Resumo
Equine infectious anemia (EIA) is a viral infectious disease that affects Equidae and is clinically characterized by intermittent fever, anemia, depression, emaciation, and edema. To evaluate disease dynamics in the state of Tocantins, Brazil, a time series of EIA cases in the period 20072019 was analyzed to describe the pattern of occurrence and define the autoregressive integrated by moving average (ARIMA) model best suited to make predictions of cases of this disease for the period 20202021. The modeling and statistical analysis of the time series were performed using R software. The ARIMA model (2,1,1) was evaluated by Holdout cross-validation, in which data from the periods 20072017 and 20182019 were used as training and test data, respectively. The analyses showed that EIA was endemic and non-seasonal in Tocantins. The ARIMA model (2,1,1) showed good predictive capacity adjusted for this time series. However, the prediction of 276 cases of EIA in Tocantins for the period 20202021 may vary depending on the demand for diagnostic tests for Equidae transportation and herd sanitation in farms considered infection foci. The ARIMA model helps predict the number of EIA cases in Tocantins and improves planning for disease control by the Official Veterinary Service.
A anemia infecciosa equina (AIE), doença infecciosa viral que acomete os equídeos, é caracterizada clinicamente por causar febre intermitente, anemia, depressão, emaciação e edema. Com o objetivo de elucidar a dinâmica dessa doença no estado do Tocantins, foi realizada a análise da série temporal dos casos de AIE em equídeos entre 2007 e 2019 para descrever o padrão de sua ocorrência, além de definir o modelo autorregressivo integrado por média móvel (Autoregressive Integrated by Moving Average - ARIMA) mais adequado para se realizar previsões dos casos dessa doença para os anos de2020 e 2021. A modelagem e análise estatística da série temporal em estudo foi realizada por meio do software R. O modelo preditivo ARIMA (2,1,1) foi avaliado por meio da validação cruzada utilizando a técnica de Holdout, em que os dados de 2007 a 2017 foram utilizados como treino e os dados de 2018 e2019 foram utilizados como teste. As análises mostraram que a AIE é endêmica no estado do Tocantins e sem padrão de sazonalidade. O modelo ARIMA (2,1,1) apresentou boa capacidade preditiva ajustada para a série temporal em estudo. Porém, a previsão aproximada de 276 casos de AIE em equídeos para os anos de 2020 e 2021 no estado do Tocantins pode variar em decorrência da demanda por exames dessa doença para o trânsito dos equídeos, bem como do saneamento de propriedades consideradas foco. A modelagem ARIMA pode ser utilizada na previsão dos casos de AIE em equídeos no estado do Tocantins o que permite melhorar o planejamento para a execução das ações de controle dessa doença por parte do Serviço Veterinário Oficial.
Assuntos
Animais , Anemia Infecciosa Equina/prevenção & controle , Anemia Infecciosa Equina/virologia , Doenças dos Cavalos/virologia , Estudos de Séries TemporaisResumo
Equine infectious anemia (EIA) is a viral infectious disease that affects Equidae and is clinically characterized by intermittent fever, anemia, depression, emaciation, and edema. To evaluate disease dynamics in the state of Tocantins, Brazil, a time series of EIA cases in the period 20072019 was analyzed to describe the pattern of occurrence and define the autoregressive integrated by moving average (ARIMA) model best suited to make predictions of cases of this disease for the period 20202021. The modeling and statistical analysis of the time series were performed using R software. The ARIMA model (2,1,1) was evaluated by Holdout cross-validation, in which data from the periods 20072017 and 20182019 were used as training and test data, respectively. The analyses showed that EIA was endemic and non-seasonal in Tocantins. The ARIMA model (2,1,1) showed good predictive capacity adjusted for this time series. However, the prediction of 276 cases of EIA in Tocantins for the period 20202021 may vary depending on the demand for diagnostic tests for Equidae transportation and herd sanitation in farms considered infection foci. The ARIMA model helps predict the number of EIA cases in Tocantins and improves planning for disease control by the Official Veterinary Service.(AU)
A anemia infecciosa equina (AIE), doença infecciosa viral que acomete os equídeos, é caracterizada clinicamente por causar febre intermitente, anemia, depressão, emaciação e edema. Com o objetivo de elucidar a dinâmica dessa doença no estado do Tocantins, foi realizada a análise da série temporal dos casos de AIE em equídeos entre 2007 e 2019 para descrever o padrão de sua ocorrência, além de definir o modelo autorregressivo integrado por média móvel (Autoregressive Integrated by Moving Average - ARIMA) mais adequado para se realizar previsões dos casos dessa doença para os anos de2020 e 2021. A modelagem e análise estatística da série temporal em estudo foi realizada por meio do software R. O modelo preditivo ARIMA (2,1,1) foi avaliado por meio da validação cruzada utilizando a técnica de Holdout, em que os dados de 2007 a 2017 foram utilizados como treino e os dados de 2018 e2019 foram utilizados como teste. As análises mostraram que a AIE é endêmica no estado do Tocantins e sem padrão de sazonalidade. O modelo ARIMA (2,1,1) apresentou boa capacidade preditiva ajustada para a série temporal em estudo. Porém, a previsão aproximada de 276 casos de AIE em equídeos para os anos de 2020 e 2021 no estado do Tocantins pode variar em decorrência da demanda por exames dessa doença para o trânsito dos equídeos, bem como do saneamento de propriedades consideradas foco. A modelagem ARIMA pode ser utilizada na previsão dos casos de AIE em equídeos no estado do Tocantins o que permite melhorar o planejamento para a execução das ações de controle dessa doença por parte do Serviço Veterinário Oficial.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças dos Cavalos/virologia , Anemia Infecciosa Equina/prevenção & controle , Anemia Infecciosa Equina/virologia , Estudos de Séries TemporaisResumo
The working equid population in Corumbá, Southern Pantanal, is very large and has a crucial role in the main economic activity of the State of Mato Grosso do Sul, the beef cattle industry. The aim of the present study was to estimate the prevalence of equine infectious anaemia (EIA) in working equids of ranches in the municipality of Corumbá, by the official agar gel immunodiffusion (AGID) test, and evaluate the adoption of the Programme for the Prevention and Control of Equine Infectious Anaemia proposed by Embrapa Pantanal and official entities in the 1990s. From September to November 2009, forty ranches distributed through the area of the municipality were visited, and serum samples were obtained from 721 equines and 232 mules. According to previous publications and the present data, it was concluded that the prevalence of EIA in this population has increased from 18.17% to 38.60%, which represents at this time approximately 13,000 infected animals. There was no significant difference between the apparent prevalence of equines and mules. It was also verified that the control programme was not known by the greater part of the interviewed ranch owners, managers and foremen and, in their perception, EIA is not a primary threat to address. Among the studied variables, the serologic testing practice significantly reduced the risk for the presence of EIA seropositivity, as well as the separation of riding equipment and segregation of seropositives.(AU)
