Resumo
Porcine respiratory disease complex comprises the interaction of two or more infectious agents. The major bacterial agents involved were investigated in 115 finishing pigs at a farm in São Paulo State, Brazil: Actinobacillus pleuropneumoniae (serology, bacterial culture, and multiplex PCR), Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo) (nested PCR), Pasteurella multocida (multiplex PCR), Haemophilus parasuis (PCR multiplex), and Streptococcus sp. (bacterial culture). Macroscopic and microscopic lung lesions were evaluated, and zootechnical indices were recorded. Mhyo occurred in 113 animals (98.3%), seventeen of which were co-infected with Streptococcus sp. The finding of emphysematous lung was associated with significantly lower final and carcass weight at slaughter. Although vaccinated against Mhyo with an inactivated immunogen, almost 100% of the animals were infected. Mhyo infection with and without Streptococcus sp. co-infection was related to lung lesions of varying degrees and lower slaughter and carcass weight.
O Complexo de Doenças Respiratórias em suínos (CDRS) compreende a interação de dois ou mais agentes infecciosos, manejo e ambiente. Os principais agentes bacterianos causadores de CDRS foram investigados em 115 suínos em fase de terminação em uma granja no Estado de São Paulo, Brasil: Actinobacillus pleuropneumoniae (sorologia por ELISA, cultivo bacteriano e PCR multiplex), Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo) (nested PCR), Pasteurella multocida (PCR multiplex), Haemophilus parasuis (PCR multiplex), e Streptococcus sp (cultivo bacteriano). Foram avaliadas lesões pulmonares macroscópicas e microscópicas, e impacto nos índices zootécnicos e no aproveitamento de carcaça. Houve positividade ao Mhyo em 113 animais (98,26%), destes houve infecção associada ao Streptococcus sp ao Mhyo em 14,78% (17) animais. O pulmão enfisematoso diminuiu significativamente o peso no final da terminação e o peso da carcaça. Apesar de vacinados com imunógeno inativado contra Mhyo, quase 100% dos animais estavam infectados e as lesões mais observadas foram broncopneumonia purulenta e pleurite. A infecção de Mhyo associado ou não ao Streptococcus sp causou lesões pulmonares em diferentes graus, menor peso ao abate e da carcaça.
Assuntos
Animais , Doenças Respiratórias/complicações , Doenças Respiratórias/veterinária , Pleuropneumonia/veterinária , Suínos/microbiologia , Diagnóstico Diferencial , Mycoplasma hyopneumoniae , StreptococcusResumo
Porcine respiratory disease complex comprises the interaction of two or more infectious agents. The major bacterial agents involved were investigated in 115 finishing pigs at a farm in São Paulo State, Brazil: Actinobacillus pleuropneumoniae (serology, bacterial culture, and multiplex PCR), Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo) (nested PCR), Pasteurella multocida (multiplex PCR), Haemophilus parasuis (PCR multiplex), and Streptococcus sp. (bacterial culture). Macroscopic and microscopic lung lesions were evaluated, and zootechnical indices were recorded. Mhyo occurred in 113 animals (98.3%), seventeen of which were co-infected with Streptococcus sp. The finding of emphysematous lung was associated with significantly lower final and carcass weight at slaughter. Although vaccinated against Mhyo with an inactivated immunogen, almost 100% of the animals were infected. Mhyo infection with and without Streptococcus sp. co-infection was related to lung lesions of varying degrees and lower slaughter and carcass weight.(AU)
