Resumo
A anestesia local tem sido recomendada para intervenções cirúrgicas quando se procura evitar a anestesia geral do animal com o intuito de minimizar os riscos, que podem ocorrer durante o aprofundamento do plano anestésico, além de promover uma rápida recuperação. O presente trabalho descreve o caso de um jabuti piranga (C. carbonarius) submetido à contenção química associada a bloqueio anestésico em plexo braquial para realização da excisão cirúrgica de um abcesso em membro tórácico direito, sendo apresentadas considerações sobre a aplicabilidade desta técnica em quelônios com destaque para os cuidados a serem tomados pelo anestesista durante a intervenção.(AU)
Local anesthesia has been recommended for surgical interventions when trying to avoid the need of general anesthesia of the animal and to minimize any risks that may occur during the deepening of the anesthetic plane, in addition to promoting a quick recovery. The present work describes the case of a tortoise (C. carbonarius) submitted to chemical restraint associated whit anesthesic blockage in the brachial plexus during surgical intervention to remove an abscess in the right thoracic limb, presenting considerations about the applicability of this technique in chelonians, with emphasis on the care to be taken by the anesthesiologist during the intervention.(AU)
Assuntos
Animais , Tartarugas/cirurgia , Extremidade Superior/cirurgia , Bloqueio do Plexo Braquial/veterinária , Anestesia Local/efeitos adversosResumo
Os bloqueios locorregionais são considerados padrão-ouro para a analgesia perioperatória. Sendo assim, este trabalho apresenta o efeito da associação do bloqueio do plano transverso do abdome com o bloqueio do plano serrátil em um felino de 11 anos, fêmea, que foi submetido à mastectomia unilateral. Foi utilizada a metadona 0,3 mg/kg via intramuscular (IM) na medicação pré-anestésica e propofol dose-efeito via intravenosa (IV) para indução, enquanto a manutenção foi feita com isoflurano. O TAP Block e o SP-Block foram realizados unilateralmente utilizando a associação de bupivacaína 0,3mL/kg, em cada ponto, diluída a 0,25% com solução fisiológica. A frequência cardíaca (FC), a frequência respiratória (f), a pressão arterial não invasiva (Método Doppler), a temperatura esofágica (oC), a saturação de oxigênio (SpO2), a capnografia (EtCO2) e o eletrocardiograma foram monitorados continuamente e registrados a cada dez minutos. A paciente foi monitorada por cinco horas, após a extubação, quanto à dor, sendo utilizada, para isso, a Escala Multidimensional de Dor Aguda (UNESP-Botucatu). A recuperação anestésica da paciente foi rápida e sem complicações. Durante a avaliação de dor, o animal apresentou escore zero, não manifestando qualquer desconforto pós-operatório. A associação das técnicas foi eficaz no bloqueio anestésico das paredes torácica e abdominal, sugerindo a inclusão destas nos protocolos de analgesia multimodal para esse tipo de cirurgia.
Locoregional blocks are considered the gold standard for perioperative analgesia. Thus, this paper presents the effect of the association of transverse abdominal plane block with serratus plane block in an 11-year-old female feline submitted to unilateral mastectomy. Methadone 0.3 mg/kg via intramuscular (IM) was used as pre anesthetic medication and dose-effect propofol via intravenous (IV) was used for induction, while the maintenance was done with isofluorane. TAP Block and SP-Block were performed unilaterally using an association of Bupivacaine 0.3 ml/kg at each point, diluted to 0.25% with saline solution. Heart rate (HR), respiratory rate (f), non-invasive blood pressure (Doppler method), esophageal temperature (oC), oxygen saturation (SpO2), capnography (EtCO2), and electrocardiogram were monitored continuously and recorded every 10 minutes. The patient was monitored for pain during five hours after extubation using the Multidimensional Scale of UNESP-Botucatu. The anesthetic recovery of the patient was fast and without complications. During pain assessment, the animal presented a score of zero and did not present any postoperative discomfort. The association of techniques was effective in the anesthetic blockade of the thoracic and abdominal walls, suggesting their inclusion in multimodal analgesia protocols for this type of surgery.
Assuntos
Animais , Feminino , Gatos , Bupivacaína/administração & dosagem , Anestesia Local/veterinária , Mastectomia Simples/veterinária , Parede Abdominal , Parede TorácicaResumo
The present study aimed to evaluate the use of tumescent local anesthesia or epidural anesthesia associated with an intercostal nerve block in bitches submitted to mastectomy. Fourteen bitches from the clinical routine of the Veterinary Hospital of the Federal University of Pelotas were premedicated with acepromazine (0.03 mg/kg) and morphine (0.3 mg/kg) intramuscularly, then induced with propofol (2 to 6 mg/kg/IV) and maintained with 1,4V% isoflurane (calibrated vaporizer). The patients were randomly allocated into: GALT Group (n=7), which received tumescent local anesthesia (0.16%) at the dose of 15 mL/kg, and the GEBI Group (n=7) which received epidural anesthesia with lidocaine (5 mg/kg) and morphine (0.1 mg/kg) associated with an intercostal nerve block from the 6th to 12th intercostal space with lidocaine (2 mg/kg). An increase higher than 10% in heart rate, respiratory rate, systolic blood pressure, diastolic blood pressure and mean arterial pressure were considered as possible signs of nociception, to which fentanyl was administered intravenously as rescue analgesia. Postoperative analgesia was evaluated by means of the modified Glasgow scale at 30, 60, 120, 240 and 360 minutes. There were no differences in physiological parameters (P>0.05) in the transoperative period intra-group and inter-group the groups. The GEBI Group required more frequent transoperative rescue analgesia (9) in comparison to the GALT Group (5), but with no statistical difference. During the postoperative period, there was no need for rescue analgesia in either group. Results suggest that epidural anesthesia associated with intercostal nerve block can be used as an alternative technique in patients with restrictions against the use of local tumescent anesthesia.
O presente estudo objetivou avaliar o uso da anestesia local tumescente ou da anestesia epidural associada ao bloqueio intercostal em cadelas submetidas à mastectomia. Foram utilizadas 14 cadelas, provenientes da rotina do Hospital de Clínicas Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, pré-medicadas com acepromazina (0,03 mg/kg) e morfina (0,3 mg/kg) intramuscular, induzidas com propofol (2 a 6 mg/Kg/IV) e mantidas com isofluorano à 1,4 V% (vaporizador calibrado). Após essa etapa, foram alocadas aleatoriamente em grupo GALT (n=7), que recebeu a anestesia local tumescente 0,16% na dose de 15 mL/Kg e em grupo GEBI (n=7), que recebeu como tratamento a anestesia epidural com lidocaína (5 mg/kg) e morfina (0,1 mg/kg) associada ao bloqueio intercostal, do 6º ao 12º espaço intercostal, com lidocaína (2mg/kg). Os parâmetros avaliados para sinais de nocicepção transcirúrgica e realização de resgates analgésicos com fentanil foram: frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e pressão arterial média. No pós-operatório avaliou-se a analgesia pela escala de Glasgow Modificada aos 30, 60, 120, 240 e 360 minutos. Não houve diferenças entre os parâmetros clínicos (p > 0,05) no período transoperatório entre e dentro dos grupos. O GEBI apresentou maior quantidade de resgates analgésicos transoperatórios (9) em relação a GALT (5), porém sem diferenças estatísticas. No pós-operatório, nenhum animal de ambos os grupos atingiu pontuação máxima para resgate analgésico. Pode-se concluir que a anestesia epidural associada ao bloqueio intercostal é uma técnica alternativa para casos em que se tenham limitações para utilização da anestesia local tumescente.
