Resumo
In worldwide there are reports of a significant decrease in colonies of the species Apis mellifera, caused by several factors, including viral infections. In order to study and diagnose illnesses caused by viruses, in vitro cell culture is used as a valuable tool. Yet, there are still no immortalized cell lines of honey bee Apis mellifera. Primary cell cultures are promising for this purpose and can supply the lack of continuous strains, but their establishment is difficult and laborious, which often makes them unfeasible for many research centers. Through the use of cell immortalization techniques, it is possible to develop continuous cell lines and thus benefit, in different ways, research related to different species of bees. The choice of technique is challenging, since in addition to the ability to remain viable for countless passages, cells must keep the genotype and phenotype similar or identical to the original tissue. This review intends to present methodologies that can be used to immortalize Apis mellifera cells, aiming to establish a cell line. The genotypic and phenotypic implications of each technique are evaluated, and the purpose of the cell line to be developed.
Ao redor do mundo há relatos da diminuição significativa de colônias da espécie Apis mellifera, causada por diversos fatores, incluindo infecções virais. Para estudo e diagnóstico de enfermidades causadas por vírus utiliza-se, como uma ferramenta valiosa, o cultivo celular in vitro. Contudo, ainda não existem linhagens celulares imortalizadas de abelhas Apis mellifera. Os cultivos celulares primários são promissores para este fim e podem suprir a falta de linhagens contínuas, porém seu estabelecimento é difícil e laborioso o que, muitas vezes, os torna inviáveis para muitos centros de pesquisa. Através do uso de técnicas de imortalização celular é possível desenvolver linhagens contínuas de células e assim beneficiar, de diversas formas, as pesquisas relacionadas às diferentes espécies de abelhas. A escolha da técnica é desafiadora, visto que, além da capacidade de permanecer viável por inúmeras passagens, as células devem manter o genótipo e fenótipo semelhante ou idêntico ao tecido original. O objetivo deste trabalho é apresentar metodologias que podem ser utilizadas para imortalização de células de Apis mellifera, visando o estabelecimento de uma linhagem celular. São avaliadas as implicações genotípicas e fenotípicas de cada técnica, e a finalidade da linhagem celular a ser desenvolvida.
Assuntos
Abelhas/genética , 26016 , Linhagem , Testes Genéticos/métodosResumo
ABSTRACT: In worldwide there are reports of a significant decrease in colonies of the species Apis mellifera, caused by several factors, including viral infections. In order to study and diagnose illnesses caused by viruses, in vitro cell culture is used as a valuable tool. Yet, there are still no immortalized cell lines of honey bee Apis mellifera. Primary cell cultures are promising for this purpose and can supply the lack of continuous strains, but their establishment is difficult and laborious, which often makes them unfeasible for many research centers. Through the use of cell immortalization techniques, it is possible to develop continuous cell lines and thus benefit, in different ways, research related to different species of bees. The choice of technique is challenging, since in addition to the ability to remain viable for countless passages, cells must keep the genotype and phenotype similar or identical to the original tissue. This review intends to present methodologies that can be used to immortalize Apis mellifera cells, aiming to establish a cell line. The genotypic and phenotypic implications of each technique are evaluated, and the purpose of the cell line to be developed.
RESUMO: Ao redor do mundo há relatos da diminuição significativa de colônias da espécie Apis mellifera, causada por diversos fatores, incluindo infecções virais. Para estudo e diagnóstico de enfermidades causadas por vírus utiliza-se, como uma ferramenta valiosa, o cultivo celular in vitro. Contudo, ainda não existem linhagens celulares imortalizadas de abelhas Apis mellifera. Os cultivos celulares primários são promissores para este fim e podem suprir a falta de linhagens contínuas, porém seu estabelecimento é difícil e laborioso o que, muitas vezes, os torna inviáveis para muitos centros de pesquisa. Através do uso de técnicas de imortalização celular é possível desenvolver linhagens contínuas de células e assim beneficiar, de diversas formas, as pesquisas relacionadas às diferentes espécies de abelhas. A escolha da técnica é desafiadora, visto que, além da capacidade de permanecer viável por inúmeras passagens, as células devem manter o genótipo e fenótipo semelhante ou idêntico ao tecido original. O objetivo deste trabalho é apresentar metodologias que podem ser utilizadas para imortalização de células de Apis mellifera, visando o estabelecimento de uma linhagem celular. São avaliadas as implicações genotípicas e fenotípicas de cada técnica, e a finalidade da linhagem celular a ser desenvolvida.
