Resumo
The phythotherapy is an alternative to use of chemotherapeutical agents against monogenean infection. This study evaluated the anthelmintic activity of essential oil Ocimum gratissimum against monogenean Cichlidogyrus tilapiae as well as its acute toxicity in tilapia juveniles. The mean lethal concentration (LC50) and different concentrations of the essential oil, both in vitro and in vivo assays (short and long-term baths) were assessed. The LC50 was 40.70mg.L-1 and in the in vitro assay this concentration showed 80% efficacy at the last two hours and in the in vivo assay 65.87% efficacy in long-term bath. However, it provoked morphological alterations on the gills such as hyperplasia and edema. The parasites exposure at the highest concentration (320mg.L-1) showed 100% mortality after 2h exposure in the in vitro assay, whereas in the in vivo assay, short-term baths of 5min for 3 consecutive days showed an efficacy of 87.71% without gills damage. These results demonstrate the anthelminthic activity of essential oil O. gratissimum and the safety concentration to use in Nile tilapia.(AU)
A fitoterapia é uma alternativa ao uso de agentes químicos contra infecções por parasitos monogenéticos. Este estudo avaliou a atividade anti-helmíntica do óleo essencial Ocimum gratissimum contra o monogenea Cichlidogyrus tilapiae , bem como sua toxicidade aguda e histopatologia em juvenis de tilápias. Foram avaliadas a concentração letal média (CL50) e diferentes concentrações de óleo essencial, tanto in vitro como in vivo (banho de curta e longa duração). A CL50 foi de 40,70mg.L-1; no ensaio in vitro, essa concentração apresentou 80% de eficácia, e no ensaio in vivo 65,87% de eficácia em banho de exposição crônica. No entanto, provocou alterações morfológicas nas brânquias, como hiperplasia e edema. A exposição dos parasitas na concentração mais elevada (320mg.L-1) mostrou 100% de mortalidade após duas horas de exposição no ensaio in vitro, enquanto no ensaio in vivo, em banho de curta duração de cinco minutos, durante três dias consecutivos, apresentou uma eficácia de 87,71%, sem danos às brânquias. Esses resultados demonstraram a atividade anti-helmíntica do óleo essencial de O. gratissimum e a concentração de segurança para uso na tilápia-do-nilo em banhos de curta duração.(AU)
Assuntos
Animais , Ciclídeos/anatomia & histologia , Ciclídeos/parasitologia , Ocimum/química , Óleos Voláteis/análiseResumo
The phythotherapy is an alternative to use of chemotherapeutical agents against monogenean infection. This study evaluated the anthelmintic activity of essential oil Ocimum gratissimum against monogenean Cichlidogyrus tilapiae as well as its acute toxicity in tilapia juveniles. The mean lethal concentration (LC50) and different concentrations of the essential oil, both in vitro and in vivo assays (short and long-term baths) were assessed. The LC50 was 40.70mg.L-1 and in the in vitro assay this concentration showed 80% efficacy at the last two hours and in the in vivo assay 65.87% efficacy in long-term bath. However, it provoked morphological alterations on the gills such as hyperplasia and edema. The parasites exposure at the highest concentration (320mg.L-1) showed 100% mortality after 2h exposure in the in vitro assay, whereas in the in vivo assay, short-term baths of 5min for 3 consecutive days showed an efficacy of 87.71% without gills damage. These results demonstrate the anthelminthic activity of essential oil O. gratissimum and the safety concentration to use in Nile tilapia.(AU)