Assuntos
Feminino , Animais , Cães , Analgésicos Opioides/administração & dosagem , Anestesia Epidural/métodos , Anestesia Epidural/veterinária , Anestesia Local/métodos , Anestesia Local/veterinária , Músculos Intercostais , Mastectomia/veterinária , Neoplasias Mamárias Animais/cirurgiaResumo
Objetivou-se avaliar os efeitos fisiológicos e sobre o consumo do propofol, relativos à anestesia epidural com levobupivacaína isolada ou associada a diferentes doses de tramadol. Para tal, 18 cadelas foram pré-tratadas com acepromazina, utilizando-se propofol para indução e manutenção anestésicas. Conforme o protocolo epidural instituído, formaram-se três grupos (n=6) tratados com levobupivacaína isolada (1,5mg/kg) (GL) ou acrescida de 2mg/kg (GLT2) ou 4mg/kg (GLT4) de tramadol, respectivamente. As fêmeas foram submetidas à mastectomia e à ovário-histerectomia (OH), registrando-se as variáveis fisiológicas nos períodos pré (TB e T0) e transanestésicos (T10 a T70), bem como a taxa mínima de propofol necessária. Houve redução da FC para o GL e o GLT4 em relação ao GLT2 (T30 a T70), detectando-se, no GL, redução da PAS e da PAD em relação ao TB. Maiores taxas de infusão do propofol foram necessárias para o GL (0,70±0,12mg/kg/min) em relação ao GLT2 (0,50±0,19mg/kg/min) e ao GLT4 (0,50±0,19mg/kg/min). Conclui-se que o tramadol potencializou o propofol, ao ofertar analgesia, independentemente da dose administrada. Todos os protocolos testados foram seguros e eficazes em cadelas submetidas à mastectomia e à OH.(AU)
The aim of this study was to evaluate the physiological and on propofol-sparing effects related to epidural anesthesia with levobupivacaine alone or combined with different doses of tramadol. For this purpose, 18 female dogs were pretreated with acepromazine, using propofol for induction and maintenance of anesthesia. Based on a previously established epidural (L7-S1) protocol, three groups (n=6) were treated with either levobupivacaine alone (1.5mg.k-1) (GL) or in association with to 2mg.kg-1 (GLT2) or 4mg.kg-1 (GLT4) of tramadol, respectively. These dogs were all undergoing mastectomy and ovariohysterectomy (OH). The physiological data were registered in the pre (TB and T0) and trans-anesthetic periods (T10 - T70), as well as the consumption of propofol. There was a reduction in the HR for GL and GLT4 in relation to GLT2 (T30 - T70) and reductions in SAP and DAP in relation to TB in the GL group. Higher continuous infusion rate of propofol were required for GL (0.70±0.12mg.kg-1.min-1) relative to GLT2 (0.50±0.19mg.kg-1.min-1) and GLT4 (0.50±0.19mg.kg-1.min-1). It was concluded that tramadol potentiated propofol, offering analgesia independently of its administered dose. All protocols tested were safe and effective in female dogs undergoing mastectomy and OH.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Cães , Tramadol/análise , Propofol/análise , Levobupivacaína/análise , Ovariectomia/veterinária , Anestesia Local/veterinária , Mastectomia/veterináriaResumo
The present study aimed to evaluate the use of tumescent local anesthesia or epidural anesthesia associated with an intercostal nerve block in bitches submitted to mastectomy. Fourteen bitches from the clinical routine of the Veterinary Hospital of the Federal University of Pelotas were premedicated with acepromazine (0.03 mg/kg) and morphine (0.3 mg/kg) intramuscularly, then induced with propofol (2 to 6 mg/kg/IV) and maintained with 1,4V% isoflurane (calibrated vaporizer). The patients were randomly allocated into: GALT Group (n=7), which received tumescent local anesthesia (0.16%) at the dose of 15 mL/kg, and the GEBI Group (n=7) which received epidural anesthesia with lidocaine (5 mg/kg) and morphine (0.1 mg/kg) associated with an intercostal nerve block from the 6th to 12th intercostal space with lidocaine (2 mg/kg). An increase higher than 10% in heart rate, respiratory rate, systolic blood pressure, diastolic blood pressure and mean arterial pressure were considered as possible signs of nociception, to which fentanyl was administered intravenously as rescue analgesia. Postoperative analgesia was evaluated by means of the modified Glasgow scale at 30, 60, 120, 240 and 360 minutes. There were no differences in physiological parameters (P>0.05) in the transoperative period intra-group and inter-group the groups. The GEBI Group required more frequent transoperative rescue analgesia (9) in comparison to the GALT Group (5), but with no statistical difference. During the postoperative period, there was no need for rescue analgesia in either group. Results suggest that epidural anesthesia associated with intercostal nerve block can be used as an alternative technique in patients with restrictions against the use of local tumescent anesthesia.(AU)
O presente estudo objetivou avaliar o uso da anestesia local tumescente ou da anestesia epidural associada ao bloqueio intercostal em cadelas submetidas à mastectomia. Foram utilizadas 14 cadelas, provenientes da rotina do Hospital de Clínicas Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, pré-medicadas com acepromazina (0,03 mg/kg) e morfina (0,3 mg/kg) intramuscular, induzidas com propofol (2 a 6 mg/Kg/IV) e mantidas com isofluorano à 1,4 V% (vaporizador calibrado). Após essa etapa, foram alocadas aleatoriamente em grupo GALT (n=7), que recebeu a anestesia local tumescente 0,16% na dose de 15 mL/Kg e em grupo GEBI (n=7), que recebeu como tratamento a anestesia epidural com lidocaína (5 mg/kg) e morfina (0,1 mg/kg) associada ao bloqueio intercostal, do 6º ao 12º espaço intercostal, com lidocaína (2mg/kg). Os parâmetros avaliados para sinais de nocicepção transcirúrgica e realização de resgates analgésicos com fentanil foram: frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e pressão arterial média. No pós-operatório avaliou-se a analgesia pela escala de Glasgow Modificada aos 30, 60, 120, 240 e 360 minutos. Não houve diferenças entre os parâmetros clínicos (p > 0,05) no período transoperatório entre e dentro dos grupos. O GEBI apresentou maior quantidade de resgates analgésicos transoperatórios (9) em relação a GALT (5), porém sem diferenças estatísticas. No pós-operatório, nenhum animal de ambos os grupos atingiu pontuação máxima para resgate analgésico. Pode-se concluir que a anestesia epidural associada ao bloqueio intercostal é uma técnica alternativa para casos em que se tenham limitações para utilização da anestesia local tumescente.
