Resumo
The essential oil of citronella (Cymbopogon winterianus) has several biological activities, among them the insect repellent action. Some studies showed that cinnamic acid esters can be applied as natural pesticides, insecticides and fungicides. In this context, the objective of the present work was to evaluate the production of esters from citronella essential oil with cinnamic acid via enzymatic esterification. Besides, the essential oil toxicity before and after esterification against Artemia salina and larvicidal action on Aedes aegypti was investigated. Esters were produced using cinnamic acid as the acylating agent and citronella essential oil (3:1) in heptane and 15 wt% NS 88011 enzyme as biocatalysts, at 70 °C and 150 rpm. Conversion rates of citronellyl and geranyl cinnamates were 58.7 and 69.0% for NS 88011, respectively. For the toxicity to Artemia salina LC50 results of 5.29 μg mL-¹ were obtained for the essential oil and 4.36 μg mL-¹ for the esterified oils obtained with NS 88011. In the insecticidal activity against Aedes aegypti larvae, was obtained LC50 of 111.84 μg mL-¹ for the essential oil of citronella and 86.30 μg mL-¹ for the esterified oils obtained with the enzyme NS 88011, indicating high toxicity of the esters. The results demonstrated that the evaluated samples present potential of application as bioinsecticide.
O óleo essencial de citronela (Cymbopogon winterianus) possui diversas atividades biológicas, entre elas a ação repelente a insetos. Alguns estudos mostraram que os ésteres do ácido cinâmico podem ser aplicados como pesticidas naturais, inseticidas e fungicidas. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de ésteres a partir do óleo essencial de citronela com ácido cinâmico via esterificação enzimática. Além disso, foi investigada a toxicidade do óleo essencial antes e após a esterificação contra Artemia salina e a ação larvicida sobre Aedes aegypti. Os ésteres foram produzidos utilizando ácido cinâmico como agente acilante e óleo essencial de citronela (3: 1) em heptano e 15% em peso da enzima NS 88011 como biocatalisadores, a 70 ° C e 150 rpm. As taxas de conversão de cinamatos de citronelil e geranil foram 58,7 e 69,0% para NS 88011, respectivamente. Para a toxicidade sobre Artemia salina foram obtidos CL50 de 5,29 μg mL-¹ para o óleo essencial e 4,36 μg mL-¹ para os óleos esterificados com NS 88011. Na atividade inseticida contra larvas de Aedes aegypti, obteve-se CL50 de 111,84 μg mL-¹ para o óleo essencial de citronela e 86,30 μg mL-¹ para os óleos esterificados com a enzima NS 88011, indicando alta toxicidade dos ésteres. Os resultados demonstraram que as amostras avaliadas apresentam potencial de aplicação como bioinseticida.
Assuntos
Animais , Aedes , Artemia , Cymbopogon/enzimologia , Cymbopogon/toxicidade , Ésteres/toxicidadeResumo
Abstract The essential oil of citronella (Cymbopogon winterianus) has several biological activities, among them the insect repellent action. Some studies showed that cinnamic acid esters can be applied as natural pesticides, insecticides and fungicides. In this context, the objective of the present work was to evaluate the production of esters from citronella essential oil with cinnamic acid via enzymatic esterification. Besides, the essential oil toxicity before and after esterification against Artemia salina and larvicidal action on Aedes aegypti was investigated. Esters were produced using cinnamic acid as the acylating agent and citronella essential oil (3:1) in heptane and 15 wt% NS 88011 enzyme as biocatalysts, at 70 °C and 150 rpm. Conversion rates of citronellyl and geranyl cinnamates were 58.7 and 69.0% for NS 88011, respectively. For the toxicity to Artemia salina LC50 results of 5.29 g mL-1 were obtained for the essential oil and 4.36 g mL-1 for the esterified oils obtained with NS 88011. In the insecticidal activity against Aedes aegypti larvae, was obtained LC50 of 111.84 g mL-1 for the essential oil of citronella and 86.30 g mL-1 for the esterified oils obtained with the enzyme NS 88011, indicating high toxicity of the esters. The results demonstrated that the evaluated samples present potential of application as bioinsecticide.
Resumo O óleo essencial de citronela (Cymbopogon winterianus) possui diversas atividades biológicas, entre elas a ação repelente a insetos. Alguns estudos mostraram que os ésteres do ácido cinâmico podem ser aplicados como pesticidas naturais, inseticidas e fungicidas. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de ésteres a partir do óleo essencial de citronela com ácido cinâmico via esterificação enzimática. Além disso, foi investigada a toxicidade do óleo essencial antes e após a esterificação contra Artemia salina e a ação larvicida sobre Aedes aegypti. Os ésteres foram produzidos utilizando ácido cinâmico como agente acilante e óleo essencial de citronela (3: 1) em heptano e 15% em peso da enzima NS 88011 como biocatalisadores, a 70 ° C e 150 rpm. As taxas de conversão de cinamatos de citronelil e geranil foram 58,7 e 69,0% para NS 88011, respectivamente. Para a toxicidade sobre Artemia salina foram obtidos CL50 de 5,29 g mL-1 para o óleo essencial e 4,36 g mL-1 para os óleos esterificados com NS 88011. Na atividade inseticida contra larvas de Aedes aegypti, obteve-se CL50 de 111,84 g mL-1 para o óleo essencial de citronela e 86,30 g mL-1 para os óleos esterificados com a enzima NS 88011, indicando alta toxicidade dos ésteres. Os resultados demonstraram que as amostras avaliadas apresentam potencial de aplicação como bioinseticida.
Resumo
Abstract The essential oil of citronella (Cymbopogon winterianus) has several biological activities, among them the insect repellent action. Some studies showed that cinnamic acid esters can be applied as natural pesticides, insecticides and fungicides. In this context, the objective of the present work was to evaluate the production of esters from citronella essential oil with cinnamic acid via enzymatic esterification. Besides, the essential oil toxicity before and after esterification against Artemia salina and larvicidal action on Aedes aegypti was investigated. Esters were produced using cinnamic acid as the acylating agent and citronella essential oil (3:1) in heptane and 15 wt% NS 88011 enzyme as biocatalysts, at 70 °C and 150 rpm. Conversion rates of citronellyl and geranyl cinnamates were 58.7 and 69.0% for NS 88011, respectively. For the toxicity to Artemia salina LC50 results of 5.29 μg mL-1 were obtained for the essential oil and 4.36 μg mL-1 for the esterified oils obtained with NS 88011. In the insecticidal activity against Aedes aegypti larvae, was obtained LC50 of 111.84 μg mL-1 for the essential oil of citronella and 86.30 μg mL-1 for the esterified oils obtained with the enzyme NS 88011, indicating high toxicity of the esters. The results demonstrated that the evaluated samples present potential of application as bioinsecticide.
Resumo O óleo essencial de citronela (Cymbopogon winterianus) possui diversas atividades biológicas, entre elas a ação repelente a insetos. Alguns estudos mostraram que os ésteres do ácido cinâmico podem ser aplicados como pesticidas naturais, inseticidas e fungicidas. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de ésteres a partir do óleo essencial de citronela com ácido cinâmico via esterificação enzimática. Além disso, foi investigada a toxicidade do óleo essencial antes e após a esterificação contra Artemia salina e a ação larvicida sobre Aedes aegypti. Os ésteres foram produzidos utilizando ácido cinâmico como agente acilante e óleo essencial de citronela (3: 1) em heptano e 15% em peso da enzima NS 88011 como biocatalisadores, a 70 ° C e 150 rpm. As taxas de conversão de cinamatos de citronelil e geranil foram 58,7 e 69,0% para NS 88011, respectivamente. Para a toxicidade sobre Artemia salina foram obtidos CL50 de 5,29 μg mL-1 para o óleo essencial e 4,36 μg mL-1 para os óleos esterificados com NS 88011. Na atividade inseticida contra larvas de Aedes aegypti, obteve-se CL50 de 111,84 μg mL-1 para o óleo essencial de citronela e 86,30 μg mL-1 para os óleos esterificados com a enzima NS 88011, indicando alta toxicidade dos ésteres. Os resultados demonstraram que as amostras avaliadas apresentam potencial de aplicação como bioinseticida.