Resumo
In worldwide there are reports of a significant decrease in colonies of the species Apis mellifera, caused by several factors, including viral infections. In order to study and diagnose illnesses caused by viruses, in vitro cell culture is used as a valuable tool. Yet, there are still no immortalized cell lines of honey bee Apis mellifera. Primary cell cultures are promising for this purpose and can supply the lack of continuous strains, but their establishment is difficult and laborious, which often makes them unfeasible for many research centers. Through the use of cell immortalization techniques, it is possible to develop continuous cell lines and thus benefit, in different ways, research related to different species of bees. The choice of technique is challenging, since in addition to the ability to remain viable for countless passages, cells must keep the genotype and phenotype similar or identical to the original tissue. This review intends to present methodologies that can be used to immortalize Apis mellifera cells, aiming to establish a cell line. The genotypic and phenotypic implications of each technique are evaluated, and the purpose of the cell line to be developed.(AU)
Ao redor do mundo há relatos da diminuição significativa de colônias da espécie Apis mellifera, causada por diversos fatores, incluindo infecções virais. Para estudo e diagnóstico de enfermidades causadas por vírus utiliza-se, como uma ferramenta valiosa, o cultivo celular in vitro. Contudo, ainda não existem linhagens celulares imortalizadas de abelhas Apis mellifera. Os cultivos celulares primários são promissores para este fim e podem suprir a falta de linhagens contínuas, porém seu estabelecimento é difícil e laborioso o que, muitas vezes, os torna inviáveis para muitos centros de pesquisa. Através do uso de técnicas de imortalização celular é possível desenvolver linhagens contínuas de células e assim beneficiar, de diversas formas, as pesquisas relacionadas às diferentes espécies de abelhas. A escolha da técnica é desafiadora, visto que, além da capacidade de permanecer viável por inúmeras passagens, as células devem manter o genótipo e fenótipo semelhante ou idêntico ao tecido original. O objetivo deste trabalho é apresentar metodologias que podem ser utilizadas para imortalização de células de Apis mellifera, visando o estabelecimento de uma linhagem celular. São avaliadas as implicações genotípicas e fenotípicas de cada técnica, e a finalidade da linhagem celular a ser desenvolvida.(AU)
Assuntos
Abelhas/genética , 26016 , Linhagem , Testes Genéticos/métodosResumo
Os carrapatos são artrópodes de grande importância médica e veterinária, sendo responsáveis pela transmissão de vírus, bactérias e protozoários aos seus hospedeiros. Alguns dos patógenos transmitidos por carrapatos são difíceis de crescer in vitro e não crescem em meios artificiais ou outros substratos. As linhagens de células de carrapatos representam uma ferramenta útil para estudar muitos aspectos da pesquisa de carrapatos e patógenos transmitidos por eles. Aqui, estabelecemos e caracterizamos duas linhagens celulares RBME-6 e ASE-14 derivadas de embriões de Rhipicephalus microplus e Amblyomma sculptum, respectivamente, ambos coletados no Brasil. Culturas primárias de células foram preparadas a partir de ovos embrionados das duas espécies de carrapatos, em meio L-15B, e mantidas à 30 °C. Quando as culturas atingiram uma densidade celular adequada, foram subcultivadas e criopreservadas em várias passagens. As análises citológicas foram feitas usando microscopia de contraste de fase, com células que foram submetidas à citocentrifugação e coradas com Giemsa, enquanto as técnicas de coloração com ácido periódico de Schiff e azul de bromofenol foram usadas para detectar polissacarídeos e proteinas, respectivamente. Não foi detectado o DNA de Anaplasma spp., Anaplasma marginale, Babesia/Theileria spp, Bartonella spp., Coxiella spp., Ehrlichia canis, Rickettsia spp. ou Mycoplasma spp. nas células através de ensaios de PCR. Além disso, realizamos a caracterização cromossômica das linhagens celulares de ambas espécies de carrapatos e confirmamos a origem dessas linhagens por meio de PCR convencional e sequenciamento de um fragmento do gene mitocondrial 16S rRNA. Em conclusão, duas novas linhagens celulares derivadas dos embriões de carrapatos foram geradas e caracterizadas neste estudo. Essas linhagens celulares poderão ser usadas em estudos futuros sobre diferentes aspectos, como as relações entre carrapatos e patógenos transmitidos por eles, expressão de proteínas em células infectadas e não infectadas e obtenção de antígenos. Além disso, é importante ter um painel maior de linhagens de células de carrapatos, pois elas podem servir como ferramentas eficientes para o avanço de pesquisas em várias áreas da virologia, bacteriologia, biologia e controle desses carrapatos.