A população de equídeos de serviço em Corumbá, Pantanal Sul, é muito numerosa e tem um papel crucial na principal atividade econômica do estado de Mato Grosso do Sul, a pecuária de corte extensiva. O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência atual da anemia infecciosa equina (AIE) em equídeos de serviço em fazendas do município de Corumbá, pelo teste oficial de imunodifusão em gel de ágar (IDGA), e avaliar a adoção do Programa de Prevenção e Controle da Anemia Infecciosa Equina proposto pela Embrapa Pantanal e entidades oficiais nos anos 1990. De setembro a novembro de 2009, quarenta fazendas distribuídas na área do município foram visitadas, e amostras de soro obtidas de 721 equinos e 232 muares. De acordo com publicações anteriores e os dados obtidos neste trabalho, concluiu-se que a prevalência da AIE nesta população aumentou de 18.17% para 38,60%, o que representa atualmente cerca de 13.000 animais infectados. Não houve diferença significativa entre as prevalências aparentes de equinos e muares. Verificou-se, também, que o programa de controle era desconhecido pela maior parte dos produtores, gerentes e capatazes entrevistados e, na percepção dos mesmos, a AIE não é uma ameaça importante a ser enfrentada. Dentre as variáveis estudadas, a prática da realização de testes sorológicos reduziu significantemente o risco para a presença de soropositividade para AIE, assim como a separação dos equipamentos de montaria e a segregação dos soropositivos.(AU)
Assuntos
Animais , Equidae/virologia , Anemia Infecciosa Equina/epidemiologia , Anemia Infecciosa Equina/prevenção & controle , Imunodifusão/veterinária , Vírus da Anemia Infecciosa Equina/isolamento & purificação , Desenvolvimento de ProgramasResumo
The working equid population in Corumbá, Southern Pantanal, is very large and has a crucial role in the main economic activity of the State of Mato Grosso do Sul, the beef cattle industry. The aim of the present study was to estimate the prevalence of equine infectious anaemia (EIA) in working equids of ranches in the municipality of Corumbá, by the official agar gel immunodiffusion (AGID) test, and evaluate the adoption of the Programme for the Prevention and Control of Equine Infectious Anaemia proposed by Embrapa Pantanal and official entities in the 1990s. From September to November 2009, forty ranches distributed through the area of the municipality were visited, and serum samples were obtained from 721 equines and 232 mules. According to previous publications and the present data, it was concluded that the prevalence of EIA in this population has increased from 18.17% to 38.60%, which represents at this time approximately 13,000 infected animals. There was no significant difference between the apparent prevalence of equines and mules. It was also verified that the control programme was not known by the greater part of the interviewed ranch owners, managers and foremen and, in their perception, EIA is not a primary threat to address. Among the studied variables, the serologic testing practice significantly reduced the risk for the presence of EIA seropositivity, as well as the separation of riding equipment and segregation of seropositives.(AU)
A população de equídeos de serviço em Corumbá, Pantanal Sul, é muito numerosa e tem um papel crucial na principal atividade econômica do estado de Mato Grosso do Sul, a pecuária de corte extensiva. O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência atual da anemia infecciosa equina (AIE) em equídeos de serviço em fazendas do município de Corumbá, pelo teste oficial de imunodifusão em gel de ágar (IDGA), e avaliar a adoção do Programa de Prevenção e Controle da Anemia Infecciosa Equina proposto pela Embrapa Pantanal e entidades oficiais nos anos 1990. De setembro a novembro de 2009, quarenta fazendas distribuídas na área do município foram visitadas, e amostras de soro obtidas de 721 equinos e 232 muares. De acordo com publicações anteriores e os dados obtidos neste trabalho, concluiu-se que a prevalência da AIE nesta população aumentou de 18.17% para 38,60%, o que representa atualmente cerca de 13.000 animais infectados. Não houve diferença significativa entre as prevalências aparentes de equinos e muares. Verificou-se, também, que o programa de controle era desconhecido pela maior parte dos produtores, gerentes e capatazes entrevistados e, na percepção dos mesmos, a AIE não é uma ameaça importante a ser enfrentada. Dentre as variáveis estudadas, a prática da realização de testes sorológicos reduziu significantemente o risco para a presença de soropositividade para AIE, assim como a separação dos equipamentos de montaria e a segregação dos soropositivos.(AU)
Assuntos
Animais , Anemia Infecciosa Equina/epidemiologia , Equidae/virologia , Anemia Infecciosa Equina/prevenção & controle , Imunodifusão/veterinária , Vírus da Anemia Infecciosa Equina/isolamento & purificação , Desenvolvimento de Programas , Fatores de RiscoResumo
A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença infecciosa transmissível que não possui tratamento eficiente, causando prejuízos econômicos na equideocultura. O objetivo deste estudo foi revisar e analisar o banco de dados obtidos no estudo soroepidemiológico realizado no Estado do Paraná no ano de 2018, estabelecer a prevalência da AIE e caracterizar alguns possíveis fatores de risco da doença. Foram testados 4061 equídeos alocados em 891 propriedades a partir de um desenho amostral. As análises foram realizadas no laboratório oficial do estado, Centro de Diagnóstico Marcos Enrieti (CDME) pela técnica de Imunodifusão em Ágar gel (IDGA). A prevalência aparente nas propriedades foi de 1,69% e nos equídeos foi igual a 0,55%. Os resultados demonstraram que a prevalência da AIE no estado é baixa, possivelmente devido ao controle de trânsito permanente e à execução das práticas de saneamento de focos previstas pelo PNSE desde 2004. Entre os possíveis fatores de risco propostos e analisados, apenas a introdução de equídeos, o total de machos e a presença de áreas alagadas na propriedade apresentaram significância estatística. No entanto, devido à baixa prevalência detectada na população geral, os demais fatores propostos não devem ser descartados. Esses e outros possíveis fatores de risco devem ser analisados para auxiliar ações de vigilância no estado do Paraná.
Equine Infectious Anemia (EIA) is a transmissible infectious disease which does not haven an effective treatment, causing economic losses to the horse breeding. The objective of this study was to review and analyze the database obtained in the seroepidemiological study carried out in the State of Paraná in 2018, establish the AIE prevalence, and characterize some possible risk factors of the disease. There were 4061 horses tested, allocated in 891 properties based on a sampling design. The analyses were carried out in the official state laboratory, Marcos Enrieti Diagnostic Center (CDME), using the Agar gel Immunodiffusion assay technique (IDGA). The apparent prevalence was 1.69% for properties and 0.55% for equines. The results showed that the EIA prevalence in Paraná is low, possibly due to the permanent traffic control and the implementation of the sanitation practices established by the PNSE since 2004. Among the possible risk factors proposed and analyzed, only the introduction of equines, the total number of males, and the presence of wetlands in the property presented statistical significance. However, due to the low prevalence, other factors proposed should not be ruled out. These and other potential risk factors must be analyzed to identify and characterize populations at risk and support surveillance actions in the State of Paraná.