Assuntos
Animais , Óleos Voláteis/toxicidade , Aedes , Cymbopogon , Repelentes de Insetos , Inseticidas/toxicidade , Esterificação , LarvaResumo
The essential oil of citronella (Cymbopogon winterianus) has several biological activities, among them the insect repellent action. Some studies showed that cinnamic acid esters can be applied as natural pesticides, insecticides and fungicides. In this context, the objective of the present work was to evaluate the production of esters from citronella essential oil with cinnamic acid via enzymatic esterification. Besides, the essential oil toxicity before and after esterification against Artemia salina and larvicidal action on Aedes aegypti was investigated. Esters were produced using cinnamic acid as the acylating agent and citronella essential oil (3:1) in heptane and 15 wt% NS 88011 enzyme as biocatalysts, at 70 °C and 150 rpm. Conversion rates of citronellyl and geranyl cinnamates were 58.7 and 69.0% for NS 88011, respectively. For the toxicity to Artemia salina LC50 results of 5.29 μg mL-¹ were obtained for the essential oil and 4.36 μg mL-¹ for the esterified oils obtained with NS 88011. In the insecticidal activity against Aedes aegypti larvae, was obtained LC50 of 111.84 μg mL-¹ for the essential oil of citronella and 86.30 μg mL-¹ for the esterified oils obtained with the enzyme NS 88011, indicating high toxicity of the esters. The results demonstrated that the evaluated samples present potential of application as bioinsecticide.(AU)
O óleo essencial de citronela (Cymbopogon winterianus) possui diversas atividades biológicas, entre elas a ação repelente a insetos. Alguns estudos mostraram que os ésteres do ácido cinâmico podem ser aplicados como pesticidas naturais, inseticidas e fungicidas. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de ésteres a partir do óleo essencial de citronela com ácido cinâmico via esterificação enzimática. Além disso, foi investigada a toxicidade do óleo essencial antes e após a esterificação contra Artemia salina e a ação larvicida sobre Aedes aegypti. Os ésteres foram produzidos utilizando ácido cinâmico como agente acilante e óleo essencial de citronela (3: 1) em heptano e 15% em peso da enzima NS 88011 como biocatalisadores, a 70 ° C e 150 rpm. As taxas de conversão de cinamatos de citronelil e geranil foram 58,7 e 69,0% para NS 88011, respectivamente. Para a toxicidade sobre Artemia salina foram obtidos CL50 de 5,29 μg mL-¹ para o óleo essencial e 4,36 μg mL-¹ para os óleos esterificados com NS 88011. Na atividade inseticida contra larvas de Aedes aegypti, obteve-se CL50 de 111,84 μg mL-¹ para o óleo essencial de citronela e 86,30 μg mL-¹ para os óleos esterificados com a enzima NS 88011, indicando alta toxicidade dos ésteres. Os resultados demonstraram que as amostras avaliadas apresentam potencial de aplicação como bioinseticida.(AU)
Assuntos
Animais , Cymbopogon/enzimologia , Cymbopogon/toxicidade , Artemia , Aedes , Ésteres/toxicidadeResumo
Plants possess a renewable source of metabolites with enormous chemical structural diversity, which may have potential therapeutic relevance. Furthermore, this chemical diversity favors the possibility of finding new and different chemical constituents with antimicrobial, antioxidant and anti-tumor activities. This work analyzed preliminary phytochemical profiles and evaluated the antimicrobial, antioxidant and cytotoxic activities of hexane extracts of leaves of ten species of the family Melastomataceae. Phytochemical screening was performed using staining methods while total phenols and flavonoids were quantified by spectrophotometry. Antimicrobial activity was evaluated using the disk diffusion method. Antioxidant activity was determined by the 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazil (DPPH) method. Toxicity was recorded using the lethality test with Artemia salina Leach (1819). Cytotoxic activity of the extracts was assessed in vitro with acute monocytic leukemia cells (THP-1). Phytochemical analysis detected the presence of tannins, terpenes, steroids, polyphenols and flavonoids and the absence of alkaloids. Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don had the greatest amount of polyphenols (205.95 mg/g ± 4.14) while Clidemia hirta (L.) D. Don had the highest content of total flavonoids (143.99 mg/g ± 4.18). The hexane extracts did not show antimicrobial activity nor toxicity against Artemia salina. The extract of Tibouchina francavillana Cogn. was the most active in sequestering the DPPH radical. The extracts showed cytotoxicity in THP-1 cells with the appearance of apoptotic bodies and cell death. The extracts of Miconia amoena, Clidemia sericea and Clidemia capitellata are non-toxic against Artemia salina and induce the formation of apoptotic bodies and cell death of the THP-1 lineage.
Os vegetais apresentam uma fonte renovável de metabólitos com enorme diversidade química estrutural, os quais podem apresentar potencial relevante na terapêutica, aumentando as possibilidades de encontrar novos e diferentes constituintes químicos com atividades antimicrobiana, antioxidante e antitumoral. Este trabalho analisou o perfil fitoquímico preliminar e as atividades antimicrobiana, antioxidante, citotóxica dos extratos em hexano das folhas de dez espécies da família Melastomataceae. A triagem fitoquímica foi executada utilizando métodos de coloração e quantificação de fenóis e flavonoides totais por espectrofotometria. A atividade antimicrobiana foi realizada pelo método de difusão em disco. A atividade antioxidante foi determinada pelo método 2,2-difenil1-picrilhidrazila (DPPH). A toxicidade foi registrada utilizando o ensaio de letalidade com Artemia salina Leach (1819). A atividade citotóxica dos extratos foi realizada in vitro com células leucêmicas monocítica aguda (THP-1). A análise fitoquímica detectou a presença de taninos, terpenos, esteroides, polifenóis, flavonoides e ausência de alcaloides. A maior quantificação de polifenóis foi da Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don (205,95 mg/g ± 4,14) e o extrato de Clidemia hirta (L.) D. Don apresentou maior teor de flavonoides totais (143,99 mg/g ± 4,18). Os extratos hexânicos não demostraram atividade antimicrobiana e nem toxicidade frente à Artemia salina. O extrato de Tibouchina francavillana Cogn. foi o mais ativo no sequestro do radical DPPH. Os extratos apresentaram citotoxicidade em células THP-1, com visualização de corpos apoptóticos e morte celular. Os extratos de Miconia amoena, Clidemia sericea e Clidemia capitellata são atóxicos contra Artemia salina e induzem a formação de corpos apoptóticos e morte celular da linhagem THP-1.
Assuntos
Antioxidantes/análise , Fitoterapia , Melastomataceae/química , Melastomataceae/toxicidade , Polifenóis/análiseResumo
Abstract Plants possess a renewable source of metabolites with enormous chemical structural diversity, which may have potential therapeutic relevance. Furthermore, this chemical diversity favors the possibility of finding new and different chemical constituents with antimicrobial, antioxidant and anti-tumor activities. This work analyzed preliminary phytochemical profiles and evaluated the antimicrobial, antioxidant and cytotoxic activities of hexane extracts of leaves of ten species of the family Melastomataceae. Phytochemical screening was performed using staining methods while total phenols and flavonoids were quantified by spectrophotometry. Antimicrobial activity was evaluated using the disk diffusion method. Antioxidant activity was determined by the 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazil (DPPH) method. Toxicity was recorded using the lethality test with Artemia salina Leach (1819). Cytotoxic activity of the extracts was assessed in vitro with acute monocytic leukemia cells (THP-1). Phytochemical analysis detected the presence of tannins, terpenes, steroids, polyphenols and flavonoids and the absence of alkaloids. Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don had the greatest amount of polyphenols (205.95 mg/g ± 4.14) while Clidemia hirta (L.) D. Don had the highest content of total flavonoids (143.99 mg/g ± 4.18). The hexane extracts did not show antimicrobial activity nor toxicity against Artemia salina. The extract of Tibouchina francavillana Cogn. was the most active in sequestering the DPPH radical. The extracts showed cytotoxicity in THP-1 cells with the appearance of apoptotic bodies and cell death. The extracts of Miconia amoena, Clidemia sericea and Clidemia capitellata are non-toxic against Artemia salina and induce the formation of apoptotic bodies and cell death of the THP-1 lineage.
Resumo Os vegetais apresentam uma fonte renovável de metabólitos com enorme diversidade química estrutural, os quais podem apresentar potencial relevante na terapêutica, aumentando as possibilidades de encontrar novos e diferentes constituintes químicos com atividades antimicrobiana, antioxidante e antitumoral. Este trabalho analisou o perfil fitoquímico preliminar e as atividades antimicrobiana, antioxidante, citotóxica dos extratos em hexano das folhas de dez espécies da família Melastomataceae. A triagem fitoquímica foi executada utilizando métodos de coloração e quantificação de fenóis e flavonoides totais por espectrofotometria. A atividade antimicrobiana foi realizada pelo método de difusão em disco. A atividade antioxidante foi determinada pelo método 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). A toxicidade foi registrada utilizando o ensaio de letalidade com Artemia salina Leach (1819). A atividade citotóxica dos extratos foi realizada in vitro com células leucêmicas monocítica aguda (THP-1). A análise fitoquímica detectou a presença de taninos, terpenos, esteroides, polifenóis, flavonoides e ausência de alcaloides. A maior quantificação de polifenóis foi da Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don (205,95 mg/g ± 4,14) e o extrato de Clidemia hirta (L.) D. Don apresentou maior teor de flavonoides totais (143,99 mg/g ± 4,18). Os extratos hexânicos não demostraram atividade antimicrobiana e nem toxicidade frente à Artemia salina. O extrato de Tibouchina francavillana Cogn. foi o mais ativo no sequestro do radical DPPH. Os extratos apresentaram citotoxicidade em células THP-1, com visualização de corpos apoptóticos e morte celular. Os extratos de Miconia amoena, Clidemia sericea e Clidemia capitellata são atóxicos contra Artemia salina e induzem a formação de corpos apoptóticos e morte celular da linhagem THP-1.
