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1.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1487631

Resumo

ABSTRACT: Plants of the genus Brachiaria, used in several countries as forage, are poisonous to some livestock species. Their toxic principle is protodioscin, and the main form of clinical presentation of the toxicosis is hepatogenous photosensitization. Here we compare protodioscin levels in B. decumbens and B. brizantha and review the literature on the concentrations and methodologies of collection and analysis of the toxic principle in Brachiaria spp. and the risk of contamination of pastures by more toxic species that may facilitate poisoning by plants of this genus in sheep. The experiment was conducted in pastures originally formed by B. brizantha, with many B. decumbens invasion points. The occurrence of cases of poisoning by Brachiaria spp. was the criterion for confirming pasture toxicity. The forage samples were collected at ten random points every 28 days through manual grazing simulation. The samples were analyzed for protodioscin by high-performance liquid chromatography (HPLC) with light scattering by evaporation (ELSD) after being dried and crushed. In the flock of 69 sheep, five poisoning cases occurred, three sheep died, and two recovered. The protodioscin levels found in the evaluated pastures ranged from 0.70 to 0.45%; higher levels appeared in B. decumbens (7.09%) compared to 1.04% in B. brizantha. We suggest that Brachiaria spp. should be avoided in pastures where sheep are grazing.


RESUMO: Plantas do gênero Brachiaria, utilizadas em vários países como forragem, são tóxicas para várias espécies pecuárias. Seu princípio tóxico é a protodioscina, e a principal forma de apresentação clínica da toxicose é a fotossensibilização hepatógena. Este estudo teve como objetivo comparar os níveis de protodioscina em B. decumbens e B. brizantha e revisar a literatura sobre as concentrações e metodologias de coleta e análise do princípio tóxico em Brachiaria spp. e o risco de contaminação das pastagens por espécies mais tóxicas que podem facilitar a intoxicação por plantas desse gênero em ovinos. O experimento foi conduzido em pastagens originalmente formadas por B. brizantha, com diversos pontos de invasão por B. decumbens. Ocorrência de casos de intoxicação por Brachiaria spp. foi o critério para confirmação da toxicidade da pastagem. As amostras de forragem foram coletadas a cada 28 dias em dez pontos aleatórios por meio de simulação de pastejo manual. As amostras foram analisadas para protodioscina por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) com dispersão de luz por evaporação (ELSD) após serem secadas e trituradas. No rebanho de 69 ovelhas, cinco desenvolveram a intoxicação, três morreram e duas se recuperaram. Os níveis de protodioscina encontrados nas pastagens avaliadas variaram de 0,70 a 0,45%; níveis mais elevados apareceram em B. decumbens (7,09%) em comparação com 1,04% em B. brizantha. Sugerimos que Brachiaria spp. deve ser evitada no pasto de ovelhas em pastejo.

2.
Pesqui. vet. bras ; 41: e06921, 2021. tab
Artigo em Inglês | VETINDEX, LILACS | ID: biblio-1287506

Resumo

Plants of the genus Brachiaria, used in several countries as forage, are poisonous to some livestock species. Their toxic principle is protodioscin, and the main form of clinical presentation of the toxicosis is hepatogenous photosensitization. Here we compare protodioscin levels in B. decumbens and B. brizantha and review the literature on the concentrations and methodologies of collection and analysis of the toxic principle in Brachiaria spp. and the risk of contamination of pastures by more toxic species that may facilitate poisoning by plants of this genus in sheep. The experiment was conducted in pastures originally formed by B. brizantha, with many B. decumbens invasion points. The occurrence of cases of poisoning by Brachiaria spp. was the criterion for confirming pasture toxicity. The forage samples were collected at ten random points every 28 days through manual grazing simulation. The samples were analyzed for protodioscin by high-performance liquid chromatography (HPLC) with light scattering by evaporation (ELSD) after being dried and crushed. In the flock of 69 sheep, five poisoning cases occurred, three sheep died, and two recovered. The protodioscin levels found in the evaluated pastures ranged from 0.70 to 0.45%; higher levels appeared in B. decumbens (7.09%) compared to 1.04% in B. brizantha. We suggest that Brachiaria spp. should be avoided in pastures where sheep are grazing.(AU)


Plantas do gênero Brachiaria, utilizadas em vários países como forragem, são tóxicas para várias espécies pecuárias. Seu princípio tóxico é a protodioscina, e a principal forma de apresentação clínica da toxicose é a fotossensibilização hepatógena. Este estudo teve como objetivo comparar os níveis de protodioscina em B. decumbens e B. brizantha e revisar a literatura sobre as concentrações e metodologias de coleta e análise do princípio tóxico em Brachiaria spp. e o risco de contaminação das pastagens por espécies mais tóxicas que podem facilitar a intoxicação por plantas desse gênero em ovinos. O experimento foi conduzido em pastagens originalmente formadas por B. brizantha, com diversos pontos de invasão por B. decumbens. Ocorrência de casos de intoxicação por Brachiaria spp. foi o critério para confirmação da toxicidade da pastagem. As amostras de forragem foram coletadas a cada 28 dias em dez pontos aleatórios por meio de simulação de pastejo manual. As amostras foram analisadas para protodioscina por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) com dispersão de luz por evaporação (ELSD) após serem secadas e trituradas. No rebanho de 69 ovelhas, cinco desenvolveram a intoxicação, três morreram e duas se recuperaram. Os níveis de protodioscina encontrados nas pastagens avaliadas variaram de 0,70 a 0,45%; níveis mais elevados apareceram em B. decumbens (7,09%) em comparação com 1,04% em B. brizantha. Sugerimos que Brachiaria spp. deve ser evitada no pasto de ovelhas em pastejo.(AU)


Assuntos
Animais , Intoxicação por Plantas , Ruminantes , Ovinos , Pastagens , Brachiaria , Transtornos de Fotossensibilidade , Toxicidade , Literatura
3.
Pesqui. vet. bras ; 41: e06921, 2021. tab
Artigo em Inglês | VETINDEX | ID: vti-32778

Resumo

Plants of the genus Brachiaria, used in several countries as forage, are poisonous to some livestock species. Their toxic principle is protodioscin, and the main form of clinical presentation of the toxicosis is hepatogenous photosensitization. Here we compare protodioscin levels in B. decumbens and B. brizantha and review the literature on the concentrations and methodologies of collection and analysis of the toxic principle in Brachiaria spp. and the risk of contamination of pastures by more toxic species that may facilitate poisoning by plants of this genus in sheep. The experiment was conducted in pastures originally formed by B. brizantha, with many B. decumbens invasion points. The occurrence of cases of poisoning by Brachiaria spp. was the criterion for confirming pasture toxicity. The forage samples were collected at ten random points every 28 days through manual grazing simulation. The samples were analyzed for protodioscin by high-performance liquid chromatography (HPLC) with light scattering by evaporation (ELSD) after being dried and crushed. In the flock of 69 sheep, five poisoning cases occurred, three sheep died, and two recovered. The protodioscin levels found in the evaluated pastures ranged from 0.70 to 0.45%; higher levels appeared in B. decumbens (7.09%) compared to 1.04% in B. brizantha. We suggest that Brachiaria spp. should be avoided in pastures where sheep are grazing.(AU)


Plantas do gênero Brachiaria, utilizadas em vários países como forragem, são tóxicas para várias espécies pecuárias. Seu princípio tóxico é a protodioscina, e a principal forma de apresentação clínica da toxicose é a fotossensibilização hepatógena. Este estudo teve como objetivo comparar os níveis de protodioscina em B. decumbens e B. brizantha e revisar a literatura sobre as concentrações e metodologias de coleta e análise do princípio tóxico em Brachiaria spp. e o risco de contaminação das pastagens por espécies mais tóxicas que podem facilitar a intoxicação por plantas desse gênero em ovinos. O experimento foi conduzido em pastagens originalmente formadas por B. brizantha, com diversos pontos de invasão por B. decumbens. Ocorrência de casos de intoxicação por Brachiaria spp. foi o critério para confirmação da toxicidade da pastagem. As amostras de forragem foram coletadas a cada 28 dias em dez pontos aleatórios por meio de simulação de pastejo manual. As amostras foram analisadas para protodioscina por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) com dispersão de luz por evaporação (ELSD) após serem secadas e trituradas. No rebanho de 69 ovelhas, cinco desenvolveram a intoxicação, três morreram e duas se recuperaram. Os níveis de protodioscina encontrados nas pastagens avaliadas variaram de 0,70 a 0,45%; níveis mais elevados apareceram em B. decumbens (7,09%) em comparação com 1,04% em B. brizantha. Sugerimos que Brachiaria spp. deve ser evitada no pasto de ovelhas em pastejo.(AU)