Resumo
A anemia infecciosa equina (EIA) é uma enfermidade de distribuição mundial, causada por um vírus homônimo (EIAV) que acomete os membros da família Equidae. A EIA é uma doença de notificação obrigatória e presente em diversas regiões do Brasil. Geralmente, os sinais clínicos são inespecíficos e os animais infectados tornam-se portadores assintomáticos e são fontes de infecção. Os vetores mecânicos (Tabanus spp. e Stomoxys spp.) e a transmissão iatrogênica são as principais formas de disseminação. No Estado do Rio Grande do Sul, a infecção é relatada em baixos níveis e a região oeste do estado concentra parte considerável dos focos. O presente estudo teve como objetivo caracterizar as propriedades focos e investigar os fatores epidemiológicos que contribuem para a disseminação da infecção na região da Fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para isso, 123 propriedades focos foram selecionados a partir dos registros do SVO entre os anos 2009 e 2019. A distribuição dos focos por munícipio foi Barra do Quaraí (n = 4), Itaqui (n = 26), Quaraí (n = 3), São Borja (n = 71) e Uruguaiana (n = 19). Um questionário epidemiológico com perguntas objetivas de múltipla escolha sobre a forma de criação, manejo, medidas sanitárias e nível de conhecimento sobre a doença foi aplicado aos produtores das propriedades focos. Adicionalmente, 15 criadores que nunca tiveram casos positivos em suas propriedades foram entrevistados. Os resultados foram tabulados e analisados por estatística descritiva. No total de 123 propriedades focos, 28 entrevistas foram finalizadas, seis foram interrompidas ou negadas, 55 não atenderam ao chamado telefônico e 34 estavam com o contato desatualizado no cadastro. Entre as 30 propriedades negativas, 15 aceitaram participar da pesquisa. Os resultados sugerem que as formas de criação, manejo e controle sanitários são similares entre os focos e propriedades negativas. Além da baixa adesão dos produtores ao instrumento, foi possível constatar que o cadastro oficial está desatualizado para um grande número de proprietários. Também se observou que alguns produtores de propriedades foco não responderam corretamente o questionário. Assim sendo, pode inferir que a forma de criação, manejo sanitário e nível de conhecimento entre os produtores da região não diferem em muitos aspectos. Desta forma, sugere-se que a presença e a circulação de um animal infectado seriam uma característica eventual e que desencadearia a ocorrência do foco.
Equine infectious aneamia (EIA) is a disease of worldwide distribution, caused by a virus of the same name (EIAV) that affects members of the Equidae family. EIA is a notifiable disease and present in several regions of Brazil. Generally, clinical signs are nonspecific and infected animals become asymptomatic carriers and are sources of infection. Mechanical vectors (Tabanus spp. and Stomoxys spp.) and iatrogenic transmission are the main forms of dissemination. In the state of Rio Grande do Sul, the infection is reported at low levels and the western region of the state concentrates a considerable number of the outbreaks. The present study aimed to characterize the focus properties and to investigate the epidemiological factors that contribute to the spread of the infection in the region. For this, 123 outbreak properties were selected from the Official Veterinary Service (SVO) records between the years 2009 and 2019. The distribution of outbreaks by municipality was Barra do Quaraí (n = 4), Itaqui (n = 26), Quaraí (n = 3), São Borja (n = 71) and Uruguaiana (n = 19). An epidemiological questionnaire with multiple-choice questions about breeding, management, sanitary measures and level of knowledge about the disease was applied to the producers of the positive proprieties. In addition, 30 breeders who have never had positive cases on their properties were selected. The results were tabulated and analyzed using descriptive statistics. In the 123 focus properties, 28 interviews were completed, six were interrupted or denied, 55 did not answer the phone call and 34 had outdated contact in the register. Among the 30 negative properties, 15 accepted to participate in the research. The results suggest that the breeding system, management and sanitary control are similar between the focus and negative properties. In addition to the low adhesion of producers to the instrument, it was found that the official registration is out of date for a large number of producers. It was also observed that two producers of focus properties did not answer the questionnaire correctly. Therefore, it can be inferred that the bredding, health management and level of knowledge among the producers in the region do not differ in many aspects. Thus, it is suggested that the presence and circulation of an infected animal would be an eventual characteristic and would trigger the occurrence of the outbreak. Keywords: Equine infectious anemia, epidemiologic f
Resumo
Equine infectious anemia (EIA) is a transmissible and incurable disease caused by a lentivirus, the equine infectious anemia virus (EIAV). There are no reports in the literature of this infection in Equidae on Marajo Island. The objective of this study was to diagnose the disease in the municipalities of Cachoeira do Arari, Salvaterra, Santa Cruz do Arari and Soure, on Marajó Island, state of Pará, Brazil. For serological survey samples were collected from 294 horses, over 5-month-old, males and females of puruca and marajoara breeds and from some half-breeds, which were tested by immunodiffusion in Agar gel (AGID). A prevalence of 46.26% (136/294) positive cases was found. EIA is considered endemic in the municipalities studied, due to the ecology of the region with a high numbered population of bloodsucking insect vectors and the absence of official measures for the control of the disease.(AU)
A anemia infecciosa equina (EIA) é uma importante enfermidade, transmissível e incurável causada por um lentivírus, equine infectious anemia vírus (EIAV), e não há relatos na literatura desta infecção em equinos da Ilha de Marajó. O objetivo deste estudo foi diagnosticar a anemia infecciosa equina nos municípios de Cachoeira do Arari, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure, Ilha de Marajó, no bioma amazônico do estado do Pará, Brasil. Para a pesquisa sorológica foram coletadas 294 amostras de animais da espécie equina, acima de cinco meses de idade, de ambos os sexos, das raças puruca, marajoara e de mestiços, testadas pela imunodifusão em gel de Agar (IDGA). Foi verificada uma prevalência de 46.26% (136/294) de casos positivos para EIA. A doença é considerada endêmica nos municípios estudados, tanto pelos aspectos ecológicos da região que propiciam a manutenção da população de insetos hematófagos vetores, quanto pela ausência de medidas oficiais de controle da doença.(AU)
Assuntos
Animais , Anemia Infecciosa Equina/diagnóstico , Cavalos/virologia , Doenças Endêmicas/veterinária , Testes Sorológicos/veterináriaResumo
A anemia infecciosa equina (AIE), doença causada pelo vírus da anemia infecciosa equina (EIAV), é considerada um obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura. O EIAV é transmitido por insetos hematófagos, principalmente da família Tabanidae e também pela forma iatrogênica. A AIE não tem tratamento, nem vacina e a patogênese, assim como a resposta imune do hospedeiro contra o vírus não são totalmente compreendidas. Além disso, o desempenho do diagnóstico laboratorial por testes sorológicos é questionado. Nesse sentido, o método imuno-histoquímico tem sido utilizado para aumentar o conhecimento sobre o tropismo e a patogenicidade de vários agentes infecciosos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um ensaio imuno-histoquímico para detecção de antígenos virais em tecidos e órgãos de equídeos naturalmente infectados pelo EIAV. Fragmentos de órgãos de equídeos (n = 6) de Apodi - RN, Brasil, diagnosticados como positivos para AIE em testes sorológicos foram fixados em formalina tamponada a 10% e embebidos em parafina. Cortes histológicos foram aderidos em lâminas de vidro polarizadas e a antigenicidade recuperada pelo calor, utilizando tampão citrato (pH = 6). Estas secções foram incubadas com anticorpo policlonal anti-EIAV overnight e, mais tarde, com anticorpo secundário anti-IgG equino conjugado com peroxidase (Sigma - Aldrich) durante 50 minutos. A reação antigeno/anticorpo foi revelada com o kit ImmPACTTM DAB Peroxidase Substrate (Vector Laboratories), contrastado com hematoxilina de Mayer (Sigma-Aldrich). Antígenos do EIAV foram observados na região intracitoplasmática do baço, fígado, rins e células pulmonares. Marcações imuno-histoquímicas estavam presentes principalmente na polpa vermelha do baço, uma região com abundância de macrófagos, e nos sinusóides hepáticos, onde as células de Kupffer (macrófagos hepáticos) se encontram. As imunomarcações também estavam presentes no epitélio bronquiolar e no septo alveolar, assim como no epitélio dos túbulos distal e proximal dos rins. A maior quantidade de EIAV foi observada no baço e no fígado, locais normalmente repletos de macrófagos, confirmando o tropismo viral aos fagócitos mononucleares. No entanto, a presença de EIAV em células epiteliais do pulmão e rim indica que o vírus também pode infectar outros tipos de células além dos macrófagos, possibilitando a eliminação do mesmo na urina e nas secreções oronasais, propiciando novos mecanismos de transmissão que devem ser investigados.
