Resumo
Zebu and Holstein x Zebu crossbred have low incidence of uterine infection when compared to Holstein cows. Resistance to uterine infections may be associated with the ability to recognize invading microorganisms. Endometrial transcription of microbial molecular patterns receptors has been investigated in the postpartum period of Holstein cows, but it is completely unknown in Zebu or Holstein x Zebu cows. In this study, 9 Gyr and 12 F1 Holstein x Gyr cows were submitted to endometrial biopsies at the first and seventh days postpartum, with the objective to measure transcription levels of toll-like receptors (TLRs) 1/6, 2, 4, 5, and 9; nucleotide-binding oligomerization domain (NOD)-like receptors 1 and 2; and coreceptors cluster of differentiation 14 (CD14) and myeloid differentiation protein-2 (MD-2). There was a significant (P<0.05) decrease in transcription of TLR5 in Gyr, and an increase in transcription of TLR9 in F1 cows, between the first and seventh day postpartum. Both groups had low incidences of uterine infections up to 42 days postpartum. Uterine involution completed at 27.7 ± 10.1 and 25.1 ± 4.7 days postpartum for Gyr and F1 cows, respectively. In Gyr cows, higher transcription levels of TLR1/6 and NOD1 correlated to a longer period required for uterine involution. In F1 cows, lower levels of TLR1/6, TLR2 and NOD2 correlated to a longer period required for uterine involution. In conclusion, some pathogen recognition receptors associated significantly with the time required for uterine involution in Gyr and F1 cows.(AU)
Vacas Zebu e mestiças Holandês x Zebu apresentam baixas incidências de infecções uterinas quando comparadas às Holandesas. A resistência às infecções uterinas pode estar relacionada com a capacidade de reconhecimento dos microrganismos invasores. A transcrição endometrial de receptores de padrões moleculares microbianos tem sido investigada em vacas Holandesas recém-paridas, porém ainda é desconhecida em vacas Zebu e mestiças Holandês x Zebu. No presente estudo, nove vacas Gir e 12 F1 Holandês x Gir foram submetidas a biópsias endometriais no primeiro e no sétimo dia após o parto, com o objetivo de mensurar os níveis de transcrição gênica dos receptores tipo Toll (TLRs) 1/6, 2, 4, 5 e 9; receptores tipo NOD 1 e 2; e dos coreceptores CD14 e MD-2. Houve diminuição significativa (P < 0,05) do nível de transcrição de TLR5 em vacas Gir e aumento da transcrição de TLR9 em vacas F1, entre o primeiro e o sétimo dia após o parto. Os dois grupos apresentaram baixas incidências de infecções uterinas até 42 dias pós-parto. O período de involução uterina foi de 27,7 ± 10,1 e 25,1 ± 4,7 dias pós-parto, para vacas Gir e F1, respectivamente. No grupo de vacas Gir, altos níveis de transcrição de TLR1/6 e NOD1 tiveram correlação significativa com o prolongamento do período de involução uterina. No grupo de vacas F1, baixos níveis de transcrição de TLR1/6, TLR2 e NOD2 foram associados a maiores períodos de involução uterina. Portanto, os níveis de transcrição endometrial de alguns receptores de padrões moleculares microbianos na primeira semana após o parto podem estar relacionados com o tempo requerido para ocorrência da involução uterina em vacas Gir e F1.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Biópsia/veterinária , Endométrio/ultraestrutura , Receptor Toll-Like 9/análise , Imunidade Inata , Transcrição GênicaResumo
Zebu and Holstein x Zebu crossbred have low incidence of uterine infection when compared to Holstein cows. Resistance to uterine infections may be associated with the ability to recognize invading microorganisms. Endometrial transcription of microbial molecular patterns receptors has been investigated in the postpartum period of Holstein cows, but it is completely unknown in Zebu or Holstein x Zebu cows. In this study, 9 Gyr and 12 F1 Holstein x Gyr cows were submitted to endometrial biopsies at the first and seventh days postpartum, with the objective to measure transcription levels of toll-like receptors (TLRs) 1/6, 2, 4, 5, and 9; nucleotide-binding oligomerization domain (NOD)-like receptors 1 and 2; and coreceptors cluster of differentiation 14 (CD14) and myeloid differentiation protein-2 (MD-2). There was a significant (P<0.05) decrease in transcription of TLR5 in Gyr, and an increase in transcription of TLR9 in F1 cows, between the first and seventh day postpartum. Both groups had low incidences of uterine infections up to 42 days postpartum. Uterine involution completed at 27.7 ± 10.1 and 25.1 ± 4.7 days postpartum for Gyr and F1 cows, respectively. In Gyr cows, higher transcription levels of TLR1/6 and NOD1 correlated to a longer period required for uterine involution. In F1 cows, lower levels of TLR1/6, TLR2 and NOD2 correlated to a longer period required for uterine involution. In conclusion, some pathogen recognition receptors associated significantly with the time required for uterine involution in Gyr and F1 cows.(AU)
