Resumo
Anesthetic protocols have been developed to obtain the most effective and safe association in wildlife. This study compared the anesthetic effects and cardiorespiratory parameters of ketamine-S (+) (10 mg/kg)/dexmedetomidine (0.020 mg/kg) (KD ) and ketamine-S (+) (10 mg/kg)/midazolam (0.5 mg/kg)/methadone (1.0 mg/kg) (KMM ) in capuchin monkeys (Sapajus apella). Eight capuchin monkeys were randomly assigned to KD (n = 4) or KMM (n = 4) to evaluate induction, immobilization, and recovery scores, heart and respiratory rate parameters, besides systolic, mean, diastolic arterial pressure and arterial blood gas. There was no difference (P = 0.56) in the quality of induction, immobilization, and anesthetic recovery between the protocols. The time for anesthetic induction was 4 ± 1 min in the KD group and 5 ± 1 min in the KMM group, and these values were statistically equal (P = 0.28). The mean immobilization time in the KD and KMM groups were 35 ± 13 and 33 ± 15 min, respectively. Heart rate was lower in animals in the KD group (P < 0.001), while respiratory rate (P = 0.03), and mean blood pressure (P = 0.046) were higher than that of the animals in the KMM group. Respiratory acidosis occurred in the KMM group, with lower pH (7.25±0.047; P = 0.0055) and higher pCO2 (51 ± 6;mmHg; P = 0.008). Both protocols exhibited good induction quality, immobilization, and anesthetic recovery, despite cardiorespiratory and blood gas alterations observed, which warrants monitoring of cardiorespiratory variables during KD or KMM chemical restraint.
Protocolos anestésicos foram desenvolvidos para obter a associação mais eficaz e segura em animais selvagens. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos anestésicos e os parâmetros cardiorrespiratórios de cetamina-S (+) (10 mg / kg) / dexmedetomidina (0,020 mg / kg) (KD) e cetamina-S (+) (10 mg / kg) / midazolam (0,5 mg / kg) / metadona (1,0 mg / kg) (KMM) em macacos-prego (Sapajus apella). Oito macacos-prego foram distribuídos aleatoriamente em KD (n = 4) ou KMM (n = 4) para avaliar os escores de indução, imobilização e recuperação, parâmetros de frequência cardíaca e respiratória, além da pressão arterial sistólica, média, diastólica e gasometria arterial. Não houve diferença (P = 0,56) na qualidade da indução, imobilização e recuperação anestésica entre os protocolos. O tempo de indução anestésica foi de 4 ± 1 min no grupo KD e 5 ± 1 min no grupo KMM, sendo esses valores estatisticamente iguais (P = 0,28). O tempo médio de imobilização nos grupos KD e KMM foram 35 ± 13min e 33 ± 15 min, respectivamente. A frequência cardíaca foi menor nos animais do grupo KD (P < 0,001), enquanto a frequência respiratória (P = 0,03) e a pressão arterial média (P = 0,046) foram maiores do que nos animais do grupo KMM. Acidose respiratória ocorreu no grupo KMM, com menor pH (7,25 ± 0,047; P = 0,0055) e maior pCO2 (51 ± 6; mmHg; P = 0,008). Ambos os protocolos apresentaram boa qualidade de indução, imobilização e recuperação anestésica, apesar das alterações cardiorrespiratórias e gasométricas observadas, o que justifica o monitoramento das variáveis cardiorrespiratórias durante a contenção química com KD ou KMM.
Assuntos
Animais , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2/uso terapêutico , Sapajus apella , Analgésicos Opioides/administração & dosagem , Ketamina/administração & dosagemResumo
As tecnologias de reprodução assistida (TRA) são de fundamental importância para a conexão de indivíduos em diferentes localidades, facilitando assim o intercâmbio genético e favorecendo a variabilidade genética de uma espécie. Por esta razão, as TRAS podem ser ferramentas importantes para a conservação de espécies ameaçadas de extinção. Apesar dos esforços nas últimas décadas, o avanço no desenvolvimento de tais tecnologias está aquém à urgência de reverter processos de baixa variabilidade genética em algumas espécies. A necessidade de refinamento das técnicas para as particularidades fisiológicas e comportamentais de cada espécie, somada à raridade de acesso aos animais são os principais fatores relacionados as dificuldades em se avançar com as TRAS. As técnicas mais recentes desenvolvidas para a recuperação de espermatozoides em animais selvagens são a colheita farmacológica, com uso de alfa-2-agonistas e a criopreservação / vitrificação testicular com posterior cultivo. Pouco de avançou, no entanto, em relação aos métodos de criopreservação, prevalecendo associação clássica de TRIS-gema-glicerol. Discutimos, então os métodos usados para acesso ao gameta masculino em espécies selvagens e suas aplicações na conservação animal.(AU)
Assisted reproduction technologies (ART) are of fundamental importance for connecting individuals in different locations, thus facilitating genetic exchange and favoring the genetic variability of a species. For this reason, TRAS can be important tools for the conservation of endangered species. Despite efforts in recent decades, the advance in the development of such technologies is short of the urgency of reversing processes of low genetic variability in some species. The need to refine the techniques for the physiological and behavioral particularities of each species, added to the rarity of access to animals, are the main factors related to the difficulties in advancing with TRAS. The most recent techniques developed for sperm collection in wild animals are pharmacological collection, with the use of alpha-2-agonists and testicular cryopreservation / vitrification with subsequent cultivation. Little progress has been made, however, in relation to cryopreservation methods, prevailing the classic association of TRIS-yolk-glycerol. We therefore discuss the methods used to access the male gamete in wild species and their applications in animal conservation.(AU)
Assuntos
Animais , Masculino , Técnicas de Reprodução Assistida/veterinária , Células Germinativas/citologia , Animais Selvagens/fisiologia , Variação Genética/fisiologia , Criopreservação/métodos , Recuperação Espermática/veterinária , Análise do Sêmen/métodos , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2/química , VitrificaçãoResumo
Objetivou-se com este estudo comparar a associação de detomidina e cetamina ou dextrocetamina, por via intravenosa contínua, em oito cadelas submetidas a dois protocolos: GCD - indução anestésica com 5mg/kg e infusão intravenosa contínua de 20mg/kg/h de cetamina; e GDD - indução com 3,5mg/kg e infusão de 14mg/kg/h de dextrocetamina. Associou-se detomidina, 30µg/kg/h, em ambos os grupos. Registraram-se frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), frequência respiratória (f), temperatura (TC), miorrelaxamento, analgesia, hemogasometria e eletrocardiograma, antes e 15 minutos após a MPA (Mbasal e Mmpa); após o início da infusão (Mic); a cada 10 minutos até 90 minutos (M10, M20, M30, M40, M50, M60, M70, M80 e M90); e 30 minutos após o fim da infusão (M120). Foi observada bradicardia em Mmpa no GCD e de Mmpa a M10 no GDD. Ocorreu hipotensão em Mmpa e hipertensão a partir de Mic. A f diminuiu de M10 a M30. Foram observados: onda T de alta amplitude, bloqueios atrioventriculares e parada sinusal. Ocorreu acidose respiratória. O período de recuperação foi de 219,6±72,3 minutos no GCD e de 234,1±96,8 minutos no GDD. A cetamina e a dextrocetamina, associadas à detomidina por infusão contínua, causam efeitos cardiorrespiratórios e anestésicos similares.(AU)
The combination of detomidine and ketamine or dextrocetamine for continuous intravenous infusion was compared in eight female dogs submitted to two protocols: GCD - 5mg/kg of anesthetic induction and continuous intravenous infusion of ketamine 20mg/kg/h; and GDD - induction with 3.5mg/kg and infusion of 14mg/kg/h of dextrocetamine. Detomidine, 30µg/kg/h was associated in both groups. Heart rate (HR), blood pressure (BP), respiratory rate (RR), temperature (CT), myorelaxation, analgesia, blood gas analysis and electrocardiogram were recorded before and 15 minutes after MPA (Mbasal and Mmpa); after the start of infusion (Mic); every 10 minutes to 90 minutes (M10, M20, M30, M40, M50, M60, M70, M80 and M90); and 30 minutes after the end of infusion (M120). Bradycardia was observed in Mmpa in GCD and from Mmpa to M10 in GDD. There was hypotension in Mmpa and hypertension from Mic. The RR decreased from M10 to M30. High amplitude T wave, atrioventricular blocks and sinus arrest were observed. Respiratory acidosis occurred. The recovery period was 219.6±72.3 minutes in GCD and 234.1±96.8 minutes in GDD. Ketamine and S+ ketamine associated with detomidine for continuous infusion cause cardiorespiratory and similar anesthetic effects.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Cães , N-Metilaspartato/agonistas , Agonistas alfa-Adrenérgicos/análise , Anestésicos Combinados/análise , Ketamina/uso terapêutico , Acidose Respiratória/veterinária , Taxa Respiratória , Frequência Cardíaca , Anestesia Intravenosa/veterináriaResumo
