Resumo
Os testículos, são mantidos no escroto a uma temperatura ~3-5°C abaixo da corporal. Quando a temperatura das gônadas se eleva, instala-se um quadro de estresse térmico (ET) testicular. O ET afeta a espermatogênese, e observam-se, já na primeira semana pós-ET, impactos na cinética, concentração e morfologia espermática. Classicamente, tais efeitos eram creditados à incapacidade da circulação local de atender ao aumento do metabolismo testicular devido ao aumento da temperatura local. Contudo, estudos recentes demonstraram que a hipóxia não era a causa da degeneração testicular. Atualmente, credita-se os efeitos deletérios do ET ao aumento local das espécies reativas de O2. Nesta situação, apesar da ativação de mecanismos antioxidantes (aumento das HSP e GPX1) e de proteção do DNA (aumento da P53), estes não são suficientes, sendo desencadeada a apoptose. Os efeitos deletérios do ET testicular podem ser mitigados pela melatonina, que pode ser tanto administrada aos animais ou adicionada ao sêmen para que desencadeie seus efeitos protetores.(AU)
The testes are kept in the scrotum at a ~3-5°C below body core temperature. When the temperature of the gonads increases, a process called heat stress (HS) takes place. The HS impairs spermatogenesis, and in the first week post-HS, impacts in sperm kinetics, concentration, and morphology are observed. Classically, such effects were credited to the incapacity of the local circulation to sustain the higher testicular metabolism due to the increased temperature. However, recent studies demonstrated that it was not the cause of testicular degeneration. The novel perspective credits the deleterious impacts of the HS to the local increase of the reactive oxygen species. Importantly, although there's an activation of antioxidant defenses (increase in HSP and GPX1) and DNA protection (increase in P53), such mechanisms are not sufficient, unfolding the apoptotic cascade. Lastly, some of the negative effects of HS can be mitigated by melatonin, which can either be given to the animals or added to the sperm to exert its protective effects.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Bovinos , Testículo/fisiopatologia , Resposta ao Choque Térmico/fisiologia , Hipóxia/veterinária , Espermatogênese/fisiologia , Regulação da Temperatura Corporal , Espécies Reativas de Oxigênio/efeitos adversos , ApoptoseResumo
Bull testes must be 2 to 6 0C below body temperature for morphologically normal, motile and fertile sperm. Scrotal/testicular thermoregulation is complex, including a coiled testicular artery, surrounded by the venous pampiniform plexus comprising the testicular vascular cone, a counter-current heat exchanger. In addition, heat radiation from the scrotum, sweating, complementary arterial blood supplies, and temperature gradients in the scrotum and testes all contribute to testicular cooling. Despite a long-standing paradigm that mammalian testes are close to hypoxia and blood flow does not increase in response to testicular heating, in recent studies in mice, rams and bulls, warming the testes stimulated increased blood flow, with no indications of testicular hypoxia. Furthermore, hypoxia did not replicate the changes and hyperoxia did not provide protection. Therefore, we concluded that testicular hyperthermia and not secondary hypoxia affects spermatogenesis and sperm quality. Increasing testicular temperature causes many cellular and subcellular changes. As testicular temperature increases, the proportion of defective sperm increases; recovery is dependent upon the nature and duration of the thermal insult. Environmental control of temperature (shade, sprinklers, air conditioning) and some chemical approaches (e.g., melatonin and L-arginine) have promise in reducing the effects of heat stress on bull reproduction.
Os testículos dos bovinos devem permanecer 2 a 6 ºC abaixo da temperatura corporal para produzirem espermatozoides morfologicamente normais, móveis e férteis. A termorregulação escrotal/testicular é complexa e envolve a enovelada artéria testicular circundada pelo plexo venoso pampiniforme, que constituem o cone vascular, um sistema contracorrente de troca de calor. Adicionalmente, a perda de calor por radiação pelo escroto, sudorese, suprimento sanguíneo arterial complementar, e os gradientes de temperatura no escroto e testículos contribuem para o resfriamento testicular. A despeito do duradouro paradigma de que os testículos estão em uma situação de quase hipóxia e que o fluxo sanguíneo não aumenta em resposta ao aquecimento testicular, em recentes estudos em camundongos, carneiros e touros, o aquecimento testicular estimulou o fluxo sanguíneo sem serem observados sinais de hipóxia. Além disso, a hipóxia não afetou os testículos e a hiperóxia não conferiu proteção. Portanto, concluímos que é a hipertermia testicular, e não a hipóxia secundária, que afeta a espermatogênese e a qualidade seminal. O aumento da temperatura testicular causa muitas mudanças celulares e subcelulares. À medida que a temperatura aumenta, a proporção de espermatozoides defeituosos aumenta. A recuperação depende da natureza e duração do insulto térmico. O controle ambiental (sombra, aspersores de água e ar condicionado) e algumas abordagens químicas (ex., melatonina e L-arginina) são medidas promissoras de redução dos efeitos do estresse térmico na reprodução de touros
Assuntos
Masculino , Animais , Bovinos , Bovinos/fisiologia , 34691 , Patogenesia Homeopática , Testículo , Transtornos de Estresse por Calor , Regulação da Temperatura CorporalResumo
The objective of this study was to evaluate the effect of the racial crossing on scrotum-testicular biometric characteristics of four sheep Santa Ines and four crossbred (Santa Ines x Dorper) submitted to scrotal insulation, following the return of these characteristics to values previously reported. For this, two measurements were made regarding the scrotal circumference (SC), length (L) and testicular width (W) before treatments. The testicular volume (V) was calculated by the formula V=2 [(r2) x π x H]. The pouches were made with double-layer plastic, internally lined with cotton, and fixed around the spermatic funiculus and scrotum with adhesive tape and bandage remaining in this position for seven days. Measurements were made every seven days, totaling 15 measurements throughout the experiment. The data were submitted to analysis of variance (ANOVA) to a randomized block design with two blocks, 15 treatments and four replications. The variables analyzed were subjected to Dunnett test at 5% probability, to compare the values obtained before and after insulation. For comparison between the breeds, the variables were submitted to Tukey test at 5% probability. All animals studied suffered significant influence (P<0.05) after scrotal insulation, but Santa Ines returned to the values previously observed in a shorter period than the crossbred. In summary, sheep Santa Ines have a higher resistance than crossbred animals when subjected to thermal stress induced by scrotal insulation.(AU)
Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do cruzamento sobre as características biométricas escroto-testiculares de carneiros da raça Santa Inês e mestiços (Santa Inês x Dorper), submetidos à insulação escrotal, acompanhando o retorno dessas características aos valores previamente observados. Para isso, foram realizadas duas mensurações referentes à circunferência escrotal (CE), comprimento (C) e largura testicular (L), antes da insulação. O volume testicular (V) foi calculado pela fórmula V=2 [(r2) x π x h]. As bolsas de insulação foram fixadas ao redor do funículo espermático e escroto com fita adesiva e esparadrapo, permanecendo por sete dias. Após o período de insulação, as mensurações foram realizadas a cada sete dias, totalizando 15 mensurações durante todo o experimento. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) para um delineamento em blocos casualizados, com dois blocos, 15 tratamentos e quatro repetições. As variáveis analisadas foram submetidas ao teste de Dunnett a 5% de probabilidade, para comparar os valores obtidos antes e após a insulação. Para a comparação entre as raças, as variáveis foram submetidas ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. Todos os animais estudados sofreram influência significativa (P<0,05) após a insulação escrotal, porém os carneiros da raça Santa Inês retornaram aos valores anteriormente observados em um espaço de tempo mais curto do que os mestiços. Conclui-se que carneiros da raça Santa Inês apresentam maior resistência do que animais mestiços quando submetidos ao estresse térmico induzido pela insulação escrotal.(AU)
Assuntos
Animais , Regulação da Temperatura Corporal/genética , Transtornos de Estresse por Calor/veterinária , Hibridização Genética , Escroto/anatomia & histologia , Ovinos/anatomia & histologia , Testículo/anatomia & histologia , Biometria , Pesos e Medidas Corporais/veterináriaResumo
The objective of this study was to evaluate the effect of the racial crossing on scrotum-testicular biometric characteristics of four sheep Santa Ines and four crossbred (Santa Ines x Dorper) submitted to scrotal insulation, following the return of these characteristics to values previously reported. For this, two measurements were made regarding the scrotal circumference (SC), length (L) and testicular width (W) before treatments. The testicular volume (V) was calculated by the formula V=2 [(r2) x π x H]. The pouches were made with double-layer plastic, internally lined with cotton, and fixed around the spermatic funiculus and scrotum with adhesive tape and bandage remaining in this position for seven days. Measurements were made every seven days, totaling 15 measurements throughout the experiment. The data were submitted to analysis of variance (ANOVA) to a randomized block design with two blocks, 15 treatments and four replications. The variables analyzed were subjected to Dunnett test at 5% probability, to compare the values obtained before and after insulation. For comparison between the breeds, the variables were submitted to Tukey test at 5% probability. All animals studied suffered significant influence (P<0.05) after scrotal insulation, but Santa Ines returned to the values previously observed in a shorter period than the crossbred. In summary, sheep Santa Ines have a higher resistance than crossbred animals when subjected to thermal stress induced by scrotal insulation.(AU)
Objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito do cruzamento sobre as características biométricas escroto-testiculares de carneiros da raça Santa Inês e mestiços (Santa Inês x Dorper), submetidos à insulação escrotal, acompanhando o retorno dessas características aos valores previamente observados. Para isso, foram realizadas duas mensurações referentes à circunferência escrotal (CE), comprimento (C) e largura testicular (L), antes da insulação. O volume testicular (V) foi calculado pela fórmula V=2 [(r2) x π x h]. As bolsas de insulação foram fixadas ao redor do funículo espermático e escroto com fita adesiva e esparadrapo, permanecendo por sete dias. Após o período de insulação, as mensurações foram realizadas a cada sete dias, totalizando 15 mensurações durante todo o experimento. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) para um delineamento em blocos casualizados, com dois blocos, 15 tratamentos e quatro repetições. As variáveis analisadas foram submetidas ao teste de Dunnett a 5% de probabilidade, para comparar os valores obtidos antes e após a insulação. Para a comparação entre as raças, as variáveis foram submetidas ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. Todos os animais estudados sofreram influência significativa (P<0,05) após a insulação escrotal, porém os carneiros da raça Santa Inês retornaram aos valores anteriormente observados em um espaço de tempo mais curto do que os mestiços. Conclui-se que carneiros da raça Santa Inês apresentam maior resistência do que animais mestiços quando submetidos ao estresse térmico induzido pela insulação escrotal.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Ovinos/anatomia & histologia , Hibridização Genética , Testículo/anatomia & histologia , Escroto/anatomia & histologia , Regulação da Temperatura Corporal/genética , Transtornos de Estresse por Calor/veterinária , Biometria , Pesos e Medidas Corporais/veterináriaResumo
Background: The equine industry is growing in Brazil, specially the Crioulo breed, thus resulting in more investments and more diagnoses in clinical and reproductive diseases. Orchitis is related to subfertility, as a result of infectious agents, autoimmune diseases and traumatic injuries. After a traumatic injury, metabolic and vascular changes may occur, including testicular pathologies associated with blood flow changes. Reproductive tract injuries in stallions may result in impotentia coeundi and generandi, therefore requiring periodic monitoring and evaluation. This study aimed to report a case of hematoma in pampiniform plexus and orchitis in a Crioulo stallion, with differential diagnoses.Case: An equine, male, Crioulo horse, 6 years-old, was attended during reproductive season due to an increase in scrotal volume. During clinical evaluation all parameters were within reference values. During reproductive clinical evaluation it was observed enlarged, edema, heat and pain in the scrotum and testicules bilaterally. The testicle and spermatic cord presented discrete rotation, approximately 45º. In the dorsal board of right testicle, in the spermatic cord, it was noticed a structure firm to palpation, anecoic and avascularized at ultrasound exam. Blood samples were collected in EDTA tubes for hematologic evaluation. Seminal samples were collected with an artificial vagina...(AU)