Vacas Zebu e mestiças Holandês x Zebu apresentam baixas incidências de infecções uterinas quando comparadas às Holandesas. A resistência às infecções uterinas pode estar relacionada com a capacidade de reconhecimento dos microrganismos invasores. A transcrição endometrial de receptores de padrões moleculares microbianos tem sido investigada em vacas Holandesas recém-paridas, porém ainda é desconhecida em vacas Zebu e mestiças Holandês x Zebu. No presente estudo, nove vacas Gir e 12 F1 Holandês x Gir foram submetidas a biópsias endometriais no primeiro e no sétimo dia após o parto, com o objetivo de mensurar os níveis de transcrição gênica dos receptores tipo Toll (TLRs) 1/6, 2, 4, 5 e 9; receptores tipo NOD 1 e 2; e dos coreceptores CD14 e MD-2. Houve diminuição significativa (P < 0,05) do nível de transcrição de TLR5 em vacas Gir e aumento da transcrição de TLR9 em vacas F1, entre o primeiro e o sétimo dia após o parto. Os dois grupos apresentaram baixas incidências de infecções uterinas até 42 dias pós-parto. O período de involução uterina foi de 27,7 ± 10,1 e 25,1 ± 4,7 dias pós-parto, para vacas Gir e F1, respectivamente. No grupo de vacas Gir, altos níveis de transcrição de TLR1/6 e NOD1 tiveram correlação significativa com o prolongamento do período de involução uterina. No grupo de vacas F1, baixos níveis de transcrição de TLR1/6, TLR2 e NOD2 foram associados a maiores períodos de involução uterina. Portanto, os níveis de transcrição endometrial de alguns receptores de padrões moleculares microbianos na primeira semana após o parto podem estar relacionados com o tempo requerido para ocorrência da involução uterina em vacas Gir e F1.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Receptor Toll-Like 9/análise , Endométrio/ultraestrutura , Biópsia/veterinária , Imunidade Inata , Transcrição GênicaResumo
The present study aims to compare the effects of lower doses of cloprostenol intramuscular (IM) or into vulvar submucosa (IVS) on estrus induction and pregnancy rate in Nelore cows. A total of 100 cycling Nelore cows with body condition score (BCS 3.5) 1 to 5 scale (Radostitis; Blood, 1986) and 170±11 days postpartum. Females were randomly divided in 5 groups (N=20) G1 to G5 and treated with cloprostenol (CiosinÒ) on day 0 (D0) and on day 11 (D11) if not detected in estrus. Cows were injected with 500mg IM (G1), 250mg IM (G2), 125mg IM (G3), 250mg IVS (G4) and 125mg IVS (G5). Estrus was observed twice a day and the females artificially inseminated 12 hours after heat detection. There was no statistical difference (P > 0.80) between groups in the estrus induction (first injection to estrus interval): 16/20 - 96.00 hours (G1), 13/20 - 90.42 hours (G2), 10/20 - 84.45 hours (G3), 15/20 87.86 hours (G4), 12/20 - 81.25 hours (G5) and second injection (P > 0.10): 4/20 67.50 hours (G1), 7/20 85.50 hours (G2), 10/20 - 57.00 hours (G3), 5/20 70.60 hours (G4), 8/20 60.00 hours (G5). There was no statistical difference (0.65ns) between groups in the pregnancy rates: 40% (G1), 45% (G2), 50% (G3), 40% (G4), 40% (G5). The results demonstrate that the treatments with lower doses of cloprostenol intramuscular or into vulvar submucosa may be used to induce heat with similar pregn
O presente estudo teve o objetivo de comparar os efeitos de baixas doses de cloprostenol na via intramuscular (IM) ou submucosavulvar (SMV) na detecção do estro e taxas de prenhez em vacas Nelore. Utilizou-se 100 vacas Nelore cíclicas com condição de escore corporal (CEC 3,5) na escala de 1 a 5 (Radostitis; Blood, 1986) com 170±11 dias pós-parto. As fêmeas foram divididas aleatoriamente em cinco grupos (N=20) G1 a G5 e tratadas com cloprostenol (CiosinÒ) no dia zero (D0) e no dia 11 (D11) se não detectada em estro. As vacas foram injetadas com 500mg IM (G1), 250mg IM (G2), 125mg IM (G3), 250mg SMV (G4) e 125mg SMV (G5). O estro foi observado duas vezes por dia e as fêmeas inseminadas artificialmente 12 horas após a detecção do mesmo. Não houve diferença estatística entre grupos (P > 0,80) na indução do estro (intervalo em horas: primeira injeção estro): 16/20 96,00 h (G1), 13/20 90,42 h (G2), 10/20 84,45 h (G3), 15/20 87,86 h (G4), 12/20 81,25 h (G5) e para a segunda injeção (P > 0,10): 4/20 67,50 h (G1), 7/20 85,50 h (G2), 10/20 57,00 h (G3), 5/20 70,60 h (G4), 8/20 60,00 h (G5). Não houve diferença significativa (0,65ns) entre grupos para as taxas de prenhez: 40% (G1), 45% (G2), 50% (G3), 40% (G4) e 40% (G5). Os resultados demonstram que os tratamentos com baixas doses de cloprostenol intramuscular ou submucosavulvar podem ser usados na indução do