Assuntos
Animais , Feminino , Cães , Músculos Intercostais , Anestesia Local/métodos , Anestesia Local/veterinária , Anestesia Epidural/métodos , Anestesia Epidural/veterinária , Analgésicos Opioides/administração & dosagem , Mastectomia/veterinária , Neoplasias Mamárias Animais/cirurgiaResumo
Atropelamentos de animais silvestres são frequentes e muitas vezes causam fraturas ósseas que, se não tratadas adequadamente, levam à morte do animal por complicações ou por inabilidade de sobrevivência no seu habitat natural. O objetivo do presente trabalho foi relatar o uso de placa associada ao pino intramedular e ao biovidro 60S (BV60S) para o tratamento de fratura de fêmur em tamanduá-bandeira. O animal foi resgatado pela polícia ambiental com suspeita de atropelamento. Foi sedado para avaliação clínica e radiográfica, que revelou fratura em fêmur direito. Utilizou-se dexmedetomidina como medicação pré-anestésica, midazolam e cetamina para indução, e isoflurano para manutenção. Também foi realizado bloqueio peridural com bupivacaína e morfina. A osteossíntese foi feita com placa bloqueada 2,7 e pino intramedular 2,5. Colocaram-se 4g de BV60S no foco de fratura para favorecer a osteogênese. O paciente teve recuperação funcional imediata do membro acometido. A reparação óssea ocorreu por segunda intenção, observando-se ossificação completa do calo com consolidação clínica, aos 30 dias, e remodelação quase completa, aos 180 dias. Conclui-se que o uso de placa e pino associado ao BV60S é eficiente no tratamento de fratura de fêmur em tamanduá, permitindo a rápida recuperação e a reintrodução do animal na natureza.(AU)
Roadblocks of wild animals are frequent and often cause bone fractures that if not properly treated lead to the death of the animal due to complications or inability to survive in its natural habitat. The objective of the present study was to report the use of plate rod and bioglass 60S (BG60S) for the treatment of femoral fracture in anteater. The animal was rescued by environmental police on suspicion of being hit. It was sedated for clinical and radiographic evaluation, which revealed a fracture in the right femur. Dexmedetomidine was used as preanesthetic medication, midazolam and ketamine for induction, and isoflurane for maintenance. Epidural blockade with bupivacaine and morphine was also performed. Osteosynthesis was done with a locking plate 2.7 and 2.5 intramedullary pin. 4G of BG60S was placed in the focus of fracture to favor osteogenesis. The patient had immediate functional recovery of the affected limb. The bone repair occurred by second intention, with complete ossification of the callus with clinical consolidation at 30 days, and near complete remodeling at 180 days. It is concluded that the use of plate rod to the BG60S is efficient in the treatment of femur fracture in anteater, allowing the rapid recovery and reintroduction of the animal in the wild.(AU)
Assuntos
Animais , Xenarthra/cirurgia , Fraturas do Fêmur/veterinária , Fixação Interna de Fraturas/métodos , Fixação Interna de Fraturas/veterinária , Osteogênese/fisiologia , Materiais Biocompatíveis/uso terapêutico , Fraturas Ósseas , Anestesia por Condução/veterináriaResumo
Atropelamentos de animais silvestres são frequentes e muitas vezes causam fraturas ósseas que, se não tratadas adequadamente, levam à morte do animal por complicações ou por inabilidade de sobrevivência no seu habitat natural. O objetivo do presente trabalho foi relatar o uso de placa associada ao pino intramedular e ao biovidro 60S (BV60S) para o tratamento de fratura de fêmur em tamanduá-bandeira. O animal foi resgatado pela polícia ambiental com suspeita de atropelamento. Foi sedado para avaliação clínica e radiográfica, que revelou fratura em fêmur direito. Utilizou-se dexmedetomidina como medicação pré-anestésica, midazolam e cetamina para indução, e isoflurano para manutenção. Também foi realizado bloqueio peridural com bupivacaína e morfina. A osteossíntese foi feita com placa bloqueada 2,7 e pino intramedular 2,5. Colocaram-se 4g de BV60S no foco de fratura para favorecer a osteogênese. O paciente teve recuperação funcional imediata do membro acometido. A reparação óssea ocorreu por segunda intenção, observando-se ossificação completa do calo com consolidação clínica, aos 30 dias, e remodelação quase completa, aos 180 dias. Conclui-se que o uso de placa e pino associado ao BV60S é eficiente no tratamento de fratura de fêmur em tamanduá, permitindo a rápida recuperação e a reintrodução do animal na natureza.(AU)
Roadblocks of wild animals are frequent and often cause bone fractures that if not properly treated lead to the death of the animal due to complications or inability to survive in its natural habitat. The objective of the present study was to report the use of plate rod and bioglass 60S (BG60S) for the treatment of femoral fracture in anteater. The animal was rescued by environmental police on suspicion of being hit. It was sedated for clinical and radiographic evaluation, which revealed a fracture in the right femur. Dexmedetomidine was used as preanesthetic medication, midazolam and ketamine for induction, and isoflurane for maintenance. Epidural blockade with bupivacaine and morphine was also performed. Osteosynthesis was done with a locking plate 2.7 and 2.5 intramedullary pin. 4G of BG60S was placed in the focus of fracture to favor osteogenesis. The patient had immediate functional recovery of the affected limb. The bone repair occurred by second intention, with complete ossification of the callus with clinical consolidation at 30 days, and near complete remodeling at 180 days. It is concluded that the use of plate rod to the BG60S is efficient in the treatment of femur fracture in anteater, allowing the rapid recovery and reintroduction of the animal in the wild.(AU)
Assuntos
Animais , Xenarthra/cirurgia , Fraturas do Fêmur/veterinária , Fixação Interna de Fraturas/métodos , Fixação Interna de Fraturas/veterinária , Osteogênese/fisiologia , Materiais Biocompatíveis/uso terapêutico , Fraturas Ósseas , Anestesia por Condução/veterináriaResumo
A modified cervical paravertebral block of the brachial plexus was performed with the aid of a nerve stimulator for osteosynthesis with four intramedullary pins in a 5-month-old colt weighing 180 kg diagnosed with a closed, complete, and oblique humerus fracture. Xylazine 2% (0.5 mg kg-1 IV) was administered as the pre-anesthetic medication. Anesthesia was induced with ketamine 10% (2 mg kg-1 IV) and midazolam 0.5% (5 mg kg-1 IV) and maintained with isoflurane. The animal was on mechanical ventilation. The nerve block was induced with administration of ropivacaine 0.75% in the ventral branches of C6 (intervertebral space C5âC6) and C7 (intervertebral space C6âC7) and in the branches of C8 and T1 at their convergence at the cranial margin of the first rib. During the 130-min duration of the surgery, no analgesic rescue was required. In conclusion, this blockade can be performed safely and promotes numbness of the humeral and olecranon regions.
Realizou-se o bloqueio paravertebral cervical modicado do plexo braquial, com auxÃlio de estimulador de nervos, para execução de osteossÃntese com quatro pinos intramedulares, em potro de 5 meses, com 180 kg, diagnosticado com fratura fechada, completa e oblÃqua de úmero. O animal foi submetido a anestesia com medicação pré-anestésica, xilazina 2% (0,5 mg kg-1 IV) e indução anestésica com cetamina 10% (2 mg kg-1 IV) associada ao midazolam 0,5% (0,5 mg kg-1 IV). A manutenção anestésica foi feita com isoflurano, sendo sempre mantido em ventilação mecânica. O bloqueio foi feito com ropivacaÃna 0,75% nos ramos ventrais de C6 (espaço intervertebral C5 â C6), C7 (espaço intervertebral C6 â C7) e nos ramos de C8 e T1 em sua convergência na margem cranial da primeira costela. Durante os 130 minutos de duração da cirurgia, não foi necessário qualquer resgate analgésico. Conclui-se que esse bloqueio foi realizado de forma segura e promoveu insensibilidade da região de úmero e olecrano.
Resumo
Background: Mammary tumors are the most common neoplasms in female dogs. Surgical removal of the mammary glandchain is considered the standard treatment and is usually performed along with ovariohysterectomy (OH) to suppressovarian hormonal influence. Mastectomies cause moderate to severe pain and require preferential multimodal analgesicprotocols. The aim of this study was to compare the postoperative analgesic efficacy and the recovery times on femaledogs undergoing mastectomies and OH between those treated with epidural levobupivacaine alone and those treated withassociated doses of tramadol and anesthetized with propofol.Materials, Methods & Results: Eighteen female dogs were pretreated with acepromazine (0.03 mg/kg), using propofol(4 mg/kg) for induction and anesthesia maintenance. The dogs were randomly divided into three groups (n = 6) treatedwith epidural anesthesia with levobupivacaine alone at 1.5 mg/kg (GL) or associated with tramadol at doses of 2 mg/kg(GLT2) or 4 mg/kg (GLT4). After anesthesia, the mean propofol infusion rate for each group were calculed. During thepostoperative period, the degree of analgesia according to the University of Melbourne Pain Scale for 6 hours were determined, considering seven time points for evaluation (M30, M60, M90, M120, M180, M240, and M360). Supplementalanalgesia with morphine (0.5 mg/kg) to those dogs with scores ≥13 were provided. During the recovery period, the timeintervals between the end of anesthesia, and the following events: extubation (EX), the first head movement (MC), and theestablishment of sternal (PE) and quadrupedal (PQ) positions were measured. Data were subjected to the Friedman testfor analysis of non-parametric variables within the same group and to the MannWhitney test for independent variables,comparing the mean scores between groups (statistical significance was set at P < 0.05). In the GL group, a higher meanpropofol infusion rate than in either the ...