Resumo
Plants possess a renewable source of metabolites with enormous chemical structural diversity, which may have potential therapeutic relevance. Furthermore, this chemical diversity favors the possibility of finding new and different chemical constituents with antimicrobial, antioxidant and anti-tumor activities. This work analyzed preliminary phytochemical profiles and evaluated the antimicrobial, antioxidant and cytotoxic activities of hexane extracts of leaves of ten species of the family Melastomataceae. Phytochemical screening was performed using staining methods while total phenols and flavonoids were quantified by spectrophotometry. Antimicrobial activity was evaluated using the disk diffusion method. Antioxidant activity was determined by the 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazil (DPPH) method. Toxicity was recorded using the lethality test with Artemia salina Leach (1819). Cytotoxic activity of the extracts was assessed in vitro with acute monocytic leukemia cells (THP-1). Phytochemical analysis detected the presence of tannins, terpenes, steroids, polyphenols and flavonoids and the absence of alkaloids. Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don had the greatest amount of polyphenols (205.95 mg/g ± 4.14) while Clidemia hirta (L.) D. Don had the highest content of total flavonoids (143.99 mg/g ± 4.18). The hexane extracts did not show antimicrobial activity nor toxicity against Artemia salina. The extract of Tibouchina francavillana Cogn. was the most active in sequestering the DPPH radical. The extracts showed cytotoxicity in THP-1 cells with the appearance of apoptotic bodies and cell death. The extracts of Miconia amoena, Clidemia sericea and Clidemia capitellata are non-toxic against Artemia salina and induce the formation of apoptotic bodies and cell death of the THP-1 lineage.
Os vegetais apresentam uma fonte renovável de metabólitos com enorme diversidade química estrutural, os quais podem apresentar potencial relevante na terapêutica, aumentando as possibilidades de encontrar novos e diferentes constituintes químicos com atividades antimicrobiana, antioxidante e antitumoral. Este trabalho analisou o perfil fitoquímico preliminar e as atividades antimicrobiana, antioxidante, citotóxica dos extratos em hexano das folhas de dez espécies da família Melastomataceae. A triagem fitoquímica foi executada utilizando métodos de coloração e quantificação de fenóis e flavonoides totais por espectrofotometria. A atividade antimicrobiana foi realizada pelo método de difusão em disco. A atividade antioxidante foi determinada pelo método 2,2-difenil1-picrilhidrazila (DPPH). A toxicidade foi registrada utilizando o ensaio de letalidade com Artemia salina Leach (1819). A atividade citotóxica dos extratos foi realizada in vitro com células leucêmicas monocítica aguda (THP-1). A análise fitoquímica detectou a presença de taninos, terpenos, esteroides, polifenóis, flavonoides e ausência de alcaloides. A maior quantificação de polifenóis foi da Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don (205,95 mg/g ± 4,14) e o extrato de Clidemia hirta (L.) D. Don apresentou maior teor de flavonoides totais (143,99 mg/g ± 4,18). Os extratos hexânicos não demostraram atividade antimicrobiana e nem toxicidade frente à Artemia salina. O extrato de Tibouchina francavillana Cogn. foi o mais ativo no sequestro do radical DPPH. Os extratos apresentaram citotoxicidade em células THP-1, com visualização de corpos apoptóticos e morte celular. Os extratos de Miconia amoena, Clidemia sericea e Clidemia capitellata são atóxicos contra Artemia salina e induzem a formação de corpos apoptóticos e morte celular da linhagem THP-1.
Assuntos
Melastomataceae , Flavonoides , Extratos Vegetais/farmacologia , Compostos Fitoquímicos/farmacologia , Antioxidantes/farmacologiaResumo
Plants possess a renewable source of metabolites with enormous chemical structural diversity, which may have potential therapeutic relevance. Furthermore, this chemical diversity favors the possibility of finding new and different chemical constituents with antimicrobial, antioxidant and anti-tumor activities. This work analyzed preliminary phytochemical profiles and evaluated the antimicrobial, antioxidant and cytotoxic activities of hexane extracts of leaves of ten species of the family Melastomataceae. Phytochemical screening was performed using staining methods while total phenols and flavonoids were quantified by spectrophotometry. Antimicrobial activity was evaluated using the disk diffusion method. Antioxidant activity was determined by the 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazil (DPPH) method. Toxicity was recorded using the lethality test with Artemia salina Leach (1819). Cytotoxic activity of the extracts was assessed in vitro with acute monocytic leukemia cells (THP-1). Phytochemical analysis detected the presence of tannins, terpenes, steroids, polyphenols and flavonoids and the absence of alkaloids. Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don had the greatest amount of polyphenols (205.95 mg/g ± 4.14) while Clidemia hirta (L.) D. Don had the highest content of total flavonoids (143.99 mg/g ± 4.18). The hexane extracts did not show antimicrobial activity nor toxicity against Artemia salina. The extract of Tibouchina francavillana Cogn. was the most active in sequestering the DPPH radical. The extracts showed cytotoxicity in THP-1 cells with the appearance of apoptotic bodies and cell death. The extracts of Miconia amoena, Clidemia sericea and Clidemia capitellata are non-toxic against Artemia salina and induce the formation of apoptotic bodies and cell death of the THP-1 lineage.(AU)
Os vegetais apresentam uma fonte renovável de metabólitos com enorme diversidade química estrutural, os quais podem apresentar potencial relevante na terapêutica, aumentando as possibilidades de encontrar novos e diferentes constituintes químicos com atividades antimicrobiana, antioxidante e antitumoral. Este trabalho analisou o perfil fitoquímico preliminar e as atividades antimicrobiana, antioxidante, citotóxica dos extratos em hexano das folhas de dez espécies da família Melastomataceae. A triagem fitoquímica foi executada utilizando métodos de coloração e quantificação de fenóis e flavonoides totais por espectrofotometria. A atividade antimicrobiana foi realizada pelo método de difusão em disco. A atividade antioxidante foi determinada pelo método 2,2-difenil1-picrilhidrazila (DPPH). A toxicidade foi registrada utilizando o ensaio de letalidade com Artemia salina Leach (1819). A atividade citotóxica dos extratos foi realizada in vitro com células leucêmicas monocítica aguda (THP-1). A análise fitoquímica detectou a presença de taninos, terpenos, esteroides, polifenóis, flavonoides e ausência de alcaloides. A maior quantificação de polifenóis foi da Clidemia capitellata (Bonpl.) D. Don (205,95 mg/g ± 4,14) e o extrato de Clidemia hirta (L.) D. Don apresentou maior teor de flavonoides totais (143,99 mg/g ± 4,18). Os extratos hexânicos não demostraram atividade antimicrobiana e nem toxicidade frente à Artemia salina. O extrato de Tibouchina francavillana Cogn. foi o mais ativo no sequestro do radical DPPH. Os extratos apresentaram citotoxicidade em células THP-1, com visualização de corpos apoptóticos e morte celular. Os extratos de Miconia amoena, Clidemia sericea e Clidemia capitellata são atóxicos contra Artemia salina e induzem a formação de corpos apoptóticos e morte celular da linhagem THP-1.(AU)
Assuntos
Melastomataceae/química , Melastomataceae/toxicidade , Antioxidantes/análise , Fitoterapia , Polifenóis/análiseResumo
Vernonanthura polyanthes, popularly known as assa-peixe, is a medicinal plant that has been widely used by Brazilian Cerrado population for treatment of diseases without a detailed evaluation of their effectiveness, toxicity, and proper dosage. Thus, more studies investigating the safety of V. polyanthes aqueous extract before the use are needed. The purpose of this study was to evaluate the toxicity, cytotoxicity and genotoxicity of V. polyanthes leaves aqueous extract using the Artemia salina and Allium cepa assays. For the A. salina assay, three groups of 10 larvae were exposed to V. polyanthes leaves aqueous extract at the concentrations of 5, 10, 20, 40, and 80 mg/ml. For the A. cepa assay, 5 onion bulbs were exposed to V. polyanthes leaves aqueous extract at 10, 20, and 40 mg/ml, and then submitted to macroscopic and microscopic analysis. As result it was identified a toxicity and cytotoxicity of V. polyanthes dependent on the extract concentration. The A. salina assay suggests that the concentration of 24 mg/ml of the V. polyanthes extract is able to kill 50% of naupllis; while the A. cepa assay suggests that V. polyanthes leaves aqueous extract is toxic at concentrations higher than 20 mg/ml; however the cytotoxic effect in A. cepa root cells was observed at 40 mg/ml of the extract. It is important to say that the V. polyanthes leaves aqueous extract concentration commonly used in popular medicine is 20 mg/ml. Thus, the popular concentration used is very close to toxicity limit in A. salina model (24 mg/ml) and is the concentration which showed toxic effect in A. cepa root cells (20 mg/ml). No genotoxic activity of V. polyantes leaves aqueous extract was observed in the conditions used in this study. Because of the antiproliferative action and no genotoxic activity, V. polyanthes leaves aqueous extract may present compounds with potential use for human medicine. However more detailed studies need to be performed to confirm this potential.(AU)