Resumo
The present study aims to compare the effects of lower doses of cloprostenol intramuscular (IM) or into vulvar submucosa (IVS) on estrus induction and pregnancy rate in Nelore cows. A total of 100 cycling Nelore cows with body condition score (BCS 3.5) 1 to 5 scale (Radostitis; Blood, 1986) and 170±11 days postpartum. Females were randomly divided in 5 groups (N=20) G1 to G5 and treated with cloprostenol (CiosinÒ) on day 0 (D0) and on day 11 (D11) if not detected in estrus. Cows were injected with 500mg IM (G1), 250mg IM (G2), 125mg IM (G3), 250mg IVS (G4) and 125mg IVS (G5). Estrus was observed twice a day and the females artificially inseminated 12 hours after heat detection. There was no statistical difference (P > 0.80) between groups in the estrus induction (first injection to estrus interval): 16/20 - 96.00 hours (G1), 13/20 - 90.42 hours (G2), 10/20 - 84.45 hours (G3), 15/20 87.86 hours (G4), 12/20 - 81.25 hours (G5) and second injection (P > 0.10): 4/20 67.50 hours (G1), 7/20 85.50 hours (G2), 10/20 - 57.00 hours (G3), 5/20 70.60 hours (G4), 8/20 60.00 hours (G5). There was no statistical difference (0.65ns) between groups in the pregnancy rates: 40% (G1), 45% (G2), 50% (G3), 40% (G4), 40% (G5). The results demonstrate that the treatments with lower doses of cloprostenol intramuscular or into vulvar submucosa may be used to induce heat with similar pregn
O presente estudo teve o objetivo de comparar os efeitos de baixas doses de cloprostenol na via intramuscular (IM) ou submucosavulvar (SMV) na detecção do estro e taxas de prenhez em vacas Nelore. Utilizou-se 100 vacas Nelore cíclicas com condição de escore corporal (CEC 3,5) na escala de 1 a 5 (Radostitis; Blood, 1986) com 170±11 dias pós-parto. As fêmeas foram divididas aleatoriamente em cinco grupos (N=20) G1 a G5 e tratadas com cloprostenol (CiosinÒ) no dia zero (D0) e no dia 11 (D11) se não detectada em estro. As vacas foram injetadas com 500mg IM (G1), 250mg IM (G2), 125mg IM (G3), 250mg SMV (G4) e 125mg SMV (G5). O estro foi observado duas vezes por dia e as fêmeas inseminadas artificialmente 12 horas após a detecção do mesmo. Não houve diferença estatística entre grupos (P > 0,80) na indução do estro (intervalo em horas: primeira injeção estro): 16/20 96,00 h (G1), 13/20 90,42 h (G2), 10/20 84,45 h (G3), 15/20 87,86 h (G4), 12/20 81,25 h (G5) e para a segunda injeção (P > 0,10): 4/20 67,50 h (G1), 7/20 85,50 h (G2), 10/20 57,00 h (G3), 5/20 70,60 h (G4), 8/20 60,00 h (G5). Não houve diferença significativa (0,65ns) entre grupos para as taxas de prenhez: 40% (G1), 45% (G2), 50% (G3), 40% (G4) e 40% (G5). Os resultados demonstram que os tratamentos com baixas doses de cloprostenol intramuscular ou submucosavulvar podem ser usados na indução do
Resumo
Interferons (IFN) são citocinas pleiotrópicas que apresentam atividade antiviral. Na vaca, IFNs foram relacionados ao reconhecimento da gestação. Neste trabalho avaliou-se a produção de IFNs in vivo e in vitro pela placenta bovina, ao longo da gestação, em vacas Bos taurus indicus e em cruzamentos Bos taurus indicus x Bos taurus taurus. Na avaliação in vivo, amostras de líquido amniótico e alantoideano foram colhidas assepticamente, concentradas 20 X, e a atividade antiviral foi titulada em sistema MDBK x VSV. Apenas amostras de líquido alantoideano apresentaram atividade antiviral, no primeiro trimestre da gestação. De nove amostras submetidas a ensaios de neutralização com anticorpos anti-IFN bovinos, uma foi antigenicamente relacionada ao rBoIFN-?1 e outra foi neutralizada por anticorpos anti-rBoIFN-?. As demais não foram neutralizadas por anticorpos -?, -? ou -? e nem foram relacionadas ao rBoTNF-?. Nos cultivos in vitro, apenas os de origem fetal (corioamniótico e corioalantóide) apresentaram atividade antiviral, constitutivamente e induzida por vírus. A microscopia eletrônica de transmissão não evidenciou a presença de vírus, o que reforça a produção espontânea destes fatores. Antigenicamente estes fatores não foram relacionados ao rBoTNF-? e aos IFNs-?, -? ou -?. Aparentemente a atividade antiviral está relacionada a IFN do tipo I, e sua resposta à indução viral é baixa. Testes de atividade residual e titulações em paralelo do anticorpo usando-se anticorpos anti-BoIFN-a sugerem que aminoácidos 11, 16 e 19 da extremidade N-terminal destes IFNs são importantes para neutralização de sua atividade antiviral