O Complexo de Doenças Respiratórias em suínos (CDRS) compreende a interação de dois ou mais agentes infecciosos, manejo e ambiente. Os principais agentes bacterianos causadores de CDRS foram investigados em 115 suínos em fase de terminação em uma granja no Estado de São Paulo, Brasil: Actinobacillus pleuropneumoniae (sorologia por ELISA, cultivo bacteriano e PCR multiplex), Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo) (nested PCR), Pasteurella multocida (PCR multiplex), Haemophilus parasuis (PCR multiplex), e Streptococcus sp (cultivo bacteriano). Foram avaliadas lesões pulmonares macroscópicas e microscópicas, e impacto nos índices zootécnicos e no aproveitamento de carcaça. Houve positividade ao Mhyo em 113 animais (98,26%), destes houve infecção associada ao Streptococcus sp ao Mhyo em 14,78% (17) animais. O pulmão enfisematoso diminuiu significativamente o peso no final da terminação e o peso da carcaça. Apesar de vacinados com imunógeno inativado contra Mhyo, quase 100% dos animais estavam infectados e as lesões mais observadas foram broncopneumonia purulenta e pleurite. A infecção de Mhyo associado ou não ao Streptococcus sp causou lesões pulmonares em diferentes graus, menor peso ao abate e da carcaça.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças Respiratórias/complicações , Doenças Respiratórias/veterinária , Suínos/microbiologia , Pleuropneumonia/veterinária , Streptococcus , Mycoplasma hyopneumoniae , Diagnóstico DiferencialResumo
A piometra é uma infecção aguda ou crônica do útero que ocorre frequentemente em cadelas não castradas, podendo também ocorrer em gatas domésticas e selvagens, sendo poucos os estudos relacionados à piometra em grandes felídeos. O objetivo deste relato foi descrever um caso de piometra em uma leoa (Panthera leo) de cativeiro, as lesões de necropsia e histológicas, bem como os resultados da análise microbiológica. Uma leoa com aproximadamente 23 anos, pertencente a um criadouro conservacionista de Santa Maria-RS, foi encontrada morta pela manhã em seu recinto. Após coleta de dados, procedeu-se à necropsia e à coleta de material para análise histopatológica e bacteriológica. A análise microbiológica revelou predomínio das bactérias Streptococcus sp. e Escherichia coli no conteúdo purulento do útero, caracterizando como piometra, e a bactéria predominante em plasma, fígado e medula óssea foi E. coli. De acordo com o laudo histopatológico, as alterações observadas nessa leoa sugerem um quadro de septicemia grave, sendo a origem do foco infeccioso bacteriano, provavelmente, a piometra. Considera-se importante chamar a atenção dos médicos veterinários de animais selvagens para um diagnóstico precoce dessa doença, que é comum em cadelas, mas que pode acometer também felídeos selvagens e levá-los à morte(AU)
Pyometra is an acute or chronic uterus infection that occurs often in not spayed dogs, but may also occur in wild and domestic cats, and there are few studies related to pyometra in big cats. The aim of this report was to describe a case of pyometra in a lion (Panthera leo) in captivity, the gross and microscopic lesions found at necropsy, and the results of the microbiological analysis. A female with approximately 23 years of age, belonging to a Conservationist Breeding Center located in Santa Maria-RS-Brazil was found dead in her enclosure in the morning. After data collection, we proceeded to the autopsy and collection of material for histopathological and bacteriological analyzes. Microbiological analysis revealed a predominance of the bacteria Streptococcus sp and Escherichia coli in the uterus content, characterized as pyometra and the predominant bacterium in the plasma, liver and bone marrow was Escherichia coli. According to histopathology, the changes observed in this lioness suggest a framework of severe septicemia, being the source of the bacterial infection, probably, pyometra. It is considered important to draw the attention of zoo and wildlife veterinarians for an early diagnosis of this common disease in dogs, which can also affect large wild cats and lead them to death(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Leões/microbiologia , Piometra/veterinária , Escherichia coli/isolamento & purificação , Streptococcus/isolamento & purificação , Sepse/veterinária , Endocardite/veterinária , Pneumonia/veterináriaResumo