A crescente valorização econômica da raça Crioula resulta em aumento de investimentos na raça e profissionalização da criação de equinos [4], com consequente maior detecção de alterações clínico-reprodutivas.A orquite, uma reação inflamatória testicular, apresenta na fase aguda aumento de tamanho, calor, dor, flacidez, hemorragia e necrose em parênquima testicular. A inflamação do parênquima está relacionada à subfertilidade temporária a permanente, sendo resultado de agentes infecciosos, enfermidades autoimunes e lesões traumáticas [10].Após um episódio de trauma testicular, as prostaglandinas aumentam o fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular e associada às citocinas alteram o centro hipotalâmico termorregulador, resultando em aumento da temperatura corporal [2]. O extravasamento de fluidos e proteínas do espaço vascular para o interstício resulta em edema local [2]. Um único episódio de trauma resulta em alteração de fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular por 24-48 h [2]. Dentre as patologias testiculares, a varicocele, necrose testicular e torção de cordão espermático estão associadas a alterações no fluxo sanguíneo [12].A ocorrência de alterações no trato reprodutivo de garanhões é uma situação alarmante durante a estação reprodutiva, podendo resultar em alteração na potência coeundi e generandi, necessitando monitora- ção e avaliação periódica do garanhão...(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Orquite/veterinária , Cavalos , Cordão Espermático/lesões , Torção do Cordão Espermático/veterinária , Fluxo Sanguíneo Regional , Escroto , TestículoResumo
Background: The equine industry is growing in Brazil, specially the Crioulo breed, thus resulting in more investments and more diagnoses in clinical and reproductive diseases. Orchitis is related to subfertility, as a result of infectious agents, autoimmune diseases and traumatic injuries. After a traumatic injury, metabolic and vascular changes may occur, including testicular pathologies associated with blood flow changes. Reproductive tract injuries in stallions may result in impotentia coeundi and generandi, therefore requiring periodic monitoring and evaluation. This study aimed to report a case of hematoma in pampiniform plexus and orchitis in a Crioulo stallion, with differential diagnoses.Case: An equine, male, Crioulo horse, 6 years-old, was attended during reproductive season due to an increase in scrotal volume. During clinical evaluation all parameters were within reference values. During reproductive clinical evaluation it was observed enlarged, edema, heat and pain in the scrotum and testicules bilaterally. The testicle and spermatic cord presented discrete rotation, approximately 45º. In the dorsal board of right testicle, in the spermatic cord, it was noticed a structure firm to palpation, anecoic and avascularized at ultrasound exam. Blood samples were collected in EDTA tubes for hematologic evaluation. Seminal samples were collected with an artificial vagina...
A crescente valorização econômica da raça Crioula resulta em aumento de investimentos na raça e profissionalização da criação de equinos [4], com consequente maior detecção de alterações clínico-reprodutivas.A orquite, uma reação inflamatória testicular, apresenta na fase aguda aumento de tamanho, calor, dor, flacidez, hemorragia e necrose em parênquima testicular. A inflamação do parênquima está relacionada à subfertilidade temporária a permanente, sendo resultado de agentes infecciosos, enfermidades autoimunes e lesões traumáticas [10].Após um episódio de trauma testicular, as prostaglandinas aumentam o fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular e associada às citocinas alteram o centro hipotalâmico termorregulador, resultando em aumento da temperatura corporal [2]. O extravasamento de fluidos e proteínas do espaço vascular para o interstício resulta em edema local [2]. Um único episódio de trauma resulta em alteração de fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular por 24-48 h [2]. Dentre as patologias testiculares, a varicocele, necrose testicular e torção de cordão espermático estão associadas a alterações no fluxo sanguíneo [12].A ocorrência de alterações no trato reprodutivo de garanhões é uma situação alarmante durante a estação reprodutiva, podendo resultar em alteração na potência coeundi e generandi, necessitando monitora- ção e avaliação periódica do garanhão...
Assuntos
Masculino , Animais , Cavalos , Cordão Espermático/lesões , Orquite/veterinária , Torção do Cordão Espermático/veterinária , Escroto , Fluxo Sanguíneo Regional , TestículoResumo
Abstract: Gonads and sperm pathways of five adult male Metachirus nudicaudatus in the reproductive phase were used to describe the morphology of scrotum, testicle, and spermatic tract. M. nudicaudatus has a scrotum pre-penis which contains the testicles permanently. The scrotal skin is not pigmented and has few hairs and glands. The parietal vaginal tunic is slightly pigmented. The testicles are oval and connected to the epididymis by testicular-epididymal pedicle; they are surrounded externally by the testicular capsule and supported by a stroma of connective nature. Interstitial cells are the predominant elements in abundant intertubular tissue. The seminiferous tubules are wide, meandering and surrounded by a fibro-elastic coat, containing myoid cells. The seminiferous epithelium is composed of spermatogenic cells and Sertoli cells interspersed. The seminiferous tubules converge toward the end of the testis capitata, getting coated only support cells, featuring a transition region between the seminiferous tubules and straight tubules, occupied by a type "valve" structure that partially blocks the tubular lumen. Straight tubules together to form a single efferent ductule, which runs a small intra-testicular extent, penetrates through the tunica and the pedicle testis-epididymis. The flexuosa part of the efferent ductule forms a separate lobe in the medial part of the body of the epididymis. The epididymis is enveloped by a capsule and epididymal comprising the epididymal duct, which is quite entangled. The epididymal duct is lined by pseudostratified columnar epithelium with simple principal, basal, apical and "clear halo" cells. The main cells are prevalent and have morphological and histochemical differing characteristics along the duct, enabling to characterize nine different epididymal areas. In the lumen of the seventh area (top of tail) that starts the pairing of sperm. This phenomenon coincides well with morphological change and a larger amount of neutral muco-substances is secreted in that area. Vas deferens has three parts: fair-epididymal, abdominal and funicular part, based on histological and histochemical changes of the epithelium and surrounding components. The vas deferens has no bulb and even crosses the ureter before flowing into the urethra. The spermatic cord contains the vas deferens, testicular artery and veins, lymphatic vessels, nerves and developed cremaster muscle. Its components have structural changes in the proximal, middle and distal region, with a peculiar admirable network.