Vernonanthura polyanthes, popularmente conhecida como assa-peixe, é uma planta medicinal amplamente utilizada pela população brasileira do Cerrado para o tratamento doenças, sem uma avaliação detalhada de sua eficácia, toxicidade e dosagem adequada. Dessa forma, são necessários estudos para investigar a segurança do uso do extrato aquoso de V. polyanthes. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade, citotoxicidade e genotoxicidade do extrato aquoso de folhas de V. polyanthes utilizando os ensaios de Artemia salina e Allium cepa. Para o ensaio de A. salina, três grupos de 10 larvas foram expostos ao extrato aquoso de folhas de V. polyanthes nas concentrações de 5, 10, 20, 40 e 80 mg/ml. Para o ensaio de A. cepa, 5 bulbos de cebola foram expostas ao extrato aquoso de folhas de V. polyanthes nas concentrações de 10, 20 e 40 mg/ml, e então submetidos a análise macroscópica e microscópica. O ensaio de A. salina sugere que a concentração de 24 mg/ml do extrato de V. polyanthes é capaz de matar 50% dos náuplios; enquanto o ensaio de A. cepa sugere que o extrato aquoso das folhas de V. polyanthes é tóxico em concentrações superiores a 20 mg/ml. O efeito citotóxico nas células da raiz de A. cepa foi observado apenas na concentração de 40 mg/ml. É importante dizer que a concentração de extrato aquoso de folhas de V. polyanthes comumente usada na medicina popular é de 20 mg/ml. Assim, a concentração popular utilizada está muito próxima do limite de toxicidade no modelo de A. salina (24 mg/ml) e é a mesma concentração que apresentou efeito tóxico nas células da raiz de A. cepa (20 mg/ml). Não foi observada atividade genotóxica do extrato aquoso de folhas de V. polyantes nas condições utilizadas neste trabalho. Por causa da ação antiproliferativa e ausência de atividade genotóxica, o extrato aquoso de folhas de V. polyanthes pode ser uma boa fonte natural de compostos antitumorais e pode apresentar potencial para uso na medicina. No entanto, estudos mais detalhados precisam ser realizados para confirmar esse potencial.(AU)
Assuntos
Vernonia/toxicidade , Plantas Medicinais/toxicidade , Intoxicação por Plantas , Cebolas , ArtemiaResumo
Abstract Vernonanthura polyanthes, popularly known as assa-peixe, is a medicinal plant that has been widely used by Brazilian Cerrado population for treatment of diseases without a detailed evaluation of their effectiveness, toxicity, and proper dosage. Thus, more studies investigating the safety of V. polyanthes aqueous extract before the use are needed. The purpose of this study was to evaluate the toxicity, cytotoxicity and genotoxicity of V. polyanthes leaves aqueous extract using the Artemia salina and Allium cepa assays. For the A. salina assay, three groups of 10 larvae were exposed to V. polyanthes leaves aqueous extract at the concentrations of 5, 10, 20, 40, and 80 mg/ml. For the A. cepa assay, 5 onion bulbs were exposed to V. polyanthes leaves aqueous extract at 10, 20, and 40 mg/ml, and then submitted to macroscopic and microscopic analysis. As result it was identified a toxicity and cytotoxicity of V. polyanthes dependent on the extract concentration. The A. salina assay suggests that the concentration of 24 mg/ml of the V. polyanthes extract is able to kill 50% of naupllis; while the A. cepa assay suggests that V. polyanthes leaves aqueous extract is toxic at concentrations higher than 20 mg/ml; however the cytotoxic effect in A. cepa root cells was observed at 40 mg/ml of the extract. It is important to say that the V. polyanthes leaves aqueous extract concentration commonly used in popular medicine is 20 mg/ml. Thus, the popular concentration used is very close to toxicity limit in A. salina model (24 mg/ml) and is the concentration which showed toxic effect in A. cepa root cells (20 mg/ml). No genotoxic activity of V. polyantes leaves aqueous extract was observed in the conditions used in this study. Because of the antiproliferative action and no genotoxic activity, V. polyanthes leaves aqueous extract may present compounds with potential use for human medicine. However more detailed studies need to be performed to confirm this potential.
Resumo Vernonanthura polyanthes, popularmente conhecida como assa-peixe, é uma planta medicinal amplamente utilizada pela população brasileira do Cerrado para o tratamento doenças, sem uma avaliação detalhada de sua eficácia, toxicidade e dosagem adequada. Dessa forma, são necessários estudos para investigar a segurança do uso do extrato aquoso de V. polyanthes. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade, citotoxicidade e genotoxicidade do extrato aquoso de folhas de V. polyanthes utilizando os ensaios de Artemia salina e Allium cepa. Para o ensaio de A. salina, três grupos de 10 larvas foram expostos ao extrato aquoso de folhas de V. polyanthes nas concentrações de 5, 10, 20, 40 e 80 mg/ml. Para o ensaio de A. cepa, 5 bulbos de cebola foram expostas ao extrato aquoso de folhas de V. polyanthes nas concentrações de 10, 20 e 40 mg/ml, e então submetidos a análise macroscópica e microscópica. O ensaio de A. salina sugere que a concentração de 24 mg/ml do extrato de V. polyanthes é capaz de matar 50% dos náuplios; enquanto o ensaio de A. cepa sugere que o extrato aquoso das folhas de V. polyanthes é tóxico em concentrações superiores a 20 mg/ml. O efeito citotóxico nas células da raiz de A. cepa foi observado apenas na concentração de 40 mg/ml. É importante dizer que a concentração de extrato aquoso de folhas de V. polyanthes comumente usada na medicina popular é de 20 mg/ml. Assim, a concentração popular utilizada está muito próxima do limite de toxicidade no modelo de A. salina (24 mg/ml) e é a mesma concentração que apresentou efeito tóxico nas células da raiz de A. cepa (20 mg/ml). Não foi observada atividade genotóxica do extrato aquoso de folhas de V. polyantes nas condições utilizadas neste trabalho. Por causa da ação antiproliferativa e ausência de atividade genotóxica, o extrato aquoso de folhas de V. polyanthes pode ser uma boa fonte natural de compostos antitumorais e pode apresentar potencial para uso na medicina. No entanto, estudos mais detalhados precisam ser realizados para confirmar esse potencial.
Resumo
Whereas the effects of the substances found in domestic sewage on live organisms is important to evaluate the use of plants to remove pollutants from the environment. The objective of this study was to assess the phytoremediation activity of Allium cepa L. (onion) roots exposed to raw sewage, as well as the acute toxic activity of this effluent for the bioindicators A. cepa, through a cytotoxicity test, and Artemia salina L., through a mortality/immobility test. The physicochemical assessments of the sewage were conducted in two scenarios: immediately after collection and after being in contact with onion roots (phytoremediation) for 24 hours. The physicochemical data indicate there was a reduction in nitrogen and phosphorus levels and in biochemical oxygen demand in sewage treated. The results from the cytotoxicity test with A. cepa indicated a reduction in the mitotic cell divisions of the onions treated with the raw sewage. The mortality/immobility test with A. salina indicated that the concentrations with 50 and 100% of raw sewage induced the mortality of the nauplii. Thus, the data suggest new studies that seek greater efficiency, efficacy and viability of onion phytoremediation.(AU)
Considerando os efeitos das substâncias encontradas no esgoto doméstico em organismos vivos, é importante avaliar o uso de plantas para remover poluentes do meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade de fitorremediação de raízes de Allium cepa L. (cebola) expostas ao esgoto bruto, bem como a atividade tóxica aguda desse efluente para os bioindicadores A. cepa, através de um teste de citotoxicidade, e Artemia salina L., através de um teste de mortalidade/imobilidade. As avaliações físico-químicas do esgoto foram realizadas em dois cenários: imediatamente após a coleta e após contato com raízes de cebola (fitorremediação) por 24 horas. Os dados físico-químicos indicam que houve redução nos níveis de nitrogênio e fósforo e na demanda bioquímica de oxigênio no esgoto tratado. Os resultados do teste de citotoxicidade com A. cepa indicaram uma redução nas divisões celulares mitóticas das cebolas tratadas com o esgoto bruto. O teste de mortalidade/imobilidade com A. salina indicou que as concentrações com 50 e 100% de esgoto bruto induziram a mortalidade dos náuplios. Assim, os dados sugerem novos estudos que busquem maior eficiência, eficácia e viabilidade de fitorremediação das cebolas.(AU)
Assuntos
Cebolas/química , Cebolas/citologia , Biodegradação Ambiental , EsgotosResumo
Abstract Whereas the effects of the substances found in domestic sewage on live organisms is important to evaluate the use of plants to remove pollutants from the environment. The objective of this study was to assess the phytoremediation activity of Allium cepa L. (onion) roots exposed to raw sewage, as well as the acute toxic activity of this effluent for the bioindicators A. cepa, through a cytotoxicity test, and Artemia salina L., through a mortality/immobility test. The physicochemical assessments of the sewage were conducted in two scenarios: immediately after collection and after being in contact with onion roots (phytoremediation) for 24 hours. The physicochemical data indicate there was a reduction in nitrogen and phosphorus levels and in biochemical oxygen demand in sewage treated. The results from the cytotoxicity test with A. cepa indicated a reduction in the mitotic cell divisions of the onions treated with the raw sewage. The mortality/immobility test with A. salina indicated that the concentrations with 50 and 100% of raw sewage induced the mortality of the nauplii. Thus, the data suggest new studies that seek greater efficiency, efficacy and viability of onion phytoremediation.
