Resumo
Background: Diarrhea induced by infectious factors may lead to significant health problems in dogs. Canine parvovirus(CPV), canine coronavirus (CCV), canine distemper virus (CDV), Giardia spp., Escherichia coli (E. coli), and Salmonella spp. are the important infectious agents that may induce diarrhea in dogs. The present study aimed to investigatethe effect of CPV, CCV, CDV, Giardia spp., E. coli, and Salmonella spp. infections on the change in serum calprotectin(Calp) concentration.Materials, Methods & Results: A total of 30 dogs were enrolled in the study. The study dogs were divided into 3 groups.Healthy animals as confirmed by clinical examination and animals negative for the specified pathogens were placed inGroup 1. Animals infected by one or more agents, including CPV, CCV, CDV, and Giardia spp., but negative for E. coli orSalmonella spp. were placed in Group 2. Finally, animals positive for E. coli or Salmonella spp. and infected or not infectedby one or more agents, including CPV, CCV, CDV, and Giardia spp., were placed in Group 3. Stool samples and rectaland conjunctival swab samples were collected to investigate the etiologic agents that induced diarrhea. Blood samples werecollected through vena cephalica antebrachii for hematological and biochemical examinations. The samples were obtainedvia routine clinical examinations at the Prof. Dr. Servet Sekin outpatient clinic at Dicle University Veterinary Faculty. CPV,CCV, CDV, and Giardia spp. diagnoses were made based on immunochromatographic test kits. The bacteriological analysisof stool samples was used to diagnose E. coli and Salmonella spp. infection...
Assuntos
Animais , Cães , Complexo Antígeno L1 Leucocitário/análise , Disenteria/sangue , Disenteria/veterinária , Enterotoxinas , Gastroenterite/veterinária , Doenças Inflamatórias Intestinais/veterinária , Técnicas BacteriológicasResumo
Background: Diarrhea induced by infectious factors may lead to significant health problems in dogs. Canine parvovirus(CPV), canine coronavirus (CCV), canine distemper virus (CDV), Giardia spp., Escherichia coli (E. coli), and Salmonella spp. are the important infectious agents that may induce diarrhea in dogs. The present study aimed to investigatethe effect of CPV, CCV, CDV, Giardia spp., E. coli, and Salmonella spp. infections on the change in serum calprotectin(Calp) concentration.Materials, Methods & Results: A total of 30 dogs were enrolled in the study. The study dogs were divided into 3 groups.Healthy animals as confirmed by clinical examination and animals negative for the specified pathogens were placed inGroup 1. Animals infected by one or more agents, including CPV, CCV, CDV, and Giardia spp., but negative for E. coli orSalmonella spp. were placed in Group 2. Finally, animals positive for E. coli or Salmonella spp. and infected or not infectedby one or more agents, including CPV, CCV, CDV, and Giardia spp., were placed in Group 3. Stool samples and rectaland conjunctival swab samples were collected to investigate the etiologic agents that induced diarrhea. Blood samples werecollected through vena cephalica antebrachii for hematological and biochemical examinations. The samples were obtainedvia routine clinical examinations at the Prof. Dr. Servet Sekin outpatient clinic at Dicle University Veterinary Faculty. CPV,CCV, CDV, and Giardia spp. diagnoses were made based on immunochromatographic test kits. The bacteriological analysisof stool samples was used to diagnose E. coli and Salmonella spp. infection...(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Disenteria/sangue , Disenteria/veterinária , Gastroenterite/veterinária , Enterotoxinas , Complexo Antígeno L1 Leucocitário/análise , Técnicas Bacteriológicas , Doenças Inflamatórias Intestinais/veterináriaResumo
A pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2 ainda causa indagações na comunidade científica, que busca compreender o papel dos animais no ciclo de contaminação como fonte/origem da doença e sobre a confirmação da COVID-19 como uma nova antropozoonose, Especialmente, cães e gatos trazem uma preocupação maior por conta de sua convivência íntima com seres humanos compartilhando o mesmo ambiente, quase que ininterruptamente, aumentando assim seu risco de exposição ao patógeno. Sabe-se que nesses animais outras espécies de coronavírus causam doenças espécie-específicas, como o coronavírus canino respiratório e o coronavírus canino entérico nos cães e o coronavírus felino em gatos, que podem ser transmitidos, ocasionalmente, para outros animais, porém não em humanos. Alguns relatos de infecção natural por SARS-CoV-2 em cães e gatos já foram publicados, bem como investigações sobre a susceptibilidade dessas espécies ao vírus. As instituições internacionais de vigilância em saúde humana e animal também já se pronunciaram a respeito da relação entre animais domésticos e a COVID-19. Esta revisão pretende atualizar o leitor na casuística de infecções por SARSCoV-2 em cães e gatos de estimação, discutir as conexões entre esses animais e o novo coronavírus humano e alertar sobre o comportamento inoportuno e desnecessário de abandono desses animais durante a pandemia da COVID-19.