Resumo: Foram utilizadas as gônadas e vias espermáticas de cinco animais machos, adultos em fase reprodutiva, da espécie Metachirus nudicaudatus Geoffroy 1803, única espécie do gênero, para descrever a morfologia do escroto, do testículo e das vias espermáticas. O Metachirus possui escroto pré-peniano e que contém os testículos permanentemente. A pele escrotal é não pigmentada e com poucos pelos e glândulas. A lâmina parietal da túnica vaginal apresenta-se pouco pigmentada. Os testículos são ovais e ligados ao epidídimo através do pedículo testículo-epididimário. Eles são envolvidos, externamente, pela cápsula testicular e sustentados por um estroma de natureza conjuntiva. As células intersticiais são os elementos predominantes no abundante tecido intertubular. Os túbulos seminíferos são largos, enovelados e envolvidos por uma túnica própria fibroelástica, contendo células mióides. O epitélio seminífero é formado pelas células espermatogênicas e de Sertoli intercaladas. Os túbulos seminíferos convergem em direção à extremidade capitata do testículo, ficando revestidos por apenas células de sustentação, caracterizando uma região de transição entre túbulos seminíferos e túbulos retos, ocupada por uma estrutura tipo "válvula" que obstrui parcialmente o lume tubular. Os túbulos retos reúnem-se para formar um único dúctulo eferente, que percorre uma pequena extensão intratesticular, atravessa a albugínea e penetra no pedículo testículo-epididimário. A parte flexuosa do dúctulo eferente forma um lóbulo separado na parte medial do corpo do epidídimo. O epidídimo é envolvido pela cápsula epididimária e constituído pelo ducto epididimário, que se encontra bastante enovelado. O ducto epididimário é revestido por epitélio simples colunar pseudoestratificado apresentando células principais, basais, apicais e de "halo claro". As células principais são predominantes e apresentam características morfológicas e histoquímicas que diferem ao longo do ducto, possibilitando a caracterização de nove diferentes zonas epididimárias. É no lume da zona sete (início da cauda) que começa o pareamento de espermatozoides. Esse fenômeno coincide com alterações morfológicas bem evidentes e uma maior quantidade de mucossubstâncias neutras é secretada nessa zona.O ducto deferente apresenta-se dividido em três partes: justa-epididimária, funicular e abdominal, baseando nas variações histológicas e histoquímicas de seu epitélio e componentes envolventes. O ducto deferente não apresenta ampola e nem cruza o ureter antes de desembocar na uretra. O funículo espermático contém o ducto deferente, artéria e veias testiculares, vasos linfáticos, nervos e um desenvolvido músculo cremáster. Seus componentes apresentam modificações estruturais nas regiões proximal, média e distal, sendo notável a peculiar rede admirável.
Resumo
Foram utilizadas as gônadas e vias espermáticas de cinco animais machos, adultos em fase reprodutiva, da espécie Metachirus nudicaudatus Geoffroy 1803, única espécie do gênero, para descrever a morfologia do escroto, do testículo e das vias espermáticas. O Metachirus possui escroto pré-peniano e que contém os testículos permanentemente. A pele escrotal é não pigmentada e com poucos pelos e glândulas. A lâmina parietal da túnica vaginal apresenta-se pouco pigmentada. Os testículos são ovais e ligados ao epidídimo através do pedículo testículo-epididimário. Eles são envolvidos, externamente, pela cápsula testicular e sustentados por um estroma de natureza conjuntiva. As células intersticiais são os elementos predominantes no abundante tecido intertubular. Os túbulos seminíferos são largos, enovelados e envolvidos por uma túnica própria fibroelástica, contendo células mióides. O epitélio seminífero é formado pelas células espermatogênicas e de Sertoli intercaladas. Os túbulos seminíferos convergem em direção à extremidade capitata do testículo, ficando revestidos por apenas células de sustentação, caracterizando uma região de transição entre túbulos seminíferos e túbulos retos, ocupada por uma estrutura tipo "válvula" que obstrui parcialmente o lume tubular. Os túbulos retos reúnem-se para formar um único dúctulo eferente, que percorre uma pequena extensão intratesticular, atravessa a albugínea e penetra no pedículo testículo-epididimário. A parte flexuosa do dúctulo eferente forma um lóbulo separado na parte medial do corpo do epidídimo. O epidídimo é envolvido pela cápsula epididimária e constituído pelo ducto epididimário, que se encontra bastante enovelado. O ducto epididimário é revestido por epitélio simples colunar pseudoestratificado apresentando células principais, basais, apicais e de "halo claro". As células principais são predominantes e apresentam características morfológicas e histoquímicas que diferem ao longo do ducto, possibilitando a caracterização de nove diferentes zonas epididimárias. É no lume da zona sete (início da cauda) que começa o pareamento de espermatozoides. Esse fenômeno coincide com alterações morfológicas bem evidentes e uma maior quantidade de mucossubstâncias neutras é secretada nessa zona.O ducto deferente apresenta-se dividido em três partes: justa-epididimária, funicular e abdominal, baseando nas variações histológicas e histoquímicas de seu epitélio e componentes envolventes. O ducto deferente não apresenta ampola e nem cruza o ureter antes de desembocar na uretra. O funículo espermático contém o ducto deferente, artéria e veias testiculares, vasos linfáticos, nervos e um desenvolvido músculo cremáster. Seus componentes apresentam modificações estruturais nas regiões proximal, média e distal, sendo notável a peculiar rede admirável.(AU)
Gonads and sperm pathways of five adult male Metachirus nudicaudatus in the reproductive phase were used to describe the morphology of scrotum, testicle, and spermatic tract. M. nudicaudatus has a scrotum pre-penis which contains the testicles permanently. The scrotal skin is not pigmented and has few hairs and glands. The parietal vaginal tunic is slightly pigmented. The testicles are oval and connected to the epididymis by testicular-epididymal pedicle; they are surrounded externally by the testicular capsule and supported by a stroma of connective nature. Interstitial cells are the predominant elements in abundant intertubular tissue. The seminiferous tubules are wide, meandering and surrounded by a fibro-elastic coat, containing myoid cells. The seminiferous epithelium is composed of spermatogenic cells and Sertoli cells interspersed. The seminiferous tubules converge toward the end of the testis capitata, getting coated only support cells, featuring a transition region between the seminiferous tubules and straight tubules, occupied by a type "valve" structure that partially blocks the tubular lumen. Straight tubules together to form a single efferent ductule, which runs a small intra-testicular extent, penetrates through the tunica and the pedicle