Resumo Considerando os efeitos das substâncias encontradas no esgoto doméstico em organismos vivos, é importante avaliar o uso de plantas para remover poluentes do meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade de fitorremediação de raízes de Allium cepa L. (cebola) expostas ao esgoto bruto, bem como a atividade tóxica aguda desse efluente para os bioindicadores A. cepa, através de um teste de citotoxicidade, e Artemia salina L., através de um teste de mortalidade/imobilidade. As avaliações físico-químicas do esgoto foram realizadas em dois cenários: imediatamente após a coleta e após contato com raízes de cebola (fitorremediação) por 24 horas. Os dados físico-químicos indicam que houve redução nos níveis de nitrogênio e fósforo e na demanda bioquímica de oxigênio no esgoto tratado. Os resultados do teste de citotoxicidade com A. cepa indicaram uma redução nas divisões celulares mitóticas das cebolas tratadas com o esgoto bruto. O teste de mortalidade/imobilidade com A. salina indicou que as concentrações com 50 e 100% de esgoto bruto induziram a mortalidade dos náuplios. Assim, os dados sugerem novos estudos que busquem maior eficiência, eficácia e viabilidade de fitorremediação das cebolas.
Resumo
Apitoxin is the venom produced by bees. It is a complex chemical compound, rich in protein substances and with pharmacological effects. This study was carried out with the objective of comparing the quality of apitoxin extracted in an apiary in different parts of the collector in relation to moisture content, protein analysis and cytotoxicity assay with Artemia salina L. Type 1 apitoxin was collected from glass slabs at the entrance to the hive, while type 2 apitoxin was collected from the waste accumulated in the collection rods and treated by rinsing in distilled water. Both apitoxins presented significant differences (P>0.05) in relation to protein profile, with type 1 showing a higher content (77.8%) than type 2 (51.9%), and presented polypeptide bands with more than 50% of their nitrogenous components having molecular weight below 10KDa. Regarding cytotoxicity assays, type 1 apitoxin had LD50 of 71.5g mL-1, while type 2 had LD50 of 191.6g mL-1. Thus, the region where apitoxin accumulates in the collector does influence the product quality if moisture and protein contents are in accordance with the standards recommended in specific legislation, and so it can be commercialized by the beekeeper.
A apitoxina é o veneno produzido pelas abelhas, um composto químico complexo, rico em substâncias proteicas e com efeito farmacológico. Com objetivo de comparar a qualidade da apitoxina extraída em apiário em relação ao teor de umidade, análise das proteínas e ensaio de citotoxicidade frente Artemia salina L. este trabalho foi realizado. A apitoxina denominada neste estudo como tipo 1 foi coletada de placas de vidro na entrada da colmeia, enquanto que a denominada tipo 2, coletada a partir dos resíduos acumulados nas varetas coletoras e tratada com lavagem em água destilada. As apitoxinas apresentaram diferenças significativas (P>0,05) em relação ao perfil proteico, sendo a tipo 1 com maior teor (77,8%) que a tipo 2 (51,9%) e apresentou bandas de polipeptídios reveladas possuindo mais de 50% de seus componentes nitrogenados com peso molecular abaixo de 10KDa. Quanto aos ensaios de citotoxicidade, a apitoxina tipo 1 apresentou DL50 de 71,5µg mL-1 e a tipo 2 DL50 191,6µg mL-1. Assim, a região onde se acumula a apitoxina no coletor influencia na qualidade do produto, mas apresenta teores de umidade e proteína de acordo com padrões preconizados em legislação especifica, podendo ser comercializada pelo apicultor.
Resumo
Apitoxin is the venom produced by bees. It is a complex chemical compound, rich in protein substances and with pharmacological effects. This study was carried out with the objective of comparing the quality of apitoxin extracted in an apiary in different parts of the collector in relation to moisture content, protein analysis and cytotoxicity assay with Artemia salina L. Type 1 apitoxin was collected from glass slabs at the entrance to the hive, while type 2 apitoxin was collected from the waste accumulated in the collection rods and treated by rinsing in distilled water. Both apitoxins presented significant differences (P>0.05) in relation to protein profile, with type 1 showing a higher content (77.8%) than type 2 (51.9%), and presented polypeptide bands with more than 50% of their nitrogenous components having molecular weight below 10KDa. Regarding cytotoxicity assays, type 1 apitoxin had LD50 of 71.5g mL-1, while type 2 had LD50 of 191.6g mL-1. Thus, the region where apitoxin accumulates in the collector does influence the product quality if moisture and protein contents are in accordance with the standards recommended in specific legislation, and so it can be commercialized by the beekeeper.(AU)
A apitoxina é o veneno produzido pelas abelhas, um composto químico complexo, rico em substâncias proteicas e com efeito farmacológico. Com objetivo de comparar a qualidade da apitoxina extraída em apiário em relação ao teor de umidade, análise das proteínas e ensaio de citotoxicidade frente Artemia salina L. este trabalho foi realizado. A apitoxina denominada neste estudo como tipo 1 foi coletada de placas de vidro na entrada da colmeia, enquanto que a denominada tipo 2, coletada a partir dos resíduos acumulados nas varetas coletoras e tratada com lavagem em água destilada. As apitoxinas apresentaram diferenças significativas (P>0,05) em relação ao perfil proteico, sendo a tipo 1 com maior teor (77,8%) que a tipo 2 (51,9%) e apresentou bandas de polipeptídios reveladas possuindo mais de 50% de seus componentes nitrogenados com peso molecular abaixo de 10KDa. Quanto aos ensaios de citotoxicidade, a apitoxina tipo 1 apresentou DL50 de 71,5µg mL-1 e a tipo 2 DL50 191,6µg mL-1. Assim, a região onde se acumula a apitoxina no coletor influencia na qualidade do produto, mas apresenta teores de umidade e proteína de acordo com padrões preconizados em legislação especifica, podendo ser comercializada pelo apicultor.(AU)
Resumo
Abstract Whereas the effects of the substances found in domestic sewage on live organisms is important to evaluate the use of plants to remove pollutants from the environment. The objective of this study was to assess the phytoremediation activity of Allium cepa L. (onion) roots exposed to raw sewage, as well as the acute toxic activity of this effluent for the bioindicators A. cepa, through a cytotoxicity test, and Artemia salina L., through a mortality/immobility test. The physicochemical assessments of the sewage were conducted in two scenarios: immediately after collection and after being in contact with onion roots (phytoremediation) for 24 hours. The physicochemical data indicate there was a reduction in nitrogen and phosphorus levels and in biochemical oxygen demand in sewage treated. The results from the cytotoxicity test with A. cepa indicated a reduction in the mitotic cell divisions of the onions treated with the raw sewage. The mortality/immobility test with A. salina indicated that the concentrations with 50 and 100% of raw sewage induced the mortality of the nauplii. Thus, the data suggest new studies that seek greater efficiency, efficacy and viability of onion phytoremediation.
Resumo Considerando os efeitos das substâncias encontradas no esgoto doméstico em organismos vivos, é importante avaliar o uso de plantas para remover poluentes do meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade de fitorremediação de raízes de Allium cepa L. (cebola) expostas ao esgoto bruto, bem como a atividade tóxica aguda desse efluente para os bioindicadores A. cepa, através de um teste de citotoxicidade, e Artemia salina L., através de um teste de mortalidade/imobilidade. As avaliações físico-químicas do esgoto foram realizadas em dois cenários: imediatamente após a coleta e após contato com raízes de cebola (fitorremediação) por 24 horas. Os dados físico-químicos indicam que houve redução nos níveis de nitrogênio e fósforo e na demanda bioquímica de oxigênio no esgoto tratado. Os resultados do teste de citotoxicidade com A. cepa indicaram uma redução nas divisões celulares mitóticas das cebolas tratadas com o esgoto bruto. O teste de mortalidade/imobilidade com A. salina indicou que as concentrações com 50 e 100% de esgoto bruto induziram a mortalidade dos náuplios. Assim, os dados sugerem novos estudos que busquem maior eficiência, eficácia e viabilidade de fitorremediação das cebolas.
