Resumo
Anesthesia reduces the handling process duration and prevent fish injuries. The anesthetic effect and ideal concentrations of eugenol and tricaine methanesulfonate (MS-222) were tested for pearl cichlid (Geophagus brasiliensis) juveniles with an average weight of 4.4 g in water at 24ºC. The criterion for determining the optimal dose considered an induction time of one minute. Experiment 1 tested the concentrations of 25, 75, 150 and 300 mg L-1 of eugenol. The best results were obtained at doses of 150 and 300 mg L-1. Experiment 2 aimed to establish a more accurate result by testing the concentrations of 180, 210, 240 and 270 mg L-1, and led to an estimation of 217 mg L-1 of eugenol to induce anesthesia in one minute. Experiment 3 evaluated 200, 300, 400, 500 and 600 mg L-1 of tricaine, of which the concentration of 294 mg L-1 was estimated to induce anesthesia in one minute. No significant differences were observed for recovery times when using either of the anesthetics. No mortality was observed within 24 hours after the experiments for any concentration of the anesthetics. The present study recommends 217 mg L-1 of eugenol or 394 mg L-1 of tricaine for anesthesia of the pearl cichlid.
Assuntos
Animais , Anestesia , Ciclídeos/fisiologia , Eugenol/química , Mesilatos/químicaResumo
Anesthesia reduces the handling process duration and prevent fish injuries. The anesthetic effect and ideal concentrations of eugenol and tricaine methanesulfonate (MS-222) were tested for pearl cichlid (Geophagus brasiliensis) juveniles with an average weight of 4.4 g in water at 24ºC. The criterion for determining the optimal dose considered an induction time of one minute. Experiment 1 tested the concentrations of 25, 75, 150 and 300 mg L-1 of eugenol. The best results were obtained at doses of 150 and 300 mg L-1. Experiment 2 aimed to establish a more accurate result by testing the concentrations of 180, 210, 240 and 270 mg L-1, and led to an estimation of 217 mg L-1 of eugenol to induce anesthesia in one minute. Experiment 3 evaluated 200, 300, 400, 500 and 600 mg L-1 of tricaine, of which the concentration of 294 mg L-1 was estimated to induce anesthesia in one minute. No significant differences were observed for recovery times when using either of the anesthetics. No mortality was observed within 24 hours after the experiments for any concentration of the anesthetics. The present study recommends 217 mg L-1 of eugenol or 394 mg L-1 of tricaine for anesthesia of the pearl cichlid.(AU)
Assuntos
Animais , Ciclídeos/fisiologia , Eugenol/química , Mesilatos/química , AnestesiaResumo
The eugenol is the active ingredient of clove oil and it has shown to be effective and safe as fish anesthetic. In this study were evaluated the effects of different concentrations of eugenol for anesthesia, recovery time, blood glucose and hematocrit percentage of pearl cichlid (Geophagus brasiliensis) juveniles. Concentrations of 50, 80, 100, 120, 150, 170 and 200 mg L-1 eugenol were evaluated in terms of time to achieve the different stages of anesthesia and recovery in a completely randomized design (CRD) with 12 repetitions. These results were tested using the Kruskal-Wallis test with subsequent Dunn test. The evaluated concentrations had anesthetic action of the deep induction 172.57 ± 25 s (50 mg L-1) and the period of full recovery of 516.25 ± 102 s (200 mg L-1), with statistical difference between the treatments at all the stages. The eugenol effect on blood glucose and on hematocrit percentage at 0 h after deep anesthesia was evaluated for concentrations of 0; 50; 80; 100; 150; 200 mg L-1, in a completely randomized design with five replications, and the results were assessed by One-Way ANOVA. Glucose and percentage of hematocrit: no statistically significant differences (P>0.05) were observed for these variables.All concentrations of eugenol showed to be effective as an anesthetic for G. brasiliensis and did not affect the survival, blood glucose and the percentage of hematocrit. To minimize adverse effects and achieve faster recovery is indicate the use of 50-80 mg L-1 of eugenol for pearl cichlid juveniles.(AU)
O eugenol, substância ativa do óleo de cravo, tem demonstrado ser eficiente e seguro como anestésico para peixes. Neste estudo foram avaliados os efeitos de diferentes concentrações de eugenol na anestesia, tempo de recuperação, glicemia e percentual de hematócrito de cará (Geophagus brasiliensis). Concentrações de 50, 80, 100, 120, 150, 170 e 200 mg L-1 de eugenol foram avaliadas em relação aos tempos para atingir os diferentes estágios de anestesia e de recuperação, em desenho inteiramente casualizado (DIC), com 12 repetições. Os resultados foram analisados pelos testes de Kruskal-Wallis e teste Dunn. As concentrações avaliadas produziram ação anestésica em período de indução profunda de 172,57 ± 25 s (50 mg L-1) e no período de total recuperação de 516,25 ± 102 s (200 mg L-1), com diferença estatística entre os tratamentos para todas as fases avaliadas. Foi avaliado o efeito do eugenol sobre a glicose no sangue e sobre o percentual de hematócrito, em 0 h após anestesia profunda, nas concentrações 0, 50, 80, 100, 150 e 200 mg L-1, em DIC com cinco repetições, e os resultados avaliados através de ANOVA uma via. Não foram observadas diferenças estatísticas significativas (P>0,05) para glicose e hematócrito. Todas asconcentrações de eugenol avaliadas apresentaram eficiência como anestésico para G. brasiliensis enão afetaram a sobrevivência, a glicose sanguínea e o percentual de hematócrito. Para minimizarefeitos adversos não avaliados e obter recuperação mais rápida, indica-se o uso de 50 a 80 mg L-1 deeugenol para juvenis de carás.(AU)
Assuntos
Animais , Eugenol/administração & dosagem , Eugenol/sangue , Anestésicos/administração & dosagem , Óleo de Cravo , Anestesia/veterináriaResumo
The eugenol is the active ingredient of clove oil and it has shown to be effective and safe as fish anesthetic. In this study were evaluated the effects of different concentrations of eugenol for anesthesia, recovery time, blood glucose and hematocrit percentage of pearl cichlid (Geophagus brasiliensis) juveniles. Concentrations of 50, 80, 100, 120, 150, 170 and 200 mg L-1 eugenol were evaluated in terms of time to achieve the different stages of anesthesia and recovery in a completely randomized design (CRD) with 12 repetitions. These results were tested using the Kruskal-Wallis test with subsequent Dunn test. The evaluated concentrations had anesthetic action of the deep induction 172.57 ± 25 s (50 mg L-1) and the period of full recovery of 516.25 ± 102 s (200 mg L-1), with statistical difference between the treatments at all the stages. The eugenol effect on blood glucose and on hematocrit percentage at 0 h after deep anesthesia was evaluated for concentrations of 0; 50; 80; 100; 150; 200 mg L-1, in a completely randomized design with five replications, and the results were assessed by One-Way ANOVA. Glucose and percentage of hematocrit: no statistically significant differences (P>0.05) were observed for these variables.All concentrations of eugenol showed to be effective as an anesthetic for G. brasiliensis and did not affect the survival, blood glucose and the percentage of hematocrit. To minimize adverse effects and achieve faster recovery is indicate the use of 50-80 mg L-1 of eugenol for pearl cichlid juveniles.
