Resumo
El Didelphis aurita, conocido como comadreja de orejas negras, es un marsupial con amplia distribución en la América del Sur, frecuente tanto en los ambientes silvestres como antrópicos debido a su gran plasticidad ecológica. Animales de esta especie son comúnmente atendidos en la medicina de animales silvestres y vienen siendo empleados como modelos experimentales alternativos a especies tradicionales. El objetivo de ese trabajo fue relatar la ocurrencia de un caso de vena renal doble en un espécimen adulto, macho, de D. aurita. Para eso, se ha disecado un cadáver fijado y conservado en solución de formaldehído 10%, previamente inyectado con látex de color azul por la porción torácica de la arteria aorta para facilitar la disección. El espécimen poseía dos venas renales derechas, una vena craneal (11,3 mm) y otra caudal (10,0 mm) que drenaban distintamente para una vena cava caudal. La vena renal izquierda y las arterias renales eran únicas. Aunque la duplicidad de la vena renal es reportada en otras especies como perros, gatos y felideos silvestres, este es el primer relato en el género Didelphis. El conocimiento de las variaciones anatómicas vasculares es relevante para la correcta ejecución de procedimientos veterinarios y en la interpretación de hallazgos experimentales en relación con el sistema urogenital.(AU)
Didelphis aurita, known as black eared oposum, is a marsupial widely distributed in South America, frequently seen in both wild and anthropogenic environments due to its great ecological plasticity. This species is commonly treated in wildlife veterinary services and has been used as alternative experimental models instead of conventional species. The aim of this report was to describe a case of double renal vein in a male, adult, specimen of D. aurita. In order to make the dissection easier, the cadaver was fixed and preserved in 10 % formaldehyde solution, and previously injected with latex in blue color by the thoracic aorta to facilitate dissection. The specimen had two right renal veins, one cranial (11.3 mm) and other caudal (10.0 mm) that drained distinctly for caudal vena cava. The left renal vein and the renal arteries were single. Although double renal vein has been reported in other species, such as dogs, cats and wild felids, this is the first mention in the genus Didelphis. The knowledge of the vascular anatomical variations is relevant for the correct execution of veterinary procedures and the interpretation of experimental findings in urogenital system research.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Animais Selvagens/anatomia & histologia , Marsupiais/anatomia & histologia , Didelphis/anatomia & histologia , Veias Renais/anatomia & histologia , Veias Renais/crescimento & desenvolvimento , Fenômenos Fisiológicos Cardiovasculares , Variação AnatômicaResumo
São descritas a morfologia e a distribuição de glicogênio e mucossubstâncias na próstata e nas glândulas bulbouretrais de Metachirus nudicaudatus (Geoffroy, 1803), única espécie do gênero. A próstata é envolvida pelas túnicas adventícia e muscular, e o estroma é formado pelo conjuntivo da mucosa uretral. O parênquima é constituído pelos túbulos secretores, disseminados na mucosa uretral, e que diferem histológica e histoquimicamente nos segmentos cranial, médio e caudal. Essas diferenças morfo-histoquímicas também são observadas nas partes externa, média e interna de cada túbulo. De um modo geral, os três segmentos prostáticos secretam mucossubstâncias neutras, porém o segmento caudal produz também glicogênio. Os três pares de glândulas bulbouretrais (laterais, intermédias e mediais) do Metachirus são envolvidas por uma cápsula conjuntiva e músculo estriado esquelético. O maior par é a bulbouretral lateral que é constituída por longos túbulos secretores de mucossubstâncias neutras. As bulbouretrais intermédias são formadas por túbulos ramificados, que produzem mucossubstâncias neutras, ácidas carboxiladas e ácidas sulfatadas. Os túbulo-ácinos ramificados das bulbouretrais mediais secretam mucossubstâncias neutras. O Metachirus não possui glândulas ampulares, vesículas seminais nem glândulas de coagulação.(AU)
This paper describes the morphology and distribution of glycogen and mucous substances in the prostate and the bulbourethral glands of Metachirus nudicaudatus (Geoffroy, 1803), the only species of the genus. The prostate is surrounded by the tunica adventitia, and muscle and stroma is formed by connective urethral mucosa. The glandular parenchyma consists of secretory tubules, scattered throughout the connective tissue of the urethral mucosa which differs histologically and histochemically in cranial, middle, and caudal segments of the prostate. These morpho-histochemical differences are also observed in the outer, middle and inner parts of the tubular epithelium of each prostatic segment. In general, prostatic segments secrete neutral mucous substances, and the caudal segment also produces glycogen. The three pairs of bulbourethral glands (lateral, intermediate and medial) are surrounded by a capsule of dense connective tissue and skeletal striated muscle. The glandular parenchyma is formed by tubules or branched tubuloacinar, covered by simple epithelium which is characteristic for each pair of glands. The lateral bulbourethral glands and the medial bulbourethral glands produce neutral mucous substances and the secretion of the intermediate bulbourethral glands consists of neutral mucous substances, carboxylated acids, and sulfated acids. The M. nudicaudatus does not have ampullary glands, seminal vesicles or coagulating glands.(AU)
Assuntos