Lesões articulares em suínos são frequentes e geralmente relacionadas a perdas econômicas para produtores e abatedouros. Artrites podem estar associadas a causas infecciosas e não infecciosas. Entre as artrite os agentes infecciosos mais comuns estão Erysipelothrix rhusiopathiae, Streptococcus suis, Glaesserella (Haemophilus) parasuis, Mycoplasma hyorhinis e Mycoplasma hyosynoviae, enquanto a osteocondrose é a causa não infecciosa mais importante em suínos. O objetivo deste estudo foi realizar a caracterização patológica e microbiológica de lesões articulares em suínos. As coletas foram efetuadas em dois frigoríficos no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Um total de 8.808 suínos de 34 lotes foram examinados macroscopicamente durante o período do estudo. Cento e cinco lesões articulares foram coletadas, o que representou 1,19% dos suínos abatidos durante o período. As articulações femorotibiais direita e esquerda somadas foram as mais comumente envolvidas (39,04%), seguidas pelas articulações femorotibial direita (21,90%) e femorotibial esquerda (17,14%). Na microscopia, as lesões foram classificadas morfologicamente em sinovite linfoplasmocitica proliferativa (79,04%), sinovite associada com osteocondrose (12,38%) e sinovite fibrinonecrótica e supurativa (8,57%). Exame bacteriológico aeróbico foi realizado em todas as amostras coletadas. No entanto, o isolamento bacteriano foi raro e apenas 3,80% das amostras apresentaram crescimento com os métodos utilizados. As bactérias identificadas foram Streptococcus suis (1,90%), Streptococcus porcinus (0,95%) e Trueperella pyogenes (0,95%). No restante dos casos (96,19%), nenhum crescimento bacteriano significativo foi detectado. Portanto, o exame dos componentes articulares fornece informações sobre a natureza da lesão, diferenciando processos infecciosos de não-infecciosos. O exame de todas as articulações é importante para o diagnóstico mais preciso, bem como recomendase examinar mais de uma articulação quando a lesão macroscópica for evidenciada. O padrão histológico caracterizado como sinovite proliferativa linfoplasmacítica foi o mais frequentemente observado e análises moleculares são necessárias para definir a etiologia dessa lesão.
Joint injuries in swine are common and frequently related to economic losses for producers and meat industry. Arthritis may derive from infectious and non-infectious process. Among the most common infectious agents are Erysipelothrix rhusiopathiae, Streptococcus suis, Glaesserella parasuis (Haemophilus) parasuis, Mycoplasma hyorhinis, and Mycoplasma hyosynoviae, while osteochondrosis is the non-infectious cause more important to swine. The objective of this study was to perform a pathological and microbiological characterization of articular lesions in swine. Articular lesions were collected in two slaughterhouses in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. A total of 8,808 pigs out of 34 batches were examined during the study period. One hundred five joint injuries were collected, which represented 1.19% of the amount of slaughtered pigs during the study period. The right and left femorotibial joints alongside were the most affected articulations (39.04%), followed by right femorotibial (21.90%), and left femorotibial joint with (17.14%). The lesions observed were classified according to their morphology as lymphoplasmacytic proliferative synovitis (79.04%), synovitis associated with osteochondrosis (12.38%), and fibrinonecrotic and suppurative synovitis (8.57%). Aerobic bacterial culture was performed in all samples collected. However, bacterial isolation was rare and only 3.80% (4/105) samples showed growth with the methods used. The bacteria isolated were Streptococcus suis (1.90%), Streptococcus porcinus (0.95%), and Trueperella pyogenes (0.95%). In the rest of the cases (96.19%), no significant bacterial growth or no bacterial growth was noticed. Therefore, the examination of the articular structures provides insights into the nature of the lesion, differentiating between infectious and non-infectious lesions. Besides, the examination of all joints may be necessary to diagnosis more precisely. It is recommended to evaluate all joints when macroscopic alteration is found noticed in one. The histopathologic pattern of lymphoplasmacytic proliferative synovitis were the most frequently seen and molecular analysis is necessary to define the etiology of this lesion.