O eugenol, substância ativa do óleo de cravo, tem demonstrado ser eficiente e seguro como anestésico para peixes. Neste estudo foram avaliados os efeitos de diferentes concentrações de eugenol na anestesia, tempo de recuperação, glicemia e percentual de hematócrito de cará (Geophagus brasiliensis). Concentrações de 50, 80, 100, 120, 150, 170 e 200 mg L-1 de eugenol foram avaliadas em relação aos tempos para atingir os diferentes estágios de anestesia e de recuperação, em desenho inteiramente casualizado (DIC), com 12 repetições. Os resultados foram analisados pelos testes de Kruskal-Wallis e teste Dunn. As concentrações avaliadas produziram ação anestésica em período de indução profunda de 172,57 ± 25 s (50 mg L-1) e no período de total recuperação de 516,25 ± 102 s (200 mg L-1), com diferença estatística entre os tratamentos para todas as fases avaliadas. Foi avaliado o efeito do eugenol sobre a glicose no sangue e sobre o percentual de hematócrito, em 0 h após anestesia profunda, nas concentrações 0, 50, 80, 100, 150 e 200 mg L-1, em DIC com cinco repetições, e os resultados avaliados através de ANOVA uma via. Não foram observadas diferenças estatísticas significativas (P>0,05) para glicose e hematócrito. Todas asconcentrações de eugenol avaliadas apresentaram eficiência como anestésico para G. brasiliensis enão afetaram a sobrevivência, a glicose sanguínea e o percentual de hematócrito. Para minimizarefeitos adversos não avaliados e obter recuperação mais rápida, indica-se o uso de 50 a 80 mg L-1 deeugenol para juvenis de carás.
Assuntos
Animais , Anestésicos/administração & dosagem , Eugenol/administração & dosagem , Eugenol/sangue , Óleo de Cravo , Anestesia/veterináriaResumo
Óleos essenciais com efeitos sedativos vêm sendo usados como potenciais substitutos de anestésicos sintéticos. Nessa linha, o óleo extraído de partes da planta do cravo da Índia (Eugenia caryophyllata)vem ganhando notoriedade como anestésico. Esse óleo vem sendo considerado eficaz, pois induz anestesia rapidamente, e também seguro, pois a recuperação dos reflexos é breve e ocorre baixa mortalidade. Entretanto, não se sabe se há modificações na reatividade a estímulos relevantes e nem se afeta os componentes motivacionais do comportamento. Como os efeitos dos anestésicos se dão no sistema nervoso, é plausível supor tais possibilidades. Neste estudo, utilizando a tilápia-do-Nilo (linhagem Supreme, revertidas sexualmente), um peixe altamente relevante para aquicultura mundial, testamos essa hipótese mencionada anteriormente. Operacionalmente, mensuramos elementos dos comportamentos alimentar e agressivo como meio para inferirmos efeitos na reatividade a estímulos e na motivação. Para isso, utilizando a técnica da exposição em banho, submetemos os peixes a 3 condições diferentes (n = 12 cada): 1) controle negativo (sem anestésico) e duas soluções alcoólica de óleo de cravo diluído em água2) 50mg/L e 3) 100 mg/L. As tilápias foram selecionadas aleatoriamente, removidas do tanque de estoque e inseridas isoladas em banho de solução anestésica em baldes plásticos atóxicos até atingirem o estágio II de anestesia (perda de equilíbrio e reflexo, pouco ou nenhum movimento muscular, mas manutenção das batidas operculares). Quantificamos o tempo para atingir esse estágio e, assim que atingido, os peixes foram removidos do banho e introduzidos em aquários (1 peixe por aquário) para futuras observações do comportamento. Os peixes controle (0 mg/L) foram expostos aos mesmos procedimentos e permaneceram nos baldes até o maior intervalo de tempo para um dos peixes da bateria atingir o estágio II de anestesia. As tilápias foram mantidas nos aquários por 4 dias consecutivos e, enquanto o comportamento alimentar foi avaliado diariamente, o agressivo foi avaliado no segundo e no quarto dia.Nossas evidências indicam que o óleo de cravo não afetou os componentes consumatórios e apetitivos dos comportamentos avaliados. Assim, nossos resultados reforçam o uso seguro de óleo de cravo-da-índia em práticas de aquicultura que requerem anestesia em tilápias.
Essential oils with sedative effects have been used as pontential substitutes for synthetic anesthetics in aquaculture. In this context, the iol extracted from parts of the clove plant (Eugenia caryophyllata) has een gaining notoriety as anesthetic. This iol has been considered effective, because it induces anesthesia quickly, reflex recovery is brief and has low mortality rate. However, it is unknown whether there are changes in stimuli reactivity and behavioral motivational in fish after anesthesia recovery. As the effects of anesthetics are on the central nervous system, it is plausible to assume such possibilities. In this study, using Nile tilapia (Supreme lineage, sexually reversed), a highly relevant fish for world aquaculture, we tested this hypothesis. Operationally, we measured elements of feeding and aggressive behaviors to infer effects on reactivity to stimuli and motivation. For this, using the bath exposure technique, we submitted the fish to 3 different conditions (n = 12 each): 1) negative control (without anesthetic) and two alcoholic solutions of clove oil diluted in water 2) 50 mg / L and 3) 100 mg / L. Tilapia were randomly selected, captured from the stock tank and placed isolated in bath of anesyhetic solution until they reach stage II of anesthesia (loss of balance and reflex, few or no muscle moviment, but maintenance of opercular beats). We quantified the time to reach this stage and, once reached, the fish were removed from the bath and introduced into test aquária for behavior observation. Control fish were exposed to the same procedures and remained into the solution ultil the longest period for one of the fish in the batch to reach stage II of anesthesia. Tilapia were kept in the aquaria for 4 consecutive days. We evaluated feeding behavior daily and agrressive behavior on the second and fourth days. Our evidences show that clove oil did not affect reactivity to stimuli and motivation regarding thase evaluated behaviors. Thus, our results reinforce the safe use of clove oil in aquaculture practices that require anesthesia in fish.