A fitoterapia é uma alternativa ao uso de agentes químicos contra infecções por parasitos monogenéticos. Este estudo avaliou a atividade anti-helmíntica do óleo essencial Ocimum gratissimum contra o monogenea Cichlidogyrus tilapiae , bem como sua toxicidade aguda e histopatologia em juvenis de tilápias. Foram avaliadas a concentração letal média (CL50) e diferentes concentrações de óleo essencial, tanto in vitro como in vivo (banho de curta e longa duração). A CL50 foi de 40,70mg.L-1; no ensaio in vitro, essa concentração apresentou 80% de eficácia, e no ensaio in vivo 65,87% de eficácia em banho de exposição crônica. No entanto, provocou alterações morfológicas nas brânquias, como hiperplasia e edema. A exposição dos parasitas na concentração mais elevada (320mg.L-1) mostrou 100% de mortalidade após duas horas de exposição no ensaio in vitro, enquanto no ensaio in vivo, em banho de curta duração de cinco minutos, durante três dias consecutivos, apresentou uma eficácia de 87,71%, sem danos às brânquias. Esses resultados demonstraram a atividade anti-helmíntica do óleo essencial de O. gratissimum e a concentração de segurança para uso na tilápia-do-nilo em banhos de curta duração.(AU)
Assuntos
Animais , Óleos Voláteis/análise , Ocimum/química , Ciclídeos/parasitologia , Ciclídeos/anatomia & histologiaResumo
Abstract The anthelminthic activity of the essential oil (EO) of Piper aduncum L. was tested in vitro on eggs and larvae of resistant (Embrapa2010) and susceptible (McMaster) isolates of Haemonchus contortus. The EO was obtained by steam distillation and its components identified by chromatography. EO concentrations of 12.5 to 0.02 mg/mL were used in the egg hatch test (EHT) and concentrations of 3.12 to 0.01 mg/mL in the larval development test (LDT). Inhibition concentrations (IC) were determined by the SAS Probit procedure, and significant differences assessed by ANOVA followed by Tukeys test. In the EHT, the IC50 for the susceptible isolate was 5.72 mg/mL. In the LDT, the IC50 and IC90 were, respectively, 0.10 mg/mL and 0.34 mg/mL for the susceptible isolate, and 0.22 mg/mL and 0.51 mg/mL for the resistant isolate. The EO (dillapiole 76.2%) was highly efficacious on phase L1. Due to the higher ICs obtained for the resistant isolate, it was raised the hypothesis that dillapiole may have a mechanism of action that resembles those of other anthelmintic compounds. We further review and discuss studies, especially those conducted in Brazil, that quantified the major constituents of P. aduncum-derived EO.(AU)
Resumo Este estudo avaliou a atividade anti-helmíntica in vitro do óleo essencial (OE) de Piper aduncum L. sobre ovos e larvas de Haemonchus contortus, verificando se um isolado resistente (Embrapa2010), apresentaria o mesmo comportamento que um sensível (McMaster). O OE foi obtido por arraste a vapor e analisado por cromatografia para identificação dos constituintes. O óleo foi avaliado nas concentrações de 12,5 a 0,02 mg/mL no Teste de eclosão dos ovos (TEO) e nas concentrações de 3,12 a 0,01 mg/mL no Teste de desenvolvimento larvar (TDL). As concentrações inibitórias (CI) foram determinadas pelo procedimento Probit do SAS e as diferenças estatísticas geradas pela ANOVA seguida pelo teste de Tukey. Para o isolado sensível obteve-se CI50 de 5,72 mg/mL no TEO. No TDL o óleo apresentou CI50 e CI90 de 0,10 mg/mL e 0,34 mg/mL para o isolado sensível e 0,22 mg/mL e 0,51 mg/mL para o resistente, respectivamente. Demonstrou-se que o OE (dilapiol 76,2%) teve alta eficácia sobre a fase L1. Devido às elevadas CIs obtidas para o isolado resistente, levantou-se a hipótese de que o dilapiol talvez possua um mecanismo de ação semelhante a algum grupo anti-helmíntico. O artigo faz uma revisão e discute estudos de quantificação dos constituintes majoritários do OE de P. aduncum, destacando os realizados no Brasil.(AU)
Assuntos
Animais , Anti-Helmínticos/isolamento & purificação , Anti-Helmínticos/farmacologia , Resistência a Medicamentos , Haemonchus/efeitos dos fármacos , Piper/química , Óleos Voláteis , BrasilResumo