Animais , Glândulas Bulbouretrais/anatomia & histologia , Glândulas Bulbouretrais/fisiologia , Glicogênio/análise , Gambás/anatomia & histologia , Próstata/anatomia & histologia , Próstata/fisiologia , Pesos e Medidas Corporais/veterináriaResumo
This paper describes the morphology and distribution of glycogen and mucous substances in the prostate and the bulbourethral glands of Metachirus nudicaudatus (Geoffroy, 1803), the only species of the genus. The prostate is surrounded by the tunica adventitia, and muscle and stroma is formed by connective urethral mucosa. The glandular parenchyma consists of secretory tubules, scattered throughout the connective tissue of the urethral mucosa which differs histologically and histochemically in cranial, middle, and caudal segments of the prostate. These morpho-histochemical differences are also observed in the outer, middle and inner parts of the tubular epithelium of each prostatic segment. In general, prostatic segments secrete neutral mucous substances, and the caudal segment also produces glycogen. The three pairs of bulbourethral glands (lateral, intermediate and medial) are surrounded by a capsule of dense connective tissue and skeletal striated muscle. The glandular parenchyma is formed by tubules or branched tubuloacinar, covered by simple epithelium which is characteristic for each pair of glands. The lateral bulbourethral glands and the medial bulbourethral glands produce neutral mucous substances and the secretion of the intermediate bulbourethral glands consists of neutral mucous substances, carboxylated acids, and sulfated acids. The M. nudicaudatus does not have ampullary glands, seminal vesicles or coagulating glands.(AU)
São descritas a morfologia e a distribuição de glicogênio e mucossubstâncias na próstata e nas glândulas bulbouretrais de Metachirus nudicaudatus (Geoffroy, 1803), única espécie do gênero. A próstata é envolvida pelas túnicas adventícia e muscular, e o estroma é formado pelo conjuntivo da mucosa uretral. O parênquima é constituído pelos túbulos secretores, disseminados na mucosa uretral, e que diferem histológica e histoquimicamente nos segmentos cranial, médio e caudal. Essas diferenças morfo-histoquímicas também são observadas nas partes externa, média e interna de cada túbulo. De um modo geral, os três segmentos prostáticos secretam mucossubstâncias neutras, porém o segmento caudal produz também glicogênio. Os três pares de glândulas bulbouretrais (laterais, intermédias e mediais) do Metachirus são envolvidas por uma cápsula conjuntiva e músculo estriado esquelético. O maior par é a bulbouretral lateral que é constituída por longos túbulos secretores de mucossubstâncias neutras. As bulbouretrais intermédias são formadas por túbulos ramificados, que produzem mucossubstâncias neutras, ácidas carboxiladas e ácidas sulfatadas. Os túbulo-ácinos ramificados das bulbouretrais mediais secretam mucossubstâncias neutras. O Metachirus não possui glândulas ampulares, vesículas seminais nem glândulas de coagulação.(AU)
Assuntos
Animais , Gambás/anatomia & histologia , Próstata/anatomia & histologia , Próstata/fisiologia , Glândulas Bulbouretrais/anatomia & histologia , Glândulas Bulbouretrais/fisiologia , Glicogênio/análise , Pesos e Medidas Corporais/veterináriaResumo
Abstract: Gonads and sperm pathways of five adult male Metachirus nudicaudatus in the reproductive phase were used to describe the morphology of scrotum, testicle, and spermatic tract. M. nudicaudatus has a scrotum pre-penis which contains the testicles permanently. The scrotal skin is not pigmented and has few hairs and glands. The parietal vaginal tunic is slightly pigmented. The testicles are oval and connected to the epididymis by testicular-epididymal pedicle; they are surrounded externally by the testicular capsule and supported by a stroma of connective nature. Interstitial cells are the predominant elements in abundant intertubular tissue. The seminiferous tubules are wide, meandering and surrounded by a fibro-elastic coat, containing myoid cells. The seminiferous epithelium is composed of spermatogenic cells and Sertoli cells interspersed. The seminiferous tubules converge toward the end of the testis capitata, getting coated only support cells, featuring a transition region between the seminiferous tubules and straight tubules, occupied by a type "valve" structure that partially blocks the tubular lumen. Straight tubules together to form a single efferent ductule, which runs a small intra-testicular extent, penetrates through the tunica and the pedicle testis-epididymis. The flexuosa part of the efferent ductule forms a separate lobe in the medial part of the body of the epididymis. The epididymis is enveloped by a capsule and epididymal comprising the epididymal duct, which is quite entangled. The epididymal duct is lined by pseudostratified columnar epithelium with simple principal, basal, apical and "clear halo" cells. The main cells are prevalent and have morphological and histochemical differing characteristics along the duct, enabling to characterize nine different epididymal areas. In the lumen of the seventh area (top of tail) that starts the pairing of sperm. This phenomenon coincides well with morphological change and a larger amount of neutral muco-substances is secreted in that area. Vas deferens has three parts: fair-epididymal, abdominal and funicular part, based on histological and histochemical changes of the epithelium and surrounding components. The vas deferens has no bulb and even crosses the ureter before flowing into the urethra. The spermatic cord contains the vas deferens, testicular artery and veins, lymphatic vessels, nerves and developed cremaster muscle. Its components have structural changes in the proximal, middle and distal region, with a peculiar admirable network.
