTT assay (3- (4.5 dimethylthiazol-2yl) -2- 5-diphenyl-2H-tetrazolato bromine). Propolis extract from Jataí bees proved to be less cytotoxic (1.57mg / ml) when compared to green extracts (0.78mg / ml) and brown (0.39mg/mL). Regarding antiviral activity, propolis has shown greater efficacy in both cellular treatments (post and pre-exposure) against BoHV-1 when compared to other extracts, ie, there was increased cell viability compared to cell and virus controls. Extracts from Jataí showed activity against both viruses (BoHV-1 and BVDV) infection in the pre-test, whereas brown propolis demonstrated action only against the BoHV-1 in the pre-infection method. To determine the virucidal activity, it were used different dilutions of virus, as well as different temperatures and incubation times. The green propolis at 37°C led to a greater reduction in viral titer (4.33log) compared to brown (3.5log) and jataí (3.24log). Jataí propolis showed the best results in both temperatures (22oC and 37oC) when tested against BVDV. In summary, the evaluated extracts showed antiviral and virucidal activity against BoHV-1 and BVDV, and may be important targets for the development of new compounds as an alternative to commercial antivirals.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Antivirais/uso terapêutico , Própole/uso terapêutico , Infecções por Herpesviridae/terapia , Herpesvirus Bovino 1 , Vírus da Diarreia Viral Bovina Tipo 1 , Abelhas , Solução Hidroalcoólica , CitotoxinasResumo
ABSTRACT: Among the biological properties of propolis, the antimicrobial activity has received prominent attention. In this paper, we describe the antiviral and virucidal effect of three hydroalcoholic extracts of propolis (brown, green and jataí bees (Tetragonisca angustula), against bovine herpesvirus type-1 (BoHV-1) and bovine viral diarrhea Virus (BVDV). All hydroalcoholic extracts were obtained from ethanol extraction. The chemical composition of propolis extracts was determined by high-performance liquid chromatography coupled to mass spectrometer (UFLC-PDA-ESI-TOF/MS) to identify and quantify compounds such as caffeic acid and p-coumaric acid, chlorogenic acid, ferulic, and flavonoids such as rutin. Cell toxicity and antiviral activity of propolis extracts in monolayers of MDBK cells (Madin-Darby Bovine Kidney) were assessed by microscopic observation and quantified by the MTT assay (3- (4.5 dimethylthiazol-2yl) -2- 5-diphenyl-2H-tetrazolato bromine). Propolis extract from Jataí bees proved to be less cytotoxic (1.57mg / ml) when compared to green extracts (0.78mg / ml) and brown (0.39mg/mL). Regarding antiviral activity, propolis has shown greater efficacy in both cellular treatments (post and pre-exposure) against BoHV-1 when compared to other extracts, ie, there was increased cell viability compared to cell and virus controls. Extracts from Jataí showed activity against both viruses (BoHV-1 and BVDV) infection in the pre-test, whereas brown propolis demonstrated action only against the BoHV-1 in the pre-infection method. To determine the virucidal activity, it were used different dilutions of virus, as well as different temperatures and incubation times. The green propolis at 37°C led to a greater reduction in viral titer (4.33log) compared to brown (3.5log) and jataí (3.24log). Jataí propolis showed the best results in both temperatures (22oC and 37oC) when tested against BVDV. In summary, the evaluated extracts showed antiviral and virucidal activity against BoHV-1 and BVDV, and may be important targets for the development of new compounds as an alternative to commercial antivirals.