Assuntos
Animais , Intoxicação por Plantas , Ruminantes , Ovinos , Pastagens , Brachiaria , Transtornos de Fotossensibilidade , Toxicidade , Literatura
4.
Pesqui. vet. bras ; 40(1): 1-6, Jan. 2020. ilus
Artigo em Inglês | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1091656

Resumo

The aim of this work was to describe the epidemiological, clinical and pathological aspects of two outbreaks of spontaneous poisoning caused by Froelichia humboldtiana in cattle in Pernambuco, northeastern Brazil and reproduce experimentally this poisoning in cattle. Spontaneous poisonings of primary photosensitization occurred in two farms at the municipalities of Cachoeirinha and São Caetano and affected twenty-two adult bovines and two suckling calves after the rainy season. All bovines have recovered 21 days after they were removed from the pasture. To reproduce experimental poisoning, three cows and a calf were maintained in a pasture with 1ha composed by F. humboldtiana during 14 days. Clinical signs and skin lesions were similar in both spontaneous and experimental poisoning and consisted of cutaneous itching and hyperemia of non-pigmented areas of skin that evolved into edema, exudative dermatitis and extensive areas of skin necrosis. Serum levels of aspartate aminotransferase (AST), gamma glutamyltransferase (GGT), total, direct and indirect bilirubin were normal in all cattle examined. Histologically, lesions consisted of epidermal necrosis, hyperkeratosis with large amounts of degenerate neutrophils and acanthosis. In the dermis, edema and inflammatory infiltrate composed of eosinophils, lymphocytes and plasma cells mainly around the blood vessels were observed. In the experimental group, clinical signs of photosensitization were observed after the third day of F. humboldtiana consumption. The suckling calf displayed mild clinical signs of photodermatitis on the 8th day of the experiment. It was estimated that the average consumption of F. humboldtiana necessary to initiate clinical signs in each adult bovine was 78kg.(AU)


Os objetivos deste trabalho foram descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos de dois surtos de intoxicação por Froelichia humboldtiana em bovinos em Pernambuco e reproduzir experimentalmente essa intoxicação em bovinos. Intoxicações espontâneas foram observadas após o início do período chuvoso nos municípios de Cachoerinha e São Caetano. Vinte e dois bovinos apresentaram sinais clínicos e lesões cutâneas compatíveis com fotossensibilização primária, dentre os quais, dois bezerros lactentes. Todos os bovinos se recuperaram totalmente cerca de 21 dias após serem retirados da pastagem. Para reproduzir experimentalmente a intoxicação, três vacas, uma delas com bezerro ao pé, foram mantidas em um piquete de 1ha composto por F. humboldtiana por 14 dias consecutivos. O quadro clínico e as lesões tegumentares, tanto nos bovinos intoxicados nos surtos espontâneos, quanto nos bovinos do experimento consistiram em prurido e hiperemia em áreas despigmentadas de pele, que evoluíam para edema, dermatite exsudativa e necrose de áreas extensas de pele. Em todos os bovinos examinados, os níveis séricos de aspartato aminotransferase (AST), gamaglutamiltransferase (GGT), bilirrubina total, direta e indireta estavam normais. Histologicamente, as lesões consistiram em necrose da epiderme, hiperqueratose com grande quantidade de neutrófilos degenerados e acantose. Na derme havia edema e infiltrado inflamatório composto por eosinófilos, linfócitos e plasmócitos principalmente ao redor dos vasos sanguíneos. Nos bovinos do experimento, sinais clínicos de fotossensibilização foram observados após o terceiro dia de consumo de F. humboldtiana. O bezerro lactente apresentou sinais clínicos leves de fotodermatite no 8º dia do experimento. Estimou-se que o consumo médio de matéria seca de F. humboldtiana necessário para iniciar os sinais clínicos em cada bovino adulto foi de 78kg.(AU)


Assuntos
Animais , Bovinos , Intoxicação por Plantas/veterinária , Dermatite Fotoalérgica/etiologia , Cicer/intoxicação , Cicer/toxicidade , Dermatite Fotoalérgica/veterinária , Dermatite/etiologia , Dermatite/veterinária
5.
Pesqui. vet. bras ; 40(1): 1-6, Jan. 2020. ilus
Artigo em Inglês | VETINDEX | ID: vti-27407

Resumo

The aim of this work was to describe the epidemiological, clinical and pathological aspects of two outbreaks of spontaneous poisoning caused by Froelichia humboldtiana in cattle in Pernambuco, northeastern Brazil and reproduce experimentally this poisoning in cattle. Spontaneous poisonings of primary photosensitization occurred in two farms at the municipalities of Cachoeirinha and São Caetano and affected twenty-two adult bovines and two suckling calves after the rainy season. All bovines have recovered 21 days after they were removed from the pasture. To reproduce experimental poisoning, three cows and a calf were maintained in a pasture with 1ha composed by F. humboldtiana during 14 days. Clinical signs and skin lesions were similar in both spontaneous and experimental poisoning and consisted of cutaneous itching and hyperemia of non-pigmented areas of skin that evolved into edema, exudative dermatitis and extensive areas of skin necrosis. Serum levels of aspartate aminotransferase (AST), gamma glutamyltransferase (GGT), total, direct and indirect bilirubin were normal in all cattle examined. Histologically, lesions consisted of epidermal necrosis, hyperkeratosis with large amounts of degenerate neutrophils and acanthosis. In the dermis, edema and inflammatory infiltrate composed of eosinophils, lymphocytes and plasma cells mainly around the blood vessels were observed. In the experimental group, clinical signs of photosensitization were observed after the third day of F. humboldtiana consumption. The suckling calf displayed mild clinical signs of photodermatitis on the 8th day of the experiment. It was estimated that the average consumption of F. humboldtiana necessary to initiate clinical signs in each adult bovine was 78kg.(AU)


Os objetivos deste trabalho foram descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos de dois surtos de intoxicação por Froelichia humboldtiana em bovinos em Pernambuco e reproduzir experimentalmente essa intoxicação em bovinos. Intoxicações espontâneas foram observadas após o início do período chuvoso nos municípios de Cachoerinha e São Caetano. Vinte e dois bovinos apresentaram sinais clínicos e lesões cutâneas compatíveis com fotossensibilização primária, dentre os quais, dois bezerros lactentes. Todos os bovinos se recuperaram totalmente cerca de 21 dias após serem retirados da pastagem. Para reproduzir experimentalmente a intoxicação, três vacas, uma delas com bezerro ao pé, foram mantidas em um piquete de 1ha composto por F. humboldtiana por 14 dias consecutivos. O quadro clínico e as lesões tegumentares, tanto nos bovinos intoxicados nos surtos espontâneos, quanto nos bovinos do experimento consistiram em prurido e hiperemia em áreas despigmentadas de pele, que evoluíam para edema, dermatite exsudativa e necrose de áreas extensas de pele. Em todos os bovinos examinados, os níveis séricos de aspartato aminotransferase (AST), gamaglutamiltransferase (GGT), bilirrubina total, direta e indireta estavam normais. Histologicamente, as lesões consistiram em necrose da epiderme, hiperqueratose com grande quantidade de neutrófilos degenerados e acantose. Na derme havia edema e infiltrado inflamatório composto por eosinófilos, linfócitos e plasmócitos principalmente ao redor dos vasos sanguíneos. Nos bovinos do experimento, sinais clínicos de fotossensibilização foram observados após o terceiro dia de consumo de F. humboldtiana. O bezerro lactente apresentou sinais clínicos leves de fotodermatite no 8º dia do experimento. Estimou-se que o consumo médio de matéria seca de F. humboldtiana necessário para iniciar os sinais clínicos em cada bovino adulto foi de 78kg.(AU)