Resumo: Foram utilizadas as gônadas e vias espermáticas de cinco animais machos, adultos em fase reprodutiva, da espécie Metachirus nudicaudatus Geoffroy 1803, única espécie do gênero, para descrever a morfologia do escroto, do testículo e das vias espermáticas. O Metachirus possui escroto pré-peniano e que contém os testículos permanentemente. A pele escrotal é não pigmentada e com poucos pelos e glândulas. A lâmina parietal da túnica vaginal apresenta-se pouco pigmentada. Os testículos são ovais e ligados ao epidídimo através do pedículo testículo-epididimário. Eles são envolvidos, externamente, pela cápsula testicular e sustentados por um estroma de natureza conjuntiva. As células intersticiais são os elementos predominantes no abundante tecido intertubular. Os túbulos seminíferos são largos, enovelados e envolvidos por uma túnica própria fibroelástica, contendo células mióides. O epitélio seminífero é formado pelas células espermatogênicas e de Sertoli intercaladas. Os túbulos seminíferos convergem em direção à extremidade capitata do testículo, ficando revestidos por apenas células de sustentação, caracterizando uma região de transição entre túbulos seminíferos e túbulos retos, ocupada por uma estrutura tipo "válvula" que obstrui parcialmente o lume tubular. Os túbulos retos reúnem-se para formar um único dúctulo eferente, que percorre uma pequena extensão intratesticular, atravessa a albugínea e penetra no pedículo testículo-epididimário. A parte flexuosa do dúctulo eferente forma um lóbulo separado na parte medial do corpo do epidídimo. O epidídimo é envolvido pela cápsula epididimária e constituído pelo ducto epididimário, que se encontra bastante enovelado. O ducto epididimário é revestido por epitélio simples colunar pseudoestratificado apresentando células principais, basais, apicais e de "halo claro". As células principais são predominantes e apresentam características morfológicas e histoquímicas que diferem ao longo do ducto, possibilitando a caracterização de nove diferentes zonas epididimárias. É no lume da zona sete (início da cauda) que começa o pareamento de espermatozoides. Esse fenômeno coincide com alterações morfológicas bem evidentes e uma maior quantidade de mucossubstâncias neutras é secretada nessa zona.O ducto deferente apresenta-se dividido em três partes: justa-epididimária, funicular e abdominal, baseando nas variações histológicas e histoquímicas de seu epitélio e componentes envolventes. O ducto deferente não apresenta ampola e nem cruza o ureter antes de desembocar na uretra. O funículo espermático contém o ducto deferente, artéria e veias testiculares, vasos linfáticos, nervos e um desenvolvido músculo cremáster. Seus componentes apresentam modificações estruturais nas regiões proximal, média e distal, sendo notável a peculiar rede admirável.
Resumo
Foram utilizadas as gônadas e vias espermáticas de cinco animais machos, adultos em fase reprodutiva, da espécie Metachirus nudicaudatus Geoffroy 1803, única espécie do gênero, para descrever a morfologia do escroto, do testículo e das vias espermáticas. O Metachirus possui escroto pré-peniano e que contém os testículos permanentemente. A pele escrotal é não pigmentada e com poucos pelos e glândulas. A lâmina parietal da túnica vaginal apresenta-se pouco pigmentada. Os testículos são ovais e ligados ao epidídimo através do pedículo testículo-epididimário. Eles são envolvidos, externamente, pela cápsula testicular e sustentados por um estroma de natureza conjuntiva. As células intersticiais são os elementos predominantes no abundante tecido intertubular. Os túbulos seminíferos são largos, enovelados e envolvidos por uma túnica própria fibroelástica, contendo células mióides. O epitélio seminífero é formado pelas células espermatogênicas e de Sertoli intercaladas. Os túbulos seminíferos convergem em direção à extremidade capitata do testículo, ficando revestidos por apenas células de sustentação, caracterizando uma região de transição entre túbulos seminíferos e túbulos retos, ocupada por uma estrutura tipo "válvula" que obstrui parcialmente o lume tubular. Os túbulos retos reúnem-se para formar um único dúctulo eferente, que percorre uma pequena extensão intratesticular, atravessa a albugínea e penetra no pedículo testículo-epididimário. A parte flexuosa do dúctulo eferente forma um lóbulo separado na parte medial do corpo do epidídimo. O epidídimo é envolvido pela cápsula epididimária e constituído pelo ducto epididimário, que se encontra bastante enovelado. O ducto epididimário é revestido por epitélio simples colunar pseudoestratificado apresentando células principais, basais, apicais e de "halo claro". As células principais são predominantes e apresentam características morfológicas e histoquímicas que diferem ao longo do ducto, possibilitando a caracterização de nove diferentes zonas epididimárias. É no lume da zona sete (início da cauda) que começa o pareamento de espermatozoides. Esse fenômeno coincide com alterações morfológicas bem evidentes e uma maior quantidade de mucossubstâncias neutras é secretada nessa zona.O ducto deferente apresenta-se dividido em três partes: justa-epididimária, funicular e abdominal, baseando nas variações histológicas e histoquímicas de seu epitélio e componentes envolventes. O ducto deferente não apresenta ampola e nem cruza o ureter antes de desembocar na uretra. O funículo espermático contém o ducto deferente, artéria e veias testiculares, vasos linfáticos, nervos e um desenvolvido músculo cremáster. Seus componentes apresentam modificações estruturais nas regiões proximal, média e distal, sendo notável a peculiar rede admirável.(AU)
