Resumo
The objective of this study was to assess healing induction of free skin grafts following transposition of omental flap through a subcutaneous tunnel to the recipient bed. Macroscopic and microscopic evaluations were performed. Nineteen piglets were used. Two surgical wounds were created of each subject. The graft removed from the left side (LS) was placed on the right side (RS) without the omental flap in the graft-bed (control group-CG). On the LS, an omental flap was placed between the graft removed from the RS and the recipient bed (omentum group-OG). Macroscopic evaluations showed edema, which gradually decreased on both groups. Suture dehiscence was highest at day 10 compared to other days in both groups. The CG had a higher incidence of unvitalized tissue compared to OG, although no difference was found among days of postoperative evaluation. The presence of unvitalized tissue was seen on 32% on OG and 53% on CG. Microscopic evaluations revealed higher collagenization, reepithelization, keratinization and less swelling in the OG compared to CG. In conclusion, mesh skin grafts evolved satisfactorily in swine even in newly created bedding without granulation tissue, but with appropriate vascularization. The omentum flap provided better macroscopic and microscopic outcomes regarding graft integration.
O objetivo deste estudo foi verificar a indução da cicatrização de enxertos cutâneos em malha após a utilização de flap de omento transposto através de túnel no subcutâneo até o leito receptor. Avaliações macroscópica e microscópica foram realizadas. Foram utilizados 19 suínos. Duas feridas cirúrgicas foram criadas em cada animal. O enxerto removido do lado esquerdo (LE) foi fixado do lado direito (LD), sem a presença do flap de omento entre o enxerto e o leito receptor (grupo controle - GC). No LE, foi fixado um flap de omento entre o enxerto cutâneo removido do LD e o leito receptor (grupo omento - GO). As avaliações macroscópicas mostraram que o edema diminuiu gradativamente em ambos os grupos. A deiscência foi maior no dia 10 em comparação aos demais dias, em ambos os grupos, entre os diferentes dias de avaliação. Foi verificada a presença de tecido desvitalizado em 32% do GO e em 53% no GC. Foi observada, na avaliação microscópica, maior colagenização, reepitelização, queratinização e menor edema no GO, quando comparado ao GC. Concluiu-se, com este estudo, que enxertos cutâneos em malha evoluíram satisfatoriamente em suínos, mesmo em leito receptor recém-criado e sem presença de tecido de granulação, desde que vascularizado, e que o flap de omento propiciou melhores resultados macro e microscópicos relativos à integração do enxerto.
Assuntos
Animais , Omento/transplante , Suínos/lesões , Neovascularização Fisiológica , Retalhos de Tecido Biológico/veterinária , Procedimentos de Cirurgia Plástica/veterináriaResumo
This study aims to evaluate the influence of free omental graft without vascular microanastomosis (FOGWVA) on experimental skin healing in rabbits. Through celiotomy, a 9cm2 free omental fragment was collected in 36 rabbits, with subsequent production of a deep linear cutaneous wound in the dorsal midline measuring 3cm. In 18 animals from the omental group (OG), the omental fragment collected was fixed subcutaneously with six simple interrupted stitches using a 4-0 polyamide thread. In both treated and control (CG) groups, intradermal dermorrhaphy was performed with 4-0 polyamide thread. Experimental wounds were clinically evaluated every day. Each of the groups was divided into three subgroups of 6 animals each for histopathological evaluation on the 7th, 14th, and 28th days of postoperative. In the OG wounds, the increase in volume (omentum activation) stood out after the second postoperative day. Macroscopy showed an organic reaction to the graft on day 7, with a progressive reduction in addition to neovascularization towards the omental graft. The intense presence of mononuclear cells and collagen deposition on day 7 demonstrated an accelerated process of tissue remodeling and repair. The FOGWVA omental graft remained viable and positively influenced the cutaneous healing of the experimental wounds in rabbits.
Neste estudo, objetiva-se avaliar a influência do enxerto omental livre sem microanastomose vascular (FOGWVA) na cicatrização cutânea experimental em coelhos. Por meio de celiotomia, foi coletado fragmento omental livre de 9cm2 em 36 coelhos, com posterior produção de ferida cutânea profunda linear na linha média dorsal medindo 3cm. Apenas em 18 animais, do grupo omento (GO), o fragmento omental coletado foi fixado no subcutâneo com seis pontos simples interrompidos utilizando fio poliamida 4-0. Em ambos os grupos, tratado e controle (GC), efetuou-se dermorrafia intradérmica com fio poliamida 4-0. As feridas experimentais foram avaliadas clinicamente todos os dias. Cada um dos grupos foi dividido em três subgrupos, com seis animais cada, para avaliação anatomopatológica no sétimo, 14º e 28o dias de pós-operatório. Nas feridas do GO, destacou-se aumento de volume (ativação do omento) a partir do segundo dia pós-operatório. A macroscopia evidenciou reação orgânica ao enxerto no dia sete, com redução progressiva, além de neovascularização em direção ao enxerto omental. Intensa presença de células mononucleares e deposição de colágeno no dia sete demonstraram acelerado processo de remodelamento e reparo tecidual. O FOGWVA manteve-se viável e influenciou positivamente na cicatrização cutânea de feridas experimentais em coelhos.