The Novel Coronavirus SARS-CoV-2 pandemic still raises questions in the scientific community about the source of disease contamination, and confirmation of COVID-19 as a new anthropozoonosis, which seeks to understand the role of animals in the beginning and maintainance of the pandemic cycle. Specially, dogs and cats are of greater concern because of their close, almost uninterrupted, contact with humans sharing the same environment, thus increasing their risk of exposure to the pathogen. In these animals, other strains of coronavirus are known to cause species-specific diseases, such as respiratory canine coronavirus and enteric canine coronavirus in dogs and feline coronavirus in cats. However, both can occasionally cause disease only in other species of non-human animals. Some reports of natural SARS-CoV-2 infection in dogs and cats have been published, as well as investigations into the susceptibility of these species to the virus. International human and animal health surveillance institutions have also commented on the relationship between domestic animals and COVID-19. This review intends to update the reader about SARS-CoV-2 infections in the context of dogs and cats, discussing the connections between these animals and the new human coronavirus and warning about the inappropriate and unnecessary abandonment of these animals during the COVID-19 pandemic.
Assuntos
Animais , Gatos , Cães , Vínculo Humano-Animal , Coronavírus Relacionado à Síndrome Respiratória Aguda Grave/patogenicidadeResumo
A pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2 ainda causa indagações na comunidade científica, que busca compreender o papel dos animais no ciclo de contaminação como fonte/origem da doença e sobre a confirmação da COVID-19 como uma nova antropozoonose, Especialmente, cães e gatos trazem uma preocupação maior por conta de sua convivência íntima com seres humanos compartilhando o mesmo ambiente, quase que ininterruptamente, aumentando assim seu risco de exposição ao patógeno. Sabe-se que nesses animais outras espécies de coronavírus causam doenças espécie-específicas, como o coronavírus canino respiratório e o coronavírus canino entérico nos cães e o coronavírus felino em gatos, que podem ser transmitidos, ocasionalmente, para outros animais, porém não em humanos. Alguns relatos de infecção natural por SARS-CoV-2 em cães e gatos já foram publicados, bem como investigações sobre a susceptibilidade dessas espécies ao vírus. As instituições internacionais de vigilância em saúde humana e animal também já se pronunciaram a respeito da relação entre animais domésticos e a COVID-19. Esta revisão pretende atualizar o leitor na casuística de infecções por SARSCoV-2 em cães e gatos de estimação, discutir as conexões entre esses animais e o novo coronavírus humano e alertar sobre o comportamento inoportuno e desnecessário de abandono desses animais durante a pandemia da COVID-19.(AU)
The Novel Coronavirus SARS-CoV-2 pandemic still raises questions in the scientific community about the source of disease contamination, and confirmation of COVID-19 as a new anthropozoonosis, which seeks to understand the role of animals in the beginning and maintainance of the pandemic cycle. Specially, dogs and cats are of greater concern because of their close, almost uninterrupted, contact with humans sharing the same environment, thus increasing their risk of exposure to the pathogen. In these animals, other strains of coronavirus are known to cause species-specific diseases, such as respiratory canine coronavirus and enteric canine coronavirus in dogs and feline coronavirus in cats. However, both can occasionally cause disease only in other species of non-human animals. Some reports of natural SARS-CoV-2 infection in dogs and cats have been published, as well as investigations into the susceptibility of these species to the virus. International human and animal health surveillance institutions have also commented on the relationship between domestic animals and COVID-19. This review intends to update the reader about SARS-CoV-2 infections in the context of dogs and cats, discussing the connections between these animals and the new human coronavirus and warning about the inappropriate and unnecessary abandonment of these animals during the COVID-19 pandemic.(AU)