Assuntos
Animais , Bovinos , Intoxicação por Plantas/veterinária , Dermatite Fotoalérgica/etiologia , Cicer/intoxicação , Cicer/toxicidade , Dermatite Fotoalérgica/veterinária , Dermatite/etiologia , Dermatite/veterinária
6.
Pesqui. vet. bras ; 40(1)2020.
Artigo em Inglês | VETINDEX | ID: vti-761699

Resumo

ABSTRACT: The aim of this work was to describe the epidemiological, clinical and pathological aspects of two outbreaks of spontaneous poisoning caused by Froelichia humboldtiana in cattle in Pernambuco, northeastern Brazil and reproduce experimentally this poisoning in cattle. Spontaneous poisonings of primary photosensitization occurred in two farms at the municipalities of Cachoeirinha and São Caetano and affected twenty-two adult bovines and two suckling calves after the rainy season. All bovines have recovered 21 days after they were removed from the pasture. To reproduce experimental poisoning, three cows and a calf were maintained in a pasture with 1ha composed by F. humboldtiana during 14 days. Clinical signs and skin lesions were similar in both spontaneous and experimental poisoning and consisted of cutaneous itching and hyperemia of non-pigmented areas of skin that evolved into edema, exudative dermatitis and extensive areas of skin necrosis. Serum levels of aspartate aminotransferase (AST), gamma glutamyltransferase (GGT), total, direct and indirect bilirubin were normal in all cattle examined. Histologically, lesions consisted of epidermal necrosis, hyperkeratosis with large amounts of degenerate neutrophils and acanthosis. In the dermis, edema and inflammatory infiltrate composed of eosinophils, lymphocytes and plasma cells mainly around the blood vessels were observed. In the experimental group, clinical signs of photosensitization were observed after the third day of F. humboldtiana consumption. The suckling calf displayed mild clinical signs of photodermatitis on the 8th day of the experiment. It was estimated that the average consumption of F. humboldtiana necessary to initiate clinical signs in each adult bovine was 78kg.


RESUMO: Os objetivos deste trabalho foram descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos de dois surtos de intoxicação por Froelichia humboldtiana em bovinos em Pernambuco e reproduzir experimentalmente essa intoxicação em bovinos. Intoxicações espontâneas foram observadas após o início do período chuvoso nos municípios de Cachoerinha e São Caetano. Vinte e dois bovinos apresentaram sinais clínicos e lesões cutâneas compatíveis com fotossensibilização primária, dentre os quais, dois bezerros lactentes. Todos os bovinos se recuperaram totalmente cerca de 21 dias após serem retirados da pastagem. Para reproduzir experimentalmente a intoxicação, três vacas, uma delas com bezerro ao pé, foram mantidas em um piquete de 1ha composto por F. humboldtiana por 14 dias consecutivos. O quadro clínico e as lesões tegumentares, tanto nos bovinos intoxicados nos surtos espontâneos, quanto nos bovinos do experimento consistiram em prurido e hiperemia em áreas despigmentadas de pele, que evoluíam para edema, dermatite exsudativa e necrose de áreas extensas de pele. Em todos os bovinos examinados, os níveis séricos de aspartato aminotransferase (AST), gamaglutamiltransferase (GGT), bilirrubina total, direta e indireta estavam normais. Histologicamente, as lesões consistiram em necrose da epiderme, hiperqueratose com grande quantidade de neutrófilos degenerados e acantose. Na derme havia edema e infiltrado inflamatório composto por eosinófilos, linfócitos e plasmócitos principalmente ao redor dos vasos sanguíneos. Nos bovinos do experimento, sinais clínicos de fotossensibilização foram observados após o terceiro dia de consumo de F. humboldtiana. O bezerro lactente apresentou sinais clínicos leves de fotodermatite no 8º dia do experimento. Estimou-se que o consumo médio de matéria seca de F. humboldtiana necessário para iniciar os sinais clínicos em cada bovino adulto foi de 78kg.

7.
Pesqui. vet. bras ; 38(5): 811-816, May 2018. ilus
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-19523

Resumo

O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de relatar um surto de fotossensibilização causado por Froelichia humboldtiana em bovinos leiteiros no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram examinados animais de uma propriedade rural que apresentavam sintomatologia compatível com fotodermatite. Procedeu-se a coleta de amostras de sangue periférico de cinco bovinos para análise das atividades das enzimas hepáticas gamaglutamiltransferase e aspartatoaminotransferase, além da concentração de bilirrubina total, direta e indireta. Das áreas de pele com lesões de dois animais foram realizadas biópsias. Constatou-se que 15 animais de um rebanho composto por 40 animais apresentaram fotossemsibilização. Os animais tinham histórico de apresentar lesões de fotodermatite aproximadamente 10 dias após pastarem em áreas invadidas por F. humboldtiana. Ao exame clínico dos bovinos leiteiros notou-se que inicialmente apresentavam prurido e hiperemia nas áreas de pele despigmentadas do dorso e úbere, também havia alterações do comportamento. Posteriormente, as áreas hiperêmicas se apresentavam com edema que evoluíam para dermatite ulcerativa, necrotizante e exudativa, com perda de extensas áreas da epiderme. As úlceras eram mais graves nos quatro bovinos que apresentavam automutilação por lambedura. Esses quatro animais foram retirados do pasto e abrigados em local sombreado. Uma semana após, o prurido regrediu e as fissuras da pele passaram a cicatrizar. Porém, as lesões reapareceram logo após os bovinos serem reintroduzidas no pasto infestado por F. humbolditiana. Percebeu-se ainda queda na produção leiteira (redução de 50-60%) das vacas após a instalação de fotodermatite. Porém, os bezerros que ainda eram lactantes e ingeriam o leite nas vacas acometidas por fotossensibilização, não apresentaram sinais de fotodermatite. A histopatologia...(AU)


The present study was conducted with the objective to report an outbreak of photosensitization caused by Froelichia humboldtiana in dairy cattle in the State of Rio Grande do Norte, Brazil. Animals from a rural property with symptoms compatible with photodermatitis were examined. Peripheral blood samples from five cattle were collected for the analysis of the activities of hepatic enzymes gammaglutamyltransferase and aspartate aminotransferase, in addition were also analysed the concentration of total, direct and indirect bilirubin. From the areas of skin with lesions of two animals, biopsies were performed. It was verified that 15 animals from a herd composed by 40 animals presented photosensitization. The animals had a history of photodermatitis lesions approximately 10 days after grazing in areas invaded by F. humboldtiana. Clinical examination of dairy cattle showed that they initially had pruritus and hyperemia in the depigmented areas of the dorsum and udder, and there were also behavioral changes. Subsequently, the hyperemic areas presented edema that evolved to ulcerative, necrotizing and exudative dermatitis, with loss of extensive areas of the epidermis. The ulcers were more severe in four bovines that had self-mutilation by licking. These four animals were removed from the pasture and sheltered in a shady location. A week later, the pruritus regressed and the fissures of the skin began to heal. However, the lesions reappeared after the cattle were reintroduced in the grass infested by F. humbolditiana. There was also a decrease in milk production (reduction of 50-60%) of cows after the installation of photodermatitis. However, calves that were still lactating and ingested the milk in photosensitized cows, showed no signs of photodermatitis. Histopathology of skin biopsies revealed inflammation in the superficial dermis consisting of mast cells, lymphocytes, and some plasma cells...(AU)


Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Transtornos de Fotossensibilidade/veterinária , Plantas Tóxicas/toxicidade , Fármacos Fotossensibilizantes/análise , Amaranthaceae/efeitos adversos
8.
Pesqui. vet. bras ; 38(5): 811-816, May 2018. graf
Artigo em Português | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-955406

