Resumo
The aim of this study was to determine the occurrence of EGUS and to quantify serum gastrin levels in jumping horses during competition season and interseason period. Forty jumping horses, competing at high level were randomly allocated into two groups, the Training Group: twenty jumping horses undergoing intense training and participating in competitions, and the Rest Group: twenty jumping horses in the interseason (resting period). The gastroscopic examinations and blood samples of the horses in the training group were performed 1-2 days following the competition while in the horses of the rest group, following 4 weeks of rest. The serum gastrin levels were measured at two different times: pre-feeding and two hours after feeding the horses (postprandial) by ELISA kit. Gastric lesion score data were compared by the Mann-Whitney U test (α= 0.05) and the mean gastrin values were compared between the groups and between the two moments by the paired tet tests, respectively (α= 0, 05). Squamous gastric ulcers were detected in 42.5% of all jumping horses examined independent of the period, competition season or interseason. Serum gastrin levels were significantly higher in the Training Group with no difference between pre-feeding and postprandial values.(AU)
O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de EGUS e quantificar os níveis séricos de gastrina em cavalos de hipismo durante a época de competições e o período de férias. Quarenta cavalos de hipismo de alta performance foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos, grupo treinamento: vinte cavalos de hipismo submetidos a treinamento intenso e participando de competições, e grupo descanso: vinte cavalos de hipismo em férias (período de descanso). As avaliações gastroscópicas e as coletas de sangue dos cavalos em treinamento foram realizadas um ou dois dias após as competições, enquanto nos cavalos do grupo descanso foram realizadas após quatro semanas de repouso. Os níveis séricos de gastrina foram mensurados por kit de ELISA, em dois momentos: antes da alimentação e duas horas após. Os dados de escore das lesões gástricas foram comparados pela prova U de Mann-Whitney (α= 0,05) e os valores médios de gastrina foram comparados entre os grupos e entre os dois momentos pelos testes t e t pareado, respectivamente (α= 0,05). Foram encontradas úlceras gástricas em 42,5% de todos os cavalos examinados, independentemente do período de competições ou repouso. Os níveis séricos de gastrina foram significativamente maiores no grupo treinamento, sem diferença entre os períodos pré e pós-alimentação.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Úlcera Gástrica/veterinária , Úlcera Gástrica/epidemiologia , Gastrinas/sangue , Doenças dos Cavalos/epidemiologia , Endoscopia/veterináriaResumo
The aim of this study was to determine the occurrence of EGUS and to quantify serum gastrin levels in jumping horses during competition season and interseason period. Forty jumping horses, competing at high level were randomly allocated into two groups, the Training Group: twenty jumping horses undergoing intense training and participating in competitions, and the Rest Group: twenty jumping horses in the interseason (resting period). The gastroscopic examinations and blood samples of the horses in the training group were performed 1-2 days following the competition while in the horses of the rest group, following 4 weeks of rest. The serum gastrin levels were measured at two different times: pre-feeding and two hours after feeding the horses (postprandial) by ELISA kit. Gastric lesion score data were compared by the Mann-Whitney U test (α= 0.05) and the mean gastrin values were compared between the groups and between the two moments by the paired tet tests, respectively (α= 0, 05). Squamous gastric ulcers were detected in 42.5% of all jumping horses examined independent of the period, competition season or interseason. Serum gastrin levels were significantly higher in the Training Group with no difference between pre-feeding and postprandial values.(AU)