Objetivou-se com o presente trabalho, avaliar o efeito anti-helmíntico de Jatropha mollissima por meio de experimentos in vitro e in vivo. Inicialmente foi investigada a concentração de extrato com efeito bioativo, pelo teste de evolução da toxicidade do extrato etanólico de J. mollissima sobre o microcrustáceo Artemia salina, obtendo uma CL50 de 660,80µg/ml, que foi testada em coproculturas contendo larvas infectantes de Haemonchus contortus e em animais para a verificação da redução do OPG. Para o teste in vivo o extrato foi dissolvido em água para se obter as concentrações 660,80µg/ml e 1321,6µg/ml, foram coletadas fezes semanalmente e sangue quinzenalmente. Como resultados dos testes in vitro, o extrato etanólico do caule de Jatropha mollissima mostrou-se tóxico sobre A. salina, com CL50 abaixo de 1000 µg/ml e inibiu a eclosão de ovos e o desenvolvimento de larvas de H. contortus, apresentando uma eficiência de 70,77%. O teste in vivo revelou que o extrato é também eficaz em ovinos, com redução significativa na contagem de OPG após 28 dias de experimento, 47 e 44% de redução nos grupos tratados com o extrato, 7,5% no grupo de animais não tratados e 40,6% com a ivermectina. Mesmo parasitados, os animais permaneceram clinicamente saudáveis e sem anemia. O extrato etanólico do caule de Jatropha mollissima pode representar uma alternativa ao controle da verminose ovina, pois retarda a resistência parasitária.(AU)
This study aimed to evaluate the anthelmintic effect of Jatropha mollissima through in vitro and in vivo experiments. Initially we investigated the concentration of extract with bioactive effect, through the toxicity evolution test of the ethanol extract of J. mollissima on the microcrustacean Artemia salina, obtaining CL50 concentration of 660.80µg/ml, which was tested in fecal cultures containing infective larvae of Haemonchus contortus and in animals for the verification of OPG reduction. For in vivo test, the extract was dissolved in water to obtain concentrations of 660.80µg/ml and 1321.6µg/ml. Feces were collected weekly and blood was collected every fifteen days. As a result of in vitro test, the ethanol extract of the stem of J. mollissima proved toxic on A. salina, with CL50 less than 1000µg/ ml and inhibited the eggs hatching and the development of larvae of H. contortus, presenting an efficiency of 70.77%. in vivo test revealed that the extract is also effective in sheep, with a significant reduction in the count of OPG after 28 days of experiment, 47 and 44% of reduction in the groups treated with the extract, 7.5% in the untreated group of animals and 40.6% with ivermectin. Even parasitized, the animals remained clinically healthy and without anemia. The ethanol extract of the stem of Jatropha mollissima may represent an alternative to the control of sheep worms, because it slows the parasitic resistance.(AU)
Assuntos
Animais , Ovinos/parasitologia , Jatropha/toxicidade , Artemia , Técnicas In Vitro/veterinária , Bioensaio/veterinária , Plantas Medicinais/parasitologia , NematoidesResumo
Objetivou-se com o presente trabalho, avaliar o efeito anti-helmíntico de Jatropha mollissima por meio de experimentos in vitro e in vivo. Inicialmente foi investigada a concentração de extrato com efeito bioativo, pelo teste de evolução da toxicidade do extrato etanólico de J. mollissima sobre o microcrustáceo Artemia salina, obtendo uma CL50 de 660,80µg/ml, que foi testada em coproculturas contendo larvas infectantes de Haemonchus contortus e em animais para a verificação da redução do OPG. Para o teste in vivo o extrato foi dissolvido em água para se obter as concentrações 660,80µg/ml e 1321,6µg/ml, foram coletadas fezes semanalmente e sangue quinzenalmente. Como resultados dos testes in vitro, o extrato etanólico do caule de Jatropha mollissima mostrou-se tóxico sobre A. salina, com CL50 abaixo de 1000 µg/ml e inibiu a eclosão de ovos e o desenvolvimento de larvas de H. contortus, apresentando uma eficiência de 70,77%. O teste in vivo revelou que o extrato é também eficaz em ovinos, com redução significativa na contagem de OPG após 28 dias de experimento, 47 e 44% de redução nos grupos tratados com o extrato, 7,5% no grupo de animais não tratados e 40,6% com a ivermectina. Mesmo parasitados, os animais permaneceram clinicamente saudáveis e sem anemia. O extrato etanólico do caule de Jatropha mollissima pode representar uma alternativa ao controle da verminose ovina, pois retarda a resistência parasitária.(AU)