O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações cardiorrespiratórias causadas pela medetomidina associada à cetamina, e o tempo de recuperação após aplicação intramuscular de atipamezole ou ioimbina em Puma concolor. Para isso, foi realizada a aplicação de medetomidina (100µg/kg) associada à cetamina (5mg/kg) em 11 onças-pardas, sendo os parâmetros cardiorrespiratórios registrados a cada 15 minutos, durante 90 minutos de avaliação. Em seguida, a anestesia foi revertida com aplicação intramuscular de ioimbina (0,4mg/kg; n=5) ou atipamezole (0,25mg/kg; n=6), sendo analisado o tempo até a recuperação. Dos parâmetros cardiorrespiratórios avaliados, houve diferença apenas na frequência respiratória (entre os momentos 60 e 90 minutos), estando esta, todavia, dentro do intervalo de referência para a espécie. Além disso, verificou-se tempo para decúbito esternal significativamente menor nos animais do grupo atipamezole (18±7 minutos), quando comparado ao grupo ioimbina (36±17 minutos), entretanto o tempo de recuperação completa foi estatisticamente igual entre os dois reversores analisados. Assim, a associação anestésica promoveu anestesia eficiente, segura e de rápida indução em onças-pardas, permitindo a imobilização dos animais durante os 90 minutos de avaliação, sem a ocorrência de complicações. Ao se comparar a reversão anestésica com atipamezole e ioimbina, observou-se equivalência dos fármacos no tempo de recuperação completa dos animais.(AU)
The aim of this study was to evaluate the cardiorespiratory changes caused by ketamine-associated medetomidine, and the recovery time after intramuscular application of atipamezole or yohimbine in Puma concolor. For this, the application of medetomidine (100µg/kg) associated with ketamine (5mg/kg) was performed in eleven brown ounces, and the cardiorespiratory parameters were recorded every 15 minutes during 90 minutes of evaluation. Afterwards, anesthesia was reversed with intramuscular application of yohimbine (0.4mg/kg; n=5) or atipamezole (0.25mg/kg; n=6), and time to recovery was analyzed. Of the cardiorespiratory parameters evaluated, there was a difference only in respiratory rate (between 60 and 90 minutes), however, within the reference range for the species. In addition, there was a significantly shorter time for sternal decubitus in the animals of the atipamezole group (18±7 minutes) when compared to the yohimbine group (36±17 minutes), however the complete recovery time was statistically equal between the two reversers analyzed. Thus, the anesthetic association promoted efficient, safe and fast induction anesthesia in puma, allowing the animals to be immobilized during the 90 minutes of evaluation without complications. Comparing anesthetic reversal with atipamezole and yohimbine, drug equivalence was observed in the complete recovery time of the animals.(AU)
Assuntos
Animais , Ioimbina/uso terapêutico , Medetomidina/administração & dosagem , Puma/fisiologia , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2/uso terapêutico , Antagonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2/análise , Ketamina/administração & dosagem , Período de Recuperação da AnestesiaResumo
A presente pesquisa comparou os efeitos cardiorrespiratórios, hemogasométricos e sedativos da associação midazolam (0,41mg/kg) e butorfanol (0,31mg/kg) acrescida de detomidina (157µg/kg) (DTMB) ou dexmedetomidina (36µg/kg) (DXMB) em catetos. Catetos adultos (n=20) foram distribuídos em dois grupos, DTMB ou DXMB. As variáveis (FC, f, PAM, SpO2, EtCO2 e TR) foram avaliadas após aplicação dos fármacos. A sedação foi avaliada por meio de escala analógica visual, relaxamento muscular, postura e resposta auditiva. Foi realizada ANOVA, seguida de teste t pareado (paramétricos) e teste de Mann-Whitney rank-sum test (não paramétricos), com P<0,05. Não foi observada diferença estatística entre os grupos para o período de latência. Observou-se diferença significativa entre grupos para as variáveis f, PAM e SpO2, com maiores valores para DTMB, e EtCO2, com maiores valores para DXMB. Os dois grupos apresentaram redução da FC e da concentração de lactato, bem como aumento da concentração de bicarbonato. A SpO2 permaneceu abaixo de 90%, durante todo o período experimental, nos dois grupos estudados. Os animais dos dois grupos apresentaram sedação profunda e relaxamento muscular máximo. Conclui-se que os dois protocolos testados proporcionaram adequada sedação, podendo ser indicados para contenção química de catetos adultos.(AU)
The study compared the cardiorespiratory, hemogasometric and sedative effects of the combination of midazolam (0.41mg/kg) and butorphanol (0.31mg/kg) plus detomidine (157µg/kg) (DTMB) or dexmedetomidine (36µg/kg) (DXMB) in collared peccaries. Collared peccaries (n= 20) were divided into two groups, either DTMB or DXMB. The variables (FC, f, PAM, SpO2, EtCO2 and TR) were evaluated after application of the drugs. Sedation was assessed by visual analogue scale, muscle relaxation, posture and auditory response. ANOVA followed by paired t-test (parametric) and Mann Whitney Rank Sum Test (non-parametric) with P< 0.05 were performed. No statistical difference was observed for the latency period. A significant increase was observed between groups for the variables f, PAM and SpO2 with higher values for DTMB and EtCO2 with higher values for DXMB. The two groups presented a reduction in HR and lactate concentration, and an increase in bicarbonate concentration. SpO2 remained below 90% throughout the experiment in both groups. The animals of the two groups presented deep sedation and maximum muscle relaxation. It is concluded that the two protocols tested provided adequate sedation and could be indicated for chemical containment of collared peccaries.(AU)
Assuntos
Animais , Artiodáctilos/fisiologia , Midazolam/administração & dosagem , Butorfanol/administração & dosagem , Dexmedetomidina/administração & dosagem , Aptidão Cardiorrespiratória , Anestésicos Combinados/análise , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2Resumo
A presente pesquisa comparou os efeitos cardiorrespiratórios, hemogasométricos e sedativos da associação midazolam (0,41mg/kg) e butorfanol (0,31mg/kg) acrescida de detomidina (157µg/kg) (DTMB) ou dexmedetomidina (36µg/kg) (DXMB) em catetos. Catetos adultos (n=20) foram distribuídos em dois grupos, DTMB ou DXMB. As variáveis (FC, f, PAM, SpO2, EtCO2 e TR) foram avaliadas após aplicação dos fármacos. A sedação foi avaliada por meio de escala analógica visual, relaxamento muscular, postura e resposta auditiva. Foi realizada ANOVA, seguida de teste t pareado (paramétricos) e teste de Mann-Whitney rank-sum test (não paramétricos), com P<0,05. Não foi observada diferença estatística entre os grupos para o período de latência. Observou-se diferença significativa entre grupos para as variáveis f, PAM e SpO2, com maiores valores para DTMB, e EtCO2, com maiores valores para DXMB. Os dois grupos apresentaram redução da FC e da concentração de lactato, bem como aumento da concentração de bicarbonato. A SpO2 permaneceu abaixo de 90%, durante todo o período experimental, nos dois grupos estudados. Os animais dos dois grupos apresentaram sedação profunda e relaxamento muscular máximo. Conclui-se que os dois protocolos testados proporcionaram adequada sedação, podendo ser indicados para contenção química de catetos adultos.(AU)