RESUMO: Dentre as propriedades biológicas da própolis, a atividade antimicrobiana tem merecido destacada atenção. No presente trabalho, descreve-se a ação antiviral e virucida de três extratos hidroalcoólicos de própolis (marrom, verde e de abelhas jataí (Tetragonisca angustula), frente ao Herpesvírus Bovino tipo (BoHV-1) e ao Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV). Os três extratos hidroalcoólicos foram obtidos de extração etanólica e são oriundos do sul do Brasil. A composição química dos extratos de própolis foi determinada pela cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrômetro de massas (UFLC-PDA-ESI-TOF/MS) que identificou e quantificou compostos como: ácido cafeico e ácido p-cumárico, ácido clorogênico, ácido ferúlico, além de flavonoides como a rutina. A toxicidade celular bem como a atividade antiviral dos extratos de própolis em monocamadas de células MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney) foi avaliada através de observação microscópica e quantificada pelo teste de MTT (3-(4,5 dimetiltiazol-2yl)-2-5-difenil-2H tetrazolato de bromo). O extrato de própolis de abelhas jataí demonstrou ser menos citotóxico (1,57g/mL), quando comparado aos extratos verde (0,78g/mL) e marrom (0,39g/mL). Quanto a atividade antiviral, a própolis verde demostrou maior eficácia em ambos os tratamentos celulares (pós e pré-exposição) frente ao BoHV-1 em relação aos outros extratos, ou seja, houve maior viabilidade celular quando comparada aos controles de células e vírus. Já a de jataí apresentou atividade frente aos dois vírus (BoHV-1 e BVDV) no método pré-infecção, enquanto a própolis marrom demonstrou ação apenas frente ao BoHV-1 também no método pré-infecção. Para determinação da atividade virucida foram utilizadas diferentes diluições dos vírus, bem como temperaturas e tempos distintos de incubação. A própolis verde a 37°C propiciou a maior redução no título viral (4,33log) em relação a marrom (log = 3,5log) e de jataí (log = 3,24log). No entanto, frente ao BVDV a própolis jataí apresentou os melhores resultados em ambas as temperaturas (22oC e 37oC). Portanto, os extratos avaliados apresentaram atividade antiviral e virucida frente ao BoHV-1 e BVDV, o que os torna alvo para o desenvolvimento de novos biofármacos como alternativa ao uso de antivirais comerciais em Medicina Veterinária.
Resumo
As doenças virais são uma das principais causas de morbidade e mortalidade do mundo, principalmente levando em consideração vírus negligenciados e/ou emergentes, capazes de provocar epidemias, ou o surgimento de novos vírus altamente patogênicos, capazes de se disseminar em todo território mundial. O aumento da resistência aos medicamentos e a constante replicação viral têm sido o gatilho para importantes estudos em terapias antivirais, buscando identificar compostos com atividade promissora. Os líquidos iônicos (LIs) têm atraído considerável atenção nos últimos anos devido às suas propriedades químicas e físicas relevantes, que os tornam moléculas mais estáveis e versáteis, expressando em sua estrutura constituintes que podem ser usados para otimizar suas propriedades e interagir com enzimas e receptores. Dessa forma, o presente estudo, avaliou a possível atividade antiviral in vitro, de cinco LIs, aqui denominados JCZ105, JCZ107, JCZ108, C18MImCl e C16PyrCl, frente ao vírus Chikungunya (CHIKV). Os compostos JCZ foram previamente avaliados in silico, indicando uma baixa toxicidade. Inicialmente estabeleceu-se a citotoxicidade, a partir de concentrações seriadas em células da linhagem Vero. A interferência na replicação viral foi avaliada através da redução do número de placas de lise, utilizando concentrações determinadas por meio do ensaio de citotoxicidade. Ensaios adicionais de mecanismos de ação foram realizados para os compostos C18MImCl e C16PyrCl. Os resultados demostram que os compostos JCZ não promovem inibição viral. Já os compostos C18MImCl e C16PyrCl inibiram cerca de 37% a replicação viral nas concentrações de 5 M, além de uma redução significativa do diâmetro da placa de lise formada em cerca de 90%. Quanto aos ensaios de mecanismo de ação, ambos os compostos avaliados apresentaram inibição de cerca de 97% (em 5 M) e 77% (em 2,5 M) no ensaio de adsorção viral. Já no ensaio de tempo de adição, houve um aumento expressivo na replicação viral, a ponto de romper totalmente a monocamada, impossibilitando a quantificação. Adicionalmente, avaliamos a exposição das células VERO aos compostos anteriormente à inoculação viral, sendo estes mantidos também durante o ensaio de placa, a fim de verificar a interferência dos compostos nas membranas celulares e sua possível indução a inibição da replicação viral. Apesar de nenhuma ação antiviral completa ter sido observada, C18MImCl e C16PyrCl apresentaram inibição parcial frente CHIKV e estes dados nos fornecem informações que podem futuramente auxiliar na síntese de novos compostos com alterações estruturais, visando potencializar na atividade antiviral.