testis-epididymis. The flexuosa part of the efferent ductule forms a separate lobe in the medial part of the body of the epididymis. The epididymis is enveloped by a capsule and epididymal comprising the epididymal duct, which is quite entangled. The epididymal duct is lined by pseudostratified columnar epithelium with simple principal, basal, apical and "clear halo" cells. The main cells are prevalent and have morphological and histochemical differing characteristics along the duct, enabling to characterize nine different epididymal areas. In the lumen of the seventh area (top of tail) that starts the pairing of sperm. This phenomenon coincides well with morphological change and a larger amount of neutral muco-substances is secreted in that area. Vas deferens has three parts: fair-epididymal, abdominal and funicular part, based on histological and histochemical changes of the epithelium and surrounding components. The vas deferens has no bulb and even crosses the ureter before flowing into the urethra. The spermatic cord contains the vas deferens, testicular artery and veins, lymphatic vessels, nerves and developed cremaster muscle. Its components have structural changes in the proximal, middle and distal region, with a peculiar admirable network.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Escroto/anatomia & histologia , Túbulos Seminíferos/anatomia & histologia , Testículo/anatomia & histologia , Epididimo/anatomia & histologia , Marsupiais/anatomia & histologia , Genitália Masculina/anatomia & histologiaResumo
Abstract: Gonads and sperm pathways of five adult male Metachirus nudicaudatus in the reproductive phase were used to describe the morphology of scrotum, testicle, and spermatic tract. M. nudicaudatus has a scrotum pre-penis which contains the testicles permanently. The scrotal skin is not pigmented and has few hairs and glands. The parietal vaginal tunic is slightly pigmented. The testicles are oval and connected to the epididymis by testicular-epididymal pedicle; they are surrounded externally by the testicular capsule and supported by a stroma of connective nature. Interstitial cells are the predominant elements in abundant intertubular tissue. The seminiferous tubules are wide, meandering and surrounded by a fibro-elastic coat, containing myoid cells. The seminiferous epithelium is composed of spermatogenic cells and Sertoli cells interspersed. The seminiferous tubules converge toward the end of the testis capitata, getting coated only support cells, featuring a transition region between the seminiferous tubules and straight tubules, occupied by a type "valve" structure that partially blocks the tubular lumen. Straight tubules together to form a single efferent ductule, which runs a small intra-testicular extent, penetrates through the tunica and the pedicle testis-epididymis. The flexuosa part of the efferent ductule forms a separate lobe in the medial part of the body of the epididymis. The epididymis is enveloped by a capsule and epididymal comprising the epididymal duct, which is quite entangled. The epididymal duct is lined by pseudostratified columnar epithelium with simple principal, basal, apical and "clear halo" cells. The main cells are prevalent and have morphological and histochemical differing characteristics along the duct, enabling to characterize nine different epididymal areas. In the lumen of the seventh area (top of tail) that starts the pairing of sperm. This phenomenon coincides well with morphological change and a larger amount of neutral muco-substances is secreted in that area. Vas deferens has three parts: fair-epididymal, abdominal and funicular part, based on histological and histochemical changes of the epithelium and surrounding components. The vas deferens has no bulb and even crosses the ureter before flowing into the urethra. The spermatic cord contains the vas deferens, testicular artery and veins, lymphatic vessels, nerves and developed cremaster muscle. Its components have structural changes in the proximal, middle and distal region, with a peculiar admirable network.
Resumo: Foram utilizadas as gônadas e vias espermáticas de cinco animais machos, adultos em fase reprodutiva, da espécie Metachirus nudicaudatus Geoffroy 1803, única espécie do gênero, para descrever a morfologia do escroto, do testículo e das vias espermáticas. O Metachirus possui escroto pré-peniano e que contém os testículos permanentemente. A pele escrotal é não pigmentada e com poucos pelos e glândulas. A lâmina parietal da túnica vaginal apresenta-se pouco pigmentada. Os testículos são ovais e ligados ao epidídimo através do pedículo testículo-epididimário. Eles são envolvidos, externamente, pela cápsula testicular e sustentados por um estroma de natureza conjuntiva. As células intersticiais são os elementos predominantes no abundante tecido intertubular. Os túbulos seminíferos são largos, enovelados e envolvidos por uma túnica própria fibroelástica, contendo células mióides. O epitélio seminífero é formado pelas células espermatogênicas e de Sertoli intercaladas. Os túbulos seminíferos convergem em direção à extremidade capitata do testículo, ficando revestidos por apenas células de sustentação, caracterizando uma região de transição entre túbulos seminíferos e túbulos retos, ocupada por uma estrutura tipo "válvula" que obstrui parcialmente o lume tubular. Os túbulos retos reúnem-se para formar um único dúctulo eferente, que percorre uma pequena extensão intratesticular, atravessa a albugínea e penetra no pedículo testículo-epididimário. A parte flexuosa do dúctulo eferente forma um lóbulo separado na parte medial do corpo do epidídimo. O epidídimo é envolvido pela cápsula epididimária e constituído pelo ducto epididimário, que se encontra bastante enovelado. O ducto epididimário é revestido por epitélio simples colunar pseudoestratificado apresentando células principais, basais, apicais e de "halo claro". As células principais são predominantes e apresentam características morfológicas e histoquímicas que diferem ao longo do ducto, possibilitando a caracterização de nove diferentes zonas epididimárias. É no lume da zona sete (início da cauda) que começa o pareamento de espermatozoides. Esse fenômeno coincide com alterações morfológicas bem evidentes e uma maior quantidade de mucossubstâncias neutras é secretada nessa zona.O ducto deferente apresenta-se dividido em três partes: justa-epididimária, funicular e abdominal, baseando nas variações histológicas e histoquímicas de seu epitélio e componentes envolventes. O ducto deferente não apresenta ampola e nem cruza o ureter antes de desembocar na uretra. O funículo espermático contém o ducto deferente, artéria e veias testiculares, vasos linfáticos, nervos e um desenvolvido músculo cremáster. Seus componentes apresentam modificações estruturais nas regiões proximal, média e distal, sendo notável a peculiar rede admirável.
