Resumo
Fish transportation is a common practice on fish farms and is considered to be a stressor that could negatively affect fish health. The objective of this study was to evaluate several physiological responses of stress in jundiá caused by transport at different loading densities. Jundiá juveniles were placed in plastic bags on a mechanical transport simulator for four hours at four different loading densities (75, 150, 250 and 350 g L-1) and then transferred to sixteen 80-L plastic boxes for 96 hours after transport. Water samples were collected before and after transport to measure dissolved oxygen, temperature, pH and ammonia levels. Blood samples were taken at departure and arrival, as well as at 24 and 96 hours after transport to monitor cortisol, glucose, ammonia, chloride and hematocrit levels. Water ammonia levels were found to increase gradually as loading densities increased. Plasma ammonia was higher after transport in fish from all treatments. Compared to initial values, substantial increases in plasma cortisol and ammonia levels were detected mainly in those fish submitted to the highest loading density. Blood glucose appeared to be positively influenced by the increase of transport densities. No statistical differences were observed in any of the other blood parameters. The costs in fish culture, as in other animal production systems, must be minimized and fish producers depend on optimal techniques to ensure better profit. Therefore, based on fish survival and the physiological indicators determined in the present study, especially during recovery, the best density at which to transport jundiá in plastic bags for four hours is about 350 g/L.(AU)
O transporte de peixes é uma prática comum em piscicultura e considerado como um agente estressor que causa efeitos negativos na saúde do peixe. O objetivo deste estudo foi avaliar algumas respostas fisiológicas de estresse no jundiá causadas pelo transporte em densidades diferentes. Juvenis de jundiá foram transportados em sacos plásticos num simulador de transporte por quatro horas em diferentes densidades (75, 150, 250 e 350 g L-1) e transferidos para 16 caixas plásticas de 80 L por 96 horas após o transporte. Amostras de água foram coletadas antes e após o transporte para determinações de oxigênio dissolvido, temperatura, pH e amônia. Além dos momentos da saída e da chegada, amostras de sangue foram retiradas 24 e 96 horas após o transporte para monitorar os níveis de cortisol, glicose, amônia, cloreto e hematócrito. A amônia na água aumentou gradualmente acompanhando o aumento das densidades. A amônia plasmática estava elevada após o transporte nos peixes de todos os tratamentos. Comparando com os valores iniciais, aumentos substanciais nos níveis plasmáticos de cortisol e amônia foram registrados principalmente nos peixes submetidos à densidade de transporte mais elevada. Os níveis glicêmicos parecem ter sido influenciados pelo aumento nas densidades de transporte. Não foram registradas diferenças significativas nos demais parâmetros sanguíneos. O custo da criação de peixes, da mesma forma que de outros animais, deve ser minimizado e os produtores dependem de técnicas que permitam lucros maiores. Portanto, com base nos indicadores fisiológicos e na taxa de sobrevivência obtidos no presente estudo, especialmente considerando o período de recuperação, sugere-se que a melhor densidade para o transporte do jundiá em sacos plásticos por quatro horas seja de aproximadamente 350 g/L.(AU)