Assuntos
Feminino , Animais , Cães , Analgesia Epidural/veterinária , Analgésicos Opioides , Cuidados Pós-Operatórios/veterinária , Dor Pós-Operatória/veterinária , Propofol , Tramadol/análise , Histerectomia/veterinária , Mastectomia/veterinária , Ovariectomia/veterináriaResumo
Background: Mammary tumors are the most common neoplasms in female dogs. Surgical removal of the mammary glandchain is considered the standard treatment and is usually performed along with ovariohysterectomy (OH) to suppressovarian hormonal influence. Mastectomies cause moderate to severe pain and require preferential multimodal analgesicprotocols. The aim of this study was to compare the postoperative analgesic efficacy and the recovery times on femaledogs undergoing mastectomies and OH between those treated with epidural levobupivacaine alone and those treated withassociated doses of tramadol and anesthetized with propofol.Materials, Methods & Results: Eighteen female dogs were pretreated with acepromazine (0.03 mg/kg), using propofol(4 mg/kg) for induction and anesthesia maintenance. The dogs were randomly divided into three groups (n = 6) treatedwith epidural anesthesia with levobupivacaine alone at 1.5 mg/kg (GL) or associated with tramadol at doses of 2 mg/kg(GLT2) or 4 mg/kg (GLT4). After anesthesia, the mean propofol infusion rate for each group were calculed. During thepostoperative period, the degree of analgesia according to the University of Melbourne Pain Scale for 6 hours were determined, considering seven time points for evaluation (M30, M60, M90, M120, M180, M240, and M360). Supplementalanalgesia with morphine (0.5 mg/kg) to those dogs with scores ≥13 were provided. During the recovery period, the timeintervals between the end of anesthesia, and the following events: extubation (EX), the first head movement (MC), and theestablishment of sternal (PE) and quadrupedal (PQ) positions were measured. Data were subjected to the Friedman testfor analysis of non-parametric variables within the same group and to the MannWhitney test for independent variables,comparing the mean scores between groups (statistical significance was set at P < 0.05). In the GL group, a higher meanpropofol infusion rate than in either the ...(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Cães , Tramadol/análise , Analgesia Epidural/veterinária , Analgésicos Opioides , Cuidados Pós-Operatórios/veterinária , Dor Pós-Operatória/veterinária , Propofol , Mastectomia/veterinária , Ovariectomia/veterinária , Histerectomia/veterináriaResumo
Objetivou-se comparar os efeitos fisiológicos, analgésicos e sobre a taxa de infusão de propofol, decorrentes da anestesia epidural com lidocaína, associada ao tramadol ou à dexmedetomidina, em felinas submetidas à ovariosalpingohisterectomia (OSH). Para tal, 16 felinas hígidas foram pré-tratadas com acepromazina 0,08mg/kg/IM, utilizando-se propofol para a indução (dose-efeito) e manutenção anestésicas. Após indução, as gatas foram aleatoriamente distribuídas em dois grupos (n=8), designados: grupo lidocaína-tramadol (GLT), tratado com lidocaína (3,0mg/kg) associada ao tramadol (2,0mg/kg); e grupo lidocaína-dexmedetomidina (GLD), tratado com lidocaína (3,0mg/kg) associada à dexmedetomidina (2µg/kg), pela via epidural. Durante a OSH, a infusão de propofol foi aumentada ou reduzida, objetivando-se manutenção de plano anestésico cirúrgico. Foram avaliados os parâmetros: f, FC, SPO2, EtCO2, PAS, PAD, PAM, T°C, nos períodos pré (M1) e transoperatórios (M2 a M7); a taxa mínima de propofol necessária; o tempo de recuperação anestésica e a qualidade da analgesia pós-cirúrgica durante seis horas. Ambos os tratamentos garantiram baixas taxas mínimas de infusão de propofol, todavia o uso da dexmedetomidina resultou em bradicardia inicial, elevação da pressão arterial, maior tempo de recuperação e menor qualidade analgésica, quando comparada ao tramadol.(AU)
The aim of this study was to compare the physiological and analgesic effects and the minimum infusion rate of propofol of epidural anesthesia with lidocaine associated to tramadol or dexmedetomidine, in cats undergoing ovariosalpingohysterectomy (OSH). For this purpose, 16 healthy cats were pretreated with acepromazine (0.08mg kg -1 IM) and propofol was used for induction (dose-effect) and maintenance of anesthesia. After induction, the cats were assigned in two randomized groups (n= 8), named: Lidocaine-tramadol group (LTG), treated with lidocaine (3mg kg -1 ) associated to tramadol (2mg kg -1 ) and Lidocaine-dexmedetomidine group (LDG), treated with lidocaine (3mg kg -1 ) associated to dexmedetomidine (2ïg kg -1 ), by epidural route. During OSH, propofol infusion was increased or decreased, setting to maintain surgical anesthetic depth. The parameters f, HR, SPO 2 , EtCO 2 , SAP, DAP, MAP, T°C in the pre (M1) and trans-operative periods (M2 to M7); minimum infusion rate of propofol; time of anesthetic recovery and quality of postoperative analgesia during six-hour interval, were evaluated. Both protocols provided low minimum infusion rate of propofol. However, dexmedetomidine resulted in initial bradycardia, elevated blood pressure, longer recovery time, and lower analgesic quality when compared to tramadol.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Gatos , Tramadol/administração & dosagem , Dexmedetomidina/administração & dosagem , Anestesia Epidural/veterinária , Lidocaína/administração & dosagem , Ovariectomia/veterinária , Propofol/administração & dosagem , Salpingectomia/veterinária , Histerectomia/veterináriaResumo
Objetivou-se comparar os efeitos fisiológicos, analgésicos e sobre a taxa de infusão de propofol, decorrentes da anestesia epidural com lidocaína, associada ao tramadol ou à dexmedetomidina, em felinas submetidas à ovariosalpingohisterectomia (OSH). Para tal, 16 felinas hígidas foram pré-tratadas com acepromazina 0,08mg/kg/IM, utilizando-se propofol para a indução (dose-efeito) e manutenção anestésicas. Após indução, as gatas foram aleatoriamente distribuídas em dois grupos (n=8), designados: grupo lidocaína-tramadol (GLT), tratado com lidocaína (3,0mg/kg) associada ao tramadol (2,0mg/kg); e grupo lidocaína-dexmedetomidina (GLD), tratado com lidocaína (3,0mg/kg) associada à dexmedetomidina (2µg/kg), pela via epidural. Durante a OSH, a infusão de propofol foi aumentada ou reduzida, objetivando-se manutenção de plano anestésico cirúrgico. Foram avaliados os parâmetros: f, FC, SPO2, EtCO2, PAS, PAD, PAM, T°C, nos períodos pré (M1) e transoperatórios (M2 a M7); a taxa mínima de propofol necessária; o tempo de recuperação anestésica e a qualidade da analgesia pós-cirúrgica durante seis horas. Ambos os tratamentos garantiram baixas taxas mínimas de infusão de propofol, todavia o uso da dexmedetomidina resultou em bradicardia inicial, elevação da pressão arterial, maior tempo de recuperação e menor qualidade analgésica, quando comparada ao tramadol.(AU)