Equine infectious anemia (EIA), a disease caused by Equine infectious anemia virus (EIAV), is considered an obstacle to the development of horse industry. EIAV is transmitted by hematophagous insects mainly of the Tabanidae family and also iatrogenicaly. EIA has no treatment or vaccine and pathogenesis, as well as immune response against the virus are not fully understood. Also, the performance of laboratorial diagnosis by serological tests can be poor or limited. In this sense, the immunohistochemistry method has been used to enhance the knowledge about tropism and pathogenicity of several infectious agentes, such as viruses. Therefore, the objective of this work was the development of an immunohistochemical assay for detection of viral antigens in tissues and organs of naturally EIAV infected equids. Fragments of organs of equids (n=6) from Apodi RN, Brazil, diagnosed as positive for EIA by serological tests were fixed in 10% buffered formalin and paraffin-embedded. Histological sections were collected on polarized slides and antigenicity recovered by heat, using citrate buffer (pH=6). These sections were incubated with polyclonal antibody overnight, and later, with peroxidase-conjugated secondary antibody (Sigma Aldrich) for 50 minutes. Antigen/antibody reaction was revealed with the ImmPACT DAB Peroxidase Substrate (Vector Laboratories) kit counterstained with hematoxylin (Sigma-Aldrich). EIAV antigens were observed in intracytoplasmic region of spleen, liver, kidneys and lungs cells. Immunohistochemical marks were present mainly in red pulp of the spleen, a region with plenty of macrophages, and in hepatic sinusoids, where Kupffer cells (liver macrophages) lies. In addi tion, marks were found in bronchiolar epithelium and alveolar septum, as well as in epithelium of distal and proximal tubule of kidneys. The highest amount of EIAV was observed in spleen and liver, sites normally full of macrophages, confirming viral tropism to the mononuclear phagocytes. However, presence of EIAV in epithelial cells of lungs and kidneys indicates that the virus may also infect other types of cells besides macrophages, making possible elimination of virus in urine and in oronasal secretions, and facilitating new transmission mechanisms that must be investigated.
Resumo
Equine Infectious Anemia (EIA) is a chronic viral disease, caused by a Lentivirus from Retroviridae family. It is primarily transmitted by arthropod vectors during bloodfeeding. It is an infectious, incurable and difficult to control disease, being considered an important obstacle to horse breeding in Brazil. As part of the municipal equine health program of Monte Mor county, a total of 64 animals were evaluated through serology for the presence of antibodies against EIA virus, using agar gel immunodiffusion test. Three animals were serologically reagent resulting in a local occurrence of 4.7%. Due to the significant use of horses as working and recreational animals in urban areas, it is mandatory that public authorities set up policies of responsible ownership and zoonoses control involving equine populations, aiming both animal welfare improvement and human health protection.(AU)
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é doença viral de caráter crônico, causada por um Lentivirus da família Retroviridae, transmitida principalmente pela picadura de artrópodes hematófagos. Por ser transmissível, incurável e de difícil controle é considerada importante entrave para a equideocultura brasileira. Como parte do programa de sanidade equídea do município de Monte Mor, um total de 64 animais foi avaliado para a presença de anticorpos para o vírus causador da AIE, por meio da prova de imunodifusão em gel de ágar. Um total de três animais foi reagente à sorologia resultando em soropositividade local de 4,7%. Tendo em vista o significante uso de equídeos como animais de trabalho e lazer em áreas urbanas, se faz necessária a implantação de medidas de posse responsável e controle de zoonoses que envolvam equídeos, visando o bem estar animal e a saúde da população humana.(AU)
Assuntos
Animais , Anemia Infecciosa Equina/epidemiologia , Anemia Infecciosa Equina/prevenção & controle , Equidae , Imunodifusão/veterinária , Programas de Imunização , Brasil , ZoonosesResumo
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença de distribuição mundial, causada por um lentivírus. Sua condição de enfermidade latente torna o combate um desafio de grande importância, pois compromete a equideocultura como atividade econômica, de esporte e lazer. A AIE é uma doença de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) e sujeita ao controle dos focos com o sacrifício dos animais positivos. O presente estudo analisou a prevalência de AIE em 163 equídeos apreendidos nas vias públicas no município de Petrópolis, RJ,no período de janeiro de 2015 a março de 2018. Após a apreensão e identificação dos equídeos, estes tiveram amostras de sangue coletadas para realização do teste de imunodifusão em gel de agar (IDGA) para diagnóstico de AIE. Observou-se uma prevalência de 11,7%entre os equídeos apreendidos e o principal fator de risco identificado foi a região de apreensão. Entre as 39 localidades envolvidas, em 5 (12,8%) localidades (Correas, Nogueira, Itaipava, Bonsucesso e Madame Machado) foram apreendidos 41,1% (67/163) dos equídeos e 68,4% (13/19) dos equídeos tiveram exame positivo. Nesta região, foi observada uma chance 2,6 vezes maior de apreender um equídeo com exame positivo em relação à outra região composta pelas outras 34 localidades. A implantação e manutenção da atividade de apreensão de equídeos e posterior realização de exames para diagnóstico de AIE no município de Petrópolis, RJ, mostrou ser de grande importância para o controle e prevenção da doença. A indicação do local de apreensão na ficha de identificação dos animais permitiu definir as localidades no município de Petrópolis, RJ, com maior risco de encontrar animais positivos para AIE.
Equine Infectious Anemia (EIA) is a disease of global distribution, caused by a lentivirus. Its latent disease condition makes combat a very important challenge, as it compromises equideoculture as an economic, sport and leisure activity. The IEA is a notifiable disease to the Official Veterinary Service (SVO) and subject to control of outbreaks with the sacrifice of positive animals. The present study analyzed the prevalence of EIA in 165 equidae seized on public roads in the city of Petrópolis, RJ, from January 2015 to March 2018. After the seizure and identification of the equines, the latter had blood samples collected for the agar gel immunodiffusion test (IDGA) for diagnosis of EIA. It was observed a prevalence of 11.7% among equidae seized and the main risk factor identified was the region of apprehension. Among the 39 localities involved, 41,1% (67/163) of the equidae and 68.4% (13/19) of the equines with positive tests were seized in 5 (12.8%) localities (Correas, Nogueira, Itaipava Bonsucesso and Madame Machado). In this region, a 2.6-fold greater chance of apprehending one equine with positive examination was observed in relation to the other region composed by the other 34 localities. The implantation and maintenance of equine seizures activity and subsequent diagnostic tests for EIA in the city of Petrópolis, RJ, showed to be of great importance for the control and prevention of the disease. The identification of the place of seizure in the identification card of the animals allowed to define the localities in the municipality of Petrópolis, RJ, with a higher risk of finding positive animals for EIA.