Resumo
O maior custo da produção de bovinos de corte é a alimentação, para isto tem se estudado melhorar a eficiência alimentar com maior ênfase na característica consumo alimentar residual (CAR), mas se faz necessário conhecer a relação desta com a fertilidade dos touros utilizados em programas de melhoramento genético. O objetivo do presente estudo foi avaliar touros jovens da raça Nelore, classificados em baixo e alto CAR e seus parâmetros reprodutivos. Foram utilizados 946 touros do programa de melhoramento Nelore Qualitas, participantes dos testes de eficiência alimentar nos anos de 2010 a 2017. As imagens termográficas e ultrassonográficas dos testículos foram realizadas em 114 animais ao final do teste do ano de 2017, e as avalições andrológicas foram realizadas em 54 animais dos testes de 2011 a 2015, na Central de reprodução Alta Genetics e 29 animais do teste de 2016 e 2017, na Central Bela Vista. A divisão dos animais em baixo e alto CAR, foi dentro de ano de prova e considerando os participantes que tinham valores acima da média do CAR mais (baixo) ou menos (alto) meio desvio padrão. O peso final (PESOF), peso metabólico (PMET) e ganho médio diário (GMD) não apresentaram diferença quando comparados nos grupos divergentes de CAR (GCAR). A temperatura da parte superior (TEMP_SUP) dos testículos apresentou diferença entre os GCAR e, a temperatura inferior (TEMP_INF) dos testículos, bem como o gradiente de temperatura do escroto (GTE) não apresentaram diferença. Nas imagens ultrassonográficas a intensidade de pixel (IP) e as avaliações andrológicas utilizando motilidade (MOT), vigor (VIG), concentração (CONC), defeitos maiores (DMA), defeitos menores (DME) defeitos totais (DTOT), não foram diferentes entre os GCAR. A TEMP_SUP e TEMP_INF tiveram correlações com DME (0,51 e 0,51, respectivamente) e DTOT (0,48 e 0,46, respectivamente). A TEMP_INF apresentou correlação negativa com MOT (-0,39) e, IP apresentou correlação com DMA (0,47). O CAR não apresentou correlação com nenhuma das características descritas. Concluindo que a seleção de touros para CAR não exerce influência nas características de qualidade seminais, mensuradas pelas imagens termográficas e ultrassonográficas, indicadas como auxiliares na seleção dos touros.
The highest cost of beef cattle producing is the feed, for this has been studied to improve feed efficiency with a greater emphasis on the characteristic residual feed intake (RFI), but it is necessary to know the relationship of this with the fertility of the bulls used in programs genetic improvement. The objective of the present study was to evaluate efficient and non-efficient Nelore bulls and their reproductive parameters. A total 946 bulls were used from the Nelore Qualitas breeding program, participants in feed efficiency tests from 2010 to 2017. Thermographic and ultrasonographic images of the testicles were performed in 114 animals at the end of 2017 test, and andrological evaluations were performed in 54 animals from the tests of 2011 to 2015, in the Center of reproduction Alta Genetics, and 29 animals of the test of 2016 and 2017, in Central Bela Vista. The division of the animals into low and high RFI, was within the year of test and considering the participants who had values above the average of the RFI more (low) or less (high) half standard deviation. The final body weight (FBW), metabolic body weight (MBW) and average daily gain (ADG) didnt present statistical difference when compared in the divergent groups of RFI (GRFI). The upper temperature (TEMP_UP) of the testicles showed a significant difference between the GRFI and, the bottom temperature (TEMP_BO) of the testicles, as well as the temperature gradient of the scrotum (TGE) didnt present statistical difference. In the ultrasound images the pixel intensity (PI) and the andrological evaluations using motility (MOT), vigor (VIG), concentration (CONC), major defects (MAD), minor defects (MID) total defects (TOD), didnt present significance between the GRFI. The TEMP_UP and TEMP_BO had significant correlations with MID (0.51 and 0.51, respectively) and TOD (0.48 and 0.46, respectively). The TEMP_BO presented negative correlation with MOT (-0.39) and, PI had a significant correlation with MAD (0.47). The RFI didnt present a significant correlation with any of the characteristics described, indicating that the selection of bulls for residual feed intake doesnt influence the reproductive quality characteristics and the thermographic and ultrasonographic images may aid in the bulls selection.