O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de EGUS e quantificar os níveis séricos de gastrina em cavalos de hipismo durante a época de competições e o período de férias. Quarenta cavalos de hipismo de alta performance foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos, grupo treinamento: vinte cavalos de hipismo submetidos a treinamento intenso e participando de competições, e grupo descanso: vinte cavalos de hipismo em férias (período de descanso). As avaliações gastroscópicas e as coletas de sangue dos cavalos em treinamento foram realizadas um ou dois dias após as competições, enquanto nos cavalos do grupo descanso foram realizadas após quatro semanas de repouso. Os níveis séricos de gastrina foram mensurados por kit de ELISA, em dois momentos: antes da alimentação e duas horas após. Os dados de escore das lesões gástricas foram comparados pela prova U de Mann-Whitney (α= 0,05) e os valores médios de gastrina foram comparados entre os grupos e entre os dois momentos pelos testes t e t pareado, respectivamente (α= 0,05). Foram encontradas úlceras gástricas em 42,5% de todos os cavalos examinados, independentemente do período de competições ou repouso. Os níveis séricos de gastrina foram significativamente maiores no grupo treinamento, sem diferença entre os períodos pré e pós-alimentação.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Úlcera Gástrica/veterinária , Úlcera Gástrica/epidemiologia , Gastrinas/sangue , Doenças dos Cavalos/epidemiologia , Endoscopia/veterináriaResumo
SUAREZ, G. J. L. Avaliação das alterações em ph gástrico e concentrações de gastrina em equinos submetidos à anestesia geral inalatória e decúbito dorsal. 2021. 78 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2021. Nos últimos anos, o estudo das afecções gástricas em humanos tem sido enfatizado, em especial a ocorrência dos refluxos gastroesofágico (ERGE) e duodenogástrico (ERDG). Nos equinos, acredita-se que 50% a 90% dos cavalos de alta performance apresentem afecções estomacais, em especial gastrite e ulceração gástrica, que comprometem tanto o desempenho atlético, como a higidez. Avaliarem-se com este estudo as alterações no pH gástrico e dos níveis da gastrina, em oito éguas, após jejum de fluidos e sólidos, mantidas em decúbito dorsal sobre anestesia com isoflurano, considerando possível ocorrência de refluxo duodenogástrico e gastroesofágico, o que estimularia a utilização preventiva de protetores gástricos antes e após anestesias. Avaliou-se o pH gástrico nos períodos trans anestésico a cada 15 minutos, por 90 minutos, e pós anestésico, a cada hora por 24 horas. Os níveis de gastrina foram mensurados antes da anestesia, durante o período de recuperação anestésica (cinco minutos após decúbito lateral), e após quatro meses do procedimento anestésico, 90 minutos após a refeição matinal (sem jejum prévio). Foi realizado teste rápido de sangue oculto nas fezes imediatamente antes do procedimento anestésico (T0) e após 24 horas (T24). O pH gástrico durante o período anestésico não se alterou. Não foram observadas correlações entre alterações hemogasométricas e alterações em pH gástrico no período trans anestésico. Após a anestesia, o pH gástrico tornou-se alcalino durante as 24 horas de avaliação, apresentando diferenças entre T0 (4,88±2,38), T5 (7,08±0,89), T8 (7,43±0,22), T9(7,28±0,36), T11 (7,26±0,71), T13 (6,74± 0,90) e T17 (6,94± 1,04) (p<0.05). Os níveis séricos da gastrina aumentarem (15 pg/ml para 20 pg/ml p<0,05) em relação ao tempo basal. Durante a ingestão de alimentos, verificou-se menor pH gástrico durante o consumo de concentrado (6,26±1,28), em relação ao consumo de feno (6,71±1,38) e água (6,58±1.17), sendo que a ingestão de alimentos e água não foi responsável pela alcalinização de pH encontrada no período pós anestésico. Em outros dois equinos, por meio de câmera endoscópica, observaram-se possível ocorrência de refluxo gastroesofágico durante o período trans anestésico. Conclui-se que a anestesia geral inalatória e decúbito dorsal em equinos, durante 90 minutos, promove alcalinização do pH gástrico pós anestésia. Sugere-se estudos complementares avaliando protetores de mucosa gástrica para serem indicados de maneira preventiva, considerando que a anestesia geral e decúbito podem induzir refluxos duodenogástricos e gastroesofágicos.