Resumo

O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de relatar um surto de fotossensibilização causado por Froelichia humboldtiana em bovinos leiteiros no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram examinados animais de uma propriedade rural que apresentavam sintomatologia compatível com fotodermatite. Procedeu-se a coleta de amostras de sangue periférico de cinco bovinos para análise das atividades das enzimas hepáticas gamaglutamiltransferase e aspartatoaminotransferase, além da concentração de bilirrubina total, direta e indireta. Das áreas de pele com lesões de dois animais foram realizadas biópsias. Constatou-se que 15 animais de um rebanho composto por 40 animais apresentaram fotossemsibilização. Os animais tinham histórico de apresentar lesões de fotodermatite aproximadamente 10 dias após pastarem em áreas invadidas por F. humboldtiana. Ao exame clínico dos bovinos leiteiros notou-se que inicialmente apresentavam prurido e hiperemia nas áreas de pele despigmentadas do dorso e úbere, também havia alterações do comportamento. Posteriormente, as áreas hiperêmicas se apresentavam com edema que evoluíam para dermatite ulcerativa, necrotizante e exudativa, com perda de extensas áreas da epiderme. As úlceras eram mais graves nos quatro bovinos que apresentavam automutilação por lambedura. Esses quatro animais foram retirados do pasto e abrigados em local sombreado. Uma semana após, o prurido regrediu e as fissuras da pele passaram a cicatrizar. Porém, as lesões reapareceram logo após os bovinos serem reintroduzidas no pasto infestado por F. humbolditiana. Percebeu-se ainda queda na produção leiteira (redução de 50-60%) das vacas após a instalação de fotodermatite. Porém, os bezerros que ainda eram lactantes e ingeriam o leite nas vacas acometidas por fotossensibilização, não apresentaram sinais de fotodermatite. A histopatologia de biópsias de pele revelou inflamação na derme superficial constituída por mastócitos, linfócitos, e alguns plasmócitos. Na epiderme haviam extensas úlceras, recobertas por crostas, associada a infiltrado neutrofílico. As atividades séricas de AST, GGT e as concentrações de bilirrubina estavam dentro dos valores de referência normais para a espécie bovina. O diagnóstico de fotossensibilização primária associada à ingestão de F. humboldtiana foi baseado na epidemiologia, sinais clínicos, bioquímica sérica, biópsia de pele e reocorrência das lesões após os animais serem reintroduzidos no pasto invadido pela planta. Conclui-se que a F. humboldtiana é uma importante causa de fotossensibilização primária em bovinos leiteiros no semiárido brasileiro e que sua toxina provavelmente não é excretada pelo leite bovino.(AU)


The present study was conducted with the objective to report an outbreak of photosensitization caused by Froelichia humboldtiana in dairy cattle in the State of Rio Grande do Norte, Brazil. Animals from a rural property with symptoms compatible with photodermatitis were examined. Peripheral blood samples from five cattle were collected for the analysis of the activities of hepatic enzymes gammaglutamyltransferase and aspartate aminotransferase, in addition were also analysed the concentration of total, direct and indirect bilirubin. From the areas of skin with lesions of two animals, biopsies were performed. It was verified that 15 animals from a herd composed by 40 animals presented photosensitization. The animals had a history of photodermatitis lesions approximately 10 days after grazing in areas invaded by F. humboldtiana. Clinical examination of dairy cattle showed that they initially had pruritus and hyperemia in the depigmented areas of the dorsum and udder, and there were also behavioral changes. Subsequently, the hyperemic areas presented edema that evolved to ulcerative, necrotizing and exudative dermatitis, with loss of extensive areas of the epidermis. The ulcers were more severe in four bovines that had self-mutilation by licking. These four animals were removed from the pasture and sheltered in a shady location. A week later, the pruritus regressed and the fissures of the skin began to heal. However, the lesions reappeared after the cattle were reintroduced in the grass infested by F. humbolditiana. There was also a decrease in milk production (reduction of 50-60%) of cows after the installation of photodermatitis. However, calves that were still lactating and ingested the milk in photosensitized cows, showed no signs of photodermatitis. Histopathology of skin biopsies revealed inflammation in the superficial dermis consisting of mast cells, lymphocytes, and some plasma cells. In the epidermis there were extensive ulcers, covered by crusts, associated with neutrophilic infiltrate. Serum activities of AST, GGT and bilirubin concentrations were within normal reference values for the bovine species. The diagnosis of primary photosensitization associated with F. humboldtiana ingestion was based on epidemiology, clinical signs, serum biochemistry, skin biopsy and lesion reoccurrence after the animals were reintroduced in the pasture invaded by the plant. It is concluded that F. humboldtiana is an important cause of primary photosensitization in dairy cattle in the Brazilian semi-arid region and that its toxin is probably not excreted by bovine milk.(AU)


Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Transtornos de Fotossensibilidade/veterinária , Plantas Tóxicas/toxicidade , Fármacos Fotossensibilizantes/análise , Amaranthaceae/efeitos adversos
9.
Pesqui. vet. bras ; 38(5)2018.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-743802

Resumo

ABSTRACT: The present study was conducted with the objective to report an outbreak of photosensitization caused by Froelichia humboldtiana in dairy cattle in the State of Rio Grande do Norte, Brazil. Animals from a rural property with symptoms compatible with photodermatitis were examined. Peripheral blood samples from five cattle were collected for the analysis of the activities of hepatic enzymes gammaglutamyltransferase and aspartate aminotransferase, in addition were also analysed the concentration of total, direct and indirect bilirubin. From the areas of skin with lesions of two animals, biopsies were performed. It was verified that 15 animals from a herd composed by 40 animals presented photosensitization. The animals had a history of photodermatitis lesions approximately 10 days after grazing in areas invaded by F. humboldtiana. Clinical examination of dairy cattle showed that they initially had pruritus and hyperemia in the depigmented areas of the dorsum and udder, and there were also behavioral changes. Subsequently, the hyperemic areas presented edema that evolved to ulcerative, necrotizing and exudative dermatitis, with loss of extensive areas of the epidermis. The ulcers were more severe in four bovines that had self-mutilation by licking. These four animals were removed from the pasture and sheltered in a shady location. A week later, the pruritus regressed and the fissures of the skin began to heal. However, the lesions reappeared after the cattle were reintroduced in the grass infested by F. humbolditiana. There was also a decrease in milk production (reduction of 50-60%) of cows after the installation of photodermatitis. However, calves that were still lactating and ingested the milk in photosensitized cows, showed no signs of photodermatitis. Histopathology of skin biopsies revealed inflammation in the superficial dermis consisting of mast cells, lymphocytes, and some plasma cells. In the epidermis there were extensive ulcers, covered by crusts, associated with neutrophilic infiltrate. Serum activities of AST, GGT and bilirubin concentrations were within normal reference values for the bovine species. The diagnosis of primary photosensitization associated with F. humboldtiana ingestion was based on epidemiology, clinical signs, serum biochemistry, skin biopsy and lesion reoccurrence after the animals were reintroduced in the pasture invaded by the plant. It is concluded that F. humboldtiana is an important cause of primary photosensitization in dairy cattle in the Brazilian semi-arid region and that its toxin is probably not excreted by bovine milk.