This study aimed to evaluate the anthelmintic effect of Jatropha mollissima through in vitro and in vivo experiments. Initially we investigated the concentration of extract with bioactive effect, through the toxicity evolution test of the ethanol extract of J. mollissima on the microcrustacean Artemia salina, obtaining CL50 concentration of 660.80µg/ml, which was tested in fecal cultures containing infective larvae of Haemonchus contortus and in animals for the verification of OPG reduction. For in vivo test, the extract was dissolved in water to obtain concentrations of 660.80µg/ml and 1321.6µg/ml. Feces were collected weekly and blood was collected every fifteen days. As a result of in vitro test, the ethanol extract of the stem of J. mollissima proved toxic on A. salina, with CL50 less than 1000µg/ ml and inhibited the eggs hatching and the development of larvae of H. contortus, presenting an efficiency of 70.77%. in vivo test revealed that the extract is also effective in sheep, with a significant reduction in the count of OPG after 28 days of experiment, 47 and 44% of reduction in the groups treated with the extract, 7.5% in the untreated group of animals and 40.6% with ivermectin. Even parasitized, the animals remained clinically healthy and without anemia. The ethanol extract of the stem of Jatropha mollissima may represent an alternative to the control of sheep worms, because it slows the parasitic resistance.(AU)
Assuntos
Animais , Artemia , Ovinos/parasitologia , Jatropha/toxicidade , Nematoides/efeitos dos fármacos , Plantas Medicinais/parasitologia , Bioensaio/veterinária , Técnicas In Vitro/veterináriaResumo
A resistência anti-helmíntica é um dos principais entraves para o controle da verminose em ruminantes e a presença de nematódeos multiresistentes pode inviabilizar a atividade em uma determinada área. Neste trabalho o objetivo foi avaliar a eficácia anti-helmíntica do levamisol e do albendazol em rebanhos ovinos do norte de Minas Gerais. O teste foi realizado em dez propriedades, onde foram selecionados três grupos de 12 borregos cada. Dois desses grupos foram tratados respectivamente com levamisol (5 mg/kg pc) ou albendazol (10 mg/kg pc) e o terceiro grupo não foi tratado. Fezes foram coletadas antes do tratamento e no sétimo dia após, para a realização do teste de redução de ovos por grama de fezes. Foi realizado o cultivo de larvas provenientes dos grupos avaliados para a identificação dos principais gêneros de nematódeos gastrintestinais antes e após os tratamentos. Para todos os rebanhos avaliados no norte de Minas Gerais, o levamisol apresentou eficácia anti-helmíntica elevada, variando de 90% a 100%. Apenas para um rebanho o albendazol seria efetivo e para seis propriedades as eficácias dessa droga foram inferiores a 80%, sendo considerada insuficientemente ativa. Após as coproculturas foram identificadas, em maior ocorrência, larvas dos gêneros Haemonchus e Trichostrongylus. O gênero Haemonchus foi o mais prevalente mesmo após o tratamento dos ovinos. Ressalta-se neste estudo a importância do teste de eficácia in vivo para a escolha das bases anti-helmínticas nas propriedades, pois foi observado que o perfil de susceptibilidade variou entre os diferentes rebanhos.(AU)
The anthelmintic resistance is a major obstacle for the nematode control in ruminants and the presence of multiresistant nematodes could make impracticable the activity in a given area. The objective in this study was to evaluate the anthelmintic efficacy of albendazole and levamisole in sheep herds in northern Minas Gerais. The test was performed on ten farms, where we selected three groups of 12 lambs each. Two of these groups were respectively treated with levamisole (5mg/kg) or albendazole (10mg/kg). The third group did not receive treatment. Feces were collected at 0 and 7 day after treatment for the fecal egg reduction test. The nematode genus was evaluated with the identification of the larvae obtained from culture in the feces pre- and post-treatments. For all evaluated herds the levamisole showed high anthelminthic efficacy, which ranged from 90 to 100%. Only for one herd, the albendazole was effective and for six farms, the efficacy of this drug was less than 80%, considered insufficiently active. After the cultivation of larvae were identified mainly Haemonchus spp. and Trichostrongylus spp. The genus Haemonchus was the most prevalent even after treatment of sheep. It is emphasized the importance of in vivo efficacy tests for choosing anthelmintic drugs, since the susceptibility profile varied among sheep herds evaluated in this study.(AU)