The study compared the cardiorespiratory, hemogasometric and sedative effects of the combination of midazolam (0.41mg/kg) and butorphanol (0.31mg/kg) plus detomidine (157µg/kg) (DTMB) or dexmedetomidine (36µg/kg) (DXMB) in collared peccaries. Collared peccaries (n= 20) were divided into two groups, either DTMB or DXMB. The variables (FC, f, PAM, SpO2, EtCO2 and TR) were evaluated after application of the drugs. Sedation was assessed by visual analogue scale, muscle relaxation, posture and auditory response. ANOVA followed by paired t-test (parametric) and Mann Whitney Rank Sum Test (non-parametric) with P< 0.05 were performed. No statistical difference was observed for the latency period. A significant increase was observed between groups for the variables f, PAM and SpO2 with higher values for DTMB and EtCO2 with higher values for DXMB. The two groups presented a reduction in HR and lactate concentration, and an increase in bicarbonate concentration. SpO2 remained below 90% throughout the experiment in both groups. The animals of the two groups presented deep sedation and maximum muscle relaxation. It is concluded that the two protocols tested provided adequate sedation and could be indicated for chemical containment of collared peccaries.(AU)
Assuntos
Animais , Artiodáctilos/fisiologia , Midazolam/administração & dosagem , Butorfanol/administração & dosagem , Dexmedetomidina/administração & dosagem , Aptidão Cardiorrespiratória , Anestésicos Combinados/análise , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2Resumo
Due to the growing increase in the dental routine in equine medicine, along with the need for patient sedation to perform this procedure, this study aimed to assess sedation by detomidine alone and/or associated with lidocaine under continuous infusion. Twenty-two horses from the dental routine of the veterinary hospital of the institution of origin were used. A jugular catheter was implanted on the day of study and animals were allocated into two distinct groups (n=11): GD, which received detomidine (20 µg kg−1), followed by continuous infusion (20 µg kg−1 h−1); and GDL, animals which received detomidine (10 µg kg−1) and lidocaine (1.3 mg kg−1), followed by continuous infusion of detomidine (10 µg kg−1 h−1) and lidocaine (25 µg kg−1 min−1). The assessed moments were as follows: M0, before catheter placement; M1, 5 minutes after bolus and beginning of infusion; M2, placement of mouth speculum; and M3, wear with an electric rasp. The assessed parameters were heart rate (HR), respiratory rate (f), systolic blood pressure (SBP), and intestinal motility. In addition to the clinical parameters, sedation was assessed by measuring head height in relation to the ground before (M0) and after treatment administration (M1) and during the dental procedure using a scale adapted for dental procedures. Statistical analysis was performed using the Shapiro-Wilk normality test by applying one-way RM ANOVA, followed by the Dunnett test for comparison in relation to M0, t-test, and Mann-Whitney test between groups (p ≤ 0.05). HR decreased by 20% at M2 and M3 compared to M0 only in GD, while SBP increased 35% at the same moments compared to M0 in GD and 27, 42, and 27% at M1, M2, and M3 compared to M0 in GDL, respectively. Intestinal motility decreased by 75% at all moments compared to M0 in both groups. Head height decreased by 67% in GD and 60% in GDL, with no difference between groups. Sedation scores provided by the scale did not differ between groups, with values of 1 [03] in GD and 3 [04] in GDL at M2 and 1 [03] in GD and 1 [1.53] in GDL at M3. Thus, sedation by the association between detomidine and lidocaine allowed reducing detomidine dose in half but offering similar results for dental procedures.(AU)
Devido ao crescente aumento da rotina odontológica na medicina equina, juntamente com a necessidade de sedação dos pacientes para a realização destes procedimentos, objetivou-se avaliar a sedação promovida pela detomidina isolada e, ou, associada com lidocaína sob regime de infusão contínua. Foram utilizados 22 equinos provindos da rotina odontológica do hospital veterinário da instituição de origem. No dia do estudo, foi implantado um cateter na jugular, alocando-se os animais em 2 grupos distintos (n = 11): GD, os quais receberam detomidina (20 µg kg-1) seguido de infusão contínua (20 µg kg-1 h-1); GDL, os quais receberam detomidina (10 µg kg-1) e lidocaína (1,3 mg kg-1), seguido de infusão contínua de detomidina (10 µg kg-1 h-1) e lidocaína (25 µg kg-1 min-1). Os momentos avaliados foram: M0, antes da colocação do cateter; M1, 5 minutos após o bolus e início da infusão; M2, no momento da colocação do abre bocas; M3, momento do desgaste com a grosa elétrica. Os parâmetros avaliados foram: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f), pressão arterial sistólica (PAS) e motilidade intestinal. Além dos parâmetros clínicos, foi avaliada a sedação medindo-se a altura de cabeça em relação ao solo antes (M0) e após a administração dos tratamentos (M1), assim como durante o procedimento odontológico através de uma escala adaptada para procedimentos odontológicos. A análise estatística foi realizada através do teste de normalidade Shapiro-Wilk, aplicando-se One Way RM ANOVA seguido por Dunnet para comparação em relação ao M0, teste de t e Mann-Whitney entre grupos (p ≤ 0,05). A FC reduziu 20% no M2 e M3 em relação ao M0 somente no GD, já a PAS aumentou 35% nos mesmos momentos em relação ao M0 no GD e no M1, M2 e M3 do GDL também houve um aumento de 27%, 42% e 27%, respectivamente, em relação ao M0. A motilidade intestinal reduziu 75% em todos os momentos em relação ao M0 em ambos os grupos. A altura da cabeça diminuiu 67% no GD e 60% no GDL, sem diferença entre os grupos. Os escores de sedação fornecidos pela escala não diferiram entre os grupos, sendo este no M2 de 1 [0 3], no GD, e 3 [0 4], no GDL, e no M3, no GD 1 [0 3], e 1 [1,5 3], no GDL. Conclui-se que a sedação ofertada pela associação de detomidina e lidocaína reduziu a dose de detomidina pela metade, oferecendo sedação similar para procedimentos odontológicos.(AU)
Assuntos
Animais , Receptores Adrenérgicos alfa 2/efeitos dos fármacos , Anestesia Local/efeitos adversos , Lidocaína/efeitos adversos , Procedimentos Cirúrgicos Bucais/veterinária , Cavalos/cirurgiaResumo
In feline veterinary practice sedation is often needed to perform diagnostic or minimally invasive procedures, minimize stress, and facilitate handling. The mortality rate of cats undergoing sedation is significantly higher than dogs, so it is fundamental that the sedatives provide good cardiovascular stability. Dexmedetomidine (DEX) is an α2-adrenergic receptor agonist utilized in cats to provide sedation and analgesia, although studies have been utilized high doses, and markedly hemodynamic impairments were reported. The aim of this study was to prospectively investigate how the sedative and electrocardiographic effects of a low dose of DEX performing in cats. Eleven healthy cats were recruited; baseline sedative score, systolic arterial pressure, electrocardiography, and vasovagal tonus index (VVTI) were assessed, and repeated after ten minutes of DEX 5μg/kg intramuscularly (IM). A smooth sedation was noticed, and emesis and sialorrhea were common adverse effects, observed on average seven minutes after IM injection. Furthermore, electrocardiographic effects of a low dose of DEX mainly include decreases on heart rate, and increases on T-wave amplitude. The augmentation on VVTI and appearance of respiratory sinus arrhythmia, as well as sinus bradycardia in some cats, suggesting that DEX enhances parasympathetic tonus in healthy cats, and therefore will be best avoid in patients at risk for bradycardia.(AU)
Na rotina clínica da medicina veterinária felina a sedação é frequentemente requerida para realização de procedimentos diagnósticos ou minimamente invasivos, para minimizar o estresse e facilitar o manuseio dos pacientes. A taxa de mortalidade de gatos submetidos à sedação é mais elevada do que em cães, por esse motivo, é fundamental que os sedativos confiram estabilidade hemodinâmica. A dexmedetomidina (DEX) é um α2-agonista utilizado em felinos para promover sedação e analgesia, porém os estudos têm utilizado doses elevadas, e com isso prejuízos hemodinâmicos importantes foram relatados. O objetivo desta investigação foi avaliar os efeitos sedativos e eletrocardiográficos da baixa dose de DEX em gatos. Para tal, onze felinos saudáveis foram recrutados, foram obtidos valores basais para escore de sedação, pressão arterial sistólica e eletrocardiografia, além do índice de tônus vaso vagal (ITVV). Após dez minutos da aplicação intramuscular (IM) de DEX 5μg/kg todos os exames foram repetidos. Após a DEX, sedação suave foi detectada, e a êmese e sialorreia foram efeitos adversos comuns, observados em média 7 minutos após a injeção IM. Ademais, os principais efeitos eletrocardiográficos foram redução na frequência cardíaca e aumento na amplitude da onda T. O ITVV mais elevado e surgimento de arritmia sinusal respiratória, bem como bradicardia sinusal em alguns gatos, sugerem que a DEX eleva o tônus parassimpático, e por esse motivo deve ser utilizada com cautela em pacientes com predisposição à bradicardia.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Gatos , Dexmedetomidina , Sedação Profunda , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2 , Bradicardia/veterináriaResumo
In feline veterinary practice sedation is often needed to perform diagnostic or minimally invasive procedures, minimize stress, and facilitate handling. The mortality rate of cats undergoing sedation is significantly higher than dogs, so it is fundamental that the sedatives provide good cardiovascular stability. Dexmedetomidine (DEX) is an α2-adrenergic receptor agonist utilized in cats to provide sedation and analgesia, although studies have been utilized high doses, and markedly hemodynamic impairments were reported. The aim of this study was to prospectively investigate how the sedative and electrocardiographic effects of a low dose of DEX performing in cats. Eleven healthy cats were recruited; baseline sedative score, systolic arterial pressure, electrocardiography, and vasovagal tonus index (VVTI) were assessed, and repeated after ten minutes of DEX 5μg/kg intramuscularly (IM). A smooth sedation was noticed, and emesis and sialorrhea were common adverse effects, observed on average seven minutes after IM injection. Furthermore, electrocardiographic effects of a low dose of DEX mainly include decreases on heart rate, and increases on T-wave amplitude. The augmentation on VVTI and appearance of respiratory sinus arrhythmia, as well as sinus bradycardia in some cats, suggesting that DEX enhances parasympathetic tonus in healthy cats, and therefore will be best avoid in patients at risk for bradycardia.(AU)
Na rotina clínica da medicina veterinária felina a sedação é frequentemente requerida para realização de procedimentos diagnósticos ou minimamente invasivos, para minimizar o estresse e facilitar o manuseio dos pacientes. A taxa de mortalidade de gatos submetidos à sedação é mais elevada do que em cães, por esse motivo, é fundamental que os sedativos confiram estabilidade hemodinâmica. A dexmedetomidina (DEX) é um α2-agonista utilizado em felinos para promover sedação e analgesia, porém os estudos têm utilizado doses elevadas, e com isso prejuízos hemodinâmicos importantes foram relatados. O objetivo desta investigação foi avaliar os efeitos sedativos e eletrocardiográficos da baixa dose de DEX em gatos. Para tal, onze felinos saudáveis foram recrutados, foram obtidos valores basais para escore de sedação, pressão arterial sistólica e eletrocardiografia, além do índice de tônus vaso vagal (ITVV). Após dez minutos da aplicação intramuscular (IM) de DEX 5μg/kg todos os exames foram repetidos. Após a DEX, sedação suave foi detectada, e a êmese e sialorreia foram efeitos adversos comuns, observados em média 7 minutos após a injeção IM. Ademais, os principais efeitos eletrocardiográficos foram redução na frequência cardíaca e aumento na amplitude da onda T. O ITVV mais elevado e surgimento de arritmia sinusal respiratória, bem como bradicardia sinusal em alguns gatos, sugerem que a DEX eleva o tônus parassimpático, e por esse motivo deve ser utilizada com cautela em pacientes com predisposição à bradicardia.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Gatos , Dexmedetomidina , Sedação Profunda , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2 , Bradicardia/veterináriaResumo
Background: The use of injectable anesthetics to induce and maintain anesthesia has been the subject of extensive research.Ketamine induces dissociative anesthesia, which is characterized by sensory loss, analgesia and amnesia without loss of consciousness. The levorotatory isomer of ketamine is dextroketamine. Detomidine, a potent myorelaxant that acts as a sedative andanalgesic, is commonly used on horses but rarely tested in dogs. The purpose of this study was to evaluate the cardiorespiratoryand anesthetic effects promoted by a combination of detomidine and dextroketamine applied via continuous intravenous infusionin bitches premedicated with midazolam and morphine.Materials, Methods & Results:Eight bitches treated at the veterinary hospital of the Federal University of Campina Grande werereferred for elective ovariohysterectomy (OHE). The animals were premedicated with 0.3 mg/kg of midazolam and 0.1 mg/kgof morphine intramuscular (IM) followed, after 15 min, with 0.02 mg/kg of detomidine IM. Fifteen min after the administration of detomidine, 3.5 mg/kg of dextroketamine was administered intravenously (IV), followed by continuous IV infusion of14 mg/kg/h of dextroketamine and 30 μg/kg/h of detomidine. Heart rate (HR), respiratory rate (RR), body temperature (BT),mean arterial pressure (MAP), myorelaxation and electrocardiogram were recorded before and 15 min after the administrationof midazolam and morphine (M0 and M1), 15 min after detomidine (M2), immediately after starting the infusion (M3), at 10min intervals up to 60 min (M4, M5, M6, M7, M8 and M9) and 30 min after the end of the infusion (M10). Blood gas variableswere analyzed at M0, M1, M2, M6, M9 and M10. Analgesia was evaluated by measuring cortisol and glucose levels at M0, threemin after dermotomy, three min after clamping the ovarian pedicle, and three min after dermorrhaphy. The quality and durationof recovery were evaluated. HR dropped significantly from...(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Cães , Anestesia Intravenosa/veterinária , Midazolam , Morfina , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2 , Ovariectomia/veterinária , Histerectomia/veterináriaResumo
A dexmedetomidina é um fármaco agonista a-2 adrenérgico utilizado na anestesiologia veterinária, devido a suas propriedades sedativas e analgésicas. Existem preocupações quanto aos seus efeitos colaterais, principalmente cardiovasculares, dentre eles arritmias. As quais podem comprometer o débito cardíaco e a perfusão tecidual. As arritmias que podem ser observadas com o uso da dexmedetomidina são: bloqueio átrio ventricular de 1º, 2º e 3º grau; arritmia sinusal, e pausa sinusal. Dentre elas a de maior ocorrência é o bloqueio atrioventricular, principalmente o de 2º grau. Essas alterações são dose-dependentes, estudos demonstram que doses de 1 µg /kg podem desencadear a ocorrência de bradiarritmias. O tratamento das arritmias atrioventriculares envolve a administração de anticolinérgicos, antiarrítmicos e no caso de alterações desencadeadas pelo uso da dexmedetomidina a aplicação de um antagonista a-2 adrenérgico. Esta revisão tem como objetivo discorrer sobre as arritmias em cães ocasionadas pelo uso da dexmedetomidina.
Dexmedetomidine is a α-2 adrenergic agonist drug used in veterinary anesthesiologydue to its sedative and analgesic properties. There are concerns about its side effects, especially cardiovascular, among them arrhythmias. These may compromise cardiac output and tissue perfusion. The arrhythmias that may be observed with the use of dexmedetomidine are: ventricularatrium blockade of 1st, 2nd and 3rd degree; sinus arrhythmia, and sinus pause. Among them, the most frequent occurrence is atrioventricular block, especially the second degree. These changes are dose-dependent, studies have shown that doses of 1 μg/kg can trigger the occurrence of bradyarrhythmias. Treatment of atrioventricular arrhythmias involves the administration of anticholinergics, antiarrhythmics and in the case of changes triggered by the use of dexmedetomidinethe application of a α-2 adrenergic antagonist. This review aims to discuss the arrhythmias in dogs caused by the use of dexmedetomidine.
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Animais , Cães , Agonistas alfa-Adrenérgicos , Anestésicos , Arritmias Cardíacas/veterinária , Doenças do CãoResumo
A dexmedetomidina é um fármaco agonista a-2 adrenérgico utilizado na anestesiologia veterinária, devido a suas propriedades sedativas e analgésicas. Existem preocupações quanto aos seus efeitos colaterais, principalmente cardiovasculares, dentre eles arritmias. As quais podem comprometer o débito cardíaco e a perfusão tecidual. As arritmias que podem ser observadas com o uso da dexmedetomidina são: bloqueio átrio ventricular de 1º, 2º e 3º grau; arritmia sinusal, e pausa sinusal. Dentre elas a de maior ocorrência é o bloqueio atrioventricular, principalmente o de 2º grau. Essas alterações são dose-dependentes, estudos demonstram que doses de 1 µg /kg podem desencadear a ocorrência de bradiarritmias. O tratamento das arritmias atrioventriculares envolve a administração de anticolinérgicos, antiarrítmicos e no caso de alterações desencadeadas pelo uso da dexmedetomidina a aplicação de um antagonista a-2 adrenérgico. Esta revisão tem como objetivo discorrer sobre as arritmias em cães ocasionadas pelo uso da dexmedetomidina.(AU)
Dexmedetomidine is a α-2 adrenergic agonist drug used in veterinary anesthesiologydue to its sedative and analgesic properties. There are concerns about its side effects, especially cardiovascular, among them arrhythmias. These may compromise cardiac output and tissue perfusion. The arrhythmias that may be observed with the use of dexmedetomidine are: ventricularatrium blockade of 1st, 2nd and 3rd degree; sinus arrhythmia, and sinus pause. Among them, the most frequent occurrence is atrioventricular block, especially the second degree. These changes are dose-dependent, studies have shown that doses of 1 μg/kg can trigger the occurrence of bradyarrhythmias. Treatment of atrioventricular arrhythmias involves the administration of anticholinergics, antiarrhythmics and in the case of changes triggered by the use of dexmedetomidinethe application of a α-2 adrenergic antagonist. This review aims to discuss the arrhythmias in dogs caused by the use of dexmedetomidine.(AU)
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Animais , Cães , Doenças do Cão , Arritmias Cardíacas/veterinária , Anestésicos , Agonistas alfa-AdrenérgicosResumo
Objetivou-se comparar os efeitos fisiológicos, analgésicos e sobre a taxa de infusão de propofol, decorrentes da anestesia epidural com lidocaína, associada ao tramadol ou à dexmedetomidina, em felinas submetidas à ovariosalpingohisterectomia (OSH). Para tal, 16 felinas hígidas foram pré-tratadas com acepromazina 0,08mg/kg/IM, utilizando-se propofol para a indução (dose-efeito) e manutenção anestésicas. Após indução, as gatas foram aleatoriamente distribuídas em dois grupos (n=8), designados: grupo lidocaína-tramadol (GLT), tratado com lidocaína (3,0mg/kg) associada ao tramadol (2,0mg/kg); e grupo lidocaína-dexmedetomidina (GLD), tratado com lidocaína (3,0mg/kg) associada à dexmedetomidina (2µg/kg), pela via epidural. Durante a OSH, a infusão de propofol foi aumentada ou reduzida, objetivando-se manutenção de plano anestésico cirúrgico. Foram avaliados os parâmetros: f, FC, SPO2, EtCO2, PAS, PAD, PAM, T°C, nos períodos pré (M1) e transoperatórios (M2 a M7); a taxa mínima de propofol necessária; o tempo de recuperação anestésica e a qualidade da analgesia pós-cirúrgica durante seis horas. Ambos os tratamentos garantiram baixas taxas mínimas de infusão de propofol, todavia o uso da dexmedetomidina resultou em bradicardia inicial, elevação da pressão arterial, maior tempo de recuperação e menor qualidade analgésica, quando comparada ao tramadol.(AU)
The aim of this study was to compare the physiological and analgesic effects and the minimum infusion rate of propofol of epidural anesthesia with lidocaine associated to tramadol or dexmedetomidine, in cats undergoing ovariosalpingohysterectomy (OSH). For this purpose, 16 healthy cats were pretreated with acepromazine (0.08mg kg -1 IM) and propofol was used for induction (dose-effect) and maintenance of anesthesia. After induction, the cats were assigned in two randomized groups (n= 8), named: Lidocaine-tramadol group (LTG), treated with lidocaine (3mg kg -1 ) associated to tramadol (2mg kg -1 ) and Lidocaine-dexmedetomidine group (LDG), treated with lidocaine (3mg kg -1 ) associated to dexmedetomidine (2ïg kg -1 ), by epidural route. During OSH, propofol infusion was increased or decreased, setting to maintain surgical anesthetic depth. The parameters f, HR, SPO 2 , EtCO 2 , SAP, DAP, MAP, T°C in the pre (M1) and trans-operative periods (M2 to M7); minimum infusion rate of propofol; time of anesthetic recovery and quality of postoperative analgesia during six-hour interval, were evaluated. Both protocols provided low minimum infusion rate of propofol. However, dexmedetomidine resulted in initial bradycardia, elevated blood pressure, longer recovery time, and lower analgesic quality when compared to tramadol.(AU)
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Animais , Feminino , Gatos , Tramadol/administração & dosagem , Dexmedetomidina/administração & dosagem , Anestesia Epidural/veterinária , Lidocaína/administração & dosagem , Ovariectomia/veterinária , Propofol/administração & dosagem , Salpingectomia/veterinária , Histerectomia/veterináriaResumo
Objetivou-se comparar os efeitos fisiológicos, analgésicos e sobre a taxa de infusão de propofol, decorrentes da anestesia epidural com lidocaína, associada ao tramadol ou à dexmedetomidina, em felinas submetidas à ovariosalpingohisterectomia (OSH). Para tal, 16 felinas hígidas foram pré-tratadas com acepromazina 0,08mg/kg/IM, utilizando-se propofol para a indução (dose-efeito) e manutenção anestésicas. Após indução, as gatas foram aleatoriamente distribuídas em dois grupos (n=8), designados: grupo lidocaína-tramadol (GLT), tratado com lidocaína (3,0mg/kg) associada ao tramadol (2,0mg/kg); e grupo lidocaína-dexmedetomidina (GLD), tratado com lidocaína (3,0mg/kg) associada à dexmedetomidina (2µg/kg), pela via epidural. Durante a OSH, a infusão de propofol foi aumentada ou reduzida, objetivando-se manutenção de plano anestésico cirúrgico. Foram avaliados os parâmetros: f, FC, SPO2, EtCO2, PAS, PAD, PAM, T°C, nos períodos pré (M1) e transoperatórios (M2 a M7); a taxa mínima de propofol necessária; o tempo de recuperação anestésica e a qualidade da analgesia pós-cirúrgica durante seis horas. Ambos os tratamentos garantiram baixas taxas mínimas de infusão de propofol, todavia o uso da dexmedetomidina resultou em bradicardia inicial, elevação da pressão arterial, maior tempo de recuperação e menor qualidade analgésica, quando comparada ao tramadol.(AU)
The aim of this study was to compare the physiological and analgesic effects and the minimum infusion rate of propofol of epidural anesthesia with lidocaine associated to tramadol or dexmedetomidine, in cats undergoing ovariosalpingohysterectomy (OSH). For this purpose, 16 healthy cats were pretreated with acepromazine (0.08mg kg -1 IM) and propofol was used for induction (dose-effect) and maintenance of anesthesia. After induction, the cats were assigned in two randomized groups (n= 8), named: Lidocaine-tramadol group (LTG), treated with lidocaine (3mg kg -1 ) associated to tramadol (2mg kg -1 ) and Lidocaine-dexmedetomidine group (LDG), treated with lidocaine (3mg kg -1 ) associated to dexmedetomidine (2ïg kg -1 ), by epidural route. During OSH, propofol infusion was increased or decreased, setting to maintain surgical anesthetic depth. The parameters f, HR, SPO 2 , EtCO 2 , SAP, DAP, MAP, T°C in the pre (M1) and trans-operative periods (M2 to M7); minimum infusion rate of propofol; time of anesthetic recovery and quality of postoperative analgesia during six-hour interval, were evaluated. Both protocols provided low minimum infusion rate of propofol. However, dexmedetomidine resulted in initial bradycardia, elevated blood pressure, longer recovery time, and lower analgesic quality when compared to tramadol.(AU)
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Animais , Feminino , Gatos , Tramadol/administração & dosagem , Dexmedetomidina/administração & dosagem , Anestesia Epidural/veterinária , Lidocaína/administração & dosagem , Ovariectomia/veterinária , Propofol/administração & dosagem , Salpingectomia/veterinária , Histerectomia/veterináriaResumo
The aim of this study was to assess the cardiopulmonary effects, the onset time after the administration of a detomidine/ketamine combination, and the recovery from anesthesia of cougars (Puma concolor) anesthetized with detomidine/ketamine and isoflurane or sevoflurane for abdominal ultrasound imaging. Fourteen animals were randomly allocated into two experimental groups: GISO (n=7) and GSEVO (n=7). Chemical restraint was performed using 0.15mg/kg detomidine combined with 5mg/kg ketamine intramuscularly; anesthesia induction was achieved using 2mg/kg propofol intravenously and maintenance with isoflurane (GISO) or sevoflurane (GSEVO). The following parameters were assessed: heart rate, respiratory rate, systolic and diastolic arterial blood pressure, mean arterial blood pressure, oxyhemoglobin saturation, rectal temperature, central venous pressure, and end-tidal carbon dioxide. The time to sternal recumbency (TSR) and time to standing position (TSP) were also determined. There was not statistically significant difference for the cardiopulmonary variables or TSP whereas TSR was significantly shorter in GSEVO. The time to onset of anesthesia was 11.1±1.2 minutes and 11.3±1.8 minutes for GISO and GSEVO, respectively. The anesthesia of cougars with detomidine/ketamine and isoflurane or sevoflurane was conducted with safety, cardiopulmonary stability, and increased time to sternal recumbency in the GISO group.(AU)