Assuntos
Animais , Coelhos , Omento/transplante , Cicatrização/fisiologia , Colágeno/análise , Neovascularização FisiológicaResumo
A osteomielite é um desafio terapêutico em ortopedia, capaz de retardar ou mesmo impedir a consolidação óssea. O omento, há anos, tem sido empregado como alternativa em diferentes procedimentos cirúrgicos, por sua capacidade, entre outras, de angiogênese, sendo aplicado na ortopedia veterinária quando há o risco de não união óssea. Neste caso, um cão Fila Brasileiro foi submetido à realização de enxerto com retalho pediculado de omento maior, após osteomielite resistente presente em osteossíntese de fratura múltipla de tíbia aberta grau II. Durante 16 dias, manteve-se a comunicação do retalho, mas, diante do risco de peritonite, o pedículo foi seccionado. Numa sequência de intervenções cirúrgicas, após 89 dias, houve cicatrização óssea e remissão da osteomielite, mesmo na presença de bactérias multirresistentes. Neste relato, o omento foi efetivo como terapia adjuvante no tratamento da osteomielite e garantiu o retorno da função do membro.(AU)
Osteomyelitis is a therapeutic challenge in orthopedics, capable of delaying or even preventing bone healing. The omentum has been used in different surgical procedures as an alternative for its capacity, among others, of angiogenesis, being applied in veterinary orthopedics, when there is a risk of non-union of bone. In this case, a Brazilian row dog was submitted to grafting with pedicle flap of greater omentum, after resistant osteomyelitis present in open fracture osteosynthesis of open tibia grade II. For 16 days the communication of the flap was maintained, but at the risk of peritonitis, the pedicle was sectioned. In a sequence of surgical interventions, after 89 days, there was bone healing and remission of osteomyelitis, even in the presence of multi-resistant bacteria. In this report, the omentum was effective as adjuvant therapy in the treatment of osteomyelitis and guaranteed the return of limb function.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Omento/transplante , Osteomielite/terapia , Osteomielite/veterinária , Tíbia/patologia , Parafusos Pediculares/veterináriaResumo
Chronic septic bone nonunion requires a well-designed therapeutic planning, demanding a multimodal treatment to achieve bone consolidation and elimination of infection. A successful case of an association of the major omentum flap with surgical stabilization with an interlocking nail for treatment of a femoral septic nonunion in dog is reported. The patient had partial functional return of the limb 30 days after surgery, negative bacterial culture with radiographic signs of bone healing and total functional return of the limb at 90th days after the surgical procedure.(AU)
Não uniões ósseas associadas à osteomielite crônica necessitam de um planejamento terapêutico muito bem realizado, demandando tratamento multimodal para conseguir atingir a consolidação óssea e eliminar a infecção. Relatou-se um caso de sucesso do uso da associação de retalho do omento maior com estabilização cirúrgica com haste intramedular bloqueada para tratamento de uma não união séptica de fêmur em cão. O paciente apresentou retorno funcional parcial do membro com 30 dias após a cirurgia, cultura bacteriana estéril com sinais radiográficos de consolidação óssea e retorno funcional total do membro aos 90 dias de pós-operatório.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Omento/transplante , Osteomielite/veterinária , Transplante Autólogo/veterinária , Fixação Intramedular de FraturasResumo
Chronic septic bone nonunion requires a well-designed therapeutic planning, demanding a multimodal treatment to achieve bone consolidation and elimination of infection. A successful case of an association of the major omentum flap with surgical stabilization with an interlocking nail for treatment of a femoral septic nonunion in dog is reported. The patient had partial functional return of the limb 30 days after surgery, negative bacterial culture with radiographic signs of bone healing and total functional return of the limb at 90th days after the surgical procedure.(AU)
Não uniões ósseas associadas à osteomielite crônica necessitam de um planejamento terapêutico muito bem realizado, demandando tratamento multimodal para conseguir atingir a consolidação óssea e eliminar a infecção. Relatou-se um caso de sucesso do uso da associação de retalho do omento maior com estabilização cirúrgica com haste intramedular bloqueada para tratamento de uma não união séptica de fêmur em cão. O paciente apresentou retorno funcional parcial do membro com 30 dias após a cirurgia, cultura bacteriana estéril com sinais radiográficos de consolidação óssea e retorno funcional total do membro aos 90 dias de pós-operatório.(AU)