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1.
Piracicaba; s.n; 25/08/2006. 333 p.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-6203

Resumo

No presente estudo foram conduzidos dois experimentos, com o objetivo de avaliar doses e fontes de suplementos múltiplos para bovinos de corte recriados em pastagens durante o período das águas. Adicionalmente, estudou-se o impacto dessa tecnologia sobre a terminação desses animais em confinamento, bem como a rentabilidade dos tratamentos. No experimento 1, foi testado o efeito de 4 doses diárias de suplementos em função do peso vivo (PV) dos animais: T0 (0% do PV), T0,3 (0,3% do PV), T0,6 (0,6% do PV) e T0,9 (0,9% do PV). O suplemento utilizado continha 20% de proteína bruta na matéria natural. Foram utilizados 72 bovinos machos inteiros, cruzados, com aproximadamente 222 kg de PV inicial, distribuídos em blocos casualizados (2 blocos, 4 tratamentos e 4 períodos). Foi observado aumento linear (P<0,05) no ganho de peso diário (0,595; 0,673; 0,810; 0,968 kg dia–1), na taxa de lotação da pastagem (4,50; 5,33; 5,58; 6,12 UA ha-1) e na produção total de arrobas na fase de pasto (16,34; 22,78; 25,86; 33,82 @ ha-1) com doses crescentes do suplemento. Na fase de confinamento não foram observados efeitos (P<0,05) dos tratamentos sobre o consumo de matéria seca, conversão alimentar, ganho de PV e peso da carcaça quente. Os animais do T0,9 apresentaram maior (P<0,01) acabamento de gordura (6,07 e 3,93 mm) e menor tempo de confinamento (143,1 e 169,3 dias) que os do T0,0. O rendimento de carcaça foi maior (58,1; 58,0) (P<0,01) para os animais do T0,6 e T0,9 que para os do T0 (55,6%). De acordo com a avaliação econômica, a taxa interna de retorno (TIR) foi maior para o T0,6 que para os demais tratamentos. No experimento 2, foram utilizados 80 bovinos machos inteiros, cruzados, com aproximadamente 244 kg de PV inicial. Foram comparados 4 suplementos diferentes, fornecidos na dose de 0,6% do PV: TSE (suplemento energético, rico em subprodutos, com 11,32% de PB); TSFA (suplemento protéico rico em subprodutos e farelo de algodão, com 20,35% de PB); TSU (suplemento protéico rico em subprodutos e uréia protegida, com 20,51% de PB); TAFA (suplemento protéico, rico em amido e farelo de algodão, com 20,96% de PB na MS). Não foram observadas diferenças (P>0,05) no ganho de peso diário (kg cab-1) na taxa de lotação (UA ha-1) e produtividade (kg PV ha-1) entre os tratamentos na fase de pasto. Na segunda etapa deste experimento, os animais foram confinados. Não houve efeito (P>0,05) dos tratamentos aplicados na fase de pasto sobre o consumo de matéria seca, conversão alimentar durante o confinamento, porém houve diferença (P<0,05) quanto ao ganho de PV diário (1,67 e 1,42 kg dia-1), PV final (547,75 e 509,23 kg) e peso da carcaça quente (294,55 e 270,60 kg) entre o TSU, quando comparado ao TAFA respectivamente. O TSU apresentou a maior taxa interna de retorno (TIR)