Resumo
Abstract Vernonanthura polyanthes, popularly known as assa-peixe, is a medicinal plant that has been widely used by Brazilian Cerrado population for treatment of diseases without a detailed evaluation of their effectiveness, toxicity, and proper dosage. Thus, more studies investigating the safety of V. polyanthes aqueous extract before the use are needed. The purpose of this study was to evaluate the toxicity, cytotoxicity and genotoxicity of V. polyanthes leaves aqueous extract using the Artemia salina and Allium cepa assays. For the A. salina assay, three groups of 10 larvae were exposed to V. polyanthes leaves aqueous extract at the concentrations of 5, 10, 20, 40, and 80 mg/ml. For the A. cepa assay, 5 onion bulbs were exposed to V. polyanthes leaves aqueous extract at 10, 20, and 40 mg/ml, and then submitted to macroscopic and microscopic analysis. As result it was identified a toxicity and cytotoxicity of V. polyanthes dependent on the extract concentration. The A. salina assay suggests that the concentration of 24 mg/ml of the V. polyanthes extract is able to kill 50% of naupllis; while the A. cepa assay suggests that V. polyanthes leaves aqueous extract is toxic at concentrations higher than 20 mg/ml; however the cytotoxic effect in A. cepa root cells was observed at 40 mg/ml of the extract. It is important to say that the V. polyanthes leaves aqueous extract concentration commonly used in popular medicine is 20 mg/ml. Thus, the popular concentration used is very close to toxicity limit in A. salina model (24 mg/ml) and is the concentration which showed toxic effect in A. cepa root cells (20 mg/ml). No genotoxic activity of V. polyantes leaves aqueous extract was observed in the conditions used in this study. Because of the antiproliferative action and no genotoxic activity, V. polyanthes leaves aqueous extract may present compounds with potential use for human medicine. However more detailed studies need to be performed to confirm this potential.
Resumo Vernonanthura polyanthes, popularmente conhecida como assa-peixe, é uma planta medicinal amplamente utilizada pela população brasileira do Cerrado para o tratamento doenças, sem uma avaliação detalhada de sua eficácia, toxicidade e dosagem adequada. Dessa forma, são necessários estudos para investigar a segurança do uso do extrato aquoso de V. polyanthes. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade, citotoxicidade e genotoxicidade do extrato aquoso de folhas de V. polyanthes utilizando os ensaios de Artemia salina e Allium cepa. Para o ensaio de A. salina, três grupos de 10 larvas foram expostos ao extrato aquoso de folhas de V. polyanthes nas concentrações de 5, 10, 20, 40 e 80 mg/ml. Para o ensaio de A. cepa, 5 bulbos de cebola foram expostas ao extrato aquoso de folhas de V. polyanthes nas concentrações de 10, 20 e 40 mg/ml, e então submetidos a análise macroscópica e microscópica. O ensaio de A. salina sugere que a concentração de 24 mg/ml do extrato de V. polyanthes é capaz de matar 50% dos náuplios; enquanto o ensaio de A. cepa sugere que o extrato aquoso das folhas de V. polyanthes é tóxico em concentrações superiores a 20 mg/ml. O efeito citotóxico nas células da raiz de A. cepa foi observado apenas na concentração de 40 mg/ml. É importante dizer que a concentração de extrato aquoso de folhas de V. polyanthes comumente usada na medicina popular é de 20 mg/ml. Assim, a concentração popular utilizada está muito próxima do limite de toxicidade no modelo de A. salina (24 mg/ml) e é a mesma concentração que apresentou efeito tóxico nas células da raiz de A. cepa (20 mg/ml). Não foi observada atividade genotóxica do extrato aquoso de folhas de V. polyantes nas condições utilizadas neste trabalho. Por causa da ação antiproliferativa e ausência de atividade genotóxica, o extrato aquoso de folhas de V. polyanthes pode ser uma boa fonte natural de compostos antitumorais e pode apresentar potencial para uso na medicina. No entanto, estudos mais detalhados precisam ser realizados para confirmar esse potencial.
Resumo
Um dos bioindicadores de ecotoxicidade mais utilizados em ensaios de laboratório é a Artemia salina, um microcrustáceo. O glifosato é um herbicida muito utilizado na agricultura, mas apresenta toxicidade como desregulador endócrino. Na prática homeopática é comum o tratamento de intoxicações pelo uso de isoterápicos: diluições homeopáticas de uma substância tóxica usadas para tratamento de indivíduos expostos às mesmas substâncias. Objetivo: Verificar a possível proteção de Artemia salina exposta ao glifosato pela adição de isoterápicos na água, por meio da avaliação das alterações comportamentais e morfológicas, bem como das propriedades físicas da água. Métodos: 0,6g de cistos de Artemia salina foram mantidos em garrafas de cultura, em 400mL de água do mar artificial, seguindo técnica padrão de oxigenação, luminosidade e temperatura, para promover sua eclosão em 48 horas. O glifosato foi inserido na água no momento da inserção dos cistos, na concentração letal 10% - CL 10 ou 0,002%. Os isoterápicos (Gly 6cH, 30cH, 200cH) foram preparados na véspera, em água purificada, a partir de matrizes medicamentosas previamente preparadas em farmácia credenciada na ANVISA utilizando amostras de glifosato do mesmo lote e inseridos na água de forma concomitante, na proporção de 1% do volume total de água. Ao final de 48 horas, o conteúdo líquido da garrafa contendo os estágios iniciais (I a V) de náuplios foi recolhido em um Becker, seu conteúdo foi homogeneizado e 100mL foram filtrados para obtenção da água remanescente. A água reservada foi congelada em alíquotas para posterior análise físico-química (interação com corantes solvatocrômicos). A parte não filtrada dos náuplios foi distribuída em lâminas para avaliação do desenvolvimento morfológico em microscópio óptico e uma outra parte foi distribuída em tubos transparentes na quantidade de 10 náuplios por tubo (6 tubos por grupo), para análise comportamental. Os tratamentos foram feitos em cego e os códigos foram revelados após a análise estatística. Em uma segunda etapa, a eclosão dos cistos foi observada em placa de 96 poços, com diferentes graus de salinidade e concentrações de glifosato, sendo a eclosão e a mobilidade dos náuplios registradas por câmera digital e analisadas pelo software Image J, plug-in Trackmate. Ao final, as amostras de água foram congeladas para análise físico-química utilizando corantes solvatocrômicos. Resultados: Gly 6cH aumentou a vitalidade de náuplios e a proporção entre náuplios saudáveis e defeituosos, bem como reduziu e retardou a eclosão de cistos. Os efeitos sobre a eclosão foram mais evidentes em água com 80% de salinidade e quando da exposição a baixas concentrações de glifosato (CL10). Não foram observadas diferenças entre os tratamentos em relação à locomoção dos náuplios, mas houve tendência de aumento nesse parâmetro na intoxicação com CL50. A interação das amostras de água com corantes solvatocrômicos mostrou que a cumarina foi um marcador físico-químico específico do Gly 6cH. Conclusão: Gly 6cH apresentou efeitos protetores sobre o desenvolvimento da Artemia salina exposta a baixas concentrações de glifosato (CL10), sendo o corante solvatocrômico cumarina um potencial marcador físico-químico de valor preditivo, sugerindo mecanismos relacionados a mudanças de polaridade da água.
Introduction: One of the most used bio-indicators of ecotoxicity in laboratory tests is Artemia salina, a microcrustacean known as brine shrimp. Glyphosate is an herbicide widely used in agriculture but presents toxicity as an endocrine disruptor. In homeopathic practice, it is usual to treat poisonings using isotherapies: homeopathic dilutions of a toxic substance used to treat individuals exposed to the same substances. Objective: To verify the putative protection of brine shrimps exposed to glyphosate by the addition of isotherapics in the water through the evaluation of behavioral and morphological changes and the physical properties of the water. Methods: 0.6g of Artemia salina cysts were kept in culture bottles in 400mL of artificial seawater, following normal oxygenation, luminosity, and temperature techniques, to promote their hatching in 48 hours. Glyphosate was inserted into the water simultaneously to the cysts´ insertion at a lethal concentration of 10%: CL 10 or 0.002%. The isotherapics (Gly 6cH, 30cH, 200cH) were prepared the day before, in sterile purified water, from matrices previously prepared in an accredited pharmacy, using glyphosate samples from the same batch. They were inserted into the water in a proportion of 1% of the total volume. At the end of 48 hours, the liquid content of the bottle containing the initial stages (I to V) of nauplii was collected in a Becker, its content was homogenized, and 100mL were filtered to obtain the remaining water. The reserved water was frozen into aliquots for further physicochemical analysis (interaction with solvatochromic dyes). The unfiltered part of the nauplii was distributed on slides for evaluation of morphological development under an optical microscope, and another part was distributed in transparent tubes in the amount of 10 nauplii per tube (6 tubes per group) for behavioral analysis. The treatments were performed blind, and the codes were revealed after statistical analysis. In a second stage, the hatching of the cysts was observed in a 96-well plate, with different degrees of salinity and glyphosate concentrations; hatching and nauplii activity were recorded by a digital camera analyzed by the software Image J, plug-in Trackmate. In the end, water samples were frozen for physicochemical analysis using solvatochromic dyes. Results: Gly 6cH increased the vitality of nauplii and the ratio between healthy and defective nauplii and reduced and delayed the outbreak of cysts. The effects on hatching were more evident in water with 80% salinity and when exposed to low concentrations of glyphosate (CL10). There were no differences among treatments concerning locomotion of nauplii, but there was a tendency to increase it after intoxication with LC50. The interaction of water samples with solvatochromic dyes showed that coumarin was a specific physicochemical marker for Gly 6cH. Conclusion: Gly 6cH had protective effects on the development of Artemia salina exposed to low concentrations of glyphosate (CL10), being coumarin (a solvatochromic dye) a potential physicochemical marker of predictive value, suggesting mechanisms related to changes in the polarity of water.