The aim of this study was to compare the physiological and analgesic effects and the minimum infusion rate of propofol of epidural anesthesia with lidocaine associated to tramadol or dexmedetomidine, in cats undergoing ovariosalpingohysterectomy (OSH). For this purpose, 16 healthy cats were pretreated with acepromazine (0.08mg kg -1 IM) and propofol was used for induction (dose-effect) and maintenance of anesthesia. After induction, the cats were assigned in two randomized groups (n= 8), named: Lidocaine-tramadol group (LTG), treated with lidocaine (3mg kg -1 ) associated to tramadol (2mg kg -1 ) and Lidocaine-dexmedetomidine group (LDG), treated with lidocaine (3mg kg -1 ) associated to dexmedetomidine (2ïg kg -1 ), by epidural route. During OSH, propofol infusion was increased or decreased, setting to maintain surgical anesthetic depth. The parameters f, HR, SPO 2 , EtCO 2 , SAP, DAP, MAP, T°C in the pre (M1) and trans-operative periods (M2 to M7); minimum infusion rate of propofol; time of anesthetic recovery and quality of postoperative analgesia during six-hour interval, were evaluated. Both protocols provided low minimum infusion rate of propofol. However, dexmedetomidine resulted in initial bradycardia, elevated blood pressure, longer recovery time, and lower analgesic quality when compared to tramadol.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Gatos , Tramadol/administração & dosagem , Dexmedetomidina/administração & dosagem , Anestesia Epidural/veterinária , Lidocaína/administração & dosagem , Ovariectomia/veterinária , Propofol/administração & dosagem , Salpingectomia/veterinária , Histerectomia/veterináriaResumo
O estudo dos dados anatômicos é fundamental para possibilitar ao médico veterinário o reconhecimento de pequenas estruturas, como os nervos nos animais, oferecendo subsídio para construção do conhecimento do profissional principalmente em técnicas anestésicas e cirúrgicas. Para investigar e mapear os nervos do plexo braquial (nervo radial, nervo musculocutâneo, nervo ulnar, nervo mediano), nervo isquiático, nervo tibial, nervo femoral e os nervos para bloqueio paravertebral, foram utilizados um cadáver canino adulto, de peso aproximado de 8kg, e um cadáver de bezerro Holandês, de peso aproximado de 40kg. O mapeamento dos nervos é de grande importância, já que conhecer bem essas estruturas permite ao veterinário um bom desenvolvimento de suas atividades profissionais a fim de exercer funções mais complexas durante a anestesia e cirurgia veterinária, uma vez que, identificados os pontos de referência anatômicos, é possível trabalhar com mais clareza nas técnicas de bloqueios dos nervos periféricos.(AU)
Knowledge of animal anatomy is essential for the veterinarian to identify small structures such as nerves, thus providing a solid background for the professional especially for surgical and anesthetic techniques. To investigate and map the nerves of the brachial plexus (radial, musculocutaneous, ulnar, median), sciatic, tibial, femoral and the nerves for paravertebral blocking in bovine, embalmed specimens were used. One adult male dog weighing approximately 8kg and one 40kg male calf were used. Nerve mapping is fundamental due to its interdisciplinary nature, thus providing the veterinarian with a major improvement in his/her professional activities which permits allows one to perform complex tasks in anesthesia and veterinary surgery. Knowledge ofanatomical reference points increases clarity and precision in techniques involving peripheral nerve blocks.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Cães , Bovinos/anatomia & histologia , Cães/anatomia & histologia , Nervos Periféricos/diagnóstico por imagem , Anestesia Local/veterináriaResumo
O estudo dos dados anatômicos é fundamental para possibilitar ao médico veterinário o reconhecimento de pequenas estruturas, como os nervos nos animais, oferecendo subsídio para construção do conhecimento do profissional principalmente em técnicas anestésicas e cirúrgicas. Para investigar e mapear os nervos do plexo braquial (nervo radial, nervo musculocutâneo, nervo ulnar, nervo mediano), nervo isquiático, nervo tibial, nervo femoral e os nervos para bloqueio paravertebral, foram utilizados um cadáver canino adulto, de peso aproximado de 8kg, e um cadáver de bezerro Holandês, de peso aproximado de 40kg. O mapeamento dos nervos é de grande importância, já que conhecer bem essas estruturas permite ao veterinário um bom desenvolvimento de suas atividades profissionais a fim de exercer funções mais complexas durante a anestesia e cirurgia veterinária, uma vez que, identificados os pontos de referência anatômicos, é possível trabalhar com mais clareza nas técnicas de bloqueios dos nervos periféricos.(AU)
Knowledge of animal anatomy is essential for the veterinarian to identify small structures such as nerves, thus providing a solid background for the professional especially for surgical and anesthetic techniques. To investigate and map the nerves of the brachial plexus (radial, musculocutaneous, ulnar, median), sciatic, tibial, femoral and the nerves for paravertebral blocking in bovine, embalmed specimens were used. One adult male dog weighing approximately 8kg and one 40kg male calf were used. Nerve mapping is fundamental due to its interdisciplinary nature, thus providing the veterinarian with a major improvement in his/her professional activities which permits allows one to perform complex tasks in anesthesia and veterinary surgery. Knowledge ofanatomical reference points increases clarity and precision in techniques involving peripheral nerve blocks.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Cães , Bovinos/anatomia & histologia , Cães/anatomia & histologia , Nervos Periféricos/diagnóstico por imagem , Anestesia Local/veterináriaResumo
Objetivou-se relatar a utilização do neurolocalizador para bloqueio do plexo braquial bilateral em tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla). O animal, pesando 5kg, atendido pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul para realização de exames complementares, sendo, posteriormente, encaminhado para cirurgia de osteossíntese de úmero e rádio/ulna esquerdo e colocação de fio de cerclagem em olécrano direito. O paciente foi pré-medicado com cetamina S (5mg/kg) + midazolam (0,15mg/kg), indução anestésica com propofol (5mg/kg) e manutenção anestésica com isoflurano, com o auxílio de máscara. Os parâmetros cardiovasculares e respiratórios foram monitorados durante todo o procedimento. Realizou-se o bloqueio do plexo braquial em ambos os membros utilizando-se estimulador de nervos periféricos. Os anestésicos locais empregados foram lidocaína 2% sem vasoconstritor (3mg/kg) + ropivacaína 0,75% sem vasoconstritor (1mg/kg). O bloqueio foi realizado primeiramente no membro torácico direito, e, após realização do procedimento cirúrgico, o mesmo bloqueio foi realizado no membro contralateral. O paciente teve recuperação tranquila ausente de vocalização e expressão álgica, e a soltura ocorreu após 120 dias.(AU)
The aim of this study was to report the use of the neurolocalizer for blocking the bilateral brachial plexus in tamanduá-mirin. The subject weighing 5kg was attended by the Center for the Rehabilitation of Wild Animals and referred to the Veterinary Hospital of the Federal University of Mato Grosso do Sul for complementary tests. Through the examinations, the need to perform humerus and left radius/ulna osteosynthesis and cerclagem placement on right olecranon was established. For surgery performance, the patient was pre-medicated with ketamine S (5mg/kg-1) associated to midazolam (0.15mg/kg-1) via intramuscular and intravenous propofol (5mg/kg-1) was used for induction. The anesthetic maintenance was performed with isoflurane, provided by an oxygen mask. Cardiovascular and respiratory parameters were monitored throughout the procedure. Brachial plexus block was performed in both limbs using peripheral nerve stimulator. The local anesthetics used were lidocaine without vasoconstrictor (3mg/kg-1) plus 0.75% ropivacaine without vasoconstrictor (1mg/kg-1). Blocking was first performed on the right thoracic limb followed by the surgical procedure. The same blockage was performed on the contralateral limb. The patient had a smooth recovery, without vocalization and pain. The release to its natural habitat occurred after 120 days.(AU)
Assuntos