Gonads and sperm pathways of five adult male Metachirus nudicaudatus in the reproductive phase were used to describe the morphology of scrotum, testicle, and spermatic tract. M. nudicaudatus has a scrotum pre-penis which contains the testicles permanently. The scrotal skin is not pigmented and has few hairs and glands. The parietal vaginal tunic is slightly pigmented. The testicles are oval and connected to the epididymis by testicular-epididymal pedicle; they are surrounded externally by the testicular capsule and supported by a stroma of connective nature. Interstitial cells are the predominant elements in abundant intertubular tissue. The seminiferous tubules are wide, meandering and surrounded by a fibro-elastic coat, containing myoid cells. The seminiferous epithelium is composed of spermatogenic cells and Sertoli cells interspersed. The seminiferous tubules converge toward the end of the testis capitata, getting coated only support cells, featuring a transition region between the seminiferous tubules and straight tubules, occupied by a type "valve" structure that partially blocks the tubular lumen. Straight tubules together to form a single efferent ductule, which runs a small intra-testicular extent, penetrates through the tunica and the pedicle testis-epididymis. The flexuosa part of the efferent ductule forms a separate lobe in the medial part of the body of the epididymis. The epididymis is enveloped by a capsule and epididymal comprising the epididymal duct, which is quite entangled. The epididymal duct is lined by pseudostratified columnar epithelium with simple principal, basal, apical and "clear halo" cells. The main cells are prevalent and have morphological and histochemical differing characteristics along the duct, enabling to characterize nine different epididymal areas. In the lumen of the seventh area (top of tail) that starts the pairing of sperm. This phenomenon coincides well with morphological change and a larger amount of neutral muco-substances is secreted in that area. Vas deferens has three parts: fair-epididymal, abdominal and funicular part, based on histological and histochemical changes of the epithelium and surrounding components. The vas deferens has no bulb and even crosses the ureter before flowing into the urethra. The spermatic cord contains the vas deferens, testicular artery and veins, lymphatic vessels, nerves and developed cremaster muscle. Its components have structural changes in the proximal, middle and distal region, with a peculiar admirable network.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Escroto/anatomia & histologia , Túbulos Seminíferos/anatomia & histologia , Testículo/anatomia & histologia , Epididimo/anatomia & histologia , Marsupiais/anatomia & histologia , Genitália Masculina/anatomia & histologiaResumo
Abstract: Gonads and sperm pathways of five adult male Metachirus nudicaudatus in the reproductive phase were used to describe the morphology of scrotum, testicle, and spermatic tract. M. nudicaudatus has a scrotum pre-penis which contains the testicles permanently. The scrotal skin is not pigmented and has few hairs and glands. The parietal vaginal tunic is slightly pigmented. The testicles are oval and connected to the epididymis by testicular-epididymal pedicle; they are surrounded externally by the testicular capsule and supported by a stroma of connective nature. Interstitial cells are the predominant elements in abundant intertubular tissue. The seminiferous tubules are wide, meandering and surrounded by a fibro-elastic coat, containing myoid cells. The seminiferous epithelium is composed of spermatogenic cells and Sertoli cells interspersed. The seminiferous tubules converge toward the end of the testis capitata, getting coated only support cells, featuring a transition region between the seminiferous tubules and straight tubules, occupied by a type "valve" structure that partially blocks the tubular lumen. Straight tubules together to form a single efferent ductule, which runs a small intra-testicular extent, penetrates through the tunica and the pedicle testis-epididymis. The flexuosa part of the efferent ductule forms a separate lobe in the medial part of the body of the epididymis. The epididymis is enveloped by a capsule and epididymal comprising the epididymal duct, which is quite entangled. The epididymal duct is lined by pseudostratified columnar epithelium with simple principal, basal, apical and "clear halo" cells. The main cells are prevalent and have morphological and histochemical differing characteristics along the duct, enabling to characterize nine different epididymal areas. In the lumen of the seventh area (top of tail) that starts the pairing of sperm. This phenomenon coincides well with morphological change and a larger amount of neutral muco-substances is secreted in that area. Vas deferens has three parts: fair-epididymal, abdominal and funicular part, based on histological and histochemical changes of the epithelium and surrounding components. The vas deferens has no bulb and even crosses the ureter before flowing into the urethra. The spermatic cord contains the vas deferens, testicular artery and veins, lymphatic vessels, nerves and developed cremaster muscle. Its components have structural changes in the proximal, middle and distal region, with a peculiar admirable network.