Resumo
Purpose: Urethrocutaneous fistula and neourethral dehiscence are frequently seen complications of hypospadias surgery requiring reoperation. In this study we report the experience of one surgeon with dartos flap coverage in primary hypospadias, reoperative hypospadias and urethrocutaneous fistulas repair. Methods: A total of 23 patients underwent hypospadias and urethrocutaneous fistulas repair from January 2006 to May 2009. Fourteen patients were operated on for primary hypospadias repair at our institution and 9 patients were admitted for hypospadias complications such as failed hypospadias repair and urethrocutaneous fistula. In all the patients, the dartos flap was dissected and transposed to cover the neourethra. Operative results were recorded. Results: The primary surgical procedure was a one-stage repair in 61 percent (n = 14); tubularised incised plate (TIP) urethroplasty in 43 percent (n = 6) and a Mathieu procedure in 57 percent (n = 8). Urethrocutaneous fistulas complicating the previous initial hypospadias repair were anterior in 33 percent (n = 2), middle in 33 percent (n = 2) and proximal in 33 percent (n = 2). Repair of the fistula was successful on the first attempt in all patients. The reason for redo surgery in 3 patients was complete dehiscence and the patients had distal shaft hypospadias. COconclusion: Dartos flap coverage of the neourethra seems to be an effective method of reducing the fistulous complication rate following primary and secondary hypospadias repair.(AU)
Objetivo: Fístulas uretrocutâneas e deiscências são complicações frequentes na cirurgia das hipospádias necessitando reoperações. Este estudo é baseado na experiência pessoal de um cirurgião utilizando um retalho pediculado do músculo dartos para cobertura da neouretra na correção primária de hipospádias, reoperações de hipospádias e correção de fístulas uretrocutâneas. Métodos: Vinte e três pacientes foram operados sendo 14 submetidos a cirurgia primária de hipospádia e 9 a reoperações por insucesso da correção primária ou por fístulas uretrocutâneas. Em todos os pacientes, um retalho pediculado do músculo dartos foi mobilizado e utilizado para recobrir a neouretra. Resultados: Para a cirurgia primária da hipospádia foi utilizada técnica de correção em um só tempo (n=14): uretroplastia tubularizada com incisão da placa (TIP) em 43 por cento (n=6) e técnica de Mathieu em 57 por cento (n=8). As fístulas uretrocutâneas resultantes de correções primárias anteriores eram de localização anterior em 33 por cento (n=2), média em 33 por cento (n=2) e proximal em 33 por cento (n=2). A correção das fístulas uretrocutâneas resultou em sucesso em todos os pacientes. Três pacientes necessitaram de reoperação por deiscência completa e em todos a hipospádia era distal. Conclusões: O emprego do retalho pediculado do músculo dartos para recobrir a neouretra é um método eficaz que reduz a incidência de fístulas em cirurgias primárias e nas reoperações de hipospádias.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Hipospadia/cirurgia , Fístula Urinária/cirurgia , Reoperação , Complicações Pós-Operatórias/cirurgia , EscrotoResumo
Procurou-se estabelecer o período para sexar fetos caprinos pela ultrassonografia transretal visibilizando-se as estruturas da genitália externa, sendo que para tal foi monitorado o dia do posicionamento final do tubérculo genital (TG), bem como o dia em que o pênis, a bolsa escrotal, o clitóris e as tetas foram visibilizados. Foram monitorados fetos das raças Boer (n = 36), Parda Alpina (n = 31) e Anglo-nubiana (n = 27), do 40º ao 60º dia de gestação, usando-se transdutor linear de 6,0 e 8,0 MHz. O posicionamento final do TG ocorreu no período de 47,11 ± 1,45 dias, nos machos, e 45,62 ± 1,36 dias, nas fêmeas, e a visibilização das estruturas da genitália externa no período de 49,42 ± 2,20 dias para a bolsa escrotal; 49,37 ± 2,19 dias para o pênis; 49,23 ± 1,75 dias para as tetas e 49,98 ± 2,52 dias para o clitóris. A migração do TG no feto fêmea foi mais precoce (P 0,05) entre as estruturas referentes ao mesmo sexo. Conclui-se que apesar da sexagem de fetos caprinos poder ser efetuada antes do 55º dia de gestação, recomenda-se realizá-la somente após a visibilização das estruturas da genitália externa para uma maior segurança na identificação do sexo.
The aim of this study was to establish the period for sexing caprine fetuses by transrectal ultrasonography through viewing the structures of the external genitalia, monitoring of the final positioning of the genital tubercle, and the day that the penis, scrotum, clitoris and nipples were seen. Fetuses of Boer (n = 36), Brownscale Alpine (n = 31) and Anglo-nubian (n = 27), breeds in the 40th-60th day of gestation, were tracked using linear transducer of 6.0 and 8.0 MHz. The final positioning of the genital tubercle occurred in the period from 47.11 ± 1.45 days in males and 45.62 ± 1.36 days in females. The visualization of structures of the external genitalia was in the period from 49.42 ± 2.20 days for scrotum; 49.37 ± 2.19 days for penis; 49.23 ± 1.75 days for nipples and 49.98 ± 2.52 days for clitoris. The migration of female genital tubercle in the fetus occurred earlier (P 0.05) among the structures of the same sex. In conclusion, although the sexing of caprine fetuses can be done before the 55th day of pregnancy, it is recommended to perform it only after the visualization of the structures of the external genitalia for a greater security in the sex identification.
Assuntos
Animais , Cabras/classificação , Ultrassonografia/instrumentação , Feto/anatomia & histologia , Genitália/anatomia & histologia , SexoResumo
Procurou-se estabelecer o período para sexar fetos caprinos pela ultrassonografia transretal visibilizando-se as estruturas da genitália externa, sendo que para tal foi monitorado o dia do posicionamento final do tubérculo genital (TG), bem como o dia em que o pênis, a bolsa escrotal, o clitóris e as tetas foram visibilizados. Foram monitorados fetos das raças Boer (n = 36), Parda Alpina (n = 31) e Anglo-nubiana (n = 27), do 40º ao 60º dia de gestação, usando-se transdutor linear de 6,0 e 8,0 MHz. O posicionamento final do TG ocorreu no período de 47,11 ± 1,45 dias, nos machos, e 45,62 ± 1,36 dias, nas fêmeas, e a visibilização das estruturas da genitália externa no período de 49,42 ± 2,20 dias para a bolsa escrotal; 49,37 ± 2,19 dias para o pênis; 49,23 ± 1,75 dias para as tetas e 49,98 ± 2,52 dias para o clitóris. A migração do TG no feto fêmea foi mais precoce (P < 0,05) do que no macho, enquanto a visibilização da bolsa escrotal e pênis foi mais precoce (P < 0,05) do que das tetas e clitóris, não havendo diferença (P > 0,05) entre as estruturas referentes ao mesmo sexo. Conclui-se que apesar da sexagem de fetos caprinos poder ser efetuada antes do 55º dia de gestação, recomenda-se realizá-la somente após a visibilização das estruturas da genitália externa para uma maior segurança na identificação do sexo.(AU)
The aim of this study was to establish the period for sexing caprine fetuses by transrectal ultrasonography through viewing the structures of the external genitalia, monitoring of the final positioning of the genital tubercle, and the day that the penis, scrotum, clitoris and nipples were seen. Fetuses of Boer (n = 36), Brownscale Alpine (n = 31) and Anglo-nubian (n = 27), breeds in the 40th-60th day of gestation, were tracked using linear transducer of 6.0 and 8.0 MHz. The final positioning of the genital tubercle occurred in the period from 47.11 ± 1.45 days in males and 45.62 ± 1.36 days in females. The visualization of structures of the external genitalia was in the period from 49.42 ± 2.20 days for scrotum; 49.37 ± 2.19 days for penis; 49.23 ± 1.75 days for nipples and 49.98 ± 2.52 days for clitoris. The migration of female genital tubercle in the fetus occurred earlier (P < 0.05) than in males, and the visualization of penis and scrotum was earlier (P < 0.05) than the nipples and clitoris, there was no difference (P > 0.05) among the structures of the same sex. In conclusion, although the sexing of caprine fetuses can be done before the 55th day of pregnancy, it is recommended to perform it only after the visualization of the structures of the external genitalia for a greater security in the sex identification.(AU)
Assuntos
Animais , Ultrassonografia/instrumentação , Cabras/classificação , Sexo , Feto/anatomia & histologia , Genitália/anatomia & histologiaResumo
In this study, the case of a newborn calf, which presented type 2 anal atresia, congenital urethrorectal fistula, bifid scrotum and male pseudohermafroditism is described. The main clinical sign was the elimination of feces by the prepucial ostium, an unusual finding in cases of urethrorectal fistula in male animals. Although anal atresia is relatively common in bovines, the other congenital defects found in this case are uncommon.