Animais , Xenarthra/anormalidades , Xenarthra/anatomia & histologia , Bloqueio Nervoso , Nervos PeriféricosResumo
Objetivou-se relatar a utilização do neurolocalizador para bloqueio do plexo braquial bilateral em tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla). O animal, pesando 5kg, atendido pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul para realização de exames complementares, sendo, posteriormente, encaminhado para cirurgia de osteossíntese de úmero e rádio/ulna esquerdo e colocação de fio de cerclagem em olécrano direito. O paciente foi pré-medicado com cetamina S (5mg/kg) + midazolam (0,15mg/kg), indução anestésica com propofol (5mg/kg) e manutenção anestésica com isoflurano, com o auxílio de máscara. Os parâmetros cardiovasculares e respiratórios foram monitorados durante todo o procedimento. Realizou-se o bloqueio do plexo braquial em ambos os membros utilizando-se estimulador de nervos periféricos. Os anestésicos locais empregados foram lidocaína 2% sem vasoconstritor (3mg/kg) + ropivacaína 0,75% sem vasoconstritor (1mg/kg). O bloqueio foi realizado primeiramente no membro torácico direito, e, após realização do procedimento cirúrgico, o mesmo bloqueio foi realizado no membro contralateral. O paciente teve recuperação tranquila ausente de vocalização e expressão álgica, e a soltura ocorreu após 120 dias.(AU)
The aim of this study was to report the use of the neurolocalizer for blocking the bilateral brachial plexus in tamanduá-mirin. The subject weighing 5kg was attended by the Center for the Rehabilitation of Wild Animals and referred to the Veterinary Hospital of the Federal University of Mato Grosso do Sul for complementary tests. Through the examinations, the need to perform humerus and left radius/ulna osteosynthesis and cerclagem placement on right olecranon was established. For surgery performance, the patient was pre-medicated with ketamine S (5mg/kg-1) associated to midazolam (0.15mg/kg-1) via intramuscular and intravenous propofol (5mg/kg-1) was used for induction. The anesthetic maintenance was performed with isoflurane, provided by an oxygen mask. Cardiovascular and respiratory parameters were monitored throughout the procedure. Brachial plexus block was performed in both limbs using peripheral nerve stimulator. The local anesthetics used were lidocaine without vasoconstrictor (3mg/kg-1) plus 0.75% ropivacaine without vasoconstrictor (1mg/kg-1). Blocking was first performed on the right thoracic limb followed by the surgical procedure. The same blockage was performed on the contralateral limb. The patient had a smooth recovery, without vocalization and pain. The release to its natural habitat occurred after 120 days.(AU)
Assuntos
Animais , Xenarthra/anormalidades , Xenarthra/anatomia & histologia , Nervos Periféricos , Bloqueio NervosoResumo
O trabalho teve o objetivo de investigar os efeitos analgésicos perioperatórios do bloqueio do plano transverso do abdômen ou epidural utilizando ropivacaína e dexmedetomidina em gatas submetidas a ovariohisterectomia (OVH). Foram selecionadas dezesseis gatas hígidas, pelo curto brasileiro, com idade entre 8 meses e 5 anos e peso entre 1,8 e 3,8kg. Os animais foram pré-medicados com dexmedetomidina (5µg/kg) por via intramuscular (IM). A anestesia foi induzida com propofol e mantida com isofluorano em oxigênio 100%. Todos os animais receberam ampicilina (20mg/kg) por via intravenosa (IV) após a indução. As gatas foram alocadas aleatoriamente em dois grupos, TAP e EPI. Os animais do TAP foram submetidos ao bloqueio do plano transverso do abdômen (TAP BLOCK) com 0,12mL/kg de ropivacaína 0,75% e 1g/kg de dexmedetomidina. Os animais do grupo EPI receberam 0,24mL/kg de ropivacaína 0,75% e 1g/kg de dexmedetomidina pela via epidural sacrococcígea. Foram monitoradas frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (R), pressão arterial sistólica (PAS), fração expirada de CO2 (EtCO2), saturação de oxigênio nas hemoglobinas (SpO2), concentração inspirada de isofluorano (FIIso), ritmo cardíaco (ECG) e temperatura corporal (T) no período transoperatório a cada 5 minutos após a indução, até o final da cirurgia. A presença e intensidade de dor foi avaliada 1, 2, 4, 6, 8, 12, 16, 20 e 24 horas após a extubação, utilizandose a Escala multidimensional da UNESP-Botucatu e a escala Short Form Glasgow. Administrou-se analgesia adicional com 0,3mg/kg de metadona IM quando a pontuação foi maior de 8 pontos em qualquer uma das escalas. Foi utilizado o software Package Statistic 8.0 para realização das análises estatísticas. Valores de p<0,05 foram considerados significantes. Houve redução da PAS, FC e R após a indução anestésica em ambos os grupos. Houve aumento da FC aos 15 e 20 min. A T diminuiu em ambos os grupos. Foi realizada analgesia adicional no período transoperatório em 7 animais (TAP: 4; EPI: 3), e pós-operatório em 10 animais (TAP: 6; EPI: 4). Não houve diferença na qualidade analgésica perioperatória do TAP BLOCK ou epidural utilizando ropivacaína e dexmedetomidina em gatas submetidas à OVH eletiva. Embora 62,5% dos animais necessitaram de analgesia adicional no pós-operatório, o escore de dor foi baixo em ambos os grupos e não foi necessário repetir o protocolo de analgesia em nenhum dos animais. À seguir será apresentado um artigo conforme as normas da revista Veterinary Anaesthesia and Analgesia.
The aim of the study was to investigate the perioperative analgesic effects of transversus abdominal plane block or epidural using ropivacaine and dexmedetomidine in cats undergoing ovariohysterectomy (OVH). Sixteen healthy cats were selected, Brazilian shorthair, aged between 8 months and 5 years and weight between 1.8 and 3.8 kg. The animals were premedicated with dexmedetomidine (5µg/kg) intramuscularly (IM). Anesthesia was induced with propofol and maintained with isofluorane in 100% oxygen. All animalsreceived ampicillin (20mg/kg) intravenously (IV) after induction. The cats were randomly allocated into two groups, TAP and EPI. The TAP animals received to the transversus abdominin plane block (TAP BLOCK) with 0.12mL/kg of 0.75% ropivacaine and 1g/kg of dexmedetomidine. The animals in the EPI group received 0.24mL / kg of 0.75% ropivacaine and 1g / kg of dexmedetomidine via the sacrococcygeal epidural route. Heart rate (HR), respiratory rate (R), systolic blood pressure (SAP), expired CO2 fraction (EtCO2), oxygen saturation in hemoglobins (SpO2), inspired isofluorane concentration (FiIso), eletrocardiogram (ECG) were monitored and body temperature (T) in the transoperative period every 5 minutes after induction, until the end of surgery. The presence and intensity of pain was assessed 1, 2, 4, 6, 8, 12, 16, 20 and 24 hours after extubation, using the UNESP-Botucatu multidimensional scale and the Short Form Glasgow scale. Additional analgesia was administered with 0.3 mg/kg of methadone IM when the score was greater than 8 points on any of the scales. The Package Statistic 8.0 software was used to perform the statistical analysis. Values of p <0.05 were considered significant. There was a reduction in SAP, HR and R after anesthetic induction in both groups. There was an increase in HR at 15 and 20 min. T decreased in both groups. Additional analgesia was performed transoperatively in 7 animals (TAP: 4; EPI: 3), and postoperatively in 10 animals (TAP: 6; EPI: 4). There was no difference in the perioperative analgesic quality of TAP BLOCK or epidural using ropivacaine and dexmedetomidine in cats submitted to elective OVH. The protocols did not prevent additional analgesia in 62.5% of the animals. Next, an article will be presented according to the rules of the journal Veterinary Anesthesia and Analgesia.