Assuntos
Animais , Ovinos/parasitologia , Anti-Helmínticos/administração & dosagem , Resistência a Medicamentos , Fezes/parasitologia , Nematoides , Haemonchus , Trichostrongylus , StrongyloidesResumo
A bananeira é cultivada pelo homem há pelo menos 6.500 anos. O início desse processo foi marcado pela manifestação espontânea dos fenômenos de partenocarpia, hibridização, poliploidia e pela sua combinação, gerando diferentes cultivares, cujos clones foram selecionados por agricultores primitivos e se disseminaram pelos trópicos, exclusivamente pela ação humana. A banana é hoje a principal fruta cultivada no mundo, existindo farta documentação sobre a utilização dos resíduos da cultura para alimentação de animais e sobre o uso medicamentoso de diferentes partes da planta. No âmbito da Medicina Veterinária, folhas, inflorescências masculinas, pseudocaules e rizomas já foram testados in vitro e in vivo para avaliação de seu efeito anti-helmíntico. Entretanto, em escala comercial, toda essa biomassa deve permanecer no bananal, para cobertura e fertilização do solo, inviabilizando seu aproveitamento como forragem. Por outro lado, no momento da colheita, os cachos de bananas são levados para unidades de triagem denominadas packing-houses, onde as frutas são selecionadas e acondicionadas para expedição, restando os engaços ou pedúnculos dos cachos de bananas disponíveis para o aproveitamento na alimentação animal, com o benefício adicional potencial de controlar infecções verminóticas. O presente trabalho demonstrou que o extrato dos engaços do cultivar Nanica, Subgrupo Cavendish AAA, inibiu significativamente a eclosão in vitro de ovos de Haemonchus contortus, da mesma forma que extratos de folhas e pseudocaules. Transpondo esse achado para um modelo in vivo, 24 cordeiros inteiros, Dorper, foram experimentalmente infectados com larvas de Haemonchus contortus e alocados em blocos a cada um de quatro tratamentos, de acordo com as contagens de ovos nas fezes. Os ovinos receberam, conforme o grupo 0% (controle), 10%, 20% ou 30% de engaços frescos de bananeira picados, calculados em matéria seca, sendo a dieta complementada com feno de braquiária ad libitum e sal mineral. Os animais foram tratados durante 14 dias consecutivos. Glucose de milho e melaço de cana de açúcar foram utilizados para melhorar a aceitação dos engaços pelos animais. Verificou-se um aumento significativo da oviposição em todos os grupos tratados na primeira semana de tratamento, fato possivelmente relacionado com um dos efeitos farmacológicos da bananeira, que promove elevação da serotonina e, por consequência, aumenta a taxa de reprodução dos nematódeos. Na segunda semana obteve-se redução significativa das contagens de ovos nas fezes, sem diferença estatística entre os grupos tratados, sugerindo que o uso continuado dos engaços de bananeira na alimentação pode promover um controle das infecções helmínticas em ruminantes. Demonstrou-se ainda que os taninos condensados exercem papel marginal quando a bananeira é testada in vitro, pois, nesse caso, a adição de polivinilpolipirrolidona, substância capaz de precipitar e suprimir a atividade desses taninos, proporcionou o mesmo grau de inibição da eclosão de ovos de Haemonchus contortus que os extratos puros. Embora relatos recentes tenham sugerido a presença de alcaloides e saponinas na bananeira, tais compostos não foram identificados nas amostras estudadas. Observou-se, todavia, a presença de siringina, um fenilpropanóide, cuja via metabólica engloba as defesas bioquímicas dos cultivares de bananas contra infecções por nematódeos parasitos de plantas. Não obstante, a presença de catecolaminas e ação antiparasitária de esteróis e triterpenos sugerem fortemente que a bananeira atua como um fitocomplexo quando fornecida aos ruminantes como alimento e tratamento contra endoparasitos.