Resumo
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma enfermidade incurável que acomete os equídeos, sendo endêmica no Pantanal Mato-Grossense, onde o controle da doença, através da eutanásia dos animais soropositivos não é obrigatória. Os equinos portadores de AIE são rotineiramente utilizados nos trabalhos com a bovinocultura de corte,principal atividade da região. O estudo avaliou o desempenho físico dos animais soropositivos para AIE visando obter dados para incentivar o controle da doença no pantanal mato-grossense. Foram utilizados 16 equinos machos da raça Pantaneira, entre 10 e 16 anos, sendo 8 soronegativos (G1) e 8 soropositivos (G2). Os grupos foram mantidos separados, a uma distância superior a 200 m, em fazendas próximas, na região de Nhecolândia no Pantanal e permaneceram soltos em pastagem nativa, com sal mineral e água à vontade. Antes (T1) e após (T2) 42 dias de treinamento foram realizados testes de esforço progressivo, em pista gramada, com topografia plana e com 1.500 m de comprimento, onde, um mesmo cavaleiro percorreu com cada animal no trote, trote alongado, galope reunido e galope alongado. Durante os testes os animais usaram frequencímetro cardíaco e ao final de cada etapa foram monitoradas a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e concentração plasmática de lactato ([La]). Quando o animal atingia [La] igual ou superior a 4 mmol/L e FC acima de 150 bpm o teste era interrompido. A distância percorrida (DP) foi o período do início do teste até o momento em que ele foi interrompido e foi mensurada por GPS. Hematócrito (Ht), proteína total (PT), triglicerídeos (Tg) e ácido úrico (UA) foram avaliados em repouso e 0, 10, 30 e 60 min após os testes, junto com a FC, FR e temperatura retal. Para avaliar as enzimas creatina quinase (CK), aspartato aminotransferase (AST) e lactato desidrogenase (LDH), amostras foram coletadas em repouso e 6, 12 e 24h após o teste. O protocolo de treinamento foi: trabalho em dias alternados durante 1h no passo e galope sendo a velocidade do galope individual, correspondendo à VLa3 do 1º teste. Nos dois testes a DP foi maior (p<0,05) nos animais de G1. Em T1 não houve diferença entre os grupos experimentais no Ht, FC e na [La], mas, no T2, os animais de G2 apresentaram menor (p<0,05) Ht, FC e [La]. Maiores valores de Tg foram observados no T1 em relação ao T2 e houve redução da concentração de UA em ambos os grupos experimentais. Não houve indicativo de injúria muscular. Os resultados mostram que a AIE afeta o desempenho funcional dos equinos pantaneiros, cuja principal função na região é o trabalho na lida com o gado, e por isso, é importante seu controle no pantanal mato-grossense.
Equine Infectious Anemia (EIA) is an incurable disease in equids, being endemic in the Pantanal mato-grossense region, where the disease control through euthanasia of seropositive animals is not mandatory. EIA-carrier equines are routinely used at work for beef cattle farming, which is the regions main economic activity. The objective of this study was to assess the athletic performance of EIA-seropositive animals and obtain data to incentive disease control in the region. We used 16 male Pantaneiro equines between 10 and 16 years old, being eight seronegative (G1) and eight seropositive (G2) for EIA. Both groups were kept separately, at a distance of over 200 meters, in nearby farms in the Nhecolândia region of Pantanal. They were kept free in natural pasture with mineral salt and water ad libitum. Tests were performed before (T1) and after (T2) 42 days of physical training. Tests included progressive effort on a plane 1500-meter grass track, with the same horseman guiding each horse in jog, trot, canter and gallop gaits. During tests, all animals wore heart rate monitors and at the end of each step we registered their heart rate (HR) and blood lactate concentration ([La]). When an animal reached a [La] equal to or higher than 4 mmol/L and HR over 150 bpm, the test was interrupted. The distance covered (DC) was measured by GPS, being the sum of all distances from the test start until it was interrupted. Hematocrit (Ht), total protein (PT),triglicerid (Tg) and uric acid (UA) was evaluated at rest and 0, 10, 30 and 60 min after the tests, along with HR, RR and temperature rectal. To evaluate creatine kinase (CK), aspartate aminotransferase (AST) and lactate dehydrogenase (LDH), samples were collected at rest and 6, 12 and 24 hours after the test. The training protocol was: work in alternate days for 1 h between walk and canter being an individual gallop speed, corresponding to the VLa3 of the 1st test. The individual canter speed was determined as the speed at which the animal reached 3 mmol/L of [La] in the first test. In both test, the DC was longer (p<0.05) in G1 animals. In T1, there was no difference between G1 and G2 regarding Ht, HR and [La], however, in T2, animals from G2 had lower (p<0.05) Ht, FC e [La]. Higher values of Tg were observed in T1 in relation to T2 and there was a reduction in UA concentration in both experimental groups. There was no indication of muscle injury. The results indicate the EIA affects the functional performance of Pantanal equines, whose main function in the region is the work in the cattle handling, and for that reason, its control in the Pantanal of Mato Grosso is important.
Resumo
A equideocultura possui grande importância econômica no Brasil, e a anemia infecciosa equina (AIE) representa ameaça para o crescimento do setor. Pouco se sabe sobre análise temporal da ocorrência da doença no Brasil, por isso este trabalho foi conduzido com o objetivo de investigar a frequência e distribuição da anemia infecciosa equina em todo o território brasileiro no período de 2005 a 2016, por meio das análises temporais do índice de morbidade, índice de eliminação de reagentes, razão entre o número de equídeos eliminados e o número de equídeos reagentes, índice de notificação de focos e índice de focos novos e antigos ao longo do período. Foi realizada uma análise de série temporal sobre AIE no período de 2005 a 2016, utilizando dois bancos de dados, o da OIE e o do MAPA. No Brasil, 2010 foi o ano que apresentou o menor índice de morbidade de AIE, com 100,9 casos por 100 mil cabeças, e 2009 apresentou o maior índice, com 159,1 por 100 mil cabeças, e a taxa de variação anual no período foi de -2,4% (-7,5% a 2,8%), revelando estabilidade desse indicador (P = 0,317). O índice de eliminação de reagentes por AIE no Brasil foi maior em 2010, com 62,7 por 100 mil cabeças, e menor em 2016, com 32,1. Durante todo o período estudado, a variação anual no país se mostrou estável, com valor de -6,1% (-18,2% a 7,8%) e valor de P não significativo (0,333). A razão entre o número de equídeos eliminados e o número de equídeos reagentes por 100 equídeos foi baixa em quase todas as UFs e regiões. Os índices de notificação de focos no Brasil se apresentaram estáveis (P = 0,050) durante todo o período, com taxa de variação anual de -6,4% (-13,0 a 0,0). Os índices de focos novos e antigos nos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016 sugerem crescimento em quase todos os estados. O programa é capaz de mapear a situação sanitária em determinadas circunstâncias delimitadas, mas para avançar seria necessário implementar mudanças na estratégia de ação de modo a alcançar melhores resultados no controle e na previsibilidade para uma possível erradicação da doença. Concluiu-se então que a frequência e distribuição da AIE entre 2005 e 2016 no Brasil permitiu caracterizar como estáveis em âmbito nacional os seguintes índices: índice de morbidade, índice de eliminação de reagentes, razão entre o número de equídeos eliminados e o número de equídeos reagentes e índice de notificação de focos; sugerindo uma estabilização do Programa Nacional de Sanidade Equina (PNSE) durante o período estudado.