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Animais , Gatos , Cães , Coronavírus Relacionado à Síndrome Respiratória Aguda Grave/patogenicidade , Vínculo Humano-AnimalAssuntos
Animais , Cães , Zoonoses , Doenças do Cão/epidemiologia , SARS-CoV-2 , COVID-19/veterináriaResumo
Mamastrovirus 5 (MAstV5), belonging to the Astroviridae (AstV) family, previously known as canine astrovirus or astrovirus-like particles, has been reported in several countries to be associated with viral enteric disease in dogs since the 1980s. Astroviruses have been detected in fecal samples from a wide variety of mammals and birds that are associated with gastroenteritis and extra enteric manifestations. In the present study, RT-PCR was used to investigate the presence of MAstV5 in 269 dog fecal samples. MAstV5 was detected in 26% (71/269) of the samples. Interestingly, all MAstV5-positive samples derived from dogs displaying clinical signs suggestive of gastroenteritis, other enteric viruses were simultaneously detected (canine parvovirus, canine distemper virus, canine coronavirus, canine adenovirus and canine rotavirus). Based on genomic sequence analysis of MAstV5 a novel classification of the species into four genotypes, MAstV5a-MAstV5d, is proposed. Phylogenetic analyses based on the ORF2 amino acid sequences, samples described herein grouped into the putative genotype a' closed related with Chinese samples. Other studies are required to attempt the clinical and antigenic implications of these astrovirus genotypes in dogs.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Mamastrovirus/classificação , Mamastrovirus/genética , Mamastrovirus/isolamento & purificação , Infecções por Astroviridae/veterinária , Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa/métodos , BrasilResumo
Although the use of vaccines has controlled enteric diseases in dogs in many developed countries, vaccine coverage is still under optimal situation in Brazil. There is a large population of nonimmunized dogs and few studies about the identification of the viruses associated with diarrhea. To address this situation, stool samples from 325 dogs were analyzed by polymerase chain reaction for the detection of common enteric viruses such as Canine adenovirus (CAdV), Canine coronavirus (CCoV), Canine distemper virus (CDV), Canine rotavirus (CRV) and Carnivorous protoparvovirus 1 (canine parvovirus 2; CPV-2). At least one of these species was detected in 56.6% (184/325) of the samples. The viruses detected most frequently in either diarrheic or nondiarrheic dog feces were CPV-2 (54.3% of the positive samples), CDV (45.1%) and CCoV (30.4%), followed by CRV (8.2%) and CAdV (4.9%). Only one agent was detected in the majority of the positive samples (63%), but co-infections were present in 37% of the positive samples and mainly included CDV and CPV-2. The data presented herein can improve the clinical knowledge in regions with low vaccine coverage and highlight the need to improve the methods used to control these infectious diseases in domestic dogs.(AU)
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Animais , Cães , Parvovirus Canino/isolamento & purificação , Infecções por Parvoviridae/epidemiologia , Infecções por Parvoviridae/imunologia , Infecções por Parvoviridae/veterinária , Diarreia/veterinária , Coinfecção/veterinária , Cobertura Vacinal , Vacinação em Massa/veterinária , Brasil/epidemiologiaResumo
Canine coronavirus (CCoV) exists in types I and II and infects dogs leading mainly to enteritis, though type II has already been associated with generalized and highly lethal infection. A CCoV-type II inactivated vaccine produced in A72 canine cells is available worldwide and largely used, though the molecular stability after serial passages of vaccine seeds is unknown. This article reports the evolution of the CCoV-II vaccine strain 1-71 in A72 cells based on partial S gene sequencing, showing the predominance of neutral evolution and the occurrence of four sites under purifying selection. Thus, cell-adapted strains of CCoV-II may be genetically stable after serial passages in a same cell line due to a stable virus-host relationship.(AU)