Resumo: Foram utilizadas as gônadas e vias espermáticas de cinco animais machos, adultos em fase reprodutiva, da espécie Metachirus nudicaudatus Geoffroy 1803, única espécie do gênero, para descrever a morfologia do escroto, do testículo e das vias espermáticas. O Metachirus possui escroto pré-peniano e que contém os testículos permanentemente. A pele escrotal é não pigmentada e com poucos pelos e glândulas. A lâmina parietal da túnica vaginal apresenta-se pouco pigmentada. Os testículos são ovais e ligados ao epidídimo através do pedículo testículo-epididimário. Eles são envolvidos, externamente, pela cápsula testicular e sustentados por um estroma de natureza conjuntiva. As células intersticiais são os elementos predominantes no abundante tecido intertubular. Os túbulos seminíferos são largos, enovelados e envolvidos por uma túnica própria fibroelástica, contendo células mióides. O epitélio seminífero é formado pelas células espermatogênicas e de Sertoli intercaladas. Os túbulos seminíferos convergem em direção à extremidade capitata do testículo, ficando revestidos por apenas células de sustentação, caracterizando uma região de transição entre túbulos seminíferos e túbulos retos, ocupada por uma estrutura tipo "válvula" que obstrui parcialmente o lume tubular. Os túbulos retos reúnem-se para formar um único dúctulo eferente, que percorre uma pequena extensão intratesticular, atravessa a albugínea e penetra no pedículo testículo-epididimário. A parte flexuosa do dúctulo eferente forma um lóbulo separado na parte medial do corpo do epidídimo. O epidídimo é envolvido pela cápsula epididimária e constituído pelo ducto epididimário, que se encontra bastante enovelado. O ducto epididimário é revestido por epitélio simples colunar pseudoestratificado apresentando células principais, basais, apicais e de "halo claro". As células principais são predominantes e apresentam características morfológicas e histoquímicas que diferem ao longo do ducto, possibilitando a caracterização de nove diferentes zonas epididimárias. É no lume da zona sete (início da cauda) que começa o pareamento de espermatozoides. Esse fenômeno coincide com alterações morfológicas bem evidentes e uma maior quantidade de mucossubstâncias neutras é secretada nessa zona.O ducto deferente apresenta-se dividido em três partes: justa-epididimária, funicular e abdominal, baseando nas variações histológicas e histoquímicas de seu epitélio e componentes envolventes. O ducto deferente não apresenta ampola e nem cruza o ureter antes de desembocar na uretra. O funículo espermático contém o ducto deferente, artéria e veias testiculares, vasos linfáticos, nervos e um desenvolvido músculo cremáster. Seus componentes apresentam modificações estruturais nas regiões proximal, média e distal, sendo notável a peculiar rede admirável.
Resumo
Objetivou-se relatar a anestesia em um gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) submetido à orquiectomia. Realizou-se medicação pré-anestésica com cetamina 25 mg/kg, midazolam 0,3 mg/kg e morfina 0,5 mg/kg pela via intramuscular. Iniciou-se a indução anestésica com propofol 7 mg/kg até a perda do reflexo digital. Após, utilizou-se anestesia periglótica seguida de intubação orotraqueal. O animal manteve os parâmetros fisiológicos estáveis durante todo o procedimento. Aproximadamente uma hora após a extubação o paciente ficou em posição quadrupedal e se alimentou. Sugere-se que o protocolo sedativo utilizado é adequado para contenção química em Didelphis albiventris por um curto período e pode ser utilizado para avaliar, manipular e realizar pequenos procedimentos nesses animais.
The objective of this study was to report anesthesia in a white-ear opossum (Didelphis albiventris) submitted to orchiectomy. Pre-anesthetic medication was performed with ketamine 25 mg/kg, midazolam 0,3 mg/kg and morphine 0,5 mg/kg by intramuscular via. Anesthetic induction was initiated with propofol 7 mg/kg until digital reflex 1055. After that, lidocaine without vasoconstrictor was instilled in the arytenoids and, subsequently, orotracheal intubation. The animal kept the physiological parameters stable throughout the procedure. Approximately one hour after extubation, the patient was in a quadrupedal position and fed. It is suggested that the sedative protocol used proved to be suitable for chemical containment in Didelphis albiventris fora short period and can be used to evaluate, manipulate and perform small procedures in these animals.
Se objetivó relatar la anestesia en un zarigüeya de oreja blanca (Didelphis albiventris) sometido a la orquectomía. Se realizó como medicación preanestésica (MPA) ketamina 25 mg/kg, midazolam 0,3 mg/kg y morfina 0,5 mg/kg por vía intramuscular. La inducción anestésica se inició con propofol 7 mg/kg hasta la pérdida de reflejo digital. Después, se instiló lidocaína sin vasoconstrictor en las aritenoides y, posteriormente, intubación orotraqueal. El animal mantuvo los parámetros fisiológicos estables durante todo el procedimiento. Aproximadamente una hora después de la extubación, el paciente estaba en una posición cuadrúpeda y alimentado. Se sugiere que el protocolo sedante utilizado demostró ser adecuado para la contención química en Didelphis albiventris durante un corto período y se puede usar para evaluar, manipular y realizar pequenos procedimientos en estos animales.