Neste trabalho, é descrito o caso de um bezerro mestiço recém-nascido que apresentava atresia anal tipo 2, fístula uretrorretal congênita, bolsa escrotal bífida e pseudo-hermafroditismo masculino. O principal sinal clínico era a eliminação de fezes por meio do óstio prepucial, uma apresentação incomum em casos de fístula uretrorretal em animais machos. Apesar de o quadro de atresia anal ser relativamente comum nessa espécie, os outros defeitos congênitos encontrados são pouco frequentes.
Resumo
In this study, the case of a newborn calf, which presented type 2 anal atresia, congenital urethrorectal fistula, bifid scrotum and male pseudohermafroditism is described. The main clinical sign was the elimination of feces by the prepucial ostium, an unusual finding in cases of urethrorectal fistula in male animals. Although anal atresia is relatively common in bovines, the other congenital defects found in this case are uncommon.
Neste trabalho, é descrito o caso de um bezerro mestiço recém-nascido que apresentava atresia anal tipo 2, fístula uretrorretal congênita, bolsa escrotal bífida e pseudo-hermafroditismo masculino. O principal sinal clínico era a eliminação de fezes por meio do óstio prepucial, uma apresentação incomum em casos de fístula uretrorretal em animais machos. Apesar de o quadro de atresia anal ser relativamente comum nessa espécie, os outros defeitos congênitos encontrados são pouco frequentes.
Resumo
In this study, the case of a newborn calf, which presented type 2 anal atresia, congenital urethrorectal fistula, bifid scrotum and male pseudohermafroditism is described. The main clinical sign was the elimination of feces by the prepucial ostium, an unusual finding in cases of urethrorectal fistula in male animals. Although anal atresia is relatively common in bovines, the other congenital defects found in this case are uncommon.
Neste trabalho, é descrito o caso de um bezerro mestiço recém-nascido que apresentava atresia anal tipo 2, fístula uretrorretal congênita, bolsa escrotal bífida e pseudo-hermafroditismo masculino. O principal sinal clínico era a eliminação de fezes por meio do óstio prepucial, uma apresentação incomum em casos de fístula uretrorretal em animais machos. Apesar de o quadro de atresia anal ser relativamente comum nessa espécie, os outros defeitos congênitos encontrados são pouco frequentes.
Resumo
Avaliou-se a vascularização arterial do escroto em caprinos com vários graus de divisão escrotal. Foram utilizados 30 animais, distribuídos em três grupos: I - animais que apresentavam escroto único e aqueles com divisão até extremidade caudada dos testículos; II - animais com divisão escrotal até 50% do comprimento dos testículos; III - caprinos com divisão escrotal acima de 50% do comprimento testicular. Os caprinos foram sacrificados e, no Laboratório de Anatomia Animal da Universidade Federal do Piauí, realizadas as técnicas de repleção, corrosão ou dissecação, para estudo das artérias escrotais. A artéria escrotal origina-se freqüentemente (95%) da artéria pudenda externa, eventualmente (3,3%) da epigástrica caudal superficial, ou ainda origina-se como um ramo cranial da artéria epigástrica caudal superficial e um ramo caudal da artéria pudenda externa (1,7%). Na região dorsal do septo do escroto emite dois a três ramos primários, que fornecem os ramos secundários e terminais, os quais distribuem-se, indistintamente, nas faces cranial e caudal do escroto e, ocasionalmente, no septo do órgão. O número de ramos terminais não apresenta diferença em relação à configuração escrotal, porém a região correspondente à divisão escroto, conta com maior quantidade desses ramos nos animais que apresentam essa característica mais acentuada.(AU)
The present study was design to investigate the arterial distribution of goat's scrotum with several degrees of scrotum division. We used 30 animals divided in 3 groups of 10 animals each as follow: group I: animals with simple scrotum; II - animals with 50% of scrotum division; III - animals with more than 50% of scrotum division. The goats were sacrificed under deep anaesthesia and the techniques for evaluate the arterial distribution were performed at the Laboratory of animal anatomy of the Federal University of Piaui. The origin of the scrotum artery was mainly from the pudenda artery (95%), follows by the superficial caudal ephigastric artery (3,3%), or had your origin as one cranial branch of the superficial caudal ephigastric artery and one caudal branches of the extern pudenda artery (1,7%). The dorsal region of scrotal septum seed two or three primary branches that provide the secondary and terminals branches, which had indiscriminate distribution into the cranial and caudal faces of the scrotum, and occasionally at the septum. The number of the terminal branches doesn't have show any difference with the scrotum configuration, however the region that corresponds to the scrotum division had more number of these branches at the animals with the greatest scrotal division.(AU)