Equideoculture has a great economic importance in Brazil, and equine the infectious anemia (EIA) poses as a threat to the growth of the horse market. Little is known about the time series analysis of the disease in Brazil, so this work was conducted with the objective to investigate the frequency and distribution of equine infectious anemia in Brazil from 2005 to 2016, by the time series analysis of morbidity index, elimination rate of positive animals, ratio between the number of dead equines and the number of testing positive equines, outbreak notification rates and indexes of new and old outbreaks. A time series analysis was carried out on EIA in the period 2005 to 2016, using OIE and MAPA databases. In Brazil, 2010 was the year with the lowest EIA morbidity index, with 100.9 cases per 100,000 equines, and 2009 had the highest index, with 159.1 per 100,000 equines, and the annual variation rate was -2.4% (-7.5% to 2.8%), showing stability of this indicator (P = 0.317). The elimination rate of positive animals for EIA in Brazil was higher in 2010, with 62.7 per 100 thousand equines, and lower in 2016, with 32.1. Throughout the study period, the annual variation in the country was stable, with a value of -6.1% (-18.2% to 7.8%) and a non-significant statistical difference was found (P = 0.333). The ratio between the number of dead equines and the number of reared equines per 100 equines was low in almost all FU's and regions. Outbreak notification rates in Brazil were stable (P = 0.050) throughout the period, with an average annual rate of -6.4% (-13.0 to 0.0). The indexes of new and old outbreaks in the years 2013, 2014, 2015 and 2016 suggest a growth in almost all states. The program can map the health situation in certain limited circumstances, and to advance it would be necessary to implement changes in the strategic action in order to achieve better results in the control and possible predictability eradication of the disease. It was concluded that the frequency and distribution of the EIA in Brazil between 2005 and 2016 allowed us to characterize the following index as being stable at the national level: morbidity index, elimination rate of positive animals, ratio between the number of dead equines and the number of testing positive equines and outbreak notification rates; suggesting a stabilization of the National Program of Equine Health (PNSE) during the studied period.
Resumo
The present work evaluated the occurrence of seropositive equids for eastern encephalomyelitis virus (EEE), western encephalomyelitis virus (WEE), Venezuelan encephalomyelitis virus (VEE) and infectious anemia virus (IAV) in the Pantanal, Savannah and Amazon biomes of Mato Grosso State, Brazil. The detection of antibodies against IAV was carried out in 886 sera of equids by the immunodiffusion test, and antibodies against EEE, WEE and VEE were evaluated in 473 sera by the seroneutralization test performed in VERO cells. The results showed 46 IAV seropositive equids (5.1%). No sera was positive in the Amazon region, and the Pantanal biome showed a higher occurrence with 36.6% of seropositives (P 0.05). No sera was positive for WEE virus and 168 (35.5%) and 31 (6.5%) equids were positive for EEE and VEE respectively. Higher frequencies (P 0.05) were observed for EEE in the Pantanal and Amazon regions with 45.8% and 62.0% respectively. Regarding EEV, no differences were observed between the Pantanal, Savannah and Amazon regions, presenting 4.1%, 6.4% and 10.3% respectively (P > 0.05). Despite that IAV was not observed in equids from the Amazon, the occurrence of seropositive equids agree with the Brazilian prevalence. The differences of EEE and VEE behavior between biomes reinforce the presence of animal reservoirs, along with environmental and weather characteristics that support vector maintenance, which favor the presence of the viral infection in Mato Grosso State.
O presente trabalho determinou a ocorrência de equídeos com sorologia positiva para os vírus das encefalomielites virais dos tipos Leste (EEL), Oeste (EEO) e Venezuelana (EEV) e Anemia Infecciosa (AIE) nos biomas Amazônico, Pantaneiro e Cerrado do Estado de Mato Grosso. A detecção de anticorpos para AIE foi realizada em 886 soros pela prova de Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA), enquanto que para EEL, EEO e EEV foi realizada em 473 soros pela Microtécnica de Soroneutra-lização viral em culturas de células VERO. Para AIE, 46 (5,1%) equídeos foram positivos, não sendo observados animais positivos da região amazônica e a maior frequência ocorrendo no ambiente do pantanal com 36,6% de animais positivos (P 0,05). Para as encefalites virais, foram detectados 168 (35,5%) equídeos positivos para EEL e 31 (6,5%) para EEV. Não houve soros positivos para EEO. As maiores frequências de animais positivos para EEL foram observadas nos ambientes pantaneiro e amazônico com 45,8% e 62,0%, respectivamente (P 0,05). Os três biomas estudados apresentaram ocorrência similar (P > 0.05) de animais positivos para EEV, com 4,1%, 6,4% e 10,3% para o pantanal, cerrado e amazônia, respectivamente. Embora não apresentando equídeos reagente ao vírus da AIE na região amazônica, a presença de positivos em Mato Grosso encontra-se dentro do relatado no Brasil. O comportamento diferenciado do vírus da EEL e EEV nos três ecossistemas estudados reforça a presença de animais reservatórios, condições ambientais e climáticas que favorecem a proliferação de vetores que propiciam a infecção pelos vírus no Estado de Mato Grosso.
Resumo
O presente trabalho determinou a ocorrência de equídeos com sorologia positiva para os vírus das encefalomielites virais dos tipos Leste (EEL), Oeste (EEO) e Venezuelana (EEV) e Anemia Infecciosa (AIE) nos biomas Amazônico, Pantaneiro e Cerrado do Estado de Mato Grosso. A detecção de anticorpos para AIE foi realizada em 886 soros pela prova de Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA), enquanto que para EEL, EEO e EEV foi realizada em 473 soros pela Microtécnica de Soroneutra-lização viral em culturas de células VERO. Para AIE, 46 (5,1%) equídeos foram positivos, não sendo observados animais positivos da região amazônica e a maior frequência ocorrendo no ambiente do pantanal com 36,6% de animais positivos (P 0.05) de animais positivos para EEV, com 4,1%, 6,4% e 10,3% para o pantanal, cerrado e amazônia, respectivamente. Embora não apresentando equídeos reagente ao vírus da AIE na região amazônica, a presença de positivos em Mato Grosso encontra-se dentro do relatado no Brasil. O comportamento diferenciado do vírus da EEL e EEV nos três ecossistemas estudados reforça a presença de animais reservatórios, condições ambientais e climáticas que favorecem a proliferação de vetores que propiciam a infecção pelos vírus no Estado de Mato Grosso.