The banana plant has been cultivated by men for at least 6,500 years. The beginning of this process was marked by the spontaneous occurrence of the phenomena of partenocarpy, hybridization, polyploidy and their combination, generating different cultivars, which clones were selected by primitive farmers and were disseminated throughout the tropics, by exclusive human action. Nowadays bananas are the main fruit crop cultivated in the world, and there is plenty documentation regarding the use of crop residues to feed animals and concerning the medicinal use of different parts of the plant. In the field of Veterinary Medicine, leaves, masculine inflorescences, pseudostems and rhizomes have been tested both in vitro and in vivo for the evaluation of their anthelminthic effect. However, in commercial scale, all this biomass has to be kept in the plantation, to cover and fertilize the soil, frustrating its use as forage. On the other hand, at the moment of harvesting, banana bunches are carried to screening facilities called packing-houses, where the fruits are selected and boxed for shipment, leaving the stalks or peduncles of the bunches available to be used as animal fodder, with the potential additional benefit of controlling worm infections. The current work has shown that the extract of the cultivar Nanica, Subgroup Cavendish AAA, has significantly inhibited the in vitro eclosion of Haemonchus contortus eggs, in the same manner as extracts of leaves and pseudostems. Transposing this finding to an in vivo model, 24 non-castrated Dorper lambs were experimentally infected with Haemonchus contortus larvae and allocated in blocks to each of four treatments, according to their faecal egg counts. The sheep were fed, according to the group, 0% (control), 10%, 20% or 30% fresh chopped banana plant stalks, calculated as dry matter, while the diet was complemented with Brachiaria hay ad libitum and mineral salt. The animals were treated during 14 consecutive days. Maize glucose and sugar cane molasses were used to improve the acceptance of the stalks by the lambs. There was a significant increase of the oviposition in all treated groups during the first week of treatment, fact possibly related to one of the pharmacological effects of the banana, which promotes an increase of serotonin levels, consequently enhancing the reproductive tax of the nematodes. On the second week a significant reduction of the faecal egg counts was noted, without statistical difference between the treated groups, suggesting the continuous use of the banana plant stalks as feed may promote a control of helminthic infections in ruminants. It was further shown that condensed tannins play a marginal role when the banana plant is tested in vitro, because the addition of polyvinylpolypyrrolidone, a substance capable of precipitating and supressing the activity of these tannins, resulted in the same level of Haemonchus contortus egg hatch inhibition obtained with the pure extracts. In spite of recent reports suggesting the presence of alkaloids and saponins in the banana plant, these compounds were not detected in any of the samples tested. Otherwise, screening identified syringing, a phenylpropanoid, which metabolic pathway comprises the biochemical defences of the banana cultivars against infections by nematode plant parasites. The presence of catecholamines and the anti-parasitic action of sterols and triterpenes strongly suggest the banana plant acts as a phytocomplex when administered to ruminants as feed and treatment against endoparasites.