Assuntos
Animais , Anestesia/métodos , Didelphis/cirurgia , Orquiectomia , Propofol , Sedação Profunda , Anestesia/veterinária , Ketamina , Midazolam , MorfinaResumo
Objetivou-se relatar a anestesia em um gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) submetido à orquiectomia. Realizou-se medicação pré-anestésica com cetamina 25 mg/kg, midazolam 0,3 mg/kg e morfina 0,5 mg/kg pela via intramuscular. Iniciou-se a indução anestésica com propofol 7 mg/kg até a perda do reflexo digital. Após, utilizou-se anestesia periglótica seguida de intubação orotraqueal. O animal manteve os parâmetros fisiológicos estáveis durante todo o procedimento. Aproximadamente uma hora após a extubação o paciente ficou em posição quadrupedal e se alimentou. Sugere-se que o protocolo sedativo utilizado é adequado para contenção química em Didelphis albiventris por um curto período e pode ser utilizado para avaliar, manipular e realizar pequenos procedimentos nesses animais.(AU)
The objective of this study was to report anesthesia in a white-ear opossum (Didelphis albiventris) submitted to orchiectomy. Pre-anesthetic medication was performed with ketamine 25 mg/kg, midazolam 0,3 mg/kg and morphine 0,5 mg/kg by intramuscular via. Anesthetic induction was initiated with propofol 7 mg/kg until digital reflex 1055. After that, lidocaine without vasoconstrictor was instilled in the arytenoids and, subsequently, orotracheal intubation. The animal kept the physiological parameters stable throughout the procedure. Approximately one hour after extubation, the patient was in a quadrupedal position and fed. It is suggested that the sedative protocol used proved to be suitable for chemical containment in Didelphis albiventris fora short period and can be used to evaluate, manipulate and perform small procedures in these animals.(AU)
Se objetivó relatar la anestesia en un zarigüeya de oreja blanca (Didelphis albiventris) sometido a la orquectomía. Se realizó como medicación preanestésica (MPA) ketamina 25 mg/kg, midazolam 0,3 mg/kg y morfina 0,5 mg/kg por vía intramuscular. La inducción anestésica se inició con propofol 7 mg/kg hasta la pérdida de reflejo digital. Después, se instiló lidocaína sin vasoconstrictor en las aritenoides y, posteriormente, intubación orotraqueal. El animal mantuvo los parámetros fisiológicos estables durante todo el procedimiento. Aproximadamente una hora después de la extubación, el paciente estaba en una posición cuadrúpeda y alimentado. Se sugiere que el protocolo sedante utilizado demostró ser adecuado para la contención química en Didelphis albiventris durante un corto período y se puede usar para evaluar, manipular y realizar pequenos procedimientos en estos animales.(AU)
Assuntos
Animais , Didelphis/cirurgia , Orquiectomia , Anestesia/métodos , Sedação Profunda , Propofol , Anestesia/veterinária , Ketamina , Midazolam , MorfinaResumo
Didelphis albiventris , gambá-de-orelha-branca, é um marsupial de hábitos crepusculares e noturnos que se alimenta de frutos, insetos, pequenos répteis e anfíbios, filhotes de aves e pequenos mamíferos. Com a destruição de seu habitat natural devido às queimadas e desmatamentos, esses animais têm-se aproximado, cada vez mais, das regiões peridomiciliar e domiciliar, onde procuram abrigo e alimentos. Com o objetivo de conhecer a diversidade de parasitos de D. albiventris e relatar os que apresentam potencial zoonótico, foram examinados 30 exemplares desta espécie, através de necropsia, para coleta de ectoparasitos da superfície externa do corpo e helmintos dos órgãos e conteúdos estomacal e intestinal. Os sifonápteros foram removidos da superfície externa dos animais, conservados em álcool etílico a 70GL, clarificados em líquido de Nesbitt, desidratados em etanol, diafanizados em creosoto de Faya e montados em lâminas com bálsamo do Canadá para identificação. Os carrapatos foram removidos da superfície externa dos animais, conservados em álcool etílico a 70GL e identificados ao estereomicroscópio, segundo chaves específicas de Aragão & Fonseca (1961) e Guimarães et al. (2001). Os helmintos foram recolhidos com auxílio de estiletes e pinças, clarificados em lactofenol e montados entre lâminas e lamínulas com bálsamo do Canadá para identificação ao microscópio. Do total d
Resumo
Natural protected areas are an important interface between wildlife and human populations. Considering public health awareness of Leptospirosis and a shortage of epidemiological studies involving Leptospira spp. in natural areas, it was established a serological investigation study for Leptospira spp. antibodies on wild marsupial and rodents at Rasa island, located on the Environmental Protection Area of Guaraqueçaba, Paraná State coast, Brazil. Monthly, from September 2004 to July 2005, blood samples were surveyed after capturing these wild animal species on 74 live traps. None of the 25 samples tested positive to Leptospira sp., suggesting that marsupials and wild rodents do not play an important role yet on the maintenance of this disease agent on the coastal ecosystem studied. This survey is a first step towards the comprehension of the disease cycle on this island and the role played by wild mammals on it at this site. Also presents subsidies for the evaluation of the ecosystem health status, thus allowing monitoring of the effectiveness of Natural Protected Areas in maintain wildlife health integrity.