Resumo
O objetivo deste trabalho foi investigar os componentes fitoquímicos dos extratos etanólico das vagens de E. contortisiliquum (EEtOH-Ec) coletados nos municípios de Monsenhor Gil, Parnaíba e Teresina/Piauí-Brasil, bem como avaliar atividade citotóxica desses extratos frente a Artemia salina, sua atividade hemolítica, toxicidade aguda e subaguda, ação sobre o ciclo estral e possível ação estrogênica e/ou antiestrogênica em ratas, bem como sua toxicidade sobre o período gestacional e desenvolvimento fetal de ratos. Os frutos coletados foram dessecados, triturados, macerados com etanol PA, filtrados, concentrado em evaporador rotativo e liofilizados. Realizou-se testes fitoquimicos para detecção dos metabolitos secundários. Para avaliação da toxicidade in vitro do EEtOH-Ec das três localidades, foi realizado o bioensaio frente Artemia salina nas doses 1, 10, 100 e 1000 g/mL e analise da atividade hemolítica em placas de agar-sangue e sangue de carneiro nas doses de 1000 g/mL e 1000, 500, 250 e 125 g/mL de EEtOH-Ec, respectivamente. Para avaliação da toxicidade aguda foram utilizados 42 ratos tratados por via oral com EEtOH-Ec das três localidades, nas doses de 300 e 2000 mg/Kg e agua destilada. Para a toxicidade subaguda, ciclo estral, ensaio uterotrófico e gestacional, utilizou-se o EEtOH-Ec de Monsenhor Gil, nas doses de 1000, 500 e 250 mg/Kg. Foram utilizadas 24 ratas Wistar tratadas via oral por 45 dias, para avaliação da toxicidade subaguda e ciclo estral. No teste uterotrófico foram utilizadas 54 ratas imaturas, divididas em nove grupos e tratadas por via oral com EEtOH-Ec e estradiol do 21º ao 25º dia pós-natal. Para a avaliação da toxicidade gestacional e fetal foram utilizadas 24 ratas e 12 ratos, em cada teste. Na toxicidade gestacional avaliou-se o tempo de prenhez, sexo dos filhotes, número de filhotes vivos e natimortos, peso da ninhada e desenvolvimento da prole. Na toxicidade fetal as ratas foram anestesiadas no 21º dia de gestação e submetidas a cesariana. Realizou-se a contagem do número de fetos e sítios de implantação, pesagem do útero gravídico, dos fetos e placenta. Examinou-se os fetos quanto à presença de anomalias, depois foram processados para analise esquelética. Os resultados foram submetidos a Analise de variância seguido pelo Teste de Student-Newman-Keuls (p0,05). Na análise fitoquímica detectou-se fenóis, taninos catequicos, flavonas, flavovóis, flavanonas, flavanonóis, triterpenos e saponinas. Os EEtOH-Ec das três localidades apresentaram toxicidade frente a A. salina e hemólise em ambos os testes analisados. Nos ensaios de toxicidade aguda e subaguda, os animais apresentaram mortalidade, diminuição no consumo de ração e no ganho de peso, além de alteração nos parâmetros bioquímicos. Não observou-se alterações sobre o ciclo estral nem ação estrogênica ou antiestrogênica em ratas. Na toxicidade gestacional, na dose de 500 e 1000 mg/kg houve natimortos. Na toxicidade embriofetal não observou-se alteração no numero de fetos e sítios de implantação. Quanto a análise esquelética dos fetos, observou-se um aumento de anomalias nos grupos tratados. Concluiu-se que o EEtOH-Ec revelou a presença de fenóis, taninos catequicos, flavonas, flavovóis, flavanonas, flavanonóis, triterpenos e saponinas. Apresentou toxicidade no bioensaio com A. salina e atividade hemolítica, além de toxicidade aguda e subaguda sobre ratos wistar, pois promoveu morte dos animais e alterações nos parâmetros bioquímicos. Não interferiu sobre o ciclo estral e não apresentou ação estrogênica ou antiestrogênica. Entretanto, causou fetotoxicidade com morte fetal e alterações esqueléticas.
O objetivo deste trabalho foi investigar os componentes fitoquímicos dos extratos etanólico das vagens de E. contortisiliquum (EEtOH-Ec) coletados nos municípios de Monsenhor Gil, Parnaíba e Teresina/Piauí-Brasil, bem como avaliar atividade citotóxica desses extratos frente a Artemia salina, sua atividade hemolítica, toxicidade aguda e subaguda, ação sobre o ciclo estral e possível ação estrogênica e/ou antiestrogênica em ratas, bem como sua toxicidade sobre o período gestacional e desenvolvimento fetal de ratos. Os frutos coletados foram dessecados, triturados, macerados com etanol PA, filtrados, concentrado em evaporador rotativo e liofilizados. Realizou-se testes fitoquimicos para detecção dos metabolitos secundários. Para avaliação da toxicidade in vitro do EEtOH-Ec das três localidades, foi realizado o bioensaio frente Artemia salina nas doses 1, 10, 100 e 1000 g/mL e analise da atividade hemolítica em placas de agar-sangue e sangue de carneiro nas doses de 1000 g/mL e 1000, 500, 250 e 125 g/mL de EEtOH-Ec, respectivamente. Para avaliação da toxicidade aguda foram utilizados 42 ratos tratados por via oral com EEtOH-Ec das três localidades, nas doses de 300 e 2000 mg/Kg e agua destilada. Para a toxicidade subaguda, ciclo estral, ensaio uterotrófico e gestacional, utilizou-se o EEtOH-Ec de Monsenhor Gil, nas doses de 1000, 500 e 250 mg/Kg. Foram utilizadas 24 ratas Wistar tratadas via oral por 45 dias, para avaliação da toxicidade subaguda e ciclo estral. No teste uterotrófico foram utilizadas 54 ratas imaturas, divididas em nove grupos e tratadas por via oral com EEtOH-Ec e estradiol do 21º ao 25º dia pós-natal. Para a avaliação da toxicidade gestacional e fetal foram utilizadas 24 ratas e 12 ratos, em cada teste. Na toxicidade gestacional avaliou-se o tempo de prenhez, sexo dos filhotes, número de filhotes vivos e natimortos, peso da ninhada e desenvolvimento da prole. Na toxicidade fetal as ratas foram anestesiadas no 21º dia de gestação e submetidas a cesariana. Realizou-se a contagem do número de fetos e sítios de implantação, pesagem do útero gravídico, dos fetos e placenta. Examinou-se os fetos quanto à presença de anomalias, depois foram processados para analise esquelética. Os resultados foram submetidos a Analise de variância seguido pelo Teste de Student-Newman-Keuls (p0,05). Na análise fitoquímica detectou-se fenóis, taninos catequicos, flavonas, flavovóis, flavanonas, flavanonóis, triterpenos e saponinas. Os EEtOH-Ec das três localidades apresentaram toxicidade frente a A. salina e hemólise em ambos os testes analisados. Nos ensaios de toxicidade aguda e subaguda, os animais apresentaram mortalidade, diminuição no consumo de ração e no ganho de peso, além de alteração nos parâmetros bioquímicos. Não observou-se alterações sobre o ciclo estral nem ação estrogênica ou antiestrogênica em ratas. Na toxicidade gestacional, na dose de 500 e 1000 mg/kg houve natimortos. Na toxicidade embriofetal não observou-se alteração no numero de fetos e sítios de implantação. Quanto a análise esquelética dos fetos, observou-se um aumento de anomalias nos grupos tratados. Concluiu-se que o EEtOH-Ec revelou a presença de fenóis, taninos catequicos, flavonas, flavovóis, flavanonas, flavanonóis, triterpenos e saponinas. Apresentou toxicidade no bioensaio com A. salina e atividade hemolítica, além de toxicidade aguda e subaguda sobre ratos wistar, pois promoveu morte dos animais e alterações nos parâmetros bioquímicos. Não interferiu sobre o ciclo estral e não apresentou ação estrogênica ou antiestrogênica. Entretanto, causou fetotoxicidade com morte fetal e alterações esqueléticas.