O Coronavírus canino (CCoV) ocorre como tipos I e II e infecta cães, levando principalmente a enterite, apesar do tipo II já ter sido associado à infecção generalizada e altamente letal. Uma vacina de CCoV-II inativada produzida em células caninas A72 é disponível mundialmente e largamente utilizada, apesar da sua estabilidade molecular após passagens seriadas de sementes vacinais ser desconhecida. Este artigo relata a evolução da amostra vacinal CCoC-II 1-71 em células A-72 com base em sequenciamento parcial do gene S, demonstrando predomínio de evolução neutra e a ocorrência de quaro sítios sob seleção purificante. Portanto, amostras de CCoV-II adaptadas a cultivos celulares podem ser estáveis geneticamente após passagens seriadas em uma mesma linhagem celular devido à existência de uma relação estável vírus-hospedeiro.(AU)
Assuntos
Coronavirus Canino , Vacinas de Produtos Inativados/análise , Inoculações Seriadas , Vacinas/históriaResumo
Canine coronavirus (CCoV) exists in types I and II and infects dogs leading mainly to enteritis, though type II has already been associated with generalized and highly lethal infection. A CCoV-type II inactivated vaccine produced in A72 canine cells is available worldwide and largely used, though the molecular stability after serial passages of vaccine seeds is unknown. This article reports the evolution of the CCoV-II vaccine strain 1-71 in A72 cells based on partial S gene sequencing, showing the predominance of neutral evolution and the occurrence of four sites under purifying selection. Thus, cell-adapted strains of CCoV-II may be genetically stable after serial passages in a same cell line due to a stable virus-host relationship.(AU)
O Coronavírus canino (CCoV) ocorre como tipos I e II e infecta cães, levando principalmente a enterite, apesar do tipo II já ter sido associado à infecção generalizada e altamente letal. Uma vacina de CCoV-II inativada produzida em células caninas A72 é disponível mundialmente e largamente utilizada, apesar da sua estabilidade molecular após passagens seriadas de sementes vacinais ser desconhecida. Este artigo relata a evolução da amostra vacinal CCoC-II 1-71 em células A-72 com base em sequenciamento parcial do gene S, demonstrando predomínio de evolução neutra e a ocorrência de quaro sítios sob seleção purificante. Portanto, amostras de CCoV-II adaptadas a cultivos celulares podem ser estáveis geneticamente após passagens seriadas em uma mesma linhagem celular devido à existência de uma relação estável vírus-hospedeiro.(AU)
Assuntos
Coronavirus Canino , Vacinas de Produtos Inativados/análise , Vacinas/história , Inoculações SeriadasResumo
The purpose of this study was to evaluate the imunnostimulatory adjuvant capacity of water extract from brown propolis (WEBP) when added to a vaccine against canine parvovirus (CPV) and canine coronavirus (CCoV), regarding the production of IFN-?. Mice were vaccinated with CPV and CCoV (3.0 x 106 TCID50) with or without 400 µg/dose of WEBP. Thirty days after the third dose, splenocytes were cultured to measure the expression levels of IFN-? mRNA in the immunized animals. Increased levels of IFN-? mRNA expression for CCoV were evidenced by RT-PCR, in the splenocytes of mice inoculated with the vaccine containing 400 ?g/dose of WEBP, demonstrating the ability of propolis to stimulate cellular immune responses against the antigens of this virus. In contrast, the levels of IFN-? to CPV were not influenced by the presence of WEBP.
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade adjuvante imunoestimulatória do extrato aquoso de própolis marrom (EAPM) quando associado a uma vacina contra parvovírus canino (CPV) e coronavírus canino (CCoV), com relação à produção de IFN-?. Camundongos foram vacinados com CPV e CCoV (3,0x106 TCDI50) em associação ou não com 400 ?g/dose de EAPM. Trinta dias após a terceira dose foi realizado cultivo de esplenócitos para mensuração dos níveis de expressão de mRNA para IFN-? nos animais imunizados. O aumento nos níveis de expressão de mRNA para IFN-? para CCoV nos esplenócitos dos camundongos inoculados com a vacina contendo 400 ?g/dose de EAPM foi evidenciado por RT-PCR, demonstrando a capacidade da própolis em estimular a resposta imune celular contra os antígenos desse vírus. Ao contrário, os níveis de IFN-? para CPV não sofreram influência da presença do EAPM.