Resumo
No sistema de terminação de bovinos em semi confinamento são necessárias estratégias nutricionais para que ocorra a redução do ciclo produtivo. A suplementação com aditivos pode ser uma dessas medidas para auxiliar no aproveitamento dos alimentos e produzir carne de qualidade. De modo geral, estas substâncias são ionóforos ou antibióticos. Todavia, essas substâncias estão proibidas na União Europeia e em vias de proibição nos Estados Unidos. Desta forma, é necessário o desenvolvimento de substâncias alternativas e seguras na alimentação animal. Assim sendo, os aditivos naturais tornaram-se objetivos de várias pesquisas no mundo. Entre esses aditivos, os óleos essenciais e os óleos vegetais têm merecido destaque. Entretanto, para sua adição na alimentação animal é necessário caracterizar os vários produtos de plantas, bem como conhecer o modo de ação destas substâncias, que possuem comprovado efeito flavorizante, estimulante da secreção enzimática, ação antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatória, antiparasitária, antiviral, entre outras. Ainda mais, esses compostos têm uma ampla variedade de efeitos sobre a qualidade da carne, podendo retardar o processo de oxidação aumentando o tempo de vida útil, além de serem incorporados nos músculos e poder contribuir na saúde do consumidor, incluindo efeitos positivos sobre as doenças cardiovasculares, alguns tumores, processos inflamatórios, e em geral, doenças nas quais ocorre uma proliferação descontrolada de radicais livres. Este trabalho foi realizado para avaliar o desempenho animal, as características de carcaça e a qualidade da carne de 40 novilhos mestiços (½ Bons Mara x ½ Nelore) com cerca de 20 meses de idade, peso corporal inicial médio de 416,9 ± 5,56, sem adição (controle) ou com níveis (1.500, 3.000, 4.500 ou 6000 mg/dia/animal) de uma mistura de aditivos naturais (AN), contendo óleo essencial de cravo, óleo de mamona, óleo de caju e uma mistura de princípios ativos microencapsulados de eugenol, timol e vanilina durante 80 dias sobre o desempenho animal e qualidade da carne. Os resultados sugerem que, embora o uso da mistura de óleos não tenha modificado o ganho de peso dos animais, o suplemento teve efeito curvo linear na ingestão de forragem, e consequentemente na matéria seca, proteína bruta, fibra em detergente neutro e carboidratos não fibrosos. A maior ingestão de matéria seca foi observado no tratamento com 1.500 mg e a menor ingestão no tratamento com 6.000 mg. A digestibilidade da proteína foi menor e dos carboidratos não fibrosos foi maior nos tratamentos com AN em todas as dosagens. Um aumento nas concentrações de nitrogênio amoniacal ruminal, e nos ácidos graxos voláteis propiônico e isovalérico foram observados nos tratamentos com AN em todas as dosagens. Não foram observadas diferenças nos parâmetros macroscópicos do líquido ruminal (movimentos ruminais, cor, odor, consistência, sedimentação e flutuação, potencial redox e contagem e viabilidade de protozoários). As características de carcaça não foram alteradas pelos tratamentos, mas houve alteração na composição corporal, aumentando a deposição muscular nos animais suplementados com AN. Os tratamentos não tiveram efeito nas perdas por gotejamento da carcaça. As perdas de descongelamento/armazenamento, cozimento, textura, cor, atividade antioxidante e oxidação lipídica foram avaliadas ao longo do tempo de armazenamento em embalagem a vácuo nos dias 1, 7 e 14 e foram observadas diferenças. Houve um efeito quadrático nas perdas por descongelamento/armazenamento no primeiro dia de armazenamento da carne, sendo que o tratamento controle perdeu menos líquido que os demais. No entanto, nas perdas por cocção esse mesmo tratamento no sétimo dia de armazenamento perdeu mais líquidos. A força de cisalhamento foi similar entre os tratamentos no dia 1 e no dia 7 de armazenamento. No dia 14, foi observado um efeito linear; a carne do tratamento controle estava mais macia. Um efeito linear na luminosidade da carne foi observado. A carne de animais do tratamento controle estava mais clara e potencialmente mais atraente para o consumidor no dia 1 de armazenamento. Após 7 e 14 dias de armazenamento, as carnes foram semelhantes entre os tratamentos. Os parâmetros de intensidade de vermelho e amarelo não foram alterados. No entanto, ao avaliar o potencial antioxidante da carne, observou-se que no dia 1 de armazenamento houve um maior número de compostos fenólicos e uma maior atividade antioxidante (DPPH e FRAP) nos tratamentos com AN. Apesar dos valores mais altos de oxidação lipídica serem notados no primeiro dia de armazenamento nos tratamentos que receberam AN na dieta, foi observado também que tratamentos com maiores dosagens de aditivos retardaram a oxidação lipídica ao longo do tempo de armazenamento. O tempo de armazenamento afetou as perdas por descongelamento/armazenamento, perdas por cocção, textura, cor e oxidação lipídica. No entanto esses resultados são devido ao processo de proteólise. Em conjunto, estes resultados sugerem que a mistura de aditivos naturais tem potencial no uso na alimentação animal e pode melhorar a estabilidade da carne, no entanto, ainda devem ser estudados com relação a dose a ser empregada em animais a pasto.