Two trials were conducted to evaluate supplement sources and doses for growing cattle maintained on tropical pastures during the rainy season and finished in feedlot. In trial 1, four supplement doses were compared: T0 (0% of LBW), T0.3 (0.3% of LBW), T0.6 (0.6% of LBW) and T0.9 (0.9% of LBW). The supplement had 20% crude protein (CP) (AF basis). Seventy two crossbred yearling bulls (222 kg average initial LBW) were used in a randomized block design. Animals were kept in pasture for 109 days. Thereafter they were finished in feedlot for 184 days, fed a single ration. There were linear increases (P<0,05) with increasing supplement dose on ADG (0.595; 0.673; 0.810; 0.968 kg day–1), pasture stocking rate (4.50; 5.33; 5.58; 6.12 AU ha-1) and total weight gain on pasture (490.20; 683,50; 775.80 and 1014.60 kg LBW ha-1). During feedlot no treatment effects were observed on dry matter intake, feed efficiency, ADG and hot carcass weight. Animals on T0.9 showed greater (P<0.01) subcutaneous fat thickness (6.07 and 3.93 mm) and shorter feedlot period (143.1 and 169.3 days) compared to T0. Animals on T0.3 and T0.9 showed greater (P<0.01) dressing percentage (58.1; 58.0) than animals on T0 (55.6%). Economic evaluation showed greatest internal tax return (ITR) for T0.6.In trial 2, with similar design eighty crossbred bull calves (244 kg initial LBW) were kept in pasture for 149 days and finished in feedlot during 91 days. Four supplemets were fed at 0.6% of LBW (AF basis): TSE (energy supplement, high in fibrous by-products, 11.32% CP); TSFA (protein supplement, high in fibrous by-products and cottonseed meal, 20.35% CP); TSU (protein supplement, high in fibrous by-products and encapsulated urea, 20.51% CP); TAFA (protein supplement, high in starch and cottonseed meal, 20.96% CP). There were no differences (P>0.05) on ADG (0.903; 0.909; 0.868 and 0.826 kg BW animal-1), pasture stocking rate (9.40; 9.58; 9.09 and 9.21 AU ha-1) and productivity (1772.30; 1846.50; 1631.80 and 1629.80 kg LBW ha-1) among treatments during the grazing period. During the finishing period there were no treatment effects (P>0.05) on dry matter intake and feed efficiency; ADG (P<0.05) (1.67 and 1.42 kg day-1), final BW (547.75 and 509.23 kg) and hot carcass weight (294.55 and 270.60 kg) were higher for TSU compared to TAFA. TSU showed the highest ITR

2.
Piracicaba; s.n; 23/06/2004. 79 p.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-6163

Resumo

Quarenta vacas lactantes e não gestantes, com idade aproximada de quatro anos e seus respectivos bezerros foram distribuídos em blocos, de acordo com a data do parto, e avaliadas dos 15 aos 180 dias de lactação. As vacas pertenciam a quatro grupos genéticos: 10 da raça Nelore (NE) com bezerros de touros Nelore; e 10 Canchim x Nelore (CN), 10 Angus x Nelore (AN) e 10 Simental x Nelore (SN) com bezerros filhos de touros da raça Canchim. As vacas cruzadas e as Nelore eram de origem do mesmo rebanho Nelore. As vacas foram alimentadas com uma única dieta peletizada contendo 50% de feno (15% de alfafa e 35% de Coastcross) e 50% de concentrado, com 16,1% PB e 2,24 Mcal EM, com base na MS. A quantidade de alimento fornecida foi ajustada a cada 14 dias para que o peso vivo em jejum (PVj) e o escore de condição corporal (ECC) da vaca ficassem inalterados. O PVj e ECC para as vacas NE, CN, AN e SN foram: 430 e 4,7; 449 e 4,8; 496 e 5,0; 507 e 5,1; respectivamente. Os bezerros receberam a mesma dieta a partir dos 40 dias de idade. A produção de leite das vacas foi determinada pelo método de pesagem dos bezerros antes e após a mamada aos 52, 66, 94, 122 e 178 dias de lactação, em média. Foi realizada ordenha manual aos 80 e 150 dias, para se estimar a composição do leite. As vacas NE consumiram menos energia metabolizável (19,7 Mcal/d; P<0,05) do que as vacas CN (20,6 Mcal/d), AN (23,1 Mcal/d) e SN (23,7 Mcal/d), valores positivamente correlacionados à produção de leite (P<0,05). Bezerros Nelore apresentaram menor peso ao desmame (P<0,05) do que os bezerros ¾Canchim»Nelore (¾C»N), ½Canchim»Angus»Nelore (½C»A»N) e ½Canchim»Simental»Nelore (½C»S»N) (165,8 vs. 205,5; 216,4 e 215,4 kg, respectivamente). Associado ao menor ganho de peso durante o aleitamento, os bezerros Nelore apresentaram menor (P<0,05) ingestão de energia metabolizável (Mcal de leite + Mcal de ração). Os bezerros foram abatidos ao desmame e a composição química do corpo vazio estimada utilizando a 9- 10- 11a costelas. A energia no corpo vazio foi maior (P<0,05) para os bezerros ½C»A»N (462,6 Mcal) em relação aos ¾C»N (384,0 Mcal) e Nelore (321,8 Mcal); a quantidade de energia no corpo vazio para os bezerros ½C»S»N foi intermediária; 429,8 Mcal. A eficiência energética da unidade vaca/bezerro foi maior (P<0,05) para o grupo materno AN (124,4 kcal de bezerro desmamado/Mcal EM ingerida por vaca e bezerro) comparada ao par NE/Nelore (95,8 kcal/Mcal). Os pares Canchim e Simental foram intermediários, 105,2 e 107,0 kcal/Mcal, respectivamente. Portanto, a maior energia no corpo vazio e maior ganho de peso dos bezerros ½C»A»N mais do que compensou a ingestão mais elevada de energia metabolizável da unidade vaca/bezerro em comparação ao Nelore. Pode-se considerar que para as condições estabelecidas neste experimento, cujo delineamento não apresentava limitação nutricional, o cruzamento melhorou a eficiência da vaca, quando considerada a proporção de energia total consumida que foi depositada nos bezerros. Entretanto, não houve avaliação de parâmetros reprodutivos, e o menor consumo e exigência de MS e EM estabelecido para a vaca Nelore sugere que em ambiente nutricional desfavorável este genótipo poderia apresentar melhor produtividade