RESUMO: O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de relatar um surto de fotossensibilização causado por Froelichia humboldtiana em bovinos leiteiros no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram examinados animais de uma propriedade rural que apresentavam sintomatologia compatível com fotodermatite. Procedeu-se a coleta de amostras de sangue periférico de cinco bovinos para análise das atividades das enzimas hepáticas gamaglutamiltransferase e aspartatoaminotransferase, além da concentração de bilirrubina total, direta e indireta. Das áreas de pele com lesões de dois animais foram realizadas biópsias. Constatou-se que 15 animais de um rebanho composto por 40 animais apresentaram fotossemsibilização. Os animais tinham histórico de apresentar lesões de fotodermatite aproximadamente 10 dias após pastarem em áreas invadidas por F. humboldtiana. Ao exame clínico dos bovinos leiteiros notou-se que inicialmente apresentavam prurido e hiperemia nas áreas de pele despigmentadas do dorso e úbere, também havia alterações do comportamento. Posteriormente, as áreas hiperêmicas se apresentavam com edema que evoluíam para dermatite ulcerativa, necrotizante e exudativa, com perda de extensas áreas da epiderme. As úlceras eram mais graves nos quatro bovinos que apresentavam automutilação por lambedura. Esses quatro animais foram retirados do pasto e abrigados em local sombreado. Uma semana após, o prurido regrediu e as fissuras da pele passaram a cicatrizar. Porém, as lesões reapareceram logo após os bovinos serem reintroduzidas no pasto infestado por F. humbolditiana. Percebeu-se ainda queda na produção leiteira (redução de 50-60%) das vacas após a instalação de fotodermatite. Porém, os bezerros que ainda eram lactantes e ingeriam o leite nas vacas acometidas por fotossensibilização, não apresentaram sinais de fotodermatite. A histopatologia de biópsias de pele revelou inflamação na derme superficial constituída por mastócitos, linfócitos, e alguns plasmócitos. Na epiderme haviam extensas úlceras, recobertas por crostas, associada a infiltrado neutrofílico. As atividades séricas de AST, GGT e as concentrações de bilirrubina estavam dentro dos valores de referência normais para a espécie bovina. O diagnóstico de fotossensibilização primária associada à ingestão de F. humboldtiana foi baseado na epidemiologia, sinais clínicos, bioquímica sérica, biópsia de pele e reocorrência das lesões após os animais serem reintroduzidos no pasto invadido pela planta. Conclui-se que a F. humboldtiana é uma importante causa de fotossensibilização primária em bovinos leiteiros no semiárido brasileiro e que sua toxina provavelmente não é excretada pelo leite bovino.

10.
Pesqui. vet. bras ; 38(5): 889-895, May 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-955400

Resumo

O presente estudo foi conduzido com o objetivo de determinar as causas de fotossensibilização em ruminantes e equídeos no Nordeste do Brasil, através da revisão dos laudos de exames arquivados no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal da Paraíba. Durante os quatro anos do estudo foram diagnosticados 22 surtos de fotossensibilização, incluindo 11 surtos de fotossensibilização primária e oito surtos de fotossensibilização hepatógena. A intoxicação por Froelichia humboldtiana foi a principal causa de fotossensibilização e a única causa de fotossensibilização primária. As espécies mais gravemente afetadas por fotossensibilização primária foram os asininos, caprinos, bovinos e ovinos, mas os equinos e mulas também são afetados. A intoxicação por Brachiaria decumbens foi a principal causa de fotossensibilização hepatógena e afetou apenas os ovinos e bovinos. Outras plantas associadas com fotossensibilização hepatógena incluíram Enterolobium contortisiliquum e Lantana camara. Dermatite alérgica foi diagnosticada em dois rebanhos ovinos e em um cavalo. Os animais tinham lesões crônicas, caracterizadas por alopecia, crostas e hiperpigmentação no topo da cabeça, ao redor dos olhos (ovinos) e nos membros (equino). O prurido foi o principal sinal clínico observado nos casos de fotossensibilização primária e hipersensibilidade à picada de insetos.(AU)


The study was conducted to determine the causes of photosensitization in ruminants and equidae in northeastern Brazil through a review of the files at the Laboratório de Patologia Veterinária of Universidade Federal da Paraíba. During four years of the study 22 outbreaks of photosensitization were diagnosed, including 11 outbreaks of primary photosensitization and eight outbreaks of hepatogenous photosensitization. Poisoning by Froelichia humboldtiana was the main cause of photosensitization, and the only cause of primary photosensitization. The most severely affected animals by primary photosensitization are donkeys, goats, cattle and sheep, but horses and mules may also be affected. Poisoning by Brachiaria decumbens was the main cause of hepatogenous photosensitization, and affected only sheep and cattle. Other plants associated with hepatogenous photosensitization in cattle include Enterolobium contortisiliquum and Lantana camara. Allergic dermatitis was diagnosed in two flocks of sheep and in a horse. The animals had chronic lesions characterized by areas of alopecia, crusts and hyperpigmentation on the head, around the eyes (sheep) and at the legs (horse). Itching was the main clinical sign in cases of primary photosensitization and insect hypersensitivity.(AU)


Assuntos
Animais , Ruminantes/anormalidades , Fármacos Fotossensibilizantes/efeitos adversos , Dermatite/complicações , Cavalos/anormalidades
11.
Pesqui. vet. bras ; 38(5): 889-895, May 2018. tab, ilus
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-20691

Resumo

O presente estudo foi conduzido com o objetivo de determinar as causas de fotossensibilização em ruminantes e equídeos no Nordeste do Brasil, através da revisão dos laudos de exames arquivados no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal da Paraíba. Durante os quatro anos do estudo foram diagnosticados 22 surtos de fotossensibilização, incluindo 11 surtos de fotossensibilização primária e oito surtos de fotossensibilização hepatógena. A intoxicação por Froelichia humboldtiana foi a principal causa de fotossensibilização e a única causa de fotossensibilização primária. As espécies mais gravemente afetadas por fotossensibilização primária foram os asininos, caprinos, bovinos e ovinos, mas os equinos e mulas também são afetados. A intoxicação por Brachiaria decumbens foi a principal causa de fotossensibilização hepatógena e afetou apenas os ovinos e bovinos. Outras plantas associadas com fotossensibilização hepatógena incluíram Enterolobium contortisiliquum e Lantana camara. Dermatite alérgica foi diagnosticada em dois rebanhos ovinos e em um cavalo. Os animais tinham lesões crônicas, caracterizadas por alopecia, crostas e hiperpigmentação no topo da cabeça, ao redor dos olhos (ovinos) e nos membros (equino). O prurido foi o principal sinal clínico observado nos casos de fotossensibilização primária e hipersensibilidade à picada de insetos.(AU)


The study was conducted to determine the causes of photosensitization in ruminants and equidae in northeastern Brazil through a review of the files at the Laboratório de Patologia Veterinária of Universidade Federal da Paraíba. During four years of the study 22 outbreaks of photosensitization were diagnosed, including 11 outbreaks of primary photosensitization and eight outbreaks of hepatogenous photosensitization. Poisoning by Froelichia humboldtiana was the main cause of photosensitization, and the only cause of primary photosensitization. The most severely affected animals by primary photosensitization are donkeys, goats, cattle and sheep, but horses and mules may also be affected. Poisoning by Brachiaria decumbens was the main cause of hepatogenous photosensitization, and affected only sheep and cattle. Other plants associated with hepatogenous photosensitization in cattle include Enterolobium contortisiliquum and Lantana camara. Allergic dermatitis was diagnosed in two flocks of sheep and in a horse. The animals had chronic lesions characterized by areas of alopecia, crusts and hyperpigmentation on the head, around the eyes (sheep) and at the legs (horse). Itching was the main clinical sign in cases of primary photosensitization and insect hypersensitivity.(AU)


Assuntos
Animais , Ruminantes/anormalidades , Fármacos Fotossensibilizantes/efeitos adversos , Dermatite/complicações , Cavalos/anormalidades
12.
Pesqui. vet. bras ; 38(5)2018.
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-743814

Resumo

ABSTRACT: The study was conducted to determine the causes of photosensitization in ruminants and equidae in northeastern Brazil through a review of the files at the Laboratório de Patologia Veterinária of Universidade Federal da Paraíba. During four years of the study 22 outbreaks of photosensitization were diagnosed, including 11 outbreaks of primary photosensitization and eight outbreaks of hepatogenous photosensitization. Poisoning by Froelichia humboldtiana was the main cause of photosensitization, and the only cause of primary photosensitization. The most severely affected animals by primary photosensitization are donkeys, goats, cattle and sheep, but horses and mules may also be affected. Poisoning by Brachiaria decumbens was the main cause of hepatogenous photosensitization, and affected only sheep and cattle. Other plants associated with hepatogenous photosensitization in cattle include Enterolobium contortisiliquum and Lantana camara. Allergic dermatitis was diagnosed in two flocks of sheep and in a horse. The animals had chronic lesions characterized by areas of alopecia, crusts and hyperpigmentation on the head, around the eyes (sheep) and at the legs (horse). Itching was the main clinical sign in cases of primary photosensitization and insect hypersensitivity.


