Resumo
The insect group is one of the most diverse on the planet and due to habitat degradation, many of these species are becoming extinct, leaving a lack of information on the basic biology of each one. In this study, previously unseen information about nesting biology is revealed in Auplopus subaurarius trap nests. This is a solitary ectoparasitoid spider wasp that nests in preexisting cavities. We used a trap-nesting methodology to sample A. subaurarius in two different sampling periods (2017/2018 and 2020/2021) in three types of environment (forest, grassland and Eucalyptus plantation). In our study, the A. subaurarius nest building was more frequent during the hottest months of the year (November to March), with its highest abundance found within natural forest areas and in Eucalyptus plantation than in grassland areas. In addition, the species had two development times: a short one (three months) and a delayed one (up to one year). Moreover, females were larger than males (weight and size) and the species' sex ratio had a tendency toward female production. Auplopus subaurarius presented seven natural enemy species: Ceyxia longispina, Caenochrysis crotonis, Photochryptus sp.1, Photochryptus sp.2, Messatoporus sp., Ephuta icema and Sphaeropthalma sp. We emphasize the importance of wooded environments to maintain the A. subaurarius populations and their associated interactors, both spiders and natural enemies, as these environments can provide better life conditions than grassland areas. Furthermore, other solitary wasps that may have the same lifestyle of A. subaurarius can also be improved by natural forest conservation and by good silviculture plantation planning, which should consider ecological aspects of Atlantic Forest landscapes.
O grupo dos insetos é um dos mais diversos do planeta e devido à degradação dos habitats, muitas dessas espécies estão sendo extintas, deixando uma carência de informações sobre a biologia básica de cada uma. Neste estudo, informações inéditas sobre a biologia de nidificação em ninhos-armadilha de Auplopus subaurarius são reveladas. Essa espécie trata-se de uma vespa solitária ectoparasitóide de aranhas, que nidifica em cavidades preexistentes. Utilizamos a metodologia de ninhos-armadilha para amostrar A. subaurarius em dois períodos amostrais diferentes (2017/2018 e 2020/2021), em três tipos de ambientes (floresta, campo e plantação de Eucalyptus). Em nosso estudo, a nidificação de A. subaurarius foi mais frequente nos meses mais quentes do ano (Novembro a Março), com maior abundância encontrada em áreas de floresta nativa e em plantações de Eucalyptus comparados à áreas de campo. Além disso, a espécie apresentou dois tempos de desenvolvimento, um curto (três meses) e um longo (até um ano). Além disso, as fêmeas foram maiores que os machos (peso e tamanho) e a razão sexual da espécie apresentou tendência à produção de fêmeas. Auplopus subaurarius apresentou sete espécies de inimigos naturais: Ceyxia longispina, Caenochrysis crotonis, Photochryptus sp.1, Photochryptus sp.2, Messatoporus sp., Ephuta icema e Sphaeropthalma sp. Ressaltamos a importância de ambientes arborizados para manutenção das populações de A. subaurarius e seus interagentes associados, tanto aranhas quanto inimigos naturais, uma vez que estes ambientes podem apresentar melhores condições de vida comparados à áreas campestres. Além disso, outras vespas solitárias que podem ter o mesmo estilo de vida de A. subaurarius, também podem ser afetadas positivamente pela conservação das florestas naturais e por um bom planejamento de plantações de silvicultura, as quais devem considerar os aspectos ecológicos das paisagens da Mata Atlântica.
Assuntos
Aranhas , Vespas , Comportamento de NidaçãoResumo
One nest of Megachile (Moureapis) benigna Mitchell, 1930 (Hymenoptera: Megachilidae) was collected using trap-nests in a forest fragment (Atlantic Forest biome) into an urban matrix in Rio de Janeiro, Brazil, in October/2017. The nest architecture and larval food are presented providing initial data for management and conservation of this species in cities.
Um ninho de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell, 1930 (Hymenoptera: Megachilidae) foi coletado usando ninhos-armadilha em um fragmento de floresta (bioma Mata Atlântica) em uma área urbana no Rio de Janeiro, Brasil, em outubro/2017. A arquitetura do ninho e o alimento larval são apresentados fornecendo dados iniciais para o manejo e conservação desta espécie nas cidades.