Ticks are arthropods of great medical and veterinary importance, being responsible for the transmission of viruses, bacteria, and protozoa to their hosts. Some of the tick-borne pathogens are difficult to grow in vitro, and do not grow on artificial media or other substrates. Tick cell lines represent a useful tool for studying many aspects of tick and tick-borne pathogen research. Here, we established and characterized two cell lines RBME-6 and ASE-14 derived from embryos of Rhipicephalus microplus and Amblyomma sculptum, respectively, both from Brazil. Primary tick cell cultures were prepared in L-15B at 30°C.When they reached an adequate density, the cells were subcultured and cryopreserved in several passages. Cytological analysis were performed using phase contrast microscopy and cytocentrifuge smears stained with Giemsa, while periodic acid-Schiff and bromophenol blue staining techniques were used to detect total polysaccharides and the total protein, respectively. Anaplasma spp., Anaplasma marginale, Babesia/Theileria spp., Coxiella spp., Ehrichia canis, Mycoplasma spp. and Rickettsia sp. were not detected in the cells through PCR assays. In addition, we performed chromosomal characterization of the tick cell line and confirmed the origin of the cell line through conventional PCR and sequencing of the 16S rRNA gene mitochondrial fragment. In conclusion, two new cell lines derived from embryos of ticks were generated and characterized in this study. These cell lines can be used in future studies on different aspects, such as the relationship between ticks and pathogens transmitted by them, expression of proteins in infected and non-infected cells and obtaining antigens. In addition, it is important to have a larger panel of tick cell lines, as they can serve as efficient tools for advancing research in various areas of virology, bacteriology, biology and control of these ticks.
Resumo
O quantitativo populacional cada vez mais reduzido de onças-pintadas, associado à sua importância ecológica, tem resultado no desenvolvimento de estratégias que promovam a sua conservação. Nesse sentido, células somáticas derivadas da pele destes animais podem ser empregadas para essa finalidade, seja na produção de embriões clones, na obtenção de células induzidas à pluripotência e nos estudos genéticos da espécie. Para tanto, o estabelecimento adequado destas amostras é etapa inicial para essas aplicações. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os danos gerados pelas condições de cultivo in vitro e criopreservação sobre o estabelecimento de cinco linhagens fibroblásticas derivadas de onças-pintadas adultas. Assim, fragmentos da pele da região auricular apical de uma fêmea e quatro machos foram cultivados in vitro para a obtenção das células somáticas. Inicialmente, para a identificação do tipo celular, células foram confirmadas como fibroblastos após análise morfológica e de imunofluorescência, e as cinco linhagens (um animal/uma linhagem) foram submetidas a dois experimentos. No primeiro experimento, células foram avaliadas em diferentes passagens do cultivo (primeira, terceira décima) para viabilidade, metabolismo e atividade proliferativa. No segundo experimento, células criopreservadas foram avaliadas quanto a viabilidade, metabolismo, atividade proliferativa, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (m) e apoptose após descongelação em uma, três e dez passagens de cultivo. Células não criopreservadas foram utilizadas como controle. O cultivo in vitro após a primeira (26,1 h ± 4,9), terceira (22,9 h ± 1,6) e décima passagem (22,8 h ± 3,7) e criopreservação (30,0 h ± 1,4) não afetaram a atividade proliferativa. Além disso, nenhuma diferença foi observada para a viabilidade após a primeira (98,9% ± 0,8), terceira (92,5% ± 6,2), décima (95,7% ± 1,4) passagem e criopreservação (73,2% ± 9,8). Contudo, células cultivadas até a décima passagem (49,0% ± 3,3) e criopreservadas (32,7% ± 2,8) reduziram seu metabolismo. Adicionalmente, células criopreservadas mostraram em unidades de fluorescência arbitrárias altos níveis de EROs (1,4 ± 0,1) e m alterado (0,9 ± 0,0), quando comparados às células não criopreservadas (1,0 ± 0,1 e 1,0 ± 0,2). Finalmente, células criopreservadas e cultivadas após dez passagens reduziram a atividade proliferativa reduzida (45,1% ± 12,0) e número de células viáveis (30,4% ± 5,7), quando comparadas as células criopreservadas e cultivadas após uma e três passagens. Em conclusão, fibroblastos viáveis podem ser estabelecidos a partir da orelha de onças-pintadas e que embora essas células não tenham mostrado alterações na viabilidade e atividade proliferativa, elas sofrem danos durante um longo cultivo e criopreservação nas condições estudadas.