Áreas naturais consistem em importantes interfaces entre as populações silvestres e as populações humanas. A importância da leptospirose para a saúde pública e a carência de estudos relacionados à mesma em Unidades de Conservação, motivaram a realização desta investigação sorológica para anticorpos de Leptospira spp., em populações de roedores silvestres e marsupiais na Ilha Rasa, Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, no litoral do Paraná. Foram realizadas coletas mensais de amostras sanguíneas de mamíferos silvestres capturados em 74 armadilhas para captura viva no período de setembro de 2004 a julho de 2005. Constatou-se a ausência de animais sorologicamente reagentes para Leptospira sp., sugerindo que marsupiais e roedores silvestres não desempenham papel importante na manutenção deste agente no ecossistema litorâneo estudado. Este estudo representou o primeiro passo em direção à compreensão do ciclo deste agente infeccioso e seu envolvimento com populações silvestres nativas da região insular litorânea e apresentou subsídios para a avaliação do status atual da saúde dos ecossistemas abordados, permitindo o monitoramento da efetividade da Unidade de Conservação, no sentido de manter saudáveis as populações silvestres.
Resumo
Didelphis albiventris , gambá-de-orelha-branca, é um marsupial de hábitos crepusculares e noturnos que se alimenta de frutos, insetos, pequenos répteis e anfíbios, filhotes de aves e pequenos mamíferos. Com a destruição de seu habitat natural devido às queimadas e desmatamentos, esses animais têm-se aproximado, cada vez mais, das regiões peridomiciliar e domiciliar, onde procuram abrigo e alimentos. Com o objetivo de conhecer a diversidade de parasitos de D. albiventris e relatar os que apresentam potencial zoonótico, foram examinados 30 exemplares desta espécie, através de necropsia, para coleta de ectoparasitos da superfície externa do corpo e helmintos dos órgãos e conteúdos estomacal e intestinal. Os sifonápteros foram removidos da superfície externa dos animais, conservados em álcool etílico a 70GL, clarificados em líquido de Nesbitt, desidratados em etanol, diafanizados em creosoto de Faya e montados em lâminas com bálsamo do Canadá para identificação. Os carrapatos foram removidos da superfície externa dos animais, conservados em álcool etílico a 70GL e identificados ao estereomicroscópio, segundo chaves específicas de Aragão & Fonseca (1961) e Guimarães et al. (2001). Os helmintos foram recolhidos com auxílio de estiletes e pinças, clarificados em lactofenol e montados entre lâminas e lamínulas com bálsamo do Canadá para identificação ao microscópio. Do total d
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Didelphis albiventris , gambá-de-orelha-branca, é um marsupial de hábitos crepusculares e noturnos que se alimenta de frutos, insetos, pequenos répteis e anfíbios, filhotes de aves e pequenos mamíferos. Com a destruição de seu habitat natural devido às queimadas e desmatamentos, esses animais têm-se aproximado, cada vez mais, das regiões peridomiciliar e domiciliar, onde procuram abrigo e alimentos. Com o objetivo de conhecer a diversidade de parasitos de D. albiventris e relatar os que apresentam potencial zoonótico, foram examinados 30 exemplares desta espécie, através de necropsia, para coleta de ectoparasitos da superfície externa do corpo e helmintos dos órgãos e conteúdos estomacal e intestinal. Os sifonápteros foram removidos da superfície externa dos animais, conservados em álcool etílico a 70GL, clarificados em líquido de Nesbitt, desidratados em etanol, diafanizados em creosoto de Faya e montados em lâminas com bálsamo do Canadá para identificação. Os carrapatos foram removidos da superfície externa dos animais, conservados em álcool etílico a 70GL e identificados ao estereomicroscópio, segundo chaves específicas de Aragão & Fonseca (1961) e Guimarães et al. (2001). Os helmintos foram recolhidos com auxílio de estiletes e pinças, clarificados em lactofenol e montados entre lâminas e lamínulas com bálsamo do Canadá para identificação ao microscópio. Do total d
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No Brasil e em alguns países da América Latina, a incidência de raiva transmitida por animais domésticos tem diminuído enquanto tem aumentado em animais silvestres. Durante os últimos anos, no Brasil, a raiva tem sido diagnosticada em morcegos hematófagos ou não, primatas não-humanos, cachorros-do-mato, quatis, guaxinins, capivaras, cervos, gambás e outras espécies silvestres. O presente estudo foi realizado em parceria com biólogos, pesquisadores na área de monitoramento de fauna silvestre, e o objetivo foi pesquisar a presença do vírus rábico em mamíferos silvestres de vida livre, provenientes de uma reserva natural particular, localizado no município de Ribeirão Grande, São Paulo, região que já foi alvo de raiva nos últimos anos. Durante o período de 2002 a 2004, 104 amostras de cérebro de animais capturados foram enviadas para diagnóstico no Laboratório de Raiva da UNESP de Araçatuba, SP, acondicionadas em pipetas plásticas do tipo Pasteur individuais. Os animais pertenciam a três ordens, Chiroptera (47,1%), Rodentia (46,2%) e Marsupialia (6,7%), sendo de diferentes idades e sexos. As amostras foram submetidas ao teste de imunofluorescência direta e inoculação intracerebral em camundongos e todas apresentaram resultado negativo para a raiva. Segundo dados da Coordenação do Programa de Controle da Raiva do Estado de São Paulo a raiva é endêmica na região estudada e a porcentagem de positividade em morcegos nos últimos dez anos é de 1,8%. Embora dos diagnósticos tenham sido negativos neste estudo, não é possível afirmar que o vírus rábico não circula naquela propriedade