In the grazing system for cattle, nutritional strategies are necessary to shorten the production cycle; supplementation with additives can be used to maximize nutrient use and meat quality. In general, these substances are ionophores or antibiotics. However, these substances are banned in the European Union and limited use in the United States. In this way, the development of safe alternative substances in animal feed is necessary. Thus, natural additives are the subject of much research around the world. Among these additives, essential oils and vegetable oils has greater prominence. However, for their addition in animal feed it is necessary to characterize the various plant products as well as to know the mode of action of these substances. These substances have proven flavoring effect, stimulating enzymatic secretion, antimicrobial action, antioxidant, anti-inflammatory, antiparasitic, antiviral, among other actions. Furthermore, these compounds have a many of effects on the quality of the meat, which can slow down the oxidation process and increase the shelf life, as well as being incorporated into the muscles and contributing to consumer health, including positive effects on cardiovascular diseases, some tumors, inflammatory processes, and in general, diseases in which there is an uncontrolled proliferation of free radicals. The objective of the study was to evaluate the animal performance, carcass characteristics and meat quality. Forty 20-month old crossbred steers (Bons Mara x Nellore) of initial body weight 416.9 ± 5,56 kg, without addition (control) or levels (1500, 3000, 43500 or 6000 mg / day / animal) of a mixture of natural additives (NA) containing clove essential oil, castor oil, cashew oil and a blend of microencapsulated active ingredients of eugenol, vanillin and thymol for 79 days. The results suggest that, although the use of the oil mixture did not modify the animals' weight gain, the supplement had a quadratic effect on forage intake, and consequently on dry matter, crude protein, neutral detergent fiber and non-fibrous carbohydrates. The greatest intake of dry matter was observed in treatment with 1500 mg and the smallest consumption in treatment with 6000 mg. Protein digestibility was smaller and non-fibrous carbohydrates were greater in AN treatments at any dosage. An increase in ruminal ammoniacal nitrogen concentrations and in propionic and isovaleric volatile fatty acids were observed in AN treatments at any dosage. No marked differences were observed in the macroscopic parameters of ruminal fluid (ruminal movements, color, odor, consistency, sedimentation and flotation, redox potential and counting and viability of protozoa). The carcass characteristics were not altered by the treatments, but there was a change in the body composition, increasing the muscular deposition in the animals supplemented with AN. The treatments had no effect on drip losses. The thawing/ ageing losses, cooking losses, texture, color, antioxidant and lipid oxidation were evaluated over the storage time in a vacuum package for 1, 7 and 14 days and differences were observed. There was a quadratic effect observed in the thawing/ageing losses on the first day of storage of the meat, and the control treatment lost less liquid than the others. However, in cooking losses that same treatment on the seventh day of storage lost more liquids. The shear force was similar between treatments on day 1 and day 7 of storage. At day 14, a linear effect was observed, and the meat from the control treatment was tender. A linear effect on meat lightness was observed. The meat from control treatment animals was clearer and potentially more attractive to the consumer on day 1 storage. After 7 and 14 days of storage, the meats were similar between the treatments. The redness and yellowness parameters were not changed. However, when evaluating the antioxidant potential of the meat, it was observed that on day 1 of storage there was a greater number of phenolic compounds and a greater antioxidant activity (DPPH and FRAP) in AN treatments. Although greater values of lipid oxidation were observed on the first day of storage in treatments receiving AN in the diet, it was also observed that treatments with greater dosages of additives delayed lipid oxidation throughout the storage time. The storage time affected the losses by thawing/ageing losses, cooking losses, texture, color and lipid oxidation, however these results are expected due to the proteolysis process. Taken together, these results suggest that the mixture of natural additives has potential use in animal feed and may improve meat stability; however, they should still be studied with respect to dose-response.
Resumo
O eugenol é o princípio ativo do óleo de cravo, extraído do caule, das flores e das folhas da espécie Syzygium aromaticum. O princípio vem sendo empregado na anestesia de diferentes espécies de peixes quando é necessário o manejo desses animais. A escolha de um anestésico é baseada na eficácia, no custo, na disponibilidade no mercado, na segurança durante o uso e nos possíveis efeitos colaterais aos animais aos seres humanos e ao meio ambiente. O objetivo principal do presente estudo é abordar de forma mais aprofundada a utilização do eugenol na anestesia de peixes, na forma de revisão bibliográfica, por ser um produto que proporciona segurança aos animais e aos manipuladores durante as práticas de manejo. Objetiva-se também possibilitar a ampliação do seu uso em peixes submetidos a procedimentos invasivos, já que apresenta baixo custo e parece não causar efeitos ao meio ambiente e aos consumidores de pescado.
Eugenol is the activate ingredient of the clove oil, which is extracted from the stem, flowers and leaves of the species Syzygium aromaticum. It is used as a natural anaesthetic in several fish species because of its low cost, easy application, and pharmacological safety. Its safeness for fish management is recognized regarding the animal, those who handle it, consumers and environment. By approaching the characteristics and benefits of eugenol in fish anesthesia, this review aims to promote its use, including in those situations where fish undergo invasive procedures.
Assuntos
Animais , Eugenol/administração & dosagem , Peixes/fisiologia , Óleo de Cravo/administração & dosagemResumo
O eugenol é o princípio ativo do óleo de cravo, extraído do caule, das flores e das folhas da espécie Syzygium aromaticum. O princípio vem sendo empregado na anestesia de diferentes espécies de peixes quando é necessário o manejo desses animais. A escolha de um anestésico é baseada na eficácia, no custo, na disponibilidade no mercado, na segurança durante o uso e nos possíveis efeitos colaterais aos animais aos seres humanos e ao meio ambiente. O objetivo principal do presente estudo é abordar de forma mais aprofundada a utilização do eugenol na anestesia de peixes, na forma de revisão bibliográfica, por ser um produto que proporciona segurança aos animais e aos manipuladores durante as práticas de manejo. Objetiva-se também possibilitar a ampliação do seu uso em peixes submetidos a procedimentos invasivos, já que apresenta baixo custo e parece não causar efeitos ao meio ambiente e aos consumidores de pescado.(AU)
Eugenol is the activate ingredient of the clove oil, which is extracted from the stem, flowers and leaves of the species Syzygium aromaticum. It is used as a natural anaesthetic in several fish species because of its low cost, easy application, and pharmacological safety. Its safeness for fish management is recognized regarding the animal, those who handle it, consumers and environment. By approaching the characteristics and benefits of eugenol in fish anesthesia, this review aims to promote its use, including in those situations where fish undergo invasive procedures.(AU)
Assuntos
Animais , Peixes/fisiologia , Eugenol/administração & dosagem , /administração & dosagem , Óleo de Cravo/administração & dosagemResumo
O manejo dos peixes de cultivo é um processo estressante que pode comprometer o desempenho zootécnico e até causar injúrias aos animais, deixando-os susceptíveis a diversas doenças. Dessa forma, o uso de anestésicos na aquicultura surge com intuito de reduzir os efeitos negativos do manejo durante o processo produtivo. Dentre os fármacos utilizados, o eugenol é um anestésico natural, que não causa danos ao animal nem ao manipulador e tem sido utilizado largamente na produção de peixes em cativeiro. No entanto, para recomendar sua utilização, é necessário estabelecer a dose ideal para cada espécie e levar em consideração o estágio de vida do animal. Nesse contexto, com o presente trabalho objetivou-se avaliar a eficiência do eugenol como agente anestésico para o acará bandeira Pterophyllum scalare em diferentes ciclos de produção. Três experimentos foram conduzidos no Laboratório de Peixes Ornamentais da Faculdade de Engenharia de Pesca do Instituto de Estudos Costeiros da Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança. Foram utilizados 180 indivíduos de acará bandeira, em três fases de vida: 60 alevinos com 0,048 ± 0,010 g e 1,16 ± 0,29 cm, 60 juvenis com 1,23± 0,31 g e 3,37 ± 0,38 cm e 60 adultos com 13,53 ± 3,92 g e 6,85 ± 0,78 cm. Os alevinos e juvenis foram selecionados e transferidos aleatoriamente para seis aquários de 60 L na densidade de 10 exemplares por aquário. Da mesma forma, os adultos foram selecionados e transferidos aleatoriamente para seis aquários de 200 L. Após o período de adaptação de 15 dias, os experimentos foram realizados de forma independente, em delineamento inteiramente casualizado com seis concentrações de eugenol (50, 75, 100, 125, 150 e 175 mg L-1) e dez repetições, sendo cada exemplar considerado uma repetição. A sobrevivência 96 horas após a indução e recuperação dos peixes foi de 100% em todas as concentrações avaliadas. Os alevinos expostos à concentração de 50 mg L-1 de eugenol levaram maior tempo para atingir o estágio de anestesia leve. Da mesma forma, o tempo de permanência no estágio de anestesia profunda foi superior quando estes indivíduos foram submetidos à concentração de 50 mg L-1 de eugenol. As concentrações de 50, 75, 100 e 125 mg L-1 de eugenol levaram a um menor tempo de recuperação dos alevinos submetidos aos estágios anestesia profunda. Em juvenis, as concentrações de 50 e 75 mg L-1 de eugenol proporcionaram maior tempo de indução ao estágio de anestesia leve. Por outro lado, o tempo de indução à anestesia profunda nestes peixes submetidos à concentração de 50 mg L-1 de eugenol foi superior as demais concentrações. Os tempos de recuperação dos juvenis submetidos às concentrações de 125, 150 e 175 mg L-1 de eugenol foram superiores aos das concentrações de 50, 75 e 100 mg L-1. As maiores ix concentrações, 150 e 175 mg L-1 levaram a um menor tempo de indução ao estágio de anestesia leve nos adultos. Por outro lado, o menor tempo para os exemplares atingirem o estágio de anestesia profunda ocorreu quando estes foram submetidos à concentração de 175 mg L-1 de eugenol. As diferentes concentrações de eugenol utilizadas para submeter os adultos ao estágio de anestesia profunda não influenciaram significativamente no tempo de recuperação destes indivíduos. Portanto, os experimentos demonstraram que o eugenol pode ser considerado um anestésico eficiente para o acará bandeira. Assim, baseado na dose minimamente eficaz, recomenda-se a concentração de 50 mg L-1 de eugenol nas fases de vida analisadas para fins de manejo, uma vez que o uso de maiores dosagens acarretaria em desperdício do fármaco e um maior custo.
Fish management is a stressful process that can cause injury to animals and make them susceptible to various diseases. Thus, the use of anesthetics in aquaculture arises with the aim of reducing the negative effects of management during the production process. Among the drugs used, eugenol is a natural anesthetic, which does not harm the animal or the manipulator and has been widely used in the production of fish in captivity. However, in order to recommend its use, it is necessary to establish the ideal dose for each species and to take into account the stage of life of the animal. In this context, the objective of this study was to evaluate the eugenol's efficiency as an anesthetic agent for the Pterophyllum scalare flag in different stages of life. Three experiments were conducted at the Ornamental Fish Laboratory of the Faculty of Fisheries Engineering of the Coastal Studies Institute of the Federal University of Pará, Campus of Bragança. A total of 180 individuals were used in three stages of life: fingerlings (n = 60) with 0.048 ± 0.010 g and 1.16 ± 0.29 cm, juveniles (n = 60) with 1.23 ± 0.31 g and 3.37 ± 0.38 cm and adults (n = 60) with 13.53 ± 3.92 g and 6.85 ± 0.78 cm. Fingerlings and juvenile were selected and randomly transferred to six 60 L aquariums at a density of 10 specimens per aquarium. Likewise, adults were randomly selected and transferred to six 200 L aquariums. After the 15-day adaptation period, the experiments were performed independently, in a completely randomized design with six concentrations of eugenol (50, 75, 100, 125, 150 and 175 mg L-1) and ten replicates, each specimen considering a repetition. Survival 96 hours after fish induction and recovery was 100% at all concentrations evaluated. Fingerlings exposed to the concentration of 50 mg L-1 of eugenol took longer to reach the stage of light anesthesia. Likewise, the residence time in the deep anesthesia stage was higher when these subjects were submitted to the concentration of 50 mg L-1 of eugenol. Concentrations of 50, 75, 100 and 125 mg L-1 of eugenol led to a shorter recovery time of the fingerlings submitted to the deep anesthesia stages. In juveniles the concentrations of 50, 75 mg L-1 eugenol provided a longer induction time to the stage of light anesthesia. On the other hand, the induction time to deep anesthesia in these fish submitted to the concentration of 50 mg L-1 of eugenol was superior to the other concentrations. The recovery times of juveniles submitted to eugenol concentrations of 125, 150 and 175 mg L-1 were higher than the concentrations of 50, 75 and 100 mg L-1. The highest concentrations, 150 and 175 mg L-1 led to a shorter induction time at the stage of light anesthesia in adults. On the other hand, the lowest time for specimens to reach the stage of deep anesthesia occurred when they were submitted to the concentration of 175 mg L-1 of eugenol. The different concentrations of eugenol used to submit adults to the stage of deep anesthesia did not significantly influence the recovery time of these individuals. Therefore, the xi experiments demonstrated that eugenol can be considered an effective anesthetic for P. scalare. Thus, based on the minimally effective dose, the concentration of 50 mg L-1 of eugenol in the classes analyzed for management purposes is recommended, as the use of higher dosages would lead to drug wastage and a higher cost.
Resumo
The aim of this study was to identify the time of anesthetic induction and recovery of silver catfish (Rhamdia quelen) exposed to eugenol. It was also determined the efficacy of the anesthetic as a stress reducing agent and performed a sensory analysis of the fillets from fish exposed to this substance. The silver catfish were exposed to air for 1min to carry out biometry, and blood was collected at 0, 1 and 4 hours later. Eugenol can be used in the range of 20-50mg L-1 for anesthetic induction in silver catfish, and recovery time from anesthesia was not affected by eugenol concentration. The control group showed significantly higher cortisol levels 4 hours after biometry than at time zero. Fish anesthetized with eugenol (50mg L-1) presented significantly lower plasma cortisol levels than control fish at the same time. These data indicate that eugenol inhibits the rise of cortisol in the blood. The sensory analysis test demonstrated that eugenol modifies the flavor of the fillet and therefore is contra-indicated for anesthetization of silver catfish that are intended for human consumption.
O objetivo deste estudo foi identificar o tempo de indução e recuperação anestésica de jundiás (Rhamdia quelen) expostos ao eugenol, bem como a eficácia desse anestésico na inibição do estresse e realizar análise sensorial dos filés dos peixes expostos a essa substância. Os jundiás foram expostos ao ar por um minuto para realização da biometria, e o sangue foi coletado zero, uma e quatro horas depois. O eugenol pode ser usado na faixa de 20-50mg L-1 para a indução da anestesia em jundiás, e o tempo de recuperação da anestesia não foi afetado pela concentração do eugenol. O grupo de controle mostrou níveis significativamente mais elevados do cortisol quatro horas após a biometria que no tempo zero. Os peixes anestesiados com eugenol (50mg L-1) apresentaram níveis significativamente mais baixos do cortisol plasmático do que peixes do grupo de controle do mesmo tempo. Esses dados indicam que o eugenol inibe o aumento do cortisol no sangue. O teste sensorial demonstrou que o eugenol modifica o sabor dos filés e consequentemente é contra-indicado para a anestesia do jundiá quando o filé for destinado ao consumo humano.
Resumo
The aim of this study was to identify the time of anesthetic induction and recovery of silver catfish (Rhamdia quelen) exposed to eugenol. It was also determined the efficacy of the anesthetic as a stress reducing agent and performed a sensory analysis of the fillets from fish exposed to this substance. The silver catfish were exposed to air for 1min to carry out biometry, and blood was collected at 0, 1 and 4 hours later. Eugenol can be used in the range of 20-50mg L-1 for anesthetic induction in silver catfish, and recovery time from anesthesia was not affected by eugenol concentration. The control group showed significantly higher cortisol levels 4 hours after biometry than at time zero. Fish anesthetized with eugenol (50mg L-1) presented significantly lower plasma cortisol levels than control fish at the same time. These data indicate that eugenol inhibits the rise of cortisol in the blood. The sensory analysis test demonstrated that eugenol modifies the flavor of the fillet and therefore is contra-indicated for anesthetization of silver catfish that are intended for human consumption.
O objetivo deste estudo foi identificar o tempo de indução e recuperação anestésica de jundiás (Rhamdia quelen) expostos ao eugenol, bem como a eficácia desse anestésico na inibição do estresse e realizar análise sensorial dos filés dos peixes expostos a essa substância. Os jundiás foram expostos ao ar por um minuto para realização da biometria, e o sangue foi coletado zero, uma e quatro horas depois. O eugenol pode ser usado na faixa de 20-50mg L-1 para a indução da anestesia em jundiás, e o tempo de recuperação da anestesia não foi afetado pela concentração do eugenol. O grupo de controle mostrou níveis significativamente mais elevados do cortisol quatro horas após a biometria que no tempo zero. Os peixes anestesiados com eugenol (50mg L-1) apresentaram níveis significativamente mais baixos do cortisol plasmático do que peixes do grupo de controle do mesmo tempo. Esses dados indicam que o eugenol inibe o aumento do cortisol no sangue. O teste sensorial demonstrou que o eugenol modifica o sabor dos filés e consequentemente é contra-indicado para a anestesia do jundiá quando o filé for destinado ao consumo humano.
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The aim of this study was to identify the time of anesthetic induction and recovery of silver catfish (Rhamdia quelen) exposed to eugenol. It was also determined the efficacy of the anesthetic as a stress reducing agent and performed a sensory analysis of the fillets from fish exposed to this substance. The silver catfish were exposed to air for 1min to carry out biometry, and blood was collected at 0, 1 and 4 hours later. Eugenol can be used in the range of 20-50mg L-1 for anesthetic induction in silver catfish, and recovery time from anesthesia was not affected by eugenol concentration. The control group showed significantly higher cortisol levels 4 hours after biometry than at time zero. Fish anesthetized with eugenol (50mg L-1) presented significantly lower plasma cortisol levels than control fish at the same time. These data indicate that eugenol inhibits the rise of cortisol in the blood. The sensory analysis test demonstrated that eugenol modifies the flavor of the fillet and therefore is contra-indicated for anesthetization of silver catfish that are intended for human consumption.
O objetivo deste estudo foi identificar o tempo de indução e recuperação anestésica de jundiás (Rhamdia quelen) expostos ao eugenol, bem como a eficácia desse anestésico na inibição do estresse e realizar análise sensorial dos filés dos peixes expostos a essa substância. Os jundiás foram expostos ao ar por um minuto para realização da biometria, e o sangue foi coletado zero, uma e quatro horas depois. O eugenol pode ser usado na faixa de 20-50mg L-1 para a indução da anestesia em jundiás, e o tempo de recuperação da anestesia não foi afetado pela concentração do eugenol. O grupo de controle mostrou níveis significativamente mais elevados do cortisol quatro horas após a biometria que no tempo zero. Os peixes anestesiados com eugenol (50mg L-1) apresentaram níveis significativamente mais baixos do cortisol plasmático do que peixes do grupo de controle do mesmo tempo. Esses dados indicam que o eugenol inibe o aumento do cortisol no sangue. O teste sensorial demonstrou que o eugenol modifica o sabor dos filés e consequentemente é contra-indicado para a anestesia do jundiá quando o filé for destinado ao consumo humano.
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O presente trabalho avaliou os efeitos anestésicos e analgésicos dos óleos essenciais (OE) de cravo Eugenia caryophyllata, melaleuca Melaleuca alternifolia e manjericão Ocimum basilicum durante o manejo de peixes-palhaços Amphiprion clarkii. Animais com 1,03 ± 0,50 g (média ± desvio padrão) de peso e 3,70 ± 0,75 cm de comprimento total foram submetidos às concentrações de 40, 50, 60, 70 e 80 µl L-1 de OE de cravo, 150, 200, 250, 300 e 350 µl L-1 de manjericão e 200, 300, 400, 500 e 600 µl L-1 de melaleuca (n=10/concentração), previamente definidas em testes pilotos. Também foram realizados tratamentos controle (apenas água marinha) e branco (apenas etanol na maior concentração utilizada para diluir os OE adicionado à água marinha). Após atingirem o estágio anestésico VI (ausência de movimentos natatórios e mínimo movimento opercular), os peixes foram submetidos a procedimento de biometria e teste de sensibilidade (punção nos lábios). Em seguida foram transferidos para recuperação em água sem anestésico contendo aeração. Os tempos de indução necessários para atingir cada estágio anestésico, para procedera biometria e recuperação anestésica foram registrados. Os animais foram observados por 72 horas após os procedimentos quanto à ingestão de alimento e mortalidade. Todos os OE provocaram efeitos anestésicos e analgésicos em A. clarkii. Apenas em tratamentos com OE de manjericão foram observados mortalidade e efeitos colaterais indesejáveis (contrações musculares involuntárias) em 12% e 100%, respectivamente. As menores concentrações que promoveram tempos adequados de indução e recuperação, maior efeito analgésico sem causar mortalidade foram 50, 250 e 500 µl L-1 de OE de cravo, manjericão e melaleuca, respectivamente
This study evaluated the anesthetic and analgesic effects of essential oils (EO) of clove Eugenia caryophyllata, tea tree Melaleuca alternifolia and basil Ocimum basilicum during the handling of juveniles (1.0 g; 3.70 cm) of the clownfish Amphiprion clarkii. Animals were subjected to concentrations of 40, 50, 60, 70, and 80 µl L-1 of the EO of clove, 150, 200, 250, 300 and 350 µl L-1 of basil and 200, 300, 400, 500 and 600 µl L-1 of tea tree (n = 10 / concentration), previously set in pilot tests. Control (only seawater) and Complementary (only ethanol in the highest concentration used to dilute the EO added to seawater) treatments were also carried out. After reaching the anesthetic stage VI (no swimming and minimal opercular movement), fish were subjected to biometrics procedures and to a sensibility test (puncture on the lip). They were then transferred to recovery water without anesthetic containing aeration. The induction times required to achieve each anesthetic stage, to proceed biometry and to recover were recorded. The animals were observed for 72 hours after these procedures to monitor feeding and mortality. All EO caused anesthetics and analgesic effects in A. clarkii. Only in treatment with basil, mortalities and undesirable side effects were observed (involuntary muscle contractions) by 12% and 100%, respectively. The lowest concentrations that promoted appropriate induction and recovery times, greater analgesic effect without causing mortalities were 50, 250 and 500 µl L-1 of clove, basil and tea tree EO, respectively
Resumo
Fish transport is one of the most stressful procedures in aquaculture facilities. The present work evaluated the stress response of matrinxã to transportation procedures, and the use of clove oil as an alternative to reduce the stress response to transport in matrinxã (Brycon cephalus). Clove oil solutions were tested in concentrations of 0, 1, 5 and 10 mg/L during matrinxã transportation in plastic bags, supplied with water and oxygen as the usual field procedures in Brazil. Clove oil reduced some of the physiological stress responses (plasma cortisol, glucose and ions) that we measured. The high energetic cost to matrinxã cope with the transport stress was clear by the decrease of liver glycogen after transport. Our results suggest that clove oil (5 mg/l) can mitigate the stress response in matrinxã subjected to transport.
O transporte de peixes vivos é certamente um dos principais estímulos adversos à homeostase dos peixes nas condições de criação em cativeiro. O presente trabalho mensurou o estresse do matrinxã (Brycon cephalus), quando submetido ao transporte em sacos plásticos, bem como avaliou os efeitos do uso do anestésico óleo de cravo nessa etapa do manejo. Foram testadas as concentrações de 0, 1, 5 e 10 mg/L de óleo de cravo em bolsas plásticas preenchidas com água e oxigênio, de acordo com as práticas comumente utilizadas no Brasil. O óleo de cravo reduziu algumas das principais respostas ao estresse (cortisol, glicose plasmática e íons) mensuradas. O alto gasto de energia para o matrinxã tolerar o transporte foi evidenciado pela diminuição dos valores de glicogênio hepático. Os resultados sugerem que o óleo de cravo em concentração de 5 mg/L pode atenuar as principais respostas de estresse do matrinxã durante o transporte.
Resumo
Many chemicals have been used as anaesthetics in fish farms and fish biology laboratories to keep the fish immobilized during handling procedures and to prevent accidents and animal stress. In Brazil, tricaine methane sulfonate (MS 222), quinaldine sulfate, benzocaine, and phenoxyethanol are the most common fish anaesthetics used to prevent fish stress during handling, but many side effects such as body and gill irritations, corneal damage and general risks of intoxication have been reported. Clove oil is a natural product proposed as an alternative fish anaesthetic by many researchers and it has been used in many countries with great economic advantages and no apparent toxic properties. In this work, we assessed the suitability of clove oil to anaesthetize matrinxã. Sixty-three juveniles of matrinxã were exposed to seven anaesthetic batches of clove oil (pharmaceutical grade) namely 18, 20, 30, 40, 50, 60, and 70 mg/L. The times to reach total loss of equilibrium and to recover the upright position were measured. Clove oil concentration about 40 mg/L was enough to anaesthetize the fish in approximately one minute and the recovery time was independent in regard to anaesthetic concentration.
Diversos produtos químicos têm sido empregados como anestésicos para peixes nas estações de piscicultura e laboratórios de biologia de peixes para a devida imobilização dos organismos, afim de se prevenir acidentes e ferimentos na superfície do corpo dos próprios peixes, que podem ficar susceptíveis a patógenos e taxas altas de mortalidade. A tricaina metano sulfonato (MS 222), a quinaldina, a benzocaina e o phenoxyethanol têm sido amplamente utilizados no Brasil, mas alguns efeitos colaterais são observados como perda de muco, irritação nas brânquias e olhos, e também alguns incômodos aos trabalhadores como a necessidade do uso de luvas. Dessa forma, o óleo de cravo é proposto como um anestésico alternativo por ser um produto natural de custo acessível e sem riscos aparentes de intoxicações. No presente trabalho estudamos a possibilidade do uso do óleo de cravo como anestésico para juvenis de matrinxã, utilizando-se 63 peixes, expondo-os a banhos anestésicos nas concentrações de 18, 20, 30, 40, 50, 60 e 60 mg/L, de forma que foram mensurados os tempos necessários para que os peixes atingissem a perda total de equilíbrio e a incapacidade de retornar a posição normal de nado. A concentração de 40 mg/L foi suficiente para anestesiar juvenis de matrinxã em aproximadamente 1 minuto, sendo a recuperação independente da concentração do anestésico.
Resumo
The study aimed to find the better concentration of eugenol for anesthesia of silver catfish (Rhamdia voulezi) with different weights. Were used 240 catfish distributed in randomized blocks in factorial scheme (5x4) total 20 treatments, in others words, five different weights: 32,5; 75; 150; 300 e 450g and four eugenol concentrations: 50, 75, 100 e 125 mg.l-1. For each treatment were used 12 fish randomly chosen and exposed individually for each concentration. After of anesthesia the fish were transferred for net-cage with 0,7m3, being fed and observed by 96 hours for monitoring of mortality. The eugenol was efficient for anesthesia in silver catfish all concentrations and weights and after of 96 hours no mortality have been verified. At these experimental conditions the best concentration of eugenol for anesthetic inducing and recuperation of silver catfish with weight varying from 32,5 and 450 g is 50 mg.l-1.
O presente estudo teve como objetivo encontrar a melhor dose de eugenol para a anestesia do jundiá (Rhamdia voulezi) em diferentes classes de peso. Foram utilizados 240 jundiás distribuídos em delineamento experimental em blocos em esquema fatorial (5 x 4) totalizando 20 tratamentos, ou seja, cinco diferentes classes de peso: 32,5; 75; 150; 300 e 450g e quatro concentrações de eugenol (50, 75, 100 e 125 mg.l-1). Para cada tratamento foram utilizados 12 peixes escolhidos aleatoriamente (n = 12) e expostos individualmente para cada concentração. Após o procedimento de anestesia os peixes foram transferidos para tanques-rede com 0,7m3, onde receberam alimentação e ficaram em observação durante 96 horas para o monitoramento da mortalidade. O eugenol foi eficiente para a anestesia em jundiás nas diferentes concentrações analisadas e nos distintos pesos, e após 96 horas de acompanhamento à recuperação anestésica, não foram verificadas mortalidades dos animais. Nas condições deste experimento a melhor concentração de eugenol para indução e recuperação anestésica em jundiás com peso variando de 32,5 a 450 g é de 50 mg.l-1.