Assuntos
Animais , Abelhas , Himenópteros , Comportamento de Nidação , PólenResumo
ABSTRACT One nest of Megachile (Moureapis) benigna Mitchell, 1930 (Hymenoptera: Megachilidae) was collected using trap-nests in a forest fragment (Atlantic Forest biome) into an urban matrix in Rio de Janeiro, Brazil, in October/2017. The nest architecture and larval food are presented providing initial data for management and conservation of this species in cities.
RESUMO Um ninho de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell, 1930 (Hymenoptera: Megachilidae) foi coletado usando ninhos-armadilha em um fragmento de floresta (bioma Mata Atlântica) em uma área urbana no Rio de Janeiro, Brasil, em outubro/2017. A arquitetura do ninho e o alimento larval são apresentados fornecendo dados iniciais para o manejo e conservação desta espécie nas cidades.
Resumo
We provide herein the first report of a nest of Ceratina (Ceratinula) fioreseana Oliveira, 2020, a species that was recently described for the Cerrado domain. The nest was collected in a Passiflora edulis Sims (Passifloraceae) plantation in Minas Gerais State, Brazil and was built in a trap nest, a dry petiole of Cecropia pachystachya Trécul (Urticaceae). Within the nest there was a living female and a brood cell without partition containing a pupa, whose adult female emerged 28 days after pupation. Pollen analysis revealed the dominance of Emilia fosbergii Nicolson (Asteraceae) pollen grains, a weed recorded a few meters from the nest. The record of an adult female within the nest with a pupa and the absence of nest partition might suggest social behavior in this bee species.(AU)
Primeiro registro de um ninho de Ceratina (Ceratinula) fioreseana Oliveira (Hymenoptera: Apidae). É fornecido o primeiro registro de um ninho de Ceratina (Ceratinula) fioreseana Oliveira, 2020, uma espécie que foi recentemente descrita para o domínio do Cerrado. O ninho foi coletado em um cultivo de Passiflora edulis Sims (Passifloraceae) no estado de Minas Gerais, Brasil e foi construído em um ninho-armadilha, um pecíolo seco de Cecropia pachystachya Trécul (Urticaceae). Dentro do ninho havia uma fêmea e uma célula de cria sem partição contendo uma pupa, a qual a fêmea adulta emergiu 28 dias após pupação. A análise polínica revelou a dominância de grãos de pólen de Emilia fosbergii Nicolson (Asteraceae), uma espécie ruderal observada a poucos metros do ninho. O registro de uma fêmea adulta dentro do ninho juntamente com uma pupa e a ausência de partição na célula de cria podem sugerir comportamento social nesta espécie de abelha.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Pólen , Asteraceae , Himenópteros/classificação , BrasilResumo
This study was carried in the Parque Municipal das Araucárias in the municipality of Guarapuava, state of Paraná, Southern Brazil. Three hundred and sixty five nests of T. lactitarse were obtained using trap-nests of 0.7, 1.0, and 1.3 cm in diameter. All of them had similar architecture, regardless of the diameter of the trap-nest. Completed nests consisted of a linear series of brood cells whose average number per nest was of 3.3, 4.0 and 3.6 for the nests with 0.7 cm, 1.0 cm and 1.3 cm in diameter, respectively. They were constructed more often during the summer. T. lactitarse had two types of life cycles: direct development (without diapause), and delayed development (with diapause during winter). Natural enemies included Chrysididae, Sarcophagidae, Dolichopodidae and Ichneumonidae. Out of 1,353 identified spider prey, 1,313 belonged to the Araneidae family.
Esse estudo foi realizado no Parque Municipal das Araucárias, no Município de Guarapuava (PR), Sul do Brasil. Trezentos e sessenta e cinco ninhos de T. lactitarse foram obtidos utilizando-se ninhos armadilhas de 0,7, 1,0 e 1,3 cm de diâmetro. Todos apresentaram arquitetura similar, independente de seus diâmetros, sendo formados por uma série linear de células, cujo número médio foi de 3,3, 4,0 e 3,6 para os ninhos com 0,7, 1,0 e 1,3 cm de diâmetro, respectivamente. Os ninhos ocorreram com maior frequência no verão. T. lactitarse teve dois tipos de ciclo: um direto sem diapausa, e outro mais longo com entrada em diapausa. Seus inimigos naturais foram: Chrysididae, Sarcophagidae, Dolichopodidae e Ichneumonidae. Das 1.353 aranhas identificadas, 1.313 foram da família Araneidae.