RESUMO: O presente estudo foi conduzido com o objetivo de determinar as causas de fotossensibilização em ruminantes e equídeos no Nordeste do Brasil, através da revisão dos laudos de exames arquivados no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal da Paraíba. Durante os quatro anos do estudo foram diagnosticados 22 surtos de fotossensibilização, incluindo 11 surtos de fotossensibilização primária e oito surtos de fotossensibilização hepatógena. A intoxicação por Froelichia humboldtiana foi a principal causa de fotossensibilização e a única causa de fotossensibilização primária. As espécies mais gravemente afetadas por fotossensibilização primária foram os asininos, caprinos, bovinos e ovinos, mas os equinos e mulas também são afetados. A intoxicação por Brachiaria decumbens foi a principal causa de fotossensibilização hepatógena e afetou apenas os ovinos e bovinos. Outras plantas associadas com fotossensibilização hepatógena incluíram Enterolobium contortisiliquum e Lantana camara. Dermatite alérgica foi diagnosticada em dois rebanhos ovinos e em um cavalo. Os animais tinham lesões crônicas, caracterizadas por alopecia, crostas e hiperpigmentação no topo da cabeça, ao redor dos olhos (ovinos) e nos membros (equino). O prurido foi o principal sinal clínico observado nos casos de fotossensibilização primária e hipersensibilidade à picada de insetos.

13.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-213351

Resumo

Plantas tóxicas de interesse pecuário são aquelas que quando ingeridas espontaneamente, provocam danos à saúde ou a morte de animais. Sistemas orgânicos ou órgãos específicos podem ser afetados, e sinais clínicos e patológicos irão ser variados a depender de cada planta. Esta tese está dividida em dois artigos: o primeiro objetivou relatar surtos naturais e descrever a intoxicação experimental por Froelichia humboldtiana em bovinos, delineando seus aspectos epidemiológicos e clínico-patológicos; o segundo artigo tem por objetivo descrever um surto de intoxicação espontânea por Prosopis juliflora em caprinos. No primeiro artigo, casos de intoxicações por F. Humboldtiana, foram investigadas nos Municípios de Cachoeirinha e São Caetano, Pernambuco. Vinte e dois bovinos apresentaram sinais clínicos e lesões cutâneas compatíveis com fotossensibilização primária, dentre os quais, dois bezerros lactentes. Para reproduzir experimentalmente a intoxicação, três vacas, uma delas com bezerro ao pé, foram mantidas em um piquete de um hectare (ha) composto por F. humboldtiana, durante 14 dias consecutivos. Foram realizadas biópsias de pele e coletadas amostras de sangue para realização de bioquímica hepática. Os sinais clínicos surgiram três dias após a ingestão da planta e se caracterizaram por prurido e hiperemia em áreas despigmentadas de pele, que evoluíam para edema, dermatite exsudativa e necrose de áreas extensas de pele. À microscopia observou-se edema e infiltrado inflamatório composto por eosinófilos, linfócitos e plasmócitos principalmente ao redor dos vasos sanguíneos. Em todos os bovinos examinados, os níveis séricos de aspartato aminotransferase (AST), gamaglutamiltransferase (GGT), bilirrubinas total, direta e indireta estavam normais. Nos bovinos adultos sinais de fotodermatite surgiram após o 3º dia e no bezerro lactente no 8º dia do experimento. Estimou-se que o consumo médio de matéria seca de F. humboldtiana necessário para iniciar os sinais clínicos em cada bovino adulto foi de 78 kg. No segundo artigo, os casos de intoxicação por Prosopis julifora ocorreram no Município de Jataúba, Pernambuco. Foram obtidos dados epidemiológicos e observados sinais clínicos, e realizadas as necropsias e coletas de fragmentos de órgãos das cavidades abdominal e torácica, encéfalo, medula espinhal, nervo facial e músculos masseteres, para posterior avaliação microscópica. Seis caprinos adoeceram, destes, cinco morreram e dois foram necropsiados. Na necropsia observou-se diminuição do volume do músculo masseter, atrofia da mucosa gengival, protrusão dos dentes molares em direção ao plano palatino, fígado friável e com coloração amarelada e conteúdo ruminal ressecado e com a presença das sementes da planta. Microscopicamente, as lesões consistiram em degeneração neuronal no núcleo motor do nervo trigêmeo, degeneração axonal com dilatação da bainha de mielina e presença de vacúolos, geralmente em cadeia, contendo, ocasionalmente, restos axonais ou macrófagos nas raízes do nervo trigêmeo. Além de severa atrofia por desnervação do músculo masseter caracterizada pela diminuição do tamanho das fibras, presença de fibras triangulares e desaparecimento de fibras com substituição por tecido conjuntivo. O diagnóstico da intoxicação por F. humboldtiana nos bovinos foi confirmado a presença da planta na pastagem, histórico de consumo da planta, epidemiologia, sinais clínicos e lesões encontradas semelhantes a outros casos, a qual foi comprovada através de experimentos. A condição determinante para a ocorrência da intoxicação por P. juliflora nos caprinos foi a escassez de alimento o que levou os animais a se alimentarem da planta por um período de quatro a seis meses.


Toxic plants of animal interest are those that when ingested spontaneously cause damage to the health or death of animals. Organ systems or specific organs may be affected, and clinical and pathological signs will be varied depending on each plant. This thesis is divided in two papers: the first objective was to report natural outbreaks and to describe the experimental poisoning by Froelichia humboldtiana in cattle, outlining its epidemiological, clinical and pathological aspects; the second article aims to describe an outbreak of Prosopis juliflora intoxication in goats. In the first article, cases of intoxication by F. Humboldtiana, were investigated in the Municipalities of Cachoeirinha and São Caetano, Pernambuco. Twenty-two cattle presented clinical signs and skin lesions compatible with primary photosensitization, including two lactating calves. In order to experimentally reproduce the intoxication, three cows, one of them with calves at the foot, were kept in one-hectare paddock composed of F. humboldtiana for 14 consecutive days. Clinical signs appeared three days after ingestion of the plant and were characterized by pruritus and hyperemia in depigmented areas of skin, which evolved to edema, exudative dermatitis and necrosis of extensive areas of skin. Edema and inflammatory infiltrate composed of eosinophils, lymphocytes and plasma cells were found mainly around the blood vessels. Serum levels of aspartate aminotransferase (AST), gammaglutamyltransferase (GGT), total, direct and indirect bilirubin were normal in all cattle examined. In the adult bovine photodermatitis signs appeared after the 3rd day and in the calf suckling on the 8th day of the experiment. It was estimated that the average dry matter intake of F. humboldtiana required to initiate clinical signs in each adult bovine animal was 78 kg. In the second article, the cases of poisoning by Prosopis julifora occurred in the Municipality of Jataúba, Pernambuco. Epidemiological data were obtained and clinical signs were observed, and necropsies were performed and organ fragments were collected from the abdominal and thoracic cavities, encephalon, spinal cord, facial nerve and masseter muscles for subsequent microscopic evaluation. Six goats became ill, of these, five died and two were necropsied. At necropsy, masseter muscle volume decreased, gingival mucosal atrophy, protrusion of the molar teeth and directed to the palatine plane, friable liver with a yellowish color and dried ruminal content and the presence of the plant's seeds were observed. Microscopically, the lesions consisted of neuronal degeneration in the trigeminal nerve motor nucleus, axonal degeneration with dilatation of the myelin sheath, and presence of vacuoles, usually in chain, occasionally containing axonal or macrophages in the trigeminal nerve roots. Beside of masseter muscle with severe atrophy due to deprivation, with decrease in fiber size, presence of triangular fibers and disappearance of fibers with substitution by connective tissue. The diagnostic of F. humboldtiana intoxication in cattle was the presence of the plant in the pasture, history of plant consumption, epidemiology, clinical signs and lesions found similar to other cases, which was verified through experiments. The determinant condition for the occurrence of P. juliflora intoxication in goats was the food shortage, which caused the animals to feed on the plant for a period of 4 to 6 months.

14.
Pesqui. vet. bras ; 34(12): 1191-1195, dez. 2014. ilus
Artigo em Português | VETINDEX | ID: vti-3433

Resumo

The study was conducted in order to report outbreaks of photosensitization caused by Froelichia humboldtiana in equidae in the state of Rio Grande do Norte, Brazil. Animals from three farms and donkeys found abandoned in roads were examined. Peripheral blood samples were collected from five donkeys and two horses for analysis of serum activities of liver enzymes and concentrations of total, direct and indirect bilirubin. Skin biopsies were collected from two donkeys and a horse for histopatological exams. Fifty donkeys, 18 horses and two mules were affected. Of the affected donkeys, 45 were raised on roadsides and 30 died due to myiasis and weakness. The animals had a history of presenting skin lesions of photodermatitis about one month after being grazing in areas invaded by F. humboldtiana and recovered 10-30 days after being removed from these areas. If the animals were reintroduced in the paddocks with F. humboldtiana, pruritus and self-mutilation returned in a week or two. Young and adults donkeys showed extensive ulcerated wounds, that drained abundant serous exudate. All these wounds resulted from trauma caused by secondary self-mutilation to intense itching. In addition, many wounds had myiasis. The horses and mules had lesions of photodermatitis only in the areas of depigmented skin, no ocular lesions were observed. Histopathology of skin biopsies revealed perivascular inflammation in the superficial dermis. The epidermis had extensive ulcers, covered by fibrin associated with neutrophilic infiltrate and numerous basophilic bacterial aggregates. The serum activities of AST, GGT and serum concentrations of bilirubin were within normal ranges. The diagnosis of primary photosensitization associated with ingestion of F. humboldtiana was based on the epidemiology, clinical signs, serum biochemistry, skin lesions, and the recurrence of lesions after the reintroduction of the animals into the pasture invaded by the plant. F. humboldtiana is an important cause of primary photosensitization in equidae in the Brazilian semiarid region, resulting in weakness and death of large numbers of animals, mainly donkeys that dont receive proper treatment.(AU)


O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de relatar surtos de fotossensibilização causados por Froelichia humboldtiana em equídeos no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram examinados animais de três propriedades rurais, além de asininos abandonados nas estradas. Procedeu-se a coleta de amostras de sangue periférico de cinco jumentos e dois equinos para análise das atividades das enzimas hepáticas e concentrações de bilirrubina total, direta e indireta. Das áreas de pele com lesões de dois jumentos e de um equino foram realizadas biópsias. Constatou-se que 50 asininos, 18 equinos e duas mulas foram acometidos. Dos asininos acometidos, 45 eram jumentos criados soltos em margens de estradas. Relatou-se a morte de 30 jumentos em decorrência de miíases e debilidade. Os animais tinham histórico de apresentarem lesões de fotodermatite aproximadamente um mês após pastarem em áreas invadidas por F. humboldtiana e recuperavam-se das lesões 10 a 30 dias após serem retirados dessas áreas. Porém, o quadro de prurido e automutilação retornava em uma ou duas semanas quando os equídeos eram reintroduzidos nessas áreas. Ao exame clínico de asininos jovens e adultos, foram observadas feridas extensas, ulceradas, que drenavam exsudato seroso abundante. Todas essas feridas decorriam de traumas causados por automutilação secundária ao intenso prurido. Além disso, muitas das feridas apresentavam miíase. Os equinos e as mulas apresentavam lesões de fotodermatite somente nas áreas de pele despigmentadas, não sendo observadas lesões oculares. A avaliação histopatológica de biópsias de pele revelou inflamação perivascular na derme superficial. Na epiderme havia extensas úlceras, recobertas por fibrina associada a infiltrado neutrofílico e numerosos agregados bacterianos basofílicos superficiais. As atividades séricas de AST, GGT e as concentrações de bilirrubina no soro estavam dentro dos valores de referência. O diagnóstico de fotossensibilização primária associada à ingestão de F. humboldtiana foi baseado na epidemiologia, sinais clínicos, bioquímica sérica, biópsia de pele e reocorrência das lesões após os animais serem reintroduzidos no pasto invadido pela planta. Conclui-se que a F. humboldtiana é uma importante causa de fotossensibilização primária em equídeos no semiárido brasileiro, resultando em quadro de debilidade e morte de grande número de animais, principalmente asininos que não recebem tratamento adequado.(AU)


Assuntos
Animais , Fármacos Fotossensibilizantes , Intoxicação por Plantas/diagnóstico , Intoxicação por Plantas/história , Intoxicação por Plantas/veterinária
15.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-208644

Resumo

As plantas tóxicas são responsáveis por desencadear perdas econômicas direta e indireta nos sistemas de criação. Pesquisas revelam que espécies de vegetais tóxicos são conhecidas anualmente e muitas delas induzem efeitos nocivos em ovinos. A fotossensibilização resulta em danos na pele devido a um aumento da sua sensibilidade à radiação ultravioleta da luz solar. Pode ser primária ou secundária. Fazendeiros da cidade de Alagoa Grande, Paraíba, Nordeste do Brasil, afirmam que uma planta conhecida como "quiabo-bravo" causa lesões cutâneas em ovinos. A dermatite afeta principalmente a pele pouco pigmentada. Objetivou-se com esse estudo avaliar a toxicidade de M. fasciata através de reprodução experimental em ovinos e descrever os achados clínico-patológicos. Foram utilizados quatro ovinos, raça indefinida e com aproximadamente quatro meses de idade. A intoxicação foi estudada em três animais (1, 2 e 3). Outra ovelha, controle (4), foi mantido em um pasto sem "quiabo-bravo". A planta foi coletada em uma fazenda e identificada como do gênero Malachra Jacq. N.V. (Malvaceae), espécie Malachra fasciata. O fornecimento ad libitum durou 21 dias. No entanto, a quantidade de planta ingerida foi calculada para cada ovino. As lesões cutâneas de fotossensibilização apareceram no sétimo dia do experimento e tornaram-se graves até o dia 21. A dose diária ingerida variou entre 129 g/kg a 175 g/kg. As lesões caracterizavam-se por alopecia, hiperemia e crostas. No dia 22, o ovino 3 foi sacrificado e necropsiado. Biópsias de pele foram realizadas nos demais. No ovino eutanasiado, não se observaram alterações macroscópicas ou histológicas no fígado. A histopatologia da pele incluía acantose, ortoceratose, infiltrado linfoplasmocítico e eosinofílico multifocal circundando os vasos sanguíneos na derme. O fenômeno Splendore-Hoeppli foi observado na derme do ovino 2, indicando reação alérgica. A fotossensibilização primária e dermatite de contato são efeitos tóxicos da M. fasciata e causam prejuízos na ovinocultura.


Toxic plants are responsible for triggering direct and indirect economic losses in breeding systems. Research shows that toxic plant species are newly recognized annually and many of them induce harmful effects on sheep. Photosensitization results in skin damage due to an increase in its sensitivity to ultraviolet radiation from sunlight. It can be primary or secondary. Farmers of the city of Alagoa Grande, Paraíba, Northeastern Brazil, claim that a plant known as quiabo-bravo cause cutaneous lesions in sheeps. The dermatitis affects mainly the skin slightly pigmented. The objective of this study was to evaluate the toxicity of M. fasciata through experimental reproduction in sheep and to describe the clinical-pathological findings. Four sheep, an indefinite breed and approximately four months old, were used. . Intoxication was studied in three animals. Another control sheep (4) was maintained in a pasture without quiabo-bravo. The plant was collected on a farm of city of Alagoa Grande and identified with of the genus Malachra Jacq. N.V. (Malvaceae), specie Malachra fasciata. The ad libitum supply lasted 21 days. However, the amount of plant ingested was calculated for each of the sheep. Skin lesions of photosensitization appeared on the seventh day of the experiment and became severe until day 21. The daily dose ingested ranged from 129 g/kg to 175 g/kg. The lesions were characterized by alopecia, redness and crusting. In the day 22, the sheep 3 was euthanized, and necropsied. Biopsies were performed in the other.No gross or histologic liver lesions were observed in the sheep euthanized. The histopathologic included acantosis, orthokeratosis, and linfoplasmocitic and eosinophilic multifocal infiltrate surroundig blood vessels in the dermis. The Splendore-Hoeppli phenomenon were observed in the dermis of Sheep 2, indicating allergic reaction. Primary photosensitization and contact dermatitis are toxic effects of M. fasciata and cause damage to sheep.

16.
Tese em Português | VETTESES | ID: vtt-206219

Resumo

Enterolobium contortisiliquum (Leg. Mimosoidae) é uma planta tóxica responsabilizada por quadros de fotossensibilização e fotodermatite, distúrbios digestivos e abortos. Até o momento a reprodução clínica de fotossensibilização não foi bem sucedida ou apenas foi relacionada a apresentações muito discretas. O objetivo deste estudo foi reproduzir em bovinos o quadro de fotossensibilização associada a ingestão de favas de E. contortisiliquum. Os frutos foram coletados de uma propriedade com histórico de surtos de fotossensibilização e aborto em bovinos. Seis bovinos de 24 meses de idade, canulados foram utilizados no experimento, sendo destes dois utilizados como controle negativo. Os frutos foram administrados por via intrarruminal por meio de cânula ruminal. Na primeira fase do experimento doses diárias de 30g/kg/PV e 20g/kg/PV foram administradas aos bovinos 1 e 2 respectivamente, por três dias consecutivos. Na segunda fase, iniciada após quatro dias após o termino da primeira, estes foram desafiados com a mesma dose e outros dois (Bovinos 3 e 4) receberam doses 15g/kg/PV, todos por três dias consecutivos. Diariamente mensurava-se a frequência cardíaca, frequência respiratória, ph ruminal, avaliação de mucosas e realizava coleta de sangue para hemograma e exame bioquímico além de inspeções diárias para avaliação de lesões na pele. Nas duas fases os bovinos apresentaram sinais clínicos compatíveis com acidose ruminal, sendo mais graves os quadros na segunda fase do experimento. Três e cinco dias após o termino da administração dois bovinos apresentaram sinais de fotossensibilização, caracterizados por hiperemia e edema da pele do dorso do pescoço, na pele tricotomizada ao redor da cânula, na mufla e na orelha. As lesões evoluíram para necrose da pele, com posterior desprendimento, retração cicatricial e espessamento da pele. Ulceração da mucosa exposta ao sol foi observada. Todos os bovinos que receberam frutos tiveram alterações significativas de gama-glutamil transferase (GGT) e aspartato-amino transferase (AST). Os valores mantiveram-se elevados por até 12 dias após a administração da planta. Alterações histopatológicas hepáticas detectadas por biópsias hepáticas foram tumefação e necrose hepatocelular individual aleatória e multifocal. O presente estudo apresenta confirmação experimental de que a ingestão de E. contortisiliquum induz lesões de fotossensibilização hepatógena em bovinos.


Enterolobium contortisiliquum (Leg. Mimosoidae) is reported as a poisonous plant related to photosensitization and photodermatitis, digestive disturbs and abortion. To date, the clinical and pathological features of photosensitization has not been reproduced or only reproduced associated with very mild presentations. The objective of this study was to reproduce in cattle the clinicopathological features of photosensitization associated with the ingestion of the pods of E. contortisiliquum. The pods were harvested from a property with a history of an ongoing outbreak photosensitization and abortion in cattle. Six 24-month steers were cannulated and used in the experiment, two of them served as negative controls. E. contortisiliquum pods were administered to four steers through ruminal cannula. In the first phase of the experiment, daily doses of 30 g/kg/body weight (bw) and 20g/kg/bw were administered to Bovines 1 and 2 respectively, for three consecutive days. In the second phase, starting four days after the last daily feeding of the pods, these two bovines were challenged with the same doses of the pods for three consecutive days and another two steers (Bovines 3 and 4) were fed 15g/kg/bw each for three consecutive days. In the two phases, the steers developed signs compatible with ruminal acidosis which were more severe during the second phase. Three and five days after the administration of the pods, two steers presented photodermatitis characterized by hyperemia and edema on the skin of the dorsum of the neck, of the shaved skin around the cannula, of muzzle and ear. Lesions evolved to dermal necrosis with sloughing and subsequent scar retraction and dermal thickening. Ulceration of mucosae exposed to sunlight was also observed. All the steers which received the pods had significant elevations in the serum activities of gamma-glutamyl transferase (GGT) and aspartate aminotransferase (AST). The levels of GGT and AST remained elevated for up to 12 days after the administration of the pods was discontinued. Histopathological hepatic changes detected by liver biopsies were hepatocellular swelling and randomly scattered individual hepatocellular necrosis. The current study presents solid experimental evidence that the ingestion of E. contortisiliquum definitely induces the classical lesions of hepatogenous photosensitization in cattle.

17.
Tese em Inglês | VETTESES | ID: vtt-203963

Resumo

Fotossensibilização é um fenômeno biofísico que ocorre na pele devido a sensibilidade a certas ondas curtas de luz na presença de agentes fotodinâmicos específicos intraepiteliais resultando em dermatite, anorexia, perda de peso, e eventualmente a morte dos animais afetados. Esta doença tem sido descrita há anos em diferentes espécies animais e causa problemas em rebanhos de todo o mundo. Fotossensibilização primária causada por F. humboldtiana tem sido descrita na região semiárida do Brasil, afetando eqüídeos, ovinos e bovinos. Fotossensibilização associada a esta planta ainda não foi estudada em caprinos. Assim, descreve-se o primeiro estudo de surto de fotossensibilização primária em caprinos no Brasil, associado ao consumo de Froelichia humbolditiana. A doença acometeu um rebanho de 15 cabras das raças Alpina, Saanen e cruzas em lactação, durante os meses de março a maio de 2014. Todas as cabras foram afetadas, porém as cabras Saanen e cruzas desenvolveram lesões mais graves, e queda de até 75% da produção de leite por cabra. As lesões foram progressivas e consistiram em hiperemia, edema e necrose da pele, principalmente em áreas despigmentadas. Estudo experimental com duas cabras resultou em fotodermatite semelhante aos casos naturais, em 10 a 14 dia após o início da ingestão da planta. Os valores séricos das atividades da Aspartato Transaminase (AST), Gama glutamil transpeptidase (GGT), e as concentrações de bilirrubina total, direta e indireta estavam dentro da normalidade. Conclui-se que F. humbolditiana causa fotossensibilização primária em caprinos, com impacto negativo na produção de leite.


Photosensitization is a biophysical phenomenon that occurs when the skin becomes sensitive to certain wavelengths of sunlight in the presence of specific intraepithelial photodynamic agents resulting in dermatitis, anorexia, weight loss, and eventually death of the affected animals. This disease has been diagnosed for many years in different species of animals and causes problems in herds around the world. Primary photosensitization caused by F. humboldtiana in equidae, sheep and cattle have been reported in the semiarid region of Brazil. Photosensitization in goats associated with ingestion of F. humboldtiana have not been studied yet. This study aimed to describe the first report of an outbreak of primary photosensitization in dairy goats associated with ingestion of Froelichia humboldtiana in Brazil. The disease occurred from March to May 2014, in a mixed flock of 15 Saanen, Alpine and crossbred lactating goats. The entire flock was affected, however Saanen and cross-bred goats developed more severe lesions and milk production loss up to 75% per goat. Lesions were progressive and consisted of skin hyperemia, edema and necrosis, especially in depigmented areas. An experimental study with two goats resulted in photodermatitis similar to the natural cases in 10 to 14 days after the beginning of plant ingestion. Serum activity values of aspartate aminotransferase (AST), -glutamyltransferase (GGT) and, direct and indirect, total bilirubin concentrations were within normal ranges. In conclusion, F. humboldtiana may cause primary photosensitization in goats with a negative impact in milk production.

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