Viral diseases are one of the main causes of morbidity and mortality in the world, mainly taking into account neglected and/or emerging viruses, capable of causing epidemics, or the emergence of new highly pathogenic viruses, capable of spreading throughout the world. Increased drug resistance and constant viral replication have been the trigger for important studies in antiviral therapies, seeking to identify compounds with promising activity. Ionic liquids (ILs) have attracted considerable attention in recent years due to their satisfactory chemical and physical properties, which make them more stable and versatile molecules, expressing in their structure constituents that can be used to optimize their properties and interact with enzymes and receptors. Thus, the present study evaluated the possible in vitro antiviral activity of five ILs, here called JCZ105, JCZ107, JCZ108, C18MImCl and C16PyrCl, against the Chikungunya virus (CHIKV). The JCZ compounds were previously evaluated in silico, indicating low toxicity. Initially, cytotoxicity was established, based on serial concentrations in cells of the Vero lineage. The interference in viral replication was evaluated by reducing the number of lysis plaques, using concentrations determined by means of the cytotoxicity assay. Additional tests of mechanisms of action were performed for the compounds C18MImCl and C16PyrCl. The results show that the JCZ compounds do not promote viral inhibition. The compounds C18MImCl and C16PyrCl inhibited viral replication by about 37% at concentrations of 5 M, in addition to a significant reduction in the diameter of the lysis plaque formed by about 90%. As for the mechanism tests, both compounds evaluated showed inhibition of about 97% (in 5 M) and 77% (in 2.5 M) in the viral adsorption test. In the Time of addition assay, there was a significant increase in viral replication, to the point of breaking the monolayer completely, making quantification not feasible. Additionally, we evaluated the influence of the presence of the compounds prior to viral inoculation, being maintained also during the plaque assay, in order to verify the interference of the compounds in cell membranes and their possible induction to viral replication inhibition. Although no complete antiviral action has been observed, C18MImCl and C16PyrCl showed partial inhibition against CHIKV and these data provide us information that may help in the synthesis of new compounds with structural changes in the future, aiming at the possible improvement in antiviral activity and its optimization through different experimental approaches.
Resumo
Avian metapneumovirus (aMPV) is a negative-sense single-stranded RNA enveloped virus of the Metapneumovirus genus belonging to theParamyxoviridae family. This virus may cause significant economic losses to the poultry industry, despite vaccination, which is the main tool for controlling and preventing aMPV. The aim of this study was to evaluate the antiviral activity of extracts of four different native plants of the Brazilian Cerrado against aMPV. The antiviral activity against aMPV was determined by titration. This technique measures the ability of plant extract dilutions (25 to 2.5 µg mL-1) to inhibit the cytopathic effect (CPE) of the virus, expressed as inhibition percentage (IP). The maximum nontoxic concentration (MNTC) of the extracts used in antiviral assay was 25 µg mL-1for Aspidosperma tomentosumand Gaylussacia brasiliensis, and 2.5 µg mL-1for Arrabidaea chicaand Virola sebifera. Twelve different extracts derived from four plant species collected from the Brazilian Cerrado were screened for antiviral activity against aMPV. G. brasiliensis, A. chica,and V. sebifera extracts presented inhibition rates of 99% in the early viral replication stages, suggesting that these extracts act during the adsorption phase. On the other hand, A. tomentosum inhibited 99% virus replication after the virus entered the cell. The biomonitored fractioning of extracts active against aMPV may be a tool to identify the active compounds of plant extracts and to determine their precise mode of action.(AU)
Assuntos
Animais , Metapneumovirus/classificação , Antivirais/análiseResumo
Avian metapneumovirus (aMPV) is a negative-sense single-stranded RNA enveloped virus of the Metapneumovirus genus belonging to theParamyxoviridae family. This virus may cause significant economic losses to the poultry industry, despite vaccination, which is the main tool for controlling and preventing aMPV. The aim of this study was to evaluate the antiviral activity of extracts of four different native plants of the Brazilian Cerrado against aMPV. The antiviral activity against aMPV was determined by titration. This technique measures the ability of plant extract dilutions (25 to 2.5 µg mL-1) to inhibit the cytopathic effect (CPE) of the virus, expressed as inhibition percentage (IP). The maximum nontoxic concentration (MNTC) of the extracts used in antiviral assay was 25 µg mL-1for Aspidosperma tomentosumand Gaylussacia brasiliensis, and 2.5 µg mL-1for Arrabidaea chicaand Virola sebifera. Twelve different extracts derived from four plant species collected from the Brazilian Cerrado were screened for antiviral activity against aMPV. G. brasiliensis, A. chica,and V. sebifera extracts presented inhibition rates of 99% in the early viral replication stages, suggesting that these extracts act during the adsorption phase. On the other hand, A. tomentosum inhibited 99% virus replication after the virus entered the cell. The biomonitored fractioning of extracts active against aMPV may be a tool to identify the active compounds of plant extracts and to determine their precise mode of action.