In Brazil and some Latin American countries, the incidence of rabies transmitted by domestic animals has decreased while it has been increasing in wild animals. During the last few years rabies has been diagnosed in hematophagous or nonhematophagous bats, nonhuman primates, crab-eating foxes, coatis, raccoons, capybaras, deers, skunks and some other species. The present study was carried out with biologists, researchers in wild fauna monitoring and the objective was to search the presence of the rabies virus in wildlife mammals from a private natural reserve, in Ribeirão Grande city, SP, region that was target of rabies in the last few years. During 2002 to 2004, 104 brain samples of captured animals were sent for diagnosis to UNESP Rabies Laboratory from Araçatuba, SP, conditioned in individuals Pasteur plastic pipettes. The animals belonged to three different orders, Chiroptera (47,1%), Rodentia (46,2%) and Marsupialia (6,7%), and to different ages and sex. The samples were submitted to direct fluorescent antibody test and mouse inoculation test and all samples resulted negative for rabies. According to data of the Rabies Control Program Coordination from São Paulo State, rabies is endemic in the studied region and the percentage of positive cases in bats during the last 10 years was 1,8%. Although all diagnosis were negative in this study, it is not possible to affirm that the rabies virus do not circulate in that property
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Didelphis albiventris, gambá-de-orelha-branca, é um marsupial de hábitos crepusculares e noturnos que se alimenta de frutos, insetos, pequenos répteis e anfíbios, filhotes de aves e pequenos mamíferos. Com a destruição de seu habitat natural devido às queimadas e desmatamentos, esses animais têm-se aproximado, cada vez mais, das regiões peridomiciliar e domiciliar, onde procuram abrigo e alimentos. Com o objetivo de conhecer a diversidade de parasitos de D. albiventris e relatar os que apresentam potencial zoonótico, foram examinados 30 exemplares desta espécie, através de necropsia, para coleta de ectoparasitos da superfície externa do corpo e helmintos dos órgãos e conteúdos estomacal e intestinal. Os sifonápteros foram removidos da superfície externa dos animais, conservados em álcool etílico a 70°GL, clarificados em líquido de Nesbitt, desidratados em etanol, diafanizados em creosoto de Faya e montados em lâminas com bálsamo do Canadá para identificação. Os carrapatos foram removidos da superfície externa dos animais, conservados em álcool etílico a 70°GL e identificados ao estereomicroscópio, segundo chaves específicas de Aragão & Fonseca (1961) e Guimarães et al (2001). Os helmintos foram recolhidos com auxílio de estiletes e pinças, clarificados em lactofenol e montados entre lâminas e lamínulas com bálsamo do Canadá para identificação ao microscópio. Do total de animais examinados, 70% estavam infestados com pulgas das espécies Polygenis (Neopolygenis) atopus, Polygenis (Polygenis) rimatus, Polygenis (Polygenis) roberti roberti, Polygenis (Polygenis) sp., Craneopsylla minerva minerva e Ctenocephalides felis felis, todas essas registradas pela primeira vez sobre D. albiventris e, exceto C. felis felis, são também registradas pela primeira vez no estado do Rio Grande do Sul. Carrapatos foram encontrados em 43,33% dos animais examinados, representados pelas espécies Ixodes loricatus, Amblyomma aureolatum e Amblyomma sp, sendo A. aureolatum registrado pela primeira vez parasitando D. albiventris no Brasil. Os helmintos encontrados foram: Filo Nematoda - Capillaria spp. (esôfago, traquéia, faringe e pulmão), Didelphostrongylus hayesi (pulmão), Turgida turgida (estômago), Gnathostoma sp. (estômago e fígado), Travassostrongylus orloffi, Viannaia hamata e Trichuris minuta no intestino delgado e Trichuris didelphis, Cruzia tentaculata e Aspidodera raillieti no intestino grosso; Classe Trematoda Echinostoma revolutum, Plagiorchis didelphidis, Rhopalias coronatus, R. baculifer, Brachylaema migrans e Didelphodiplostomum variabile, todos no intestino delgado; Classe Cestoda exemplares da família Diphyllobotriidae, no intestino delgado; e Filo Acanthocephala Hamanniella microcephala e Centrorhynchus sp., ambos no intestino delgado. Dos helmintos encontrados, os que apresentam potencial zoonótico segundo a literatura são T. turgida, Gnathostoma sp., Capillaria spp., B. migrans, E. revolutum e Família Diphyllobotriidae. Além disso, os sifonápteros e ixodídeos encontrados são potenciais vetores de patógenos que infectam humanos. D. albiventris, portanto, apresenta grande diversidade parasitária, incluindo espécies que podem potencialmente atingir o homem, alertando para a importância destes marsupiais na disseminação de doenças entre animais e humanos