Assuntos
Animais , Cães , Coronavirus Canino/fisiologia , Imunização/veterinária , Parvovirus Canino/fisiologia , Própole/análise , Adjuvantes Imunológicos/uso terapêutico , Camundongos , Cobaias , Vacinas/análiseResumo
The purpose of this study was to evaluate the imunnostimulatory adjuvant capacity of water extract from brown propolis (WEBP) when added to a vaccine against canine parvovirus (CPV) and canine coronavirus (CCoV), regarding the production of IFN-?. Mice were vaccinated with CPV and CCoV (3.0 x 106 TCID50) with or without 400 µg/dose of WEBP. Thirty days after the third dose, splenocytes were cultured to measure the expression levels of IFN-? mRNA in the immunized animals. Increased levels of IFN-? mRNA expression for CCoV were evidenced by RT-PCR, in the splenocytes of mice inoculated with the vaccine containing 400 ?g/dose of WEBP, demonstrating the ability of propolis to stimulate cellular immune responses against the antigens of this virus. In contrast, the levels of IFN-? to CPV were not influenced by the presence of WEBP.(AU)
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade adjuvante imunoestimulatória do extrato aquoso de própolis marrom (EAPM) quando associado a uma vacina contra parvovírus canino (CPV) e coronavírus canino (CCoV), com relação à produção de IFN-?. Camundongos foram vacinados com CPV e CCoV (3,0x106 TCDI50) em associação ou não com 400 ?g/dose de EAPM. Trinta dias após a terceira dose foi realizado cultivo de esplenócitos para mensuração dos níveis de expressão de mRNA para IFN-? nos animais imunizados. O aumento nos níveis de expressão de mRNA para IFN-? para CCoV nos esplenócitos dos camundongos inoculados com a vacina contendo 400 ?g/dose de EAPM foi evidenciado por RT-PCR, demonstrando a capacidade da própolis em estimular a resposta imune celular contra os antígenos desse vírus. Ao contrário, os níveis de IFN-? para CPV não sofreram influência da presença do EAPM.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Própole/análise , Imunização/veterinária , Parvovirus Canino/fisiologia , Coronavirus Canino/fisiologia , Adjuvantes Imunológicos/uso terapêutico , Vacinas/análise , Camundongos , CobaiasResumo
The purpose of this study was to evaluate the imunnostimulatory adjuvant capacity of water extract from brown propolis (WEBP) when added to a vaccine against canine parvovirus (CPV) and canine coronavirus (CCoV), regarding the production of IFN-. Mice were vaccinated with CPV and CCoV (3.0 x 106 TCID50) with or without 400 µg/dose of WEBP. Thirty days after the third dose, splenocytes were cultured to measure the expression levels of IFN- mRNA in the immunized animals. Increased levels of IFN- mRNA expression for CCoV were evidenced by RT-PCR, in the splenocytes of mice inoculated with the vaccine containing 400 g/dose of WEBP, demonstrating the ability of propolis to stimulate cellular immune responses against the antigens of this virus. In contrast, the levels of IFN- to CPV were not influenced by the presence of WEBP.
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade adjuvante imunoestimulatória do extrato aquoso de própolis marrom (EAPM) quando associado a uma vacina contra parvovírus canino (CPV) e coronavírus canino (CCoV), com relação à produção de IFN-. Camundongos foram vacinados com CPV e CCoV (3,0x106 TCDI50) em associação ou não com 400 g/dose de EAPM. Trinta dias após a terceira dose foi realizado cultivo de esplenócitos para mensuração dos níveis de expressão de mRNA para IFN- nos animais imunizados. O aumento nos níveis de expressão de mRNA para IFN- para CCoV nos esplenócitos dos camundongos inoculados com a vacina contendo 400 g/dose de EAPM foi evidenciado por RT-PCR, demonstrando a capacidade da própolis em estimular a resposta imune celular contra os antígenos desse vírus. Ao contrário, os níveis de IFN- para CPV não sofreram influência da presença do EAPM.
Resumo
Coronavirus são RNA vírus sentido positivo, envelopados, comumente associados a infecções brandas em aves e mamíferos. A infecção por CCoV é comum em cães jovens, principalmente em animais que vivem em canis e abrigos, associada à ocorrência de diarreia branda e autolimitante, causada pela infecção das células das vilosidades do intestino delgado. São conhecidos dois genótipos: CCoV-I e CCoV-II, o qual é subdividido em CCoV-IIa e CCoV-IIb. O CCoV-IIa, é uma variante altamente patogênica associada à doença sistêmica e acentuada linfopenia. Diferentemente de outros CCoV realiza viremia e, assim, determina a disseminação do vírus para diversos órgãos, incluindo tecidos linfóides. Nesse sentido, o envolvimento da infecção de macrófagos correlacionada à gravidade da doença e linfopenia, vem sendo sugerido. Este trabalho teve por objetivo promover a infecção de macrófagos caninos derivados de monócitos sanguíneos e avaliar a replicação viral, despolarização da membrana mitocondrial e os complexos da cadeia respiratória mitocondrial às 6, 12, 18 e 24 horas pós-infecção. A estatística descritiva incluiu média ± desvio padrão (s.d.). As médias foram comparadas através da análise de variância, ANOVA. Foi possível observar que a infecção por CCoV induziu a liberação de novas partículas virais entre 18 e 24 horas pós-infecção. Ainda, a infecção viral esteve associada à despolarização e disfunção da membrana mitocondrial, afetando o complexo III da cadeia respiratória. Desse modo, acreditase que o CCoV induz a uma falha bioenergética mitocondrial, atuando como um desacoplador da cadeia respiratória no complexo III dos macrófagos caninos infectados, sem comprometer a replicação viral. A patogenia da doença causada pela variante pantrópica do CCoV é pouco elucidada e, assim, os achados desse estudo podem auxiliar na compreensão da interação vírus-hospedeiro.