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos cardiorrespiratórios e a recuperação anestésica de onças-pardas (Puma concolor) submetidas à anestesia com detomidina/cetamina e isofluorano ou sevofluorano para avaliação ultrassonográfica abdominal. Para isso, foram utilizados 14 animais divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais GISO (n=7) e GSEVO (n=7). Foram submetidos à contenção química com detomidina 0,15mg/kg associada à cetamina 5mg/kg pela via intramuscular, induzidos com propofol 2mg/kg pela via intravenosa e mantidos com isofluorano (GISO) ou sevofluorano. Foram avaliados os parâmetros: frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, média e diastólica saturação de oxihemoglobina, temperatura retal, pressão venosa central e fração expirada de dióxido de carbono. O tempo para adoção de decúbito esternal e posição quadrupedal também foram avaliados. Não houve diferença estatística para as variáveis cardiorrespiratórias e no tempo para adoção da posição quadrupedal. O tempo para adoção de decúbito esternal foi significativamente menor no GSEVO em relação ao GISO. Concluiu-se que a anestesia de onças pardas com detomidina/cetamina e isoflurano ou sevoflurano foi realizada de maneira segura, com estabilidade cardiorrespiratória e com aumento no tempo para adoção de decúbito esternal no GISO.(AU)
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Animais , Anestesia por Inalação/veterinária , Puma/metabolismo , Ketamina , Isoflurano , Agonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 2/análise , Taxa Respiratória , Técnicas de Diagnóstico Cardiovascular/veterinária , Animais Selvagens/metabolismoResumo
A liberação da placenta após o parto envolve a perda da adesão materno-fetal e ocorre somente após a maturação completa do placentoma, que está relacionada com a diminuição da celularidade dos tecidos fetal e materno. A apoptose é requerida tanto para a maturação quanto para a liberação normal da placenta após o parto. O objetivo do presente estudo foi avaliar a ocorrência de apoptose em amostras de placenta de vacas em diferentes fases de gestação. Amostras de placentomas de 15 vacas saudáveis com 4 (n=5), 6 (n=5) e 9 (n=5) meses de gestação foram colhidas e processadas rotineiramente para a histologia, imunoistoquímica e histoquímica. As lâminas obtidas foram coradas em HE, Picrosirius Red e submetidas à análise imunoistoquímica das proteínas Caspase 3, Caspase 8, Bax e Bid. O aumento no número de vasos não necessariamente se associou ao aumento do calibre destes durante a evolução da gestação. Os resultados de histomorfometria revelaram aumento da marcação para Bax e Caspases 3 e 8 em células trofoblásticas binucleadas no final da gestação, enquanto o Bid se manteve sem alteração significativa. A histomorfometria das células trofoblásticas mononucleadas revelou expressão alta para Bax no início de gestação, com diminuição aos 6 meses de gestação e aumento das imunomarcações para Caspases 3 e 8, e Bid com o avanço gestacional. Os colágenos tipo I e III não aumentaram do terço médio ao final da gestação, o que é importante para a diminuição da adesão materno-fetal. Esses resultados confirmam que as Caspases 3 e 8, e o Bax estão envolvidos nos mecanismos de ativação da apoptose pela via intrínseca mitocondrial e/ou extrínseca ao longo da gestação em células trofoblásticas binucleadas, e que nas células trofoblásticas mononucleadas o Bax deixa de ser importante, enquanto o Bid e as Caspases 3 e 8 se tornam os mais significativos.(AU)
Placental release after birth involves loss of maternal-fetal adhesion and occurs only after complete maturation of the placentoma related to the decrease in cellularity of fetal and maternal tissues. Apoptosis is required for both the normal maturation and release of the placenta after birth. The aim of this study was to evaluate the occurrence of apoptosis in samples of the placenta of cows in different stages of gestation. Samples of 15 healthy cow placentomas at 4 (n=5), 6 (n=5) and 9 (n=5) months of gestation were harvested and processed for routine histology, immunohistochemistry and histochemistry. The slides were stained with HE, PicroSirius Red and subjected to immunohistochemical analysis of proteins Caspase 3, Caspase 8, Bax and Bid. Increase in number of vessels was not associated with increase in vascular area during progression of gestation. The results of histomorphometry revealed increased labeling for Bax and Caspases 3 and 8 in trophoblastic binucleated cells in late pregnancy, where the Bid remained without significant change. Histomorphometry analyzing the mononuclear trophoblast cells showed a high expression for Bax in early pregnancy, but decreased at 6 months of gestation. Immunolabeling revealed increased Caspases 3/8 and Bid with advancing of gestation. Further evaluation of type I and III collagen showed a decrease of both types of collagens at the end of gestation, what is very important for the reduction of maternal-fetal adhesion. These results confirm that Caspases 3 and 8 and Bax are involved in the mechanisms of activation of apoptosis through mitochondrial intrinsic and/or extrinsic pathway during pregnancy in trophoblastic binucleated cells. In mononuclear trophoblast cells Bax looses importance in the apoptosis process, awhile Bid and caspases 3 and 8 become the most significant.(AU)
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Animais , Feminino , Gravidez , Bovinos , Apoptose , Placenta , Proteína Agonista de Morte Celular de Domínio Interatuante com BH3 , Proteína X Associada a bcl-2 , Caspase 8 , Caspase 3 , Fator de Indução de Apoptose , Imuno-HistoquímicaResumo
Objetivou-se determinar a taxa mínima de infusão intravenosa contínua de dexmedetomidina em caprinos Moxotó e seus efeitos analgésico, sedativo e sobre parâmetros fisiológicos, hemogasométricos, hematológicos, bioquímicos e eletrocardiográficos, essa tese foi dividida em três capítulos. No prelúdio realizou-se uma revisão sistemática e meta-análise a fim de detalhar as alterações cardiorrespiratórias de pequenos ruminantes sob ação da dexmedetomidina. Para tanto, dois avaliadores independentes executaram ampla pesquisa nos bancos de dados: Pubmed, Science-direct, Scielo, Google Scholar e PLOS One, usando a combinação de palavras-chave: dexmedetomidine AND effect AND (goat OR sheep OR cow OR ruminant). Os resultados evidenciaram que a dexmedetomidina reduz a frequência cardíaca, a pressão arterial média, o débito cardíaco e a pressão arterial de oxigênio, além de aumentar a de dióxido de carbono, considerando o efeito agregado. No segundo capítulo, determinaram-se a intensidade média de estímulo elétrico necessária para elicitar reação dolorosa em caprinos da raça Moxotó e a taxa mínima de infusão intravenosa de dexmedetomidina que aboliu a reação ao estímulo nocivo. Para determinar a intensidade mínima do estímulo elétrico, dois eletrodos foram posicionados no flanco esquerdo do animal e iniciou-se o estímulo em 10,0 mA. A intensidade foi elevada em incrementos de 5,0 mA, até o momento em que uma resposta positiva ao estímulo foi elicitada. A intensidade média gatilho foi obtida pela média aritmética das intensidades mínimas que cada animal reagiu. A taxa mínima de infusão de dexmedetomidina que aboliu a reação ao estímulo gatilho foi determinada pela média aritmética entre a maior taxa de infusão que não aboliu o movimento voluntário ao estímulo doloroso e aquela que aboliu este movimento, em cada animal e por fim obteve-se a média aritmética de todos os animais. A infusão intravenosa contínua de dexmedetomidina, na dose de 2,1 g/kg/h, sem bolus prévio, foi capaz de abolir a resposta voluntária ao estímulo elétrico de 21 mA, considerado gatilho em caprinos não sedados. No terceiro capítulo avaliaram-se os efeitos da infusão intravenosa contínua de dexmedetomidina, na dose de 2,1 g/kg/h, durante 90 minutos, em 10 caprinos não suplementados com oxigênio. Registraram-se frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (), pressão arterial sistólica, diastólica e média (PAS, PAD e PAM, respectivamente), temperatura retal (TR), saturação parcial de oxihemoglobina (SpO2), motilidade ruminal (MR), escores de sedação, relaxamento muscular e analgesia, parâmetros hemogasométricos, hematológicos, bioquímicos e eletrocardiográficos. Houve redução significativa nos parâmetros FC, PAD, TR, , SpO2, hematócrito, hemoglobina e número de hemácias, e elevação no pH, na glicemia e nas durações do complexo QRS e do intervalo QT. Apenas a bradicardia representou significância clínica, mas sem repercussão nos demais parâmetros. Os níveis de sedação, analgesia e miorrelaxamento obtidos foram satisfatórios, embora com período de latência prolongado. Não houve relevância clínica nas alterações hematológicas e bioquímicas avaliadas. Pode-se concluir que a infusão contínua de dexmedetomidina em caprinos na taxa de 2,1 g/kg/h sem bolus prévio promoveu níveis de sedação, relaxamento muscular e analgesia adequados para procedimentos realizados em condição de campo, desde que associada a outros analgésicos ou anestésicos locais. Não houve depressão respiratória nem alterações hematológicas e bioquímicas, contudo a bradicardia observada implica contraindicação em paciente não hígido, principalmente com comprometimento hemodinâmico. Dessa forma, a dexmedetomidina pode ser indicada para procedimentos cirúrgicos, desde que se considere o período prolongado de latência, seu impacto na FC e a necessidade de complementação analgésica.
In order to determine the minimum rate of continuous intravenous infusion of dexmedetomidine in goats and its analgesic and sedative effects and on physiologic, hemogasometric, hematological, biochemical and electrocardiographic parameters, this thesis was divided into three chapters. In the prelude, a systematic review and meta-analysis was carried out in order to detail the cardiorespiratory alterations of ruminants under the action of dexmedetomidine. To this do so, two independent evaluators performed a broad research in the databases: Pubmed, Science-Direct, Scielo, Google Scholar and PLOS One, using the combination of keywords: dexmedetomidine AND effect AND (goat OR sheep OR cow OR ruminant). The results showed that there are evidences that dexmedetomidine reduces heart rate, mean blood pressure, cardiac output and arterial oxygen tension in addition to increasing arterial carbon dioxide tension, considering pooled effect. In the second chapter, the average intensity of electrical stimulus required to elicit painful reaction in Moxotó breed goats and the minimum rate of intravenous infusion of dexmedetomidine that abolished the reaction to the harmful stimulus were determined. To determine the minimum intensity of the electrical stimulus, two electrodes were positioned on the right flank of the animal and the stimulus was started at 10 mA. The intensity was high in increments of 5 mA, until the moment a positive response to the stimulus was elicited. The mean trigger intensity was obtained by the arithmetic mean of the minimum intensities in which each animal reacted. The minimum infusion rate of dexmedetomidine that abolished the response to the trigger stimulus was determined by the arithmetic mean between the highest infusion rate that did not abolish the voluntary movement to the painful stimulus and that which abolished this movement in each animal, and finally, the arithmetic mean of all animals was obtained. Continuous intravenous infusion of dexmedetomidine at a dose of 2,1 g/kg/h, without prior bolus, was able to abolish the voluntary response to the 21 mA electrical stimulus considered trigger in non-sedated goats. In the third chapter, the effects of intravenous continuous infusion of dexmedetomidine were evaluated at a dose of 2,1 g/kg/h for 90 minutes in 10 goats, with no oxygen supply. Heart rate (HR), respiratory rate (), systolic, diastolic and mean blood pressure (SAP, DAP and MAP, respectively), rectal temperature (RT), partial oxyhemoglobin saturation (SpO2), ruminal motility (RM), sedation scores, muscle relaxation and analgesia, hemogasometric, hematological, biochemical and electrocardiographic parameters were recorded. There was a significant reduction in the following parameters: HR, DAP, RT, , SpO2, hematocrit, hemoglobin and red blood cells, and an increase in pH, in glycemia and QRS complex and QT interval durations. Only bradycardia represented clinical significance, but without repercussion in the other parameters. Sedation, analgesia and myorelaxation scores were satisfactory, although with prolonged latency period. There was no clinical relevance in the hematological and biochemical alterations evaluated. It can be concluded that the continuous infusion of dexmedetomidine in goats at the rate of 2,1 g/kg/h without previous bolus promoted levels of sedation, muscle relaxation and analgesia appropriate to procedures performed in field condition, since associated with other analgesics or local anesthetics. There was no respiratory depression or hematological and biochemical impact; however the bradycardia observed implies contraindication in a non-healthy patient, especially with hemodynamic instability. Thus, dexmedetomidine could be useful for surgical procedures, provided that the prolonged latency period, its impact on HR and the need for analgesic complementation are considered
Resumo
A sedação para procedimentos odontológicos em equinos requer que o paciente em posição quadrupedal, não incremente os riscos de complicações gastrointestinais pós-anestésicas das associações farmacológicas, viabilizando o procedimento. Desse modo, objetivou-se comparar a viabilidade e qualidade da sedação, bem como efeitos cardiorrespiratórios e comportamentais de 15 equinos (10 machos castrados e 5 éguas) pesando entre 300 e 500 kg, submetidos a dois protocolos experimentais diferindo no regime de administração do tratamento: grupo bólus (GB, n=7), detomidina 0,02 mg/kg/IV, e grupo infusão (GI, n=8), detomidina 0,02 mg/kg/IV seguido de infusão contínua de 0,02 mg/kg/h, ambos pré-medicados com acepromazina (0,05 mg/kg/IV), associado ou não ao butorfanol (0,007 mg/kg/IV) para a realização de odontoplastia. Quando a sedação fosse insuficiente, nas avaliações comportamentais (movimento de mastigação, movimento de língua e reposta ao estímulo oral com água), complementou-se a neuroleptoanalgesia com butorfanol (0,007 mg/kg/IV) no regime de tratamento proposto, sendo administrado em bólus no GB e bólus seguido de infusão contínua (0,007 mg/kg/h/IV) para o GI. Nas suplementações de sedação subsequentes, foram administrados detomidina (0,007 mg/kg/IV) e butorfanol (0,007 mg/kg/IV). Avaliou-se coloração de mucosas oral e ocular, TPC, FC, FR, motilidade gastrointestinal, temperatura retal, pressão arterial não invasiva, ataxia, altura de cabeça, movimentação de língua, movimentos mastigatórios e de cabeça, reposta ao estímulo oral com água e qualidade de sedação antes e aos 5, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 minutos de odontoplastia e 15 e 30 minutos após o término do procedimento. No GB, 100% dos animais necessitaram de suplementação da sedação para a exequibilidade do procedimento, enquanto o GI necessitou em 76,7% dos animais. Observou-se para a FC, no GI, redução em T15, T45, T75 e 30-Pós comparado ao T0 (p<0,05), além de menores valores em GI comparado ao GB em T30, T45, T60, T75, T90 e 15-Pós (p<0,05). A FR, A altura de cabeça, reduziu em todos os momentos comparado ao T0, em ambos os grupos, reduzindo até 56% em T5, no GB, e 70% em T60, no GI. Ataxia moderada foi observada em ambos os grupos a partir de T5 até T75 para o GB e T90 para o GI. Não houve diferença para movimento de língua, movimento de mastigação e reposta ao estímulo oral com água. A infusão contínua de detomidina associado ao butorfanol reduziu a necessidade de suplementação na sedação comparado ao tratamento em bólus em equinos submetidos à odontoplastia. A associação detomidina/butorfanol em ambos regimes de administração não resultou em alterações gastrointestinais.
Procedural sedation for dental procedures in horses requires the patient to remain in a standing position, does not increasing the risk of post-anesthetic gastrointestinal complications of drug combinations, associated with the feasibility of the procedure. The objective of this study was to compare the viability, quality of sedation and evaluate the cardiorespiratory and behavioral effects in horses. Fifteen horses (10 geldings and 5 mares), aged between 4-15 years, weighing 350-503 kg were used in this study. They were allocated in two groups, (GB) bolus and (GI) infusion. The GB was treated with detomidine 0.02 mg/kg/IV and GI with detomidine 0.02 mg/kg/IV followed by continuous infusion of 0,02 mg/kg/h, both groups were premedicated with acepromazine (0.05 mg/kg/IV), with or without butorphanol (0.007 mg/kg/IV) to perform odontoplasty. When the sedation score was classified as insufficient, through behavioral assessments (chewing, tongue movement and response to oral stimulation with water), neuroleptoanalgesia was supplemented with butorphanol (0.007 mg/kg/IV) in the proposed treatment regimen, being administered as a bolus in the GB and a bolus followed by infusion (0.007 mg/kg/h/IV) in the GI. If subsequent sedation supplements were necessary, were administered detomidine (0.007 mg/kg/IV) with butorphanol (0.007 mg/kg/IV). Mucous membranes, Capillary refil time, HR, RR, intestinal motility, rectal temperature, non-invasive blood pressure, ataxia, head height, tongue movement, Chewing and head movements, response to oral stimulation with water and quality of sedation were evaluated before and at 5, 15, 30, 45, 60, 75 and 90 minutes of odontoplasty and 15 and 30 minutes after the end of the procedure. In GB, 100% of the animals required sedation supplementation to make the procedure feasible, while in the GI only 76.7% of the animals. It was observed for HR, in GI, reduction in T15, T45, T75 and 30-Post in relation to T0 (p <0.05), in addition to lower values in GI in relation to GB in T30, T45, T60, T75, T90 and 15-Post (p<0.05). RF, head height, decreased at all times compared to T0, in both groups, decreasing up to 56% in T5, in GB, and 70% in T60, in GI. Moderate ataxia were observed in both groups from T5 to T75 for GB and T90 for GI. There was no statistical difference for tongue movement, chewing and response to oral water stimulus. Continuous infusion of detomidine plus butorphanol reduced the need for supplemental sedation compared to bolus treatment in horses undergoing odontoplasty. The combination of detomidine/butorphanol in both administration regimens did not result in gastrointestinal disturbances
Resumo
O estabelecimento de acesso venoso pode ser desafiador em equinos de difícil manipulação, como garanhões e animais altamente estressados atendidos na rotina veterinária. Assim, a administração de fármacos sedativos pela via intramuscular facilita a manipulação desses animais, podendo evitar acidentes e garante maior segurança ao paciente e à equipe envolvida. Nesse cenário, este trabalho tem por objetivo estudar a farmacodinâmica da administração intramuscular de detomidina, associada ou não à morfina. Para tanto, foram avaliados seis equinos hígidos, de qualquer raça, com idade de 2 a 10 anos, em delineamento experimental cruzado, comparando três tratamentos: IMD - administração intramuscular de detomidina 30 µg/kg; IMDM - administração intramuscular de detomidina a 30 µg/kg associada à morfina a 0,1 mg/kg; IVD - administração de detomidina 30 µg/kg pela via intravenosa. Foram avaliados os parâmetros fisiológicos: frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial sistólica, temperatura retal e motilidade intestinal, nos momentos antes e 10, 20, 30, 40, 50, 60, 75, 90, 105 e 120 minutos, e grau de sedação e altura de cabeça acima do solo nos momentos antes e 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 75, 90, 105 e 120 minutos após administração dos fármacos. Para a avaliação dos parâmetros fisiológicos foi realizado teste de normalidade de Shapiro-Wilk, e os dados não paramétricos testados por Kruskal-Wallis, com pós-teste de Dunn. Os dados paramétricos foram submetidos a ANOVA e comparados pelo teste t para amostras independentes. Os escores de sedação foram avaliados pelo teste de Friedman, para a comparação entre os momentos, e pelo teste de Mann Whitney para a comparação entre os tratamentos. As análises estatísticas foram realizadas no programa Biostat 5.3, sendo considerado 5% de significância para todas as análises. A administração de detomidina associada à morfina pela via intramuscular promoveu maiores escores de sedação, quando comparada a administração isolada de detomidina IM. Além disso, mais animais apresentaram redução na altura de cabeça no tratamento IMDM. Contudo, em IMDM houve redução da frequência cardíaca aos 30 minutos de avaliação e redução da motilidade intestinal aos 60, 75, 90 e 105 minutos de avaliação. A associação de morfina e detomidina pela via intramuscular promove sedação de forma variável em cavalos, além disso, resulta em redução da motilidade intestinal mais prolongada quando comparada a administração isolada de detomidina intramuscular.
Establishing venous access can be challenging in horses that are difficult to handle, such as stallions and highly stressed animals treated in veterinary routine. Thus, the administration of sedative drugs through the intramuscular route facilitates the handling of these animals, being able to prevent accidents and ensures greater safety for the patient and the team involved. In this scenario, this work aims to study the pharmacodynamics of intramuscular administration of detomidine, associated or not with morphine. For this purpose, six healthy horses, of any breed, aged 2 to 10 years, were evaluated in a crossover experimental design, comparing three treatments: IMD - intramuscular administration of detomidine 30 µg / kg; IMDM - intramuscular administration of detomidine at 30 µg / kg associated with morphine at 0.1 mg / kg; IVD - administration of detomidine 30 µg / kg intravenously. The physiological parameters were evaluated: heart rate, respiratory rate, systolic blood pressure, rectal temperature and intestinal motility, in the moments before and 10, 20, 30, 40, 50, 60, 75, 90, 105 and 120 minutes, and degree of sedation and head height above the ground in the moments before and 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 75, 90, 105 and 120 minutes after administration of the drugs. For the evaluation of the physiological parameters, the Shapiro-Wilk normality test was performed, and the non-parametric data tested by Kruskal-Wallis, with Dunn's post-test. The parametric data were submitted to ANOVA and compared by the t test for independent samples. The sedation scores were evaluated by the Friedman test, for the comparison between the moments, and by the Mann Whitney test for the comparison between the treatments. Statistical analyzes were performed using the Biostat 5.3 program, with 5% of significance considered for all analyzes. The administration of detomidine associated with morphine via the intramuscular route promoted higher sedation scores when compared to the isolated administration of detomidine IM. In addition, more animals showed a reduction in head height in the IMDM treatment. However, in IMDM there was a reduction in heart rate at 30 minutes of evaluation and a reduction in intestinal motility at 60, 90 and 105 minutes of evaluation. The combination of morphine and detomidine via the intramuscular route promotes variable sedation in horses, in addition, it results in a prolonged reduction in intestinal motility when compared to intramuscular detomidine alone.
Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de duas doses de dexmedetomidina, associada ou não à metadona, sobre o grau de sedação pré e pósanestésico, a função cardiovascular pré-anestésica e intraoperatória e o requerimento da dose de propofol necessária para induzir a anestesia em gatas submetidas à ovariosalpingohisterectomia. Foram utilizadas 30 gatas distribuídas aleatoriamente em 4 grupos experimentais, cada um recebendo dexmedetomidina por via intravenosa em doses de 3µg/kg (DEX3 n=8) ou 5µg/kg (DEX5 n=8) de forma isolada ou em associação com 0,2mg/kg de metadona (DEX3M n=7 e DEX5M n=7). A frequência cardíaca (FC), a pressão arterial sistólica (PAS), o grau de sedação e o requerimento de propofol para a indução anestésica foram avaliados e comparados entre os tratamentos. As gatas de todos os grupos apresentaram diminuição da FC 20 minutos após a administração do tratamento (DEX3 p0,018, DEX5 p0,025, DEX3M p0,025 e DEX5M p0,018. No intraoperatório, a FC aumentou significativamente nos grupos DEX3 e DEX5M. (p<0,05). Um aumento de PAS foi observado 20 minutos após a administração de todos os tratamentos e mais pronunciado na DEX5 (p0,018). Durante a anestesia, houve a diminuição da PAS em DEX3, DEX5 e DEX5M (p<0,05). A dose de propofol necessária para a indução da anestesia (mg/kg) foi 2,52±1,95 (média±desvio padrão), a média do grupo DEX3 foi 3,07±1,59 e a média do grupo DEX5M foi 1,5±0,33. O tempo máximo de sedação foi de 105 minutos. Houve aumento significativo na sedação 15 e 30 minutos após a administração do tratamento quando comparado ao valor basal. Êmese foi observada em 26,7% dos animais. A metadona potencializou a sedação da dexmedetomidina sem efeitos cardiovasculares adicionais quando utilizada como pré-anestésico em gatas. Mais estudos são necessários para definir uma faixa de doses ótima da dexmedetomidina para o uso mais seguros em felinos, porém, a associação com outras classes farmacológicas pode gerar um incremento na analgesia e na sedação, diminuindo os efeitos não desejados.
The aim of this study was to compare the effects of two doses of dexmedetomidine, associated or not with methadone, on the pre and post anesthetic sedation depth, as well as the intraoperative cardiovascular function and the requirement of propofol necessary to induce anesthesia in cats submitted to ovariosalpingohisterectomy. Thirty cats were randomly allocated into 4 experimental groups, each receiving dexmedetomidine intravenously in doses of 3µg/kg (DEX3 n=8) or 5µg/kg (DEX5 n=8) alone or in association with 0.2mg/kg of methadone (DEX3M n=7 and DEX5M n=7). Heart rate (HR), systolic blood pressure (SBP), sedation depth and propofol requirement for anesthetic induction were evaluated and compared between all treatments. The cats of all groups presented a decrease in HR 20 minutes after treatment administration (DEX3 p0.018, DEX5 p0.025, DEX3M p0.025 and DEX5M p0.018). During the intraoperative period, HR increased significantly in group DEX3 and group DEX5M (p <0.05). An increase in SBP was observed 20 minutes after the administration of all treatments and more pronounced in group DEX5 (p0.018). During anesthesia, SBP decreased in DEX3, DEX5 and DEX5M groups (p <0.05). The propofol dose required for anesthesia (mg/kg) induction was 2.52±1.95 (mean±standard deviation), the mean for group DEX3 was 3,071.59 and the mean for group DEX5M was 1.50.33. The maximum sedation time was 105 minutes. There was a significant increase in sedation 15 and 30 minutes after treatment administration when compared to baseline. Emesis was observed in 26.7% of the cats. Methadone increased dexmedetomidine sedation without additional cardiovascular effects when used as preanesthetic in cats. Further studies are needed to define an optimal dose range of dexmedetomidine for safe usage in felines, however, the association with other pharmacological classes can cause an increase in analgesia and sedation, reducing unwanted effects.