The increasingly small population quantity of jaguars, associated with their ecological importance, has resulted in the development of strategies that promote their conservation. In this sense, somatic cells derived from the skin of these animals can be used for this purpose, either in the production of clone embryos, in obtaining cells induced to pluripotency and in genetic studies of the species. Thus, the proper establishment of these samples is an initial step for these applications. Therefore, the aim of the present study was to assess the damage caused by in vitro culture and cryopreservation conditions on the establishment of five fibroblast lines derived from adult jaguars. Thus, fragments of skin from the apical auricular region of one female and four males were cultured in vitro to obtain somatic cells. Initially, to identify the cell type, cells were confirmed as fibroblasts after morphological and immunofluorescence analysis, and the five strains (one animal/one line) were subjected to two experiments. In the first experiment, cells were evaluated in different culture passages (first, third, tenth) for viability, metabolism and proliferative activity. In the second experiment, cryopreserved cells were evaluated for viability, metabolism, proliferative activity, levels of reactive oxygen species (ROSs), mitochondrial membrane potential (m) and apoptosis after thawing and one, three and ten culture passages. Non-cryopreserved cells were used as controls. The in vitro culture after the first (26.1 h ± 4.9), third (22.9 h ± 1.6) and tenth passage (22.8 h ± 3.7) and cryopreservation (30.0 h ± 1.4) did not affect proliferative activity. Moreover, no difference was observed for viability after the first (98.9% ± 0.8), third (92.5% ± 6.2), tenth (95.7% ± 1.4) passage and cryopreservation (73.2% ± 9.8). Nevertheless, cells cultured to the tenth passage (49.0% ± 3.3) and cryopreserved (32.7% ± 2.8) reduced their metabolism. Additionally, cryopreserved cells showed high levels of ROS (1.4 ± 0.1) and altered m (0.9 ± 0.0) in arbitrary fluorescence units, when compared to non-cryopreserved cells (1.0 ± 0.1 and 1.0 ± 0.2). Finally, cryopreserved cells and cultured after ten passages reduced the reduced proliferative activity (45.1% ± 12.0) and number of viable cells (30.4% ± 5.7), when compared to cryopreserved and cultured cells after one and three passages. In conclusion, viable fibroblasts can be established from jaguars ears and that although these cells have not shown changes in viability and proliferative activity, they suffer damage during a long culture and cryopreservation under the studied conditions.
Resumo
Foot-and-mouth disease is responsible for severe economic losses to the livestock industry of Pakistan. This study aimed to use Swiss albino mice as a cost-effective experimental animal model to study different immunological and histopathological aspects of FMDV instead of natural targeted species like cattle. After isolation of field isolates FMDV on BHK-21 cell line, biological titer of the virus and mice infectious dose50 was calculated. Virus was injected in 45 Swiss albino mice (group A) through intraperitoneal route. The gross, histopathological and immunopathological lesions in heart, trachea and lungs were recorded at different day's intervals. Histopathologically, the heart showed congestion, hemorrhages and necrosis of cardiac muscles. Trachea showed deciliated epithelium and lungs showed hemorrhages, bronchial edema and alveolar emphysema. Immunohistochemical studies revealed the presence of virus in cardiac muscles, tracheal and bronchial epithelium and alveolar lumen. The findings evoked a thought that laboratory animals could be an alternative to large animals to meet budget limitations for further research on foot-and-mouth-disease.
A febre aftosa (FMD) é responsável por graves perdas econômicas para a indústria pecuária do Paquistão. Este estudo teve como objetivo usar camundongos albinos suíços como um modelo animal experimental de baixo custo para estudar diferentes aspectos imunológicos e histopatológicos do FMDV em vez de espécies naturais como o gado. Após o isolamento dos isolados de campo do FMDV na linhagem celular BHK-21, calculou-se o título biológico do vírus e a dose infecciosa dos camundongos50. O vírus foi injetado em 45 camundongos albinos suíços (grupo A) por via intraperitoneal. As lesões macroscópicas, histopatológicas e imunopatológicas no coração, traqueia e pulmões foram registradas em diferentes intervalos de dias. Histopatologicamente, o coração apresentava congestão, hemorragias e necrose dos músculos cardíacos. A traqueia apresentava epitélio deciliado e os pulmões apresentavam hemorragias, edema brônquico e enfisema alveolar. Estudos imuno-histoquímicos revelaram a presença de vírus em músculos cardíacos, epitélio traqueal e orçamentárias para pesquisas adicionais sobre a febre aftosa