Forty mature, lactating and non-pregnant cows (10 Nellore NL; 10 Canchim x Nellore CN; 10 Angus x Nellore AN; and 10 Simmental x Nellore SN) were randomized in blocks by calving date. Calves out of crossbred cows were sired by Canchim bulls, while calves out of NL cows were sired by Nellore bulls. Cows were individually fed from postpartum to weaning (15-180 d) a pelleted diet made of 50% hay (15% alfalfa and 35% Coastcross) and 50% concentrate. Diet had 16.1% CP and 2.24 Mcal of metabolizable energy (ME) on a DM basis. Amount offered to each individual cow was adjusted every 14 days to maintain shrunk body weight (SBW) and body condition score (BCS). SBW and BCS were 430 and 4.7, 449 and 4.8, 496 and 5.0, and 507 and 5.1 for NL, CN, AN and SN, respectively. At 40 days of age calves had access to the same diet of their dams ad libitum. Milk yields were determined at 52, 66, 94, 122 and 178 days postpartum by weighting calves before and after suckling. Cows were milked at 80 and 150 days postpartum and the samples analyzed for fat, protein, and lactose. Daily ME intake by NL cows (19.7 Mcal/d) was lower (P<0.05) compared to CN (20.6Mcal/d), AN (23.1 Mcal/d) and SN (23.7 Mcal/d). These results were positively correlated with milk yield (P<0.05). Nellore calves had lower weaning weight than crossbreds (P<0.05): 165.8 vs. 205.5 for ¾Canchim»Nellore (¾C»N), 216.4 for ½Canchim»Angus»Nellore (½C»A»N) and 215.4 kg for ½Canchim»Simmental»Nellore (½C»S»N). In association with the lowest weight gain, Nellore calves had lower (P<0.05) metabolizable energy intake (ME from milk plus ration, Mcal). Calves were slaughtered at weaning and body composition estimated using the 9-10-11th rib section. Body energy at weaning (Mcal) was higher (P<0.05) for ½C»A»N than ¾C»N and Nellore calves: 462.6 vs. 384.0 and 321.8 Mcal, respectively. Calves ½C»S»N had intermediate body energy at weaning: 429.8 Mcal. Cow/calf energetic efficiency was higher (P<0.05) for AN compared to NL cow/calf pairs: 124.4 vs. 95.8 kcal deposited/Mcal of ME consumed by cow and calf. Results for Canchim and Simmental were intermediate: 105.2 and 107.0 kcal/Mcal, respectively. The higher ME intakes by Angus cow/calf pairs were more than compensated by the higher energy retention and body weight gain compared to NL. In an unrestricted nutritional setting, crossbreeding improved cow efficiency as measured by body energy/total feed energy input to cow and calf. Reproduction was not evaluated, and the lower intakes and daily energy requirements demonstrated for Nellore could be beneficial in a nutritionally limited environment

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