SUAREZ, G. J. L. Evaluation of changes in gastric and gastrin diet in horses modified to general inhalational anesthesia and supine. 2021. (Master) Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2021. In recent years, the study of gastric disorders in humans has been emphasized, especially the occurrence of gastroesophageal reflux (GERD) and duodenogastric reflux (GDPR). In equines, it is accredited that 50% to 90% of two high- performance horses have stomach ailments, especially gastritis and gastric ulceration, which compromise both athletic performance and hygiene. We will evaluate with this study the alterations in gastric pH and two levels of gastrin, in oito éguas, after fluids and solids, maintained in dorsal decubitus under anesthesia with isoflurane, considering possible occurrence of duodenogastric and gastroesophageal reflux, or that it would stimulate Preventive use of gastric protectors before and after anesthesia. Assess or gastric pH in trans anesthetic periods every 15 minutes, for 90 minutes, and post anesthetic, every hour for 24 hours. The levels of gastrin were measured before anesthesia, during the anesthetic recovery period (five minutes after lateral decubitus), and after four months of the anesthetic procedure, 90 minutes after morning refreshment (week before). A rapid occult blood test was performed in the feces immediately before the anesthetic procedure (T0) and after 24 hours (T24). The gastric pH during the anesthetic period did not change. No correlations were observed between hemogasometric alterations and alterations in gastric pH in the transanesthetic period. After anesthesia, or gastric pH was alkaline during the 24 hours of evaluation, showing differences between T0 (4.88±2.38), T5 (7.08±0.89), T8 (7.43±0 .22), T9(7.28±0.36), T11 (7.26±0.71), T13 (6.74±0.90) and T17 (6.94±1.04) (p< 0.05). The serum levels of gastrin will increase (15 pg/ml to 20 pg/ml p<0.05) in relation to the basal time. During the ingestion of food, lower gastric pH was verified during the consumption of concentrate (6.26±1.28), in relation to the consumption of phenol (6.71±1.38) and water (6.58±1.17). ), being that the intake of food and water was not responsible for the alkalinization of pH found in the post-anesthetic period. In other two horses, by means of an endoscopic camera, we observed possible occurrence of gastroesophageal reflux during the trans-anesthetic period. It was concluded that unalated general anesthesia and dorsal decubitus in equines, for 90 minutes, promotes alkalinization of the gastric pH after anesthesia. Complementary studies are suggested to assess gastric mucosa protectors to be indicated preventively, considering that general anesthesia and decubitus can induce duodenogastric and gastroesophageal reflux.
Resumo
PURPOSE: A comparison was done between the F. Paulino jejunal pouch (FP) and a jejunal pouch (JP) as esophagus-duodenum interpositional graft, for replacing the stomach after total gastrectomy. It was investigated the effect of the two procedures on esophagus histology, nutritional state and serum gastrin in rats. METHODS: Male Wistar rats weighing 282±17g were randomly submitted to sham operation (S), FP and JP after total gastrectomy. After eight weeks the rats were killed with overdose of anesthetic and tissue was taken from the distal esophagus for histology. Serum levels of total proteins, albumin, iron, transferring, folate, cobalamine, calcium, as well as serum gastrin were determined. Survival was considered. RESULTS: Fourty six rats were operated and thirty survived for eight weeks. Five (33.3%) died after FP and 11 (52.3%) after JP (p 0.05). Postoperative esophagitis occurred in 6 JP rats. At 8th week, no difference was observed on body weight when compared FP and JP rats (p>0.05). The JP rats had a significant decrease in serum albumin, glucose, transferrin, iron, folate and calcium, compared to sham (p 0.05). Serum gastrin, iron and calcium were significantly higher in JP rats than in FP rats (p 0.05). In FP rats, transferrin and cobalamine showed significant decrease comparing the preoperative with 8th week levels (p 0.05). CONCLUSION: F. Paulino pouch in rats had lower mortality than JP, and esophagitis was not detected in it. JP rats had serum gastrin, iron and calcium unaffected, possibly because of preservation of duodenal passage.
OBJETIVO: Estudo comparativo foi realizado entre a bolsa jejunal de Fernando Paulino (FP) e uma bolsa jejunal (JP) interposta entre o esôfago e duodeno, para substituir o estômago após gastrectomia . Foi investigado o efeito dos dois procedimentos na histologia do esôfago, estado nutricional e gastrinemia sérica em ratos. MÉTODOS: Quarenta e seis ratos Wistar pesando 282±17g foram aleatoriamente submetidos a sham operation (S), FP e JP após gastectomia total. Decorridas 8 semanas, foi colhido sangue por punção cardíaca para dosagem de proteínas totais, albumina, ferro, transferrina, folato, cobalamina, calcio, e gastrina. Os animais receberam dose letal de anestésico e tecido do esôfago terminal foi retirado para histologia. Foi observada a mortalidade operatória dos animais. RESULTADOS: Quarenta e seis ratos foram operados e 30 sobreviveram por 8 semanas. Cinco (33,3 %) morreram após FP e 11 (52,3%) após JP (p 0.05). Esophagitis pós-operatória ocorreu em 6 ratos JP. Na 8ª semana o peso corporal foi maior nosratos submetidos a FP do que JP (p>0.05). Os ratos submetidos a JP tiveram uma diminuição significativa na albumina, glucose, transferrina, ferro, folato e cálcio, comparado com o sham (p 0.05). Os níveis de gastrina sérica, ferro e calcio mostraram-se significantemente maiores nos ratos submetidos a JP do que nos FP (p 0.05). Nos ratos FP a transferrina e a cobalamina estiveram significantemente diminuídas comparando-se os níveis do pré-operatório com a 8ª semana (p 0.05). CONCLUSÃO: A bolsa jejunal de F. Paulino, em ratos, resultou em mortalidade operatória e incidência de esofagite de refluxo menor do que a interposição de JP. A JP não afetou a dosagem sérica de gastrina, ferro e cálcio, provavelmente devido à preservação da passagem dos alimentos pelo duodeno.