Resumo
Visando avaliar os efeitos cardiovasculares e analgésicos de dois protocolos epidurais em felinos submetidos à OSH, 16 gatas mestiças, adultas, que, após indução à anestesia geral, receberam anestesia epidural (L7 - S1) com 0,26mL kg-1 de ropivacaína 0,75%, isolada (GR) ou associada a 0,1mg kg-1 morfina (GRM). A ETCO2, f, FC, PAS, T°R e relaxamento muscular foram avaliados no momento basal, 30 minutos após epidural, após incisão de pele, ligadura dos pedículos ovarianos e cérvix, final da celiorrafia e cirurgia, sendo administrado fentanil, caso ocorresse aumento de 20% na PAS, FC ou f em relação ao momento basal. Ao final do procedimento, foram avaliados, com auxílio de uma escala multidimensional de dor aguda em felinos, durante 12 horas, e, quando a pontuação fosse 8, era realizado resgate analgésico com morfina 0,2mg kg-1. Não ocorreram diferenças entre ETCO2, f, T°C e relaxamento muscular. A PAS aumentou em ambos os grupos durante o pinçamento dos pedículos ovarianos e cérvix, quando 100% dos animais do GR e 87,5% do GRM necessitaram fentanil transoperatório. Em 100% dos animais do GR, houve necessidade de morfina pós-operatória às 2 e 4 horas de avaliação, comparados com 50% e 37,5% no GRM. Nos momentos seguintes aos resgates, o somatório de pontos foi semelhante entre grupos. Conclui-se que a administração epidural de ropivacaína associada à morfina em gatas submetidas à ovariosalpingohisterectomia reduz o requerimento analgésico pós-operatório em até 56,2%, durante as primeiras 4 horas, e promove analgesia adequada durante 12 horas, quando comparado à ropivacaína isolada.(AU)
Seeking to evaluate the cardiovascular and analgesic effects of two epidural protocols in cats undergoing OH, 16 female adult mixed-breed cats were induced to general anesthesia, and then epidural was achieved with 0,26mL kg-1 of isolated ropivacaine (GR) (0,75%) or associated with 0,1mg kg-1 morphine (GRM). ETCO2, RR, HR, SAP, T° and muscular relaxation were evaluated in baseline, 30 minutes after epidural; after skin incision, ovarian pedicles and uterine cervix ligation; end of laparohraphy; and end of surgery. They received fentanyl if SAP, HR or f, rise in 20% of baseline. At the end of OH, a multidimensional pain scale for cats was used during 12 hours, and rescued with morphine 0,2mg kg-1, when the scale score was 8 points. There were no differences in ETCO2, RR, T°C and muscular relaxation. SAP increased in both groups during the ovarian pedicle and cervix clamping. In 100% of the animals in GR and 87.5% of the GRM, it was necessary fentanyl during surgery. In 100% of GR animals was required analgesic rescue with morphine at 2 and 4 hours of postoperative evaluation, compared with 50% and 37,5% in GRM, where after the analgesic rescue, in the next hours, the sum of points was similar between groups. It was concluded that epidural administration of morphine and ropivacaine in cats submitted to OH, reduces post operatory analgesic requirements to 56,2% during the first four hours, and promote adequate analgesia for 12 hours in cats submitted to OH, when compared to ropivacaine alone.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças do Gato , Ropivacaina/administração & dosagem , Ropivacaina/uso terapêutico , Morfina/administração & dosagem , Morfina/uso terapêutico , Analgesia/veterináriaResumo
A anestesia locorregional, como estratégia analgésica perioperatória, proporciona diminuição do requerimento de anestésicos e analgesia pós-cirúrgica. Objetivou-se comparar os efeitos cardiorrespiratórios, sobre o consumo anestésico e a eficiência analgésica da levobupivacaína, para bloqueio do plano transverso abdominal (PTA) guiado por ultrassom, associado a aspersão intraperitoneal, ao uso epidural, em cadelas submetidas a ovariohisterectomia (OH), anestesiadas com propofol. Foram utilizadas 14 cadelas adultas hígidas, pré-medicadas com maleato de acepromazina (0,03 mg/kg) e cloridrato de petidina (3 mg/kg) intramuscular, utilizando-se propofol para indução (5 mg/kg) e manutenção anestésicas, sob ventilação espontânea (FiO2 = 1,0). As cadelas foram distribuídas em dois grupos (n = 7): o grupo GA recebeu levobupivacaína (1 mg/kg a 0,25%) no bloqueio guiado por ultrassom do PTA bilateral e por instilação intraperitoneal e o grupo GB foi tratado com o mesmo fármaco (2mg/kg a 0,5%) pela via epidural (0,1 ml/cm da distância occípto-coccígea). Decorridos 20 minutos, procedeu-se a OH, avaliando-se os parâmetros: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f), pressão arterial sistólica (PAS) diastólica (PAD) e média (PAM), saturação parcial de oxigênio na hemoglobina (SpO2) e concentração final expirada de dióxido de carbono (ETCO2) nos momentos de estímulos álgico supramáximos: final da celiotomia (M2); pinçamento do pedículo ovariano direito (M3) e esquerdo (M4); pinçamento da cérvix uterina (M5); rafias da musculatura (M6), subcutânea (M7) e da pele (M8). Durante o período pós-operatório foram determinados: a qualidade da recuperação anestésica; o tempo entre o término da anestesia e: extubação (EX), movimentação da cabeça (MC), posição esternal (PE) e posição quadrupedal (PQ) e escores de acordo com a Escala de dor da Universidade de Melboume (EDUM) por um período de seis horas (M30, M60, M90, M120, M180, M240 e M360). Os tratamentos determinaram consumo de propofol similares, detectando-se maiores médias de FC no GB (M2, M4, M6, M7 e M8). Em M1, constatou-se menores valores de PAM e PAD para o GB e menores médias de f para o GA. A qualidade do despertar foi regular para o GA (100%), com perfil regular (6/7; 85.7%) ou excelente (1/7; 14.28%) para o GB. Maiores intervalos MC (p = 0.008) e PE (p = 0.024) foram detectados para o GA, além de maiores escores de dor aos 90 minutos pós-cirúrgicos porém, não foram necessários resgates analgésicos em ambos os tratamentos. Foram constatados tremores musculares, micção, defecação, vômito e náusea, sem variação significativa entre grupos. O uso da levobupivacaína no bloqueio bilateral do plano transverso abdominal guiado por ultrassom associado à instilação intraperitoneal pode ser uma alternativa ao uso epidural como parte de protocolos anestésicos multimodais para cirurgias intra abdominais, por proporcionarem analgesia similar. Ambas as técnicas garantiram estabilidade cardiorrespiratória e determinaram efeitos similares sobre o consumo de propofol, contudo resultaram em elevada incidência de vômito e tremores musculares.