The present work evaluated the occurrence of seropositive equids for eastern encephalomyelitis virus (EEE), western encephalomyelitis virus (WEE), Venezuelan encephalomyelitis virus (VEE) and infectious anemia virus (IAV) in the Pantanal, Savannah and Amazon biomes of Mato Grosso State, Brazil. The detection of antibodies against IAV was carried out in 886 sera of equids by the immunodiffusion test, and antibodies against EEE, WEE and VEE were evaluated in 473 sera by the seroneutralization test performed in VERO cells. The results showed 46 IAV seropositive equids (5.1%). No sera was positive in the Amazon region, and the Pantanal biome showed a higher occurrence with 36.6% of seropositives (P 0.05). Despite that IAV was not observed in equids from the Amazon, the occurrence of seropositive equids agree with the Brazilian prevalence. The differences of EEE and VEE behavior between biomes reinforce the presence of animal reservoirs, along with environmental and weather characteristics that support vector maintenance, which favor the presence of the viral infection in Mato Grosso State.
Assuntos
Animais , Anemia/patologia , Encefalomielite/patologia , Sorologia , Virologia/instrumentação , Equidae/classificaçãoResumo
The present work evaluated the occurrence of seropositive equids for eastern encephalomyelitis virus (EEE), western encephalomyelitis virus (WEE), Venezuelan encephalomyelitis virus (VEE) and infectious anemia virus (IAV) in the Pantanal, Savannah and Amazon biomes of Mato Grosso State, Brazil. The detection of antibodies against IAV was carried out in 886 sera of equids by the immunodiffusion test, and antibodies against EEE, WEE and VEE were evaluated in 473 sera by the seroneutralization test performed in VERO cells. The results showed 46 IAV seropositive equids (5.1%). No sera was positive in the Amazon region, and the Pantanal biome showed a higher occurrence with 36.6% of seropositives (P 0.05). No sera was positive for WEE virus and 168 (35.5%) and 31 (6.5%) equids were positive for EEE and VEE respectively. Higher frequencies (P 0.05) were observed for EEE in the Pantanal and Amazon regions with 45.8% and 62.0% respectively. Regarding EEV, no differences were observed between the Pantanal, Savannah and Amazon regions, presenting 4.1%, 6.4% and 10.3% respectively (P > 0.05). Despite that IAV was not observed in equids from the Amazon, the occurrence of seropositive equids agree with the Brazilian prevalence. The differences of EEE and VEE behavior between biomes reinforce the presence of animal reservoirs, along with environmental and weather characteristics that support vector maintenance, which favor the presence of the viral infection in Mato Grosso State.
O presente trabalho determinou a ocorrência de equídeos com sorologia positiva para os vírus das encefalomielites virais dos tipos Leste (EEL), Oeste (EEO) e Venezuelana (EEV) e Anemia Infecciosa (AIE) nos biomas Amazônico, Pantaneiro e Cerrado do Estado de Mato Grosso. A detecção de anticorpos para AIE foi realizada em 886 soros pela prova de Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA), enquanto que para EEL, EEO e EEV foi realizada em 473 soros pela Microtécnica de Soroneutra-lização viral em culturas de células VERO. Para AIE, 46 (5,1%) equídeos foram positivos, não sendo observados animais positivos da região amazônica e a maior frequência ocorrendo no ambiente do pantanal com 36,6% de animais positivos (P 0,05). Para as encefalites virais, foram detectados 168 (35,5%) equídeos positivos para EEL e 31 (6,5%) para EEV. Não houve soros positivos para EEO. As maiores frequências de animais positivos para EEL foram observadas nos ambientes pantaneiro e amazônico com 45,8% e 62,0%, respectivamente (P 0,05). Os três biomas estudados apresentaram ocorrência similar (P > 0.05) de animais positivos para EEV, com 4,1%, 6,4% e 10,3% para o pantanal, cerrado e amazônia, respectivamente. Embora não apresentando equídeos reagente ao vírus da AIE na região amazônica, a presença de positivos em Mato Grosso encontra-se dentro do relatado no Brasil. O comportamento diferenciado do vírus da EEL e EEV nos três ecossistemas estudados reforça a presença de animais reservatórios, condições ambientais e climáticas que favorecem a proliferação de vetores que propiciam a infecção pelos vírus no Estado de Mato Grosso.
Resumo
O presente trabalho determinou a ocorrência de equídeos com sorologia positiva para os vírus das encefalomielites virais dos tipos Leste (EEL), Oeste (EEO) e Venezuelana (EEV) e Anemia Infecciosa (AIE) nos biomas Amazônico, Pantaneiro e Cerrado do Estado de Mato Grosso. A detecção de anticorpos para AIE foi realizada em 886 soros pela prova de Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA), enquanto que para EEL, EEO e EEV foi realizada em 473 soros pela Microtécnica de Soroneutra-lização viral em culturas de células VERO. Para AIE, 46 (5,1%) equídeos foram positivos, não sendo observados animais positivos da região amazônica e a maior frequência ocorrendo no ambiente do pantanal com 36,6% de animais positivos (P < 0,05). Para as encefalites virais, foram detectados 168 (35,5%) equídeos positivos para EEL e 31 (6,5%) para EEV. Não houve soros positivos para EEO. As maiores frequências de animais positivos para EEL foram observadas nos ambientes pantaneiro e amazônico com 45,8% e 62,0%, respectivamente (P < 0,05). Os três biomas estudados apresentaram ocorrência similar (P > 0.05) de animais positivos para EEV, com 4,1%, 6,4% e 10,3% para o pantanal, cerrado e amazônia, respectivamente. Embora não apresentando equídeos reagente ao vírus da AIE na região amazônica, a presença de positivos em Mato Grosso encontra-se dentro do relatado no Brasil. O comportamento diferenciado do vírus da EEL e EEV nos três ecossistemas estudados reforça a presença de animais reservatórios, condições ambientais e climáticas que favorecem a proliferação de vetores que propiciam a infecção pelos vírus no Estado de Mato Grosso.(AU)
The present work evaluated the occurrence of seropositive equids for eastern encephalomyelitis virus (EEE), western encephalomyelitis virus (WEE), Venezuelan encephalomyelitis virus (VEE) and infectious anemia virus (IAV) in the Pantanal, Savannah and Amazon biomes of Mato Grosso State, Brazil. The detection of antibodies against IAV was carried out in 886 sera of equids by the immunodiffusion test, and antibodies against EEE, WEE and VEE were evaluated in 473 sera by the seroneutralization test performed in VERO cells. The results showed 46 IAV seropositive equids (5.1%). No sera was positive in the Amazon region, and the Pantanal biome showed a higher occurrence with 36.6% of seropositives (P < 0.05). No sera was positive for WEE virus and 168 (35.5%) and 31 (6.5%) equids were positive for EEE and VEE respectively. Higher frequencies (P < 0.05) were observed for EEE in the Pantanal and Amazon regions with 45.8% and 62.0% respectively. Regarding EEV, no differences were observed between the Pantanal, Savannah and Amazon regions, presenting 4.1%, 6.4% and 10.3% respectively (P > 0.05). Despite that IAV was not observed in equids from the Amazon, the occurrence of seropositive equids agree with the Brazilian prevalence. The differences of EEE and VEE behavior between biomes reinforce the presence of animal reservoirs, along with environmental and weather characteristics that support vector maintenance, which favor the presence of the viral infection in Mato Grosso State.(AU)