Resumo
O presente estudo teve por objetivos avaliar a eficácia terapêutica a segurança clínica e ecotoxicológica do antimicrobiano fosfomicina para o tratamento de aeromonose e streptococose em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Para tal, a segurança clínica foi avaliada com as doses de 10, 20 e 40 mg de fosfomicina.kg-1; os estudos de eficácia com a dose terapêutica de 10 mg de fosfomicina.kg-1, foram conduzidos com peixes desafiados com Aeromonas hydrophila e Streptococcus agalactiae; os ensaios de ecotoxicidade foram feitos para a determinação de CL50 em peixes (O. niloticus) e plantas aquáticas (Lemna minor) e de CE50 para crustáceos (Daphnia magna) e moluscos (Pomacea canaliculata). Nos estudos foram utilizadas tilápias de 112g ± 5,6g, acondicionadas em tanques de 400 L (n=10). Ambos os estudos de eficácia terapêutica com 10 mg.kg-1 demonstraram a eficácia para A. hydrophila e S. agalactiae, pois nas análises de reisolamento destes microrganismos não ocorreu crescimento dos mesmos em amostras de fígado, rim, baço e cérebro dos peixes tratados quando comparados aos grupos infectados e não tratados nos quais o número de unidades formadoras de colônias (UFC) foi de 7,6 ± 2,4 por placa. Na infecção por A. hydrophila apresentaram microcitose e linfopenia, assim como, trombocitose na fase inicial da infecção seguida de trombocitopenia. Lesões nos tecidos hepáticos e renais corroboraram as alterações da atividade enzimática sérica de ALT, AST, FA e nos níveis de creatinina, colesterol e triglicerídeos. Na infecção por S. agalactiae apresentaram diminuição do número de eritrócitos e dos valores percentuais de hematócrito, caracterizando quadro de hemólise, associado à linfopenia, trombocitopenia e neutrofilia na fase inicial da infecção. Verificou-se correlação entre as lesões nos tecidos hepáticos e renais aos valores séricos de ALT, AST, FA e nos níveis de creatinina. Nos ensaios ecotoxicológicos para peixe (O. niloticus), molusco (P. canaliculata), microcrustáceo (D. magna) e macrófitas (L. minor e A. caroliniana), os resultados demonstraram segurança ecotoxicológica da fosfomicina sendo considerada praticamente não tóxica para estes organismos (CL e CE50 > 100,0 mg.L-1). A formulação Fosfomicin C® atenuou as alterações patológicas em peixes infectados quando comparado aos não infectados. Porém essa mesma formulação causou alterações no estudo de segurança clínica. Os estudos demonstram a viabilidade do uso da fosfomicina na dose 10 mg.kg-1 para basal da estreptococose e aeromonose na tilapicultura, porém existe a necessidade de testar o antibiótico puro, para verificar se as alterações observadas foram causadas pelo antibiótico ou por algum outro componente.
The present study aimed to evaluate the therapeutic efficacy of clinical and ecotoxicological safety of antimicrobial fosfomycin for the treatment of aeromonose and streptococcosis in Nile tilapia (Oreochromis niloticus). For this, clinical safety was evaluated with doses of 10, 20 and 40 mg of fosfomycin.kg-1; Efficacy studies with the therapeutic dose of 10 mg of fosfomycin.kg-1 were conducted with fish challenged with Aeromonas hydrophila and Streptococcus agalactiae; The ecotoxicity assays were performed for the determination of LC50 in fish (O. niloticus) and aquatic plants (Lemna minor) and EC50 for crustaceans (Daphnia magna) and molluscs (Pomacea canaliculata). In the studies, tilapia of 112 g ± 5.6 g were used, packed in 400 L tanks (n = 10). Both therapeutic efficacy studies with 10 mg.kg-1 demonstrated efficacy for A. hydrophila and S. agalactiae, because in the reisolation analyzes of these microorganisms there was no growth in liver, kidney, spleen and brain samples of treated fish , While in the infected and untreated groups, mean growth was greater than ten colony forming units (CFU) per plaque. In the A. hydrophila infection they presented microcytosis and lymphopenia, as well as thrombocytosis in the initial phase of infection followed by thrombocytopenia. Liver and renal tissue damage corroborated the changes in serum enzyme activity of ALT, AST, FA and creatinine, cholesterol and triglyceride levels. In S. agalactiae infection, there was a decrease in the number of erythrocytes and percentage values of hematocrit, characterizing hemolysis, associated with lymphopenia, thrombocytopenia and neutrophilia in the initial phase of infection. There was a correlation between hepatic and renal tissue damage in serum ALT, AST, AF, and creatinine levels. In the ecotoxicological assays for fish (O. niloticus), mollusc (P. canaliculata), microcrustaceans (D. magna) and macrophytes (L. minor and A. caroliniana), the results demonstrated ecotoxicological safety of fosfomycin being considered practically non-toxic for these Organisms (CL and EC 50> 100.0 mg.L-1). The Fosfomicin C® formulation attenuated pathological changes in infected fish compared to uninfected fish. However, the same formulation caused changes in the clinical safety study. The studies demonstrate the feasibility of using fosfomycin at a dose of 10 mg.kg-1 for streptococcal and aeromonose control in tilapicultura, but there is a need to test the pure antibiotic to verify if the observed changes were caused by the antibiotic or some other component.