Locoregional anesthesia, as a perioperative analgesic strategy, provides decrease in anesthetic requirements and post-surgical analgesia. The aim of this study was to compare the cardiorespiratory effects, anesthetic sparing and analgesic efficiency of levobupivacaine used to ultrasound-guided transverse abdominal (PTA) block, associated to intraperitoneal instillation, versus epidural use, in female dogs undergoing ovariohysterectomy (OH), anesthetized with propofol. Fourteen healthy adult dogs, premedicated with acepromazine maleate (0.03 mg / kg) and pethidine hydrochloride (3 mg / kg), intramusculaly, were used. Propofol was used for induction (5 mg / kg) and anesthetic maintenance, under spontaneous ventilation (FiO2 = 1.0). Dogs were assigned into two groups (n = 7): the GA group received bilateral levobupivacaine (1 mg / kg to 0.25%) in the PTA ultrasound-guided block and by intraperitoneal instillation and the GB group was treated with the same drug (2mg / kg to 0.5%) by epidural route (0.1 ml / cm of the occipito-coccigen distance). After 20 minutes, OH was performed. Heart rate (HR), respiratory rate (f), diastolic systolic blood pressure (DBP) and mean (MAP), partial oxygen saturation in hemoglobin (SpO2) and final expired concentration of carbon dioxide (ETCO2) was evalluated at supramaximal stimulus moments: end of celiotomy (M2); clamping of the right (M3) and left (M4) ovarian pedicles; clamping of the uterine cervix (M5); musculature (M6), subcutaneous (M7) and skin (M8) rafias. During postoperative period, the quality of anesthetic recovery and the time between the end of the anesthesia and: extubation (EX), head movement (MC), sternal position (PE) and quadrupedal position (PQ), was registered; Pain assessment was performed according Melboume University Pain Scale (EDUM) for six hours-postoperative (M30, M60, M90, M120, M180, M240 and M360). The treatments determined similar propofol consumption, detecting higher mean HR in GB (M2, M4, M6, M7 and M8). In M1, lower values of PAM and PAD for GB and lower mean values of f for GA were found. The quality of recovery was regular in both treatments. Higher MC (p = 0.008) and PE (p = 0.024) intervals were detected for GA, in addition to higher pain scores at 90 minutes postoperatively. No analgesic rescues were necessary. Muscle tremors, urination, defecation, vomiting and nausea were observed without significant variation between groups. Levobupivacaine in bilateral ultrasound-guided transverse abdominis plane block associated to intraperitoneal instillation may be an alternative to epidural route, as part of multimodal anesthetic protocols for intra-abdominal surgeries, determining similar postsurgical analgesia. Both techniques ensure cardiorespiratory stability and determine similar effects on propofol consumption, however, result in a high incidence of vomiting and muscle tremors.
Resumo
Este estudo teve por objetivo investigar os efeitos analgésicos trans e pós-operatórios da administração epidural da ropivacaína associada à morfina e/ou xilazina em cadelas submetidas a mastectomia unilateral total. Poucos são os relatos na literatura sobre uso de epidural mastectomia radical. Foram utilizadas 23 cadelas, pre-medicadas com acepromazina (0,02 mg/kg IM) e morfina (0,3 mg/kg IM) , e anestesiadas com propofol e posteriormente isofluorano associado à anestesia epidural com um dos três tratamentos: grupo RM (n=7), ropivacaína com morfina (0,75 e 0,1 mg/kg respectivamente); grupo RX (n=8), ropivacaína com xilazina (0,75 e 0,1 mg/kg respectivamente); e grupo RMX (n=7), ropivacaína associada à morfina e xilazina nas mesmas doses. O volume padronizado final dos tratamentos epidurais foi de 0,35 mL/kg ao serem diluídos com solução salina. Foram avaliados parâmetros cardiovasculares e respiratórios em seis momentos: Basal (durante a anestesia inalatória, antes da anestesia epidural), pós-epidural (30 minutos após tratamento epidural), T1, T2 e T3 (durante incisão da pele e divulsão do tecido dos terços caudal, médio e cranial da cadeia mamária, respectivamente) e T4 (rafia). Os escores de dor (escalas de Glasgow e EAVID) e necessidade de resgates analgésicos no pós-operatório foram avaliados durante 24 horas. Houve menor requerimento de isofluorano nos animais dos grupos RX (1,1±0,2% em T3 e T4) e RMX (0,9 a 1,0±0,2% em T2, T3 e T4) versus o RM (1,3±0,2%). Nos grupos RX e RMX, houve diminuição da frequência cardíaca (RX no pós-epidural e em RMX no pós-epidural e T3) quando comparada com o basal mas não houve variações das pressões arteriais intra-grupo nem entre os grupos. O resgate pós-operatório foi necessário em 85,7%, 14,3% e 25,0% dos animais dos grupos RX, RM e RMX respectivamente. Os escores de dor foram menores nas primeiras quatro horas de pós-operatório no grupo RMX versus RX. Os animais do grupo RX demoraram mais para se manter em posição quadrupedal que o grupo RM (335 ± 82 versus 113 ± 69 minutos respectivamente) e teve maiores tempos de bloqueio motor (299 ± 90 versus 195 ± 37 minutos respectivamente). Quando administrados por via epidural, os três tratamentos fornecem analgesia trans-operatória aceitável para cadelas submetidas à mastectomia unilateral total, com mínimos efeitos cardiovasculares. A analgesia pós-operatória é mais prolongada nos protocolos de anestesia que têm morfina na sua composição (RM e RMX). Os protocolos com xilazina podem reduzir o requerimento de isofluorano, mas podem retardar o tempo de deambulação das cadelas.
This study aimed to investigate the intra and postoperative analgesic effects of epidural administration of ropivacaine combined with morphine and/or xylazine in bitches undergoing total unilateral mastectomy. There are few reports in the literature on the use of epidural in radical mastectomy. Twenty-three bitches were pre-medicated with acepromazine (0.02 mg/kg IM) and morphine (0.3 mg/kg IM) and anesthetized with propofol and isoflurane associated with epidural anesthesia with one of three treatments: RM group (n = 7), ropivacaine with morphine (0.75 and 0.1 mg/kg respectively); RX group (n = 8), ropivacaine with xylazine (0.75 and 0.1 mg/kg respectively); and RMX group (n = 7), ropivacaine combined with morphine and xylazine at the same doses. The final standarized volume of the epidural treatments was 0.35 mL/kg when diluted with saline solution. Cardiovascular and respiratory parameters were evaluated in six moments: Basal (during inhalational anesthesia, before epidural anesthesia), post-epidural (30 minutes after epidural treatment), T1, T2 and T3 (skin incision and divulsion of the caudal, middle and cranial thirds of the mammary chain, respectively) and T4 (raffia). Pain scores (Glasgow scales and EAVIDs) and the need for postoperative analgesic rescues were evaluated for 24 hours. The intraoperative requirement for isofliurane was lower in the RX (1.1±0.2% in T3 and T4) and RMX (0.9 to 1.0±0.2% in T2, T3 and T4) groups versus RM group (1.3±0.2%). Heart rate decreased bellow baseline in the RX and RMX groups, (post-epidural in RX group and post-epidural and T3 in RMX group) when compared to baseline but there was no significant change in blood pressure within any group or among groups. Postoperative analgesic rescue was necessary in 85.7%, 14.3% and 25.0% of the animals of the RX, RM and RMX groups, respectively. Pain scores were significantly lower from 1 to 4 hours postoperatively in the RMX versus RX group. Time to standing was longer in the RX group than the RM group (335 ± 82 versus 113 ± 69 minutes, respectively) and duration of motor block was also longer in the RX compared to the RM group (299 ± 90 versus 195 ± 37 minutes respectively). When administered epidurally, all three treatments provide acceptable intraoperative analgesia for bitches undergoing total unilateral mastectomy with minimal cardiovascular adverse effects. Postoperative analgesia is longer in protocols containing morphine (RM and RMX groups). Protocols containing xylazine may reduce the intraoperative requirement of isoflurane, but may prolong the time until mbulation of the dogs