Resumo
Colletotrichum is one of the most economically important fungal genera, which affects a wide range of hosts, specifically tropical and subtropical crops. Thus far, there have been several records of mycovirus infection in Colletotrichum spp., primarily by viruses of the Partitiviridae family. There have also been records of infections by mycoviruses of the Chrysoviridae family. Mycoviruses are (+)ssRNA and dsRNA genome viruses, which may or may not be enveloped. To date, no mycovirus with a DNA genome has been isolated from Colletotrichum spp. Typically, mycoviruses cause latent infections, although hypo- and hypervirulence have also been reported in Colletotrichum spp. In addition to its effects on pathogenic behavior, mycovirus infection can lead to important physiological changes, such as altered morphological characteristics, reduced vegetative growth, and suppressed conidia production. Therefore, research on mycoviruses infecting phytopathogenic fungi can help develop alternative methods to chemical control, which can cause irreversible damage to humans and the environment. From an agricultural perspective, mycoviruses can contribute to sustainable agriculture as biological control agents via changes in fungal physiology, ultimately resulting in the total loss of or reduction in the virulence of these pathogens.
Colletotrichum é um dos gêneros fúngicos mais importantes economicamente, afetando uma ampla gama de hospedeiros, especialmente em cultivos tropicais e subtropicais. Atualmente já existem diversos registros de infecção por micovírus em Colletotrichum spp., sendo a maioria dos já identificados classificados na família Partitiviridae. Ocorrem registros também de micovírus pertencentes à família Chrysoviridae. Compreendem vírus de genoma de (+)ssRNA e dsRNA que podem ser ou não envelopados. Ainda não foram identificados micovírus com genoma de DNA isolados de Colletotrichum. A infecção por micovírus pode ocorrer de forma latente, mas já foi observado em Colletotrichum spp. o fenômeno de hipo e hipervirulência. Além de influenciar no comportamento patogênico, a infecção pode causar mudanças fisiológicas importantes como alterações das características morfológicas, redução do crescimento vegetativo e redução na produção de conídios. O estudo com micovírus em fungos fitopatogênicos traz uma alternativa ao controle químico que é um método capaz de causar danos irreversíveis ao homem e o meio ambiente. Sob a perspectiva agrícola, os micovírus podem contribuir para agricultura sustentável como agentes de controle biológico. Isso porque obsevam-se mudanças importantes na fisiologia fúngica resultando na perda total ou redução da virulência desses patógenos.
Assuntos
Animais , Colletotrichum/virologia , Controle Biológico de Vetores/métodos , MicovírusResumo
Colletotrichum is one of the most economically important fungal genera, which affects a wide range of hosts, specifically tropical and subtropical crops. Thus far, there have been several records of mycovirus infection in Colletotrichum spp., primarily by viruses of the Partitiviridae family. There have also been records of infections by mycoviruses of the Chrysoviridae family. Mycoviruses are (+)ssRNA and dsRNA genome viruses, which may or may not be enveloped. To date, no mycovirus with a DNA genome has been isolated from Colletotrichum spp. Typically, mycoviruses cause latent infections, although hypo- and hypervirulence have also been reported in Colletotrichum spp. In addition to its effects on pathogenic behavior, mycovirus infection can lead to important physiological changes, such as altered morphological characteristics, reduced vegetative growth, and suppressed conidia production. Therefore, research on mycoviruses infecting phytopathogenic fungi can help develop alternative methods to chemical control, which can cause irreversible damage to humans and the environment. From an agricultural perspective, mycoviruses can contribute to sustainable agriculture as biological control agents via changes in fungal physiology, ultimately resulting in the total loss of or reduction in the virulence of these pathogens.(AU)
Colletotrichum é um dos gêneros fúngicos mais importantes economicamente, afetando uma ampla gama de hospedeiros, especialmente em cultivos tropicais e subtropicais. Atualmente já existem diversos registros de infecção por micovírus em Colletotrichum spp., sendo a maioria dos já identificados classificados na família Partitiviridae. Ocorrem registros também de micovírus pertencentes à família Chrysoviridae. Compreendem vírus de genoma de (+)ssRNA e dsRNA que podem ser ou não envelopados. Ainda não foram identificados micovírus com genoma de DNA isolados de Colletotrichum. A infecção por micovírus pode ocorrer de forma latente, mas já foi observado em Colletotrichum spp. o fenômeno de hipo e hipervirulência. Além de influenciar no comportamento patogênico, a infecção pode causar mudanças fisiológicas importantes como alterações das características morfológicas, redução do crescimento vegetativo e redução na produção de conídios. O estudo com micovírus em fungos fitopatogênicos traz uma alternativa ao controle químico que é um método capaz de causar danos irreversíveis ao homem e o meio ambiente. Sob a perspectiva agrícola, os micovírus podem contribuir para agricultura sustentável como agentes de controle biológico. Isso porque obsevam-se mudanças importantes na fisiologia fúngica resultando na perda total ou redução da virulência desses patógenos.(AU)
Assuntos
Animais , Colletotrichum/virologia , Micovírus , Controle Biológico de Vetores/métodosResumo
The highlands of Southern Brazil contribute with 40% of Brazilian persimmon production. Although expanding, persimmon production faces major problems caused by anthracnose disease (black spot), including fruit rot and necrosis of leaves. Several Colletotrichum species (C. horii, C. gloeosporioides, among others) are implicated in persimmon anthracnose around the world. To identify Colletotrichum species associated with persimmon anthracnose in the highlands of Southern Brazil, 34 isolates were analyzed by ITS-rDNA partial region, GAPDH, and TUB2 partial gene sequences, morphological characteristics, and virulence on persimmon fruits and leaves. Data showed a high prevalence of C. horii (85.3%), that associated with its high virulence on fruits and leaves, confirm a considerable degree of host preference. Moreover, other species C. aenigma, C. asianum, C. fructicola, and C. nymphaeae, were identified, but the last three ones exhibited low virulence on fruits and were not able to produce symptoms on leaves. As far as we know this is the first reference on C. asianum in persimmon. The present data may contribute to a better understanding of the etiology of anthracnose in sweet persimmon in Southern Brazil, and it will be useful for epidemiological studies and the development of disease management measures.