Resumo
PURPOSE: A comparison was done between the F. Paulino jejunal pouch (FP) and a jejunal pouch (JP) as esophagus-duodenum interpositional graft, for replacing the stomach after total gastrectomy. It was investigated the effect of the two procedures on esophagus histology, nutritional state and serum gastrin in rats. METHODS: Male Wistar rats weighing 282±17g were randomly submitted to sham operation (S), FP and JP after total gastrectomy. After eight weeks the rats were killed with overdose of anesthetic and tissue was taken from the distal esophagus for histology. Serum levels of total proteins, albumin, iron, transferring, folate, cobalamine, calcium, as well as serum gastrin were determined. Survival was considered. RESULTS: Fourty six rats were operated and thirty survived for eight weeks. Five (33.3%) died after FP and 11 (52.3%) after JP (p 0.05). Postoperative esophagitis occurred in 6 JP rats. At 8th week, no difference was observed on body weight when compared FP and JP rats (p>0.05). The JP rats had a significant decrease in serum albumin, glucose, transferrin, iron, folate and calcium, compared to sham (p 0.05). Serum gastrin, iron and calcium were significantly higher in JP rats than in FP rats (p 0.05). In FP rats, transferrin and cobalamine showed significant decrease comparing the preoperative with 8th week levels (p 0.05). CONCLUSION: F. Paulino pouch in rats had lower mortality than JP, and esophagitis was not detected in it. JP rats had serum gastrin, iron and calcium unaffected, possibly because of preservation of duodenal passage.
OBJETIVO: Estudo comparativo foi realizado entre a bolsa jejunal de Fernando Paulino (FP) e uma bolsa jejunal (JP) interposta entre o esôfago e duodeno, para substituir o estômago após gastrectomia . Foi investigado o efeito dos dois procedimentos na histologia do esôfago, estado nutricional e gastrinemia sérica em ratos. MÉTODOS: Quarenta e seis ratos Wistar pesando 282±17g foram aleatoriamente submetidos a sham operation (S), FP e JP após gastectomia total. Decorridas 8 semanas, foi colhido sangue por punção cardíaca para dosagem de proteínas totais, albumina, ferro, transferrina, folato, cobalamina, calcio, e gastrina. Os animais receberam dose letal de anestésico e tecido do esôfago terminal foi retirado para histologia. Foi observada a mortalidade operatória dos animais. RESULTADOS: Quarenta e seis ratos foram operados e 30 sobreviveram por 8 semanas. Cinco (33,3 %) morreram após FP e 11 (52,3%) após JP (p 0.05). Esophagitis pós-operatória ocorreu em 6 ratos JP. Na 8ª semana o peso corporal foi maior nosratos submetidos a FP do que JP (p>0.05). Os ratos submetidos a JP tiveram uma diminuição significativa na albumina, glucose, transferrina, ferro, folato e cálcio, comparado com o sham (p 0.05). Os níveis de gastrina sérica, ferro e calcio mostraram-se significantemente maiores nos ratos submetidos a JP do que nos FP (p 0.05). Nos ratos FP a transferrina e a cobalamina estiveram significantemente diminuídas comparando-se os níveis do pré-operatório com a 8ª semana (p 0.05). CONCLUSÃO: A bolsa jejunal de F. Paulino, em ratos, resultou em mortalidade operatória e incidência de esofagite de refluxo menor do que a interposição de JP. A JP não afetou a dosagem sérica de gastrina, ferro e cálcio, provavelmente devido à preservação da passagem dos alimentos pelo duodeno.