Assuntos
Animais , Encefalomielite/patologia , Anemia/patologia , Sorologia , Virologia/instrumentação , Equidae/classificaçãoResumo
O controle da anemia infecciosa equina (AIE), doença causada por um lentivírus, é realizado principalmente pela eliminação de animais positivos detectados pela técnica de imunodifusão em gel ágar (IDGA), que é o teste oficial e único utilizado para o diagnóstico desta enfermidade no Brasil. O teste de IDGA pode apresentar resultados falsos negativos ou duvidosos, formando uma linha de precipitação muito fraca, principalmente quando se trata de animais recém-infectados ou em amostras de asininos e muares. Em um estudo pioneiro, foi mapeado e identificado através da técnica de spot synthesis um epítopo consenso, localizado na região do gene que codifica a proteína gp45 transmembrana do envelope viral, para uso em diagnostico e identificação de equinos, asininos e muares infectados pelo EIAV. Com base nesses resultados, foi sintetizado um peptídeo (pgp45) solúvel linear com 20 aminoácidos e utilizado como antígeno em um teste de ELISA indireto. Quando avaliado em amostras de campo, no qual foram testadas 859 amostras de soros de equídeos, observou-se uma concordância com IDGA de 96,1%, sensibilidade e especificidade de 98,6 e 95,6%, respectivamente. O pgp45 foi capaz de detectar um animal como soropositivo no 13º dia após inoculação experimental com amostra Wyoming do EIAV. O peptídeo pgp45 foi eficiente em detectar anticorpos anti-EIAV em equinos, asininos e muares infectados, podendo ser uma alternativa para o diagnóstico, principalmente se utilizado como um teste de triagem, pois obteve-se uma alta sensibilidade, contribuindo para o controle da AIE.
The control of equine infectious anemia (EIA), a disease caused by a lentivírus, is made primarily by the elimination of positive animals detected by the agar gel immunodiffusion test (AGIDT), which is the official test and the only method used for the diagnosis of EIA in Brazil. The AGIDT may show false negative or doubtful results, since a very weak line of precipitation is formed, especially when it comes to newly infected animals or samples from donkeys and mules. In a pioneering study, we mapped and identified by spot synthesis technique an epitope consensus for identify equids infected with EIAV, located in the region encoding the envelope protein gp45 of EIAV. Based on these results, we synthesized a soluble peptide (pgp45) with 20 amino acids in length that was used as antigen in an indirect ELISA test. When evaluated on field, in which 859 equine serum samples were tested it revealed a correlation of 96.1% with AGID and 98.6 and 95.6%, of sensitivity and specificity respectively. The pgp45 was able to detect an animal as seropositive at 13° day after experimental inoculation with the Wyoming strain of EIAV. The peptide pgp45 was efficient in detecting antibodies against EIA in horses, donkeys and mules infected with EIAV as well and, could be an alternative for the diagnosis, especially if used as a screening test, since it has a high sensitivity, contributing to the control of the EIA.
Resumo
This paper consists of a brief review on equine Infectious anemia added of the results of serological diagnosis of this infection performed at the Federal University of Santa Maria, RS, Brazil, between 1979 to 1990. A total of 7,035 serum samples were tested by the agar gel immunodiffusion test (Coggins test), to which 40 (0,57%) reacted positively. This percentage of positivity is lower than in other regions of Brazil, probably due to the lack of predisposing factors for equine infectious anemia virus spread, such as, a low density of blood-sucking insects in the South of Brazil and the seldom use of massive therapies and vaccinations in the region.
Este trabalho consiste de uma breve revisão sobre a anemia infecciosa eqüina e de resultados dos diagnósticos sorológicos desta infecção realizados na Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil, entre os anos de 1979 e 1990. Um total de 7.035 amostras de soro foram testadas pela prova de imunodifusão en gel de ágar (teste de Coggins), ao qual 40 (0,57%) apresentaram-se positivas. Este percentual de positividade é baixo, comparado com outras regiões do Brasil, provavelmente devida à falta de fatores predisponentes para a disseminação do vírus da anemia infecciosa eqüina, tais como, baixa densidade de insetos hematófagos no sul do país e pouca freqüência de terapêuticas e vacinações massivas na região.
Resumo
This paper consists of a brief review on equine Infectious anemia added of the results of serological diagnosis of this infection performed at the Federal University of Santa Maria, RS, Brazil, between 1979 to 1990. A total of 7,035 serum samples were tested by the agar gel immunodiffusion test (Coggins test), to which 40 (0,57%) reacted positively. This percentage of positivity is lower than in other regions of Brazil, probably due to the lack of predisposing factors for equine infectious anemia virus spread, such as, a low density of blood-sucking insects in the South of Brazil and the seldom use of massive therapies and vaccinations in the region.
Este trabalho consiste de uma breve revisão sobre a anemia infecciosa eqüina e de resultados dos diagnósticos sorológicos desta infecção realizados na Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil, entre os anos de 1979 e 1990. Um total de 7.035 amostras de soro foram testadas pela prova de imunodifusão en gel de ágar (teste de Coggins), ao qual 40 (0,57%) apresentaram-se positivas. Este percentual de positividade é baixo, comparado com outras regiões do Brasil, provavelmente devida à falta de fatores predisponentes para a disseminação do vírus da anemia infecciosa eqüina, tais como, baixa densidade de insetos hematófagos no sul do país e pouca freqüência de terapêuticas e vacinações massivas na região.
Resumo
Data from 9,963 formularies of equines from Acre State (1986-1996) examined for equine infectious anemia (EIA) by the AGID test were analyzed. The socio-ecological regions in Alto Juruá, Alto Acre and Alto Purus rivers basins showed the highest levels of disease, characterizing an association between these regions and positivity. These risk regions are border areas with the State of Amazonas, Peru and Bolivia, far from the capital city of the State of Acre (Rio Branco) and access by roads is often difficult. The regions Oriental and Rio Branco showed low levels of positivity. No differences were found regarding to animal species, sex, race and age.
Foram analisadas as fichas de 9.963 eqüídeos do Acre, submetidos ao teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA) para anemia infecciosa eqüina (AIE), no período de 1986 a 1996. As regiões sócio-ecológicas da Bacia do Alto Juruá, Alto Acre e Alta Bacia do Purus apresentaram os maiores índices da doença, o que caracteriza a associação entre região e positividade. Essas áreas são fronteiriças com o Peru, Bolívia e o Estado do Amazonas, são distantes de Rio Branco, capital do Estado, onde muitas vezes é difícil o acesso pelas estradas, revelando serem áreas de risco. As regiões Oriental e Rio Branco apresentaram baixos índices de positividade. Não se observou diferença estatística entre animais positivos e negativos quanto à espécie, sexo, raça e idade.