Resumo
Espécies vegetais naturalmente selecionadas por ovinos no Bioma Cerrado (W 43º5033.56 e S 16º4110.05) foram avaliadas in vitro e in vivo para o controle de Haemonchus contortus. Após um ano de observações, as famílias das espécies que mostraram maior riqueza foram Fabaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Bignoniaceae, Myrtaceae e Annonaceae. Houve variações do índice de selectividade para nove espécies vegetais selecionadas por ovinos nas estações seca e chuvosa. A coprocultura foi realizada em cinco repetições com 11 tratamentos: ivermectina, água destilada e folhas desidratadas de nove espécies de plantas (333,3 mg g-1 cultura fecal). Após sete dias, as folhas desidratadas de Piptadenia viridiflora e Ximenia americana foram eficazes em 86,5 e 99,8 % respectivamente reduzindo significativamente o número de larvas infectantes presentes na cultura em comparação com o controle com água destilada estéril. A presença de taninos e flavonóides do extrato aquoso e etanólico foi indicado por HPLC (High-performance liquid chromatography). Os extratos de P. viridiflora e X. americana (0,075-2,4 mg mL-1) apresentaram eficácia de 69.6-100% no teste de eclodibilidade. Na inibição do desenvolvimento larval o extrato aquoso de P. viridiflora (1,21-38,62 mg g-1) foi eficaz entre 55,63-100%, para X. americana (1.42-22.70 mg g-1) foi eficaz entre 65,63-100% e significativamente menor que o observado para o controle com água (P<0,05) para ambas as espécies. A eficácia antihelmíntica in vivo foi entre 32,9-47,2% para P. viridiflora, para X. americana não houve eficácia. Valores de hemácias e hematócrito ficaram dentro dos padrões fisiológicos normais para ovinos tratados com P. viridiflora, para albumina plasmática e proteína total, efeitos significativas entre os tratamentos, não foram encontrados. P. viridiflora mostra potencial promissor como tratamento alternativo de haemonchoses. As baixas concentrações de extratos das folhas dessa espécie mostram alta eficácia para eclosão e desenvolvimento larval. O extrato aquoso administrado a 283 mg (ms) kg-1 de peso corporal durante três dias consecutivos promove eficácia de 47,15% para a redução da contagem de ovos nas fezes e sem distúrbios clínicos e sem alterações no sangue.
Plant species naturally selected by sheep grazing in the Cerrado region of Brazil were assessed for in vitro or in vivo activity against Haemonchus contortus. After one year of observations, the plant families showing greatest richness in the region were Fabaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Bignoniaceae, Myrtaceae and Annonaceae. Variation in the selectivity index for nine commonly plant species selected by grazing sheep was observed with respect to the dry and rainy seasons in the Cerrado. Coproculture was conducted in five replicates of 11 treatments: ivermectin, distilled water, or dehydrated leaves of nine selected plant species administered at 333.3 mg g-1 fecal culture (FEC). After seven days, the dried powder of Piptadenia viridiflora and Ximenia americana leaves, were effective at 86.5 and 99.8%, respectively, reducing significantly reduced the number of infective larvae compared to the control with sterile distilled water. The presence of tannins and flavonoids for aqueous and ethanolic extracts was indicated by HPLC (High-performance liquid chromatography). The extracts of P. viridiflora or X. americana (0.075-2.4 mg mL-1) was between 69.6-100% efficacy in the egg hatch inhibition (EHI). In larval development inhibition (LDI), the aqueous extract P. viridiflora (1.21-38.62 mg g-1) anthelminthic efficacies were between 55,63-100%, X. americana (1.42-22.70 mg g-1) efficacies were between 65,63-100% and showed mean of L3 and significantly lower than those observed for the control with water (P<0.05), for both species. The in vivo anthelminthic efficacies were between 32.9 - 47.2% for P. viridiflora, no efficacy for X. americana. Erythrocyte and hematocrit values were within the normal physiological patterns for lambs for P. viridiflora. For plasmatic albumin and total protein, significant effects between treatments were not found. P. viridiflora shows promising potential as alternative treatment of haemonchosis. The low concentrations of leaf extracts show high efficacy to EHI and LDI. Aqueous extract administered at 283 mg (dm) kg-1 bw during three consecutive days promotes efficacy 47,15% to FEC reduction and no clinical or blood disorders.