As terras altas do sul do Brasil contribuem com 40% da produção brasileira de caqui. Embora em expansão, a produção de caqui enfrenta grandes problemas causados pela antracnose (mancha preta), incluindo o apodrecimento dos frutos e necrose das folhas. Várias espécies de Colletotrichum (C. horii, C. gloeosporioides, entre outras) estão envolvidas com a antracnose do caqui em todo mundo. Para identificar espécies de Colletotrichum associadas à antracnose de caqui nas terras altas do sul do Brasil, 34 isolados foram analisados através da região parcial de ITS-rDNA e sequências parciais dos genes GAPDH e TUB2, características morfológicas e virulência em frutos e folhas de caqui. Os dados mostraram uma alta prevalência de C. horii (85,3%), que associada à sua alta virulência em frutos e folhas, confirma um grau considerável de preferência pelo hospedeiro. Além disso, foram identificadas outras espécies C. aenigma, C. asianum, C. fructicola, e C. nymphaeae, mas as três últimas exibiram baixa virulência nos frutos e não foram capazes de produzir sintomas nas folhas. Até onde sabemos, esta é a primeira referência sobre C. asianum em caqui. Os presentes dados podem contribuir para uma melhor compreensão da etiologia da antracnose em caqui doce no sul do Brasil e isso pode ser útil para estudos epidemiológicos e para o desenvolvimento de medidas de controle da doença.
Assuntos
Colletotrichum/genética , Colletotrichum/patogenicidade , Colletotrichum/virologia , Diospyros/crescimento & desenvolvimentoResumo
The highlands of Southern Brazil contribute with 40% of Brazilian persimmon production. Although expanding, persimmon production faces major problems caused by anthracnose disease (black spot), including fruit rot and necrosis of leaves. Several Colletotrichum species (C. horii, C. gloeosporioides, among others) are implicated in persimmon anthracnose around the world. To identify Colletotrichum species associated with persimmon anthracnose in the highlands of Southern Brazil, 34 isolates were analyzed by ITS-rDNA partial region, GAPDH, and TUB2 partial gene sequences, morphological characteristics, and virulence on persimmon fruits and leaves. Data showed a high prevalence of C. horii (85.3%), that associated with its high virulence on fruits and leaves, confirm a considerable degree of host preference. Moreover, other species C. aenigma, C. asianum, C. fructicola, and C. nymphaeae, were identified, but the last three ones exhibited low virulence on fruits and were not able to produce symptoms on leaves. As far as we know this is the first reference on C. asianum in persimmon. The present data may contribute to a better understanding of the etiology of anthracnose in sweet persimmon in Southern Brazil, and it will be useful for epidemiological studies and the development of disease management measures.(AU)
As terras altas do sul do Brasil contribuem com 40% da produção brasileira de caqui. Embora em expansão, a produção de caqui enfrenta grandes problemas causados pela antracnose (mancha preta), incluindo o apodrecimento dos frutos e necrose das folhas. Várias espécies de Colletotrichum (C. horii, C. gloeosporioides, entre outras) estão envolvidas com a antracnose do caqui em todo mundo. Para identificar espécies de Colletotrichum associadas à antracnose de caqui nas terras altas do sul do Brasil, 34 isolados foram analisados através da região parcial de ITS-rDNA e sequências parciais dos genes GAPDH e TUB2, características morfológicas e virulência em frutos e folhas de caqui. Os dados mostraram uma alta prevalência de C. horii (85,3%), que associada à sua alta virulência em frutos e folhas, confirma um grau considerável de preferência pelo hospedeiro. Além disso, foram identificadas outras espécies C. aenigma, C. asianum, C. fructicola, e C. nymphaeae, mas as três últimas exibiram baixa virulência nos frutos e não foram capazes de produzir sintomas nas folhas. Até onde sabemos, esta é a primeira referência sobre C. asianum em caqui. Os presentes dados podem contribuir para uma melhor compreensão da etiologia da antracnose em caqui doce no sul do Brasil e isso pode ser útil para estudos epidemiológicos e para o desenvolvimento de medidas de controle da doença.(AU)