Resumo
Introdução: Artemia salina (camarão de salmoura) é um microcrustáceo aquático utilizado para testes de ecotoxicidade. Isoterápicos (ou preparações homeopáticas feitas a partir do mesmo agente causador da doença) são comumente usados na clínica como recurso para atenuação de sintomas de intoxicações, contudo, pouco se sabe sobre seus efeitos em animais aquáticos. Dado que a poluição marinha é um dos problemas mais importantes deste século, a busca de soluções para reduzir seu impacto sobre sistemas vivos é tema de alto interesse. Nesse trabalho, a Artemia salina e o cloreto de mercúrio foram utilizados como modelo experimental para o estudo dos possíveis efeitos protetores do isoterápico de cloreto de mercúrio na intoxicação de animais aquáticos pelo mesmo sal. Objetivo: a) avaliar possíveis efeitos atenuadores da toxicidade ao cloreto de mercúrio pelos isoterápicos; b) avaliar a presença de mercúrio solúvel e insolúvel na água; c) avaliar possíveis interferências das fases da lua nos efeitos do tratamento sobre a eclosão de cistos, dado que a Artemia salina é um animal marinho e sujeito a tais oscilações. Métodos: Os isoterápicos (Mercurius corrosivus) foram preparados em água pura estéril, a partir de matrizes de cloreto de mercúrio homeopáticas, preparadas previamente em farmácia homeopática credenciada na ANVISA. Os tratamentos foram feitos em cego. Placas de cultura de 96 poços foram utilizadas para promover a eclosão de cistos de Artemia salina em água do mar artificial de maneira controlada. Cistos expostos a cloreto de mercúrio 39 µg/mL (concentração letal 10%) foram tratados durante 48 horas com as seguintes diluições (potências) de Mercurius corrosivus: 6 cH, 30 cH, 200 cH, para observação da taxa de eclosão. Os controles foram: cistos não desafiados, cistos desafiados e tratados com água pura, água pura sucussionada ou Ethilicum 1cH (veículo). Quatro séries de nove experimentos foram realizadas, sendo cada série executada em uma fase distinta da lua para averiguação de possíveis resultados falso-positivos. Fotomicrografias e vídeos de 13 segundos foram capturados de cada poço, após 24 e 48 horas, sendo os vídeos analisados pelo software Image J, plug-in Trackmate para quantificação da mobilidade dos náuplios nascidos. O número de náuplios e de cistos não eclodidos foi computado para o cálculo da taxa de eclosão. Análises físico-químicas (CV/AAS) e microscópicas (MEV / EDS) da água também foram feitas, para quantificação de mercúrio solúvel e precipitado, respectivamente. Os dados foram analisados por ANOVA de múltiplas vias seguida de Tukey, sendo p0,05. Resultados e conclusões: A fase da lua tem influência na velocidade da eclosão dos cistos, sendo esta mais precoce nas luas minguante e cheia. Embora os efeitos dos tratamentos tenham sido mais evidentes na lua cheia, não houve interação estatística entre fases da lua e tratamentos. Atraso significante (p<0,05) na eclosão dos cistos foi observado após tratamento com Mercurius corrosivus 30 cH, em relação aos controles igualmente intoxicados, independentemente da fase da lua, sugerindo melhor adaptação dos cistos ao ambiente hostil. Náuplios nascidos na lua cheia tratados com Mercurius corrosivus 200 cH ou Ethilicum 1cH apresentaram maior mobilidade. Todas as amostras de água colhidas na lua cheia e tratadas com preparações submetidas à agitação (sucussão), incluindo a água sucussionada e o Ethilicum 1cH, mostraram redução na concentração de mercúrio solúvel sem que houvesse precipitação de mercúrio insolúvel na água ou amostras biológicas, sugerindo ação facilitadora de nano e microbolhas na evaporação de mercúrio volátil. Os efeitos específicos do Mercurius corrosivus ainda necessitam de estudos futuros para esclarecimento de seus mecanismos, mas a deposição de oxigênio e carbono na superfície dos elementos orgânicos e o aumento de cloro nas partículas minerais em suspensão na água sugerem o envolvimento de processos relacionados à troca iônica.
Introduction: Brine shrimp (brine shrimp) is an aquatic microcrustacean used for ecotoxicity tests. Isotherapeutic homeopathic preparations, made from the causative agent of a certain disease, are commonly used as a clinical resource for attenuation of intoxication symptoms, however, little is known about their effects on aquatic animals. Given that marine pollution is one of the most important problems of this century, finding solutions to reduce its impact on living systems is a matter of high interest. In this work, Artemia salina and mercury chloride were used as an experimental model to study the possible protective effects of isotherapic preparations on poisoning of aquatic animals by the same salt. Objective: a) to evaluate possible attenuating effects of mercury chloride toxicity by isotherapics; (b) evaluate the presence of soluble and insoluble mercury in water; (c) evaluate possible interference of the moon phases on the effects of treatment on cyst eclosion, since Artemia salina is a marine animal and subject to such oscillations. Methods: Isotherapics (Mercurius corrosivus) were prepared in sterile pure water from homeopathic mercury chloride matrices, previously prepared in an ANVISA-accredited homeopathic pharmacy. Treatments were done in blind. 96-well culture plates were used to promote the eclosion of Artemia salina cysts in artificial seawater, in a controlled manner. Cysts exposed to 39 µg/mL mercury chloride (lethal concentration 10%) were treated for 48 hours with the following Mercurius corrosivus dilutions (potencies): 6 cH, 30 cH, 200 cH, for eclosion rate observation. The controls were: non-challenged cysts, challenged cysts treated with pure water, pure stirred water or Ethilicum 1cH (vehicle). Four series of nine experiments were performed, each series being performed in a distinct phase of the moon, to evaluate possible false-positive effects. Photomicrographs and 13 second videos were captured from each well after 24 and 48 hours, and the videos were analyzed by Image J software, Trackmate plug-in to quantify the mobility of born nauplii. The number of nauplii and non-hatched cysts was computed to calculate the eclosion rate. Physicochemical (CV / AAS) and microscopic (SEM / EDS) analyzes of water were also performed to quantify soluble and precipitated mercury, respectively. Data were analyzed by multiple-way ANOVA followed by Tukey, being p0.05. Results and conclusions: The moon phase influences the rate of cysts eclosion, which is earlier in the waning (third quarter) and full moons. Although the effects of treatments were more evident in the full moon, there was no statistical interaction between moon phases and treatments. Significant delay (p<0.05) in cyst eclosion was observed after treatment with Mercurius corrosivus 30 cH compared to intoxicated controls, independent of the moon phase, suggesting better cyst adaptation to hostile environment. Nauplii born in the full moon and treated with Mercurius corrosivus 200 cH or Ethilicum 1cH showed increase in their mobility. All water samples taken at full moon and treated with agitated (succussed) preparations, including succussed water and vehicle, showed reduction in soluble mercury concentration without any correspondence with insoluble mercury precipitation in the water, suggesting a facilitating action of nano and microbubbles on volatile mercury evaporation. The specific effects of Mercurius corrosivus still need further studies to clarify its mechanisms, but oxygen and carbon deposition on the surface of organic elements and increased chlorine in mineral particles suspended in water suggest the involvement of ion exchange processes.
Resumo
Ethanol extracts from six selected species from the Cerrado of the Central-Western region of Brazil, which are used in traditional medicine for the treatment of infectious diseases and other medical conditions, namely Erythroxylum suberosum St. Hil. (Erythroxylaceae), Hyptis crenata Pohl. ex Benth. (Lamiaceae), Roupala brasiliensis Klotz. (Proteaceae), Simarouba versicolor St. Hil. (Simaroubaceae), Guazuma ulmifolia Lam. (Sterculiaceae) and Protium heptaphyllum (Aubl.) March. (Burseraceae), as well as fractions resulting from partition of these crude extracts, were screened in vitro for their antifungal and antibacterial properties. The antimicrobial activities were assessed by the broth microdilution assay against six control fungal strains, Candida albicans, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis, C. tropicalis and Cryptococcus neoformans, and five control Gram-positive and negative bacterial strains, Escherichia coli, Enterococcus faecalis, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa and Staphylococcus aureus. Toxicity of the extracts and fractions against Artemia salina was also evaluated in this work. All plants investigated showed antimicrobial properties against at least one microorganism and two species were also significantly toxic to brine shrimp larvae. The results tend to support the traditional use of these plants for the treatment of respiratory and gastrointestinal disorders and/or skin diseases, opening the possibility of finding new antimicrobial agents from these natural sources.Among the species investigated, Hyptis crenata, Erythroxylum suberosum and Roupala brasiliensis were considered the most promising candidates for developing of future bioactivity-guided phytochemical investigations.(AU)