Resumo
The anthelminthic activity of four plants - Allium sativum (garlic), Punica granatum (pomegranate), Tynnanthus labiatus (liana-carnation) and Cocus nucifera (coconut) with the activity of mebendazole was compared. Seventy Hubbard chickens, naturally infected with Ascarídia galli, divided in 5 groups of 10 chichens plus a control group (not treated, n=20) were used in the experiment. The vegetable matter was used in the forms of aqueous extract, juice and triturated, administered by probe or incorporated to the diet, in the doses of 2, 3 and 10g/kg/day, for three days. A non parametric test was used to evaluate the anthelminthic effect of the plants. The eliminations of A. galli for the garlic, pomegranate, liana-carnation, coconut and mebendazole were: 9.7; 6.6, 16.7; 19.0 and 99.0%, respectively. The results showed that those plants do not have anthelminthic activity.(AU)
Assuntos
Animais , Trematódeos/isolamento & purificação , Ascaridia/isolamento & purificação , Ascaridia/parasitologia , Anti-Helmínticos/administração & dosagem , AvesResumo
The anthelminthic activity of the plants; Allium sativum, Punica granatum, Tynnanthus fasciculatus and Cocus nucifera was studied. Seventy chickens were used, naturally infected with Heterakis gallinarum, divided in groups of ten, with a positive control (20) and a negative (10). The plants were administered in aqueous extract and juice for gavage, and triturated, incorporate to the ration in the dosis of 2, 3 and 10g/kg/day, for three consecutive days. The results were appraised through no-parametric test. A. sativum, P. granatum, T. fasciculatus and C. nucifera eliminated: 6.70; 4.12; 1.25 and 0.22%, respectively. The percentile of elimination of A. sativum and T. fasciculatus, corresponded respectively to 1/4 and 1/6 of the positive control, being C. nucifera and P. granatum similar to negative control. This way, the plants at applied doses didnt present significant activity (P 0.05) on the helmint H. gallinarum.
Estudou-se a atividade anti-helmíntica das plantas; Allium sativum, Punica granatum, Tynnanthus fasciculatus e Cocos nucifera. Foram utilizados 70 frangos infectados naturalmente com Heterakis gallinarum, divididos em grupos de dez animais, com um controle positivo (20) e um negativo (10). Administraram-se as plantas na forma de extrato aquoso e suco por gavage e trituradas incorporadas à ração nas doses de 2, 3 e 10g kg-1 dia-1, durante três dias consecutivos. Os resultados foram avaliados através de teste não. O A. sativum, P. granatum, T. fasciculatus e C. nucifera eliminaram: 6,70; 4,12; 1,25 e 0,22% , respectivamente. Os percentuais de eliminação do A. sativum e do T. fasciculatus, corresponderam respectivamente a 1/4 e 1/6 do controle positivo, sendo o C. nucifera e o P. granatum semelhantes ao controle negativo. Desta forma, as plantas nas doses empregadas não apresentaram atividade significativa (P 0,05) sobre o helminto H. gallinarum .
Resumo
The anthelminthic activity of the plants; Allium sativum, Punica granatum, Tynnanthus fasciculatus and Cocus nucifera was studied. Seventy chickens were used, naturally infected with Heterakis gallinarum, divided in groups of ten, with a positive control (20) and a negative (10). The plants were administered in aqueous extract and juice for gavage, and triturated, incorporate to the ration in the dosis of 2, 3 and 10g/kg/day, for three consecutive days. The results were appraised through no-parametric test. A. sativum, P. granatum, T. fasciculatus and C. nucifera eliminated: 6.70; 4.12; 1.25 and 0.22%, respectively. The percentile of elimination of A. sativum and T. fasciculatus, corresponded respectively to 1/4 and 1/6 of the positive control, being C. nucifera and P. granatum similar to negative control. This way, the plants at applied doses didnt present significant activity (P 0.05) on the helmint H. gallinarum.
Estudou-se a atividade anti-helmíntica das plantas; Allium sativum, Punica granatum, Tynnanthus fasciculatus e Cocos nucifera. Foram utilizados 70 frangos infectados naturalmente com Heterakis gallinarum, divididos em grupos de dez animais, com um controle positivo (20) e um negativo (10). Administraram-se as plantas na forma de extrato aquoso e suco por gavage e trituradas incorporadas à ração nas doses de 2, 3 e 10g kg-1 dia-1, durante três dias consecutivos. Os resultados foram avaliados através de teste não. O A. sativum, P. granatum, T. fasciculatus e C. nucifera eliminaram: 6,70; 4,12; 1,25 e 0,22% , respectivamente. Os percentuais de eliminação do A. sativum e do T. fasciculatus, corresponderam respectivamente a 1/4 e 1/6 do controle positivo, sendo o C. nucifera e o P. granatum semelhantes ao controle negativo. Desta forma, as plantas nas doses empregadas não apresentaram atividade significativa (P 0,05) sobre o helminto H. gallinarum .