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The study aimed to find the better concentration of eugenol for anesthesia of silver catfish (Rhamdia voulezi) with different weights. Were used 240 catfish distributed in randomized blocks in factorial scheme (5x4) total 20 treatments, in others words, five different weights: 32,5; 75; 150; 300 e 450g and four eugenol concentrations: 50, 75, 100 e 125 mg.l-1. For each treatment were used 12 fish randomly chosen and exposed individually for each concentration. After of anesthesia the fish were transferred for net-cage with 0,7m3, being fed and observed by 96 hours for monitoring of mortality. The eugenol was efficient for anesthesia in silver catfish all concentrations and weights and after of 96 hours no mortality have been verified. At these experimental conditions the best concentration of eugenol for anesthetic inducing and recuperation of silver catfish with weight varying from 32,5 and 450 g is 50 mg.l-1.
O presente estudo teve como objetivo encontrar a melhor dose de eugenol para a anestesia do jundiá (Rhamdia voulezi) em diferentes classes de peso. Foram utilizados 240 jundiás distribuídos em delineamento experimental em blocos em esquema fatorial (5 x 4) totalizando 20 tratamentos, ou seja, cinco diferentes classes de peso: 32,5; 75; 150; 300 e 450g e quatro concentrações de eugenol (50, 75, 100 e 125 mg.l-1). Para cada tratamento foram utilizados 12 peixes escolhidos aleatoriamente (n = 12) e expostos individualmente para cada concentração. Após o procedimento de anestesia os peixes foram transferidos para tanques-rede com 0,7m3, onde receberam alimentação e ficaram em observação durante 96 horas para o monitoramento da mortalidade. O eugenol foi eficiente para a anestesia em jundiás nas diferentes concentrações analisadas e nos distintos pesos, e após 96 horas de acompanhamento à recuperação anestésica, não foram verificadas mortalidades dos animais. Nas condições deste experimento a melhor concentração de eugenol para indução e recuperação anestésica em jundiás com peso variando de 32,5 a 450 g é de 50 mg.l-1.
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The effect of temperature, concentration and contact time on the fungicidal effect of clove oleoresin dispersed in a concentrated sugar solution at 21 and 37ºC, and clove oleoresin at 0.2 to 0.8% (v/v) was studied. The test microorganisms were Candida albicans, Penicillium citrinum, Aspergillus niger and Trichophyton mentagrophytes. The fungicidal effect was enhanced at 37ºC; at this temperature short contact times (e.g. 1 min.) were enough to eliminate a microbial inoculum of 10(6) c.f.u./ml of C. albicans. Although clove oleoresin caused important lethal effect, P. citrinum and A. niger were more resistant. After 60 minutes, clove oleoresin dispersed (0.4% v/v) in concentrated sugar solution caused a 99.6% reduction of the initial population (10(6) c.f.u./ml) of Trichophyton mentagrophytes. The fungicidal activity of clove-sugar on C. albicans, after 2 min contact, was similar to that presented by disinfectants commonly used in hospitals, such as povidone-iodine and chloroxylenol.
No estudo avaliou-se o efeito da temperatura, concentração e tempo de contato na atividade antifúngica do óleo essencial do cravo disperso em solução concentrada de açúcar. Os ensaios foram feitos a 21ºC e a 37ºC, utilizando suspensão de óleo essencial de 0.2 a 0.8% v/v. Os microorganismos utilizados foram Candida albicans, Penicillium citrinum, Aspergillus niger e Trichophyton mentagrophytes. A melhor atividade fungicida ocorreu a 37ºC, onde um minuto de contato foi suficiente para matar uma população de 10(6) u.f.c./ml de Candida albicans. Não obstante, P. citrinum, A. niger, T. mentagrophytes foram mais resistentes, embora uma importante ação letal da essência tenha sido observada. Em 60 minutos, o óleo essencial de cravo (0,4% v.v.) em solução concentrada de açúcar reduziu em 99,6% um inóculo de 10(6) u.f.c./ml de T. mentagrophytes. O efeito letal do óleo essencial de cravo sobre C. albicans, após 2 minutos de contato, foi semelhante ao de desinfectantes comumente usados em hospitais, como povidona-iodo e cloroxilenol.
Resumo
Many chemicals have been used as anaesthetics in fish farms and fish biology laboratories to keep the fish immobilized during handling procedures and to prevent accidents and animal stress. In Brazil, tricaine methane sulfonate (MS 222), quinaldine sulfate, benzocaine, and phenoxyethanol are the most common fish anaesthetics used to prevent fish stress during handling, but many side effects such as body and gill irritations, corneal damage and general risks of intoxication have been reported. Clove oil is a natural product proposed as an alternative fish anaesthetic by many researchers and it has been used in many countries with great economic advantages and no apparent toxic properties. In this work, we assessed the suitability of clove oil to anaesthetize matrinxã. Sixty-three juveniles of matrinxã were exposed to seven anaesthetic batches of clove oil (pharmaceutical grade) namely 18, 20, 30, 40, 50, 60, and 70 mg/L. The times to reach total loss of equilibrium and to recover the upright position were measured. Clove oil concentration about 40 mg/L was enough to anaesthetize the fish in approximately one minute and the recovery time was independent in regard to anaesthetic concentration.
Diversos produtos químicos têm sido empregados como anestésicos para peixes nas estações de piscicultura e laboratórios de biologia de peixes para a devida imobilização dos organismos, afim de se prevenir acidentes e ferimentos na superfície do corpo dos próprios peixes, que podem ficar susceptíveis a patógenos e taxas altas de mortalidade. A tricaina metano sulfonato (MS 222), a quinaldina, a benzocaina e o phenoxyethanol têm sido amplamente utilizados no Brasil, mas alguns efeitos colaterais são observados como perda de muco, irritação nas brânquias e olhos, e também alguns incômodos aos trabalhadores como a necessidade do uso de luvas. Dessa forma, o óleo de cravo é proposto como um anestésico alternativo por ser um produto natural de custo acessível e sem riscos aparentes de intoxicações. No presente trabalho estudamos a possibilidade do uso do óleo de cravo como anestésico para juvenis de matrinxã, utilizando-se 63 peixes, expondo-os a banhos anestésicos nas concentrações de 18, 20, 30, 40, 50, 60 e 60 mg/L, de forma que foram mensurados os tempos necessários para que os peixes atingissem a perda total de equilíbrio e a incapacidade de retornar a posição normal de nado. A concentração de 40 mg/L foi suficiente para anestesiar juvenis de matrinxã em aproximadamente 1 minuto, sendo a recuperação independente da concentração do anestésico.