Coronaviruses are enveloped positive-sense RNA viruses commonly associated with mild infections in birds and mammals. CCoV infection is common in young dogs, especially kennel and shelter animals, associated with the occurrence of mild, selflimiting diarrhea caused by infection of small intestinal villus cells. Two genotypes are known: CCoV-I and CCoV-II, which is subdivided into CCoV-IIa and CCoV-IIb. CCoV-IIa is a highly pathogenic variant associated with systemic disease and marked lymphopenia. Unlike other CCoV it carries viremia and thus determines the spread of the virus to various organs including lymphoid tissues. In this sense, the involvement of macrophage infection correlated with disease severity and lymphopenia has been suggested. This study aimed to promote the infection of canine macrophages derived from blood monocytes and to evaluate viral replication, mitochondrial membrane depolarization and mitochondrial respiratory chain complexes at 6, 12, 18 and 24 hours post-infection. Descriptive statistics included mean ± standard deviation (s.d.). Means were compared by analysis of variance, ANOVA. It was observed that CCoV infection induced the release of new viral particles between 18 and 24 hours after infection. Moreover, viral infection was associated with depolarization and mitochondrial membrane dysfunction, affecting respiratory chain complex III. Thus, CCoV is believed to induce mitochondrial bioenergetic failure, acting as a decoupler of the respiratory chain in complex III of infected canine macrophages, without compromising viral replication. The pathogenesis of the disease caused by the CCoV pantropic variant is poorly understood, and thus the findings of this study may help in understanding the virushost interaction.
Resumo
P34 is an antimicrobial peptide produced by a Bacillus sp. strain isolated from the intestinal contents of a fish in the Brazilian Amazon basin with reported antibacterial activity. The aim of this work was to evaluate the peptide P34 for its in vitro antiviral properties against canine adenovirus type 2 (CAV-2), canine coronavirus (CCoV), canine distemper virus (CDV), canine parvovirus type 2 (CPV-2), equine arteritis virus (EAV), equine influenza virus (EIV), feline calicivirus (FCV) and feline herpesvirus type 1 (FHV-1). The results showed that the peptide P34 exhibited antiviral activity against EAV and FHV-1. The peptide P34 inhibited the replication of EAV by 99.9% and FHV-1 by 94.4%. Virucidal activity was detected only against EAV. When P34 and EAV were incubated for 6 h at 37 °C the viral titer reduced from 10(4.5) TCID50 to 10(2.75) TCID50, showing a percent of inhibition of 98.6%. In conclusion, our results demonstrated that P34 inhibited EAV and FHV-1 replication in infected cell cultures and it showed virucidal activity against EAV. Since there is documented resistance to the current drugs used against herpesviruses and there is no treatment for equine viral arteritis, it is advisable to search for new antiviral compounds to overcome these infections.
Assuntos
Animais , Animais Domésticos/virologia , Peptídeos Catiônicos Antimicrobianos/farmacologia , Antivirais/farmacologia , Bacillus/metabolismo , Vírus/efeitos dos fármacos , Peptídeos Catiônicos Antimicrobianos/isolamento & purificação , Antivirais/isolamento & purificação , Brasil , Bacillus/isolamento & purificação , Proteínas de Bactérias/isolamento & purificação , Peixes/microbiologia , Fatores de Tempo , Carga ViralResumo
Este artigo descreve a anteriormente desconhecida diversidade molecular de amostras brasileiras de Coronavírus canino (CCoV). Vinte e duas amostras foram submetidas à análise da sequência parcial do gene codificador da proteína de membrana, sendo 12 classificadas como CCoV Tipo II e 10 como CCoV Tipo I e uma possível sublinhagem tipicamente brasileira foi encontrada para o CCoV Tipo II.(AU)
Assuntos
Animais , Filogenia , Coronavirus Canino/patogenicidade , Cães/classificaçãoResumo
This study was designed to evaluate whether an ethanolic extract of green propolis (EEP) can interfere with p roduction of specific antibodies after immunization against parvovirus (CPV) and canine coronavirus (CCoV). Mice were vaccinated with CPV and CCoV (0.75, 1.5 and 3 x 106 TCID50) with or without 400 μg/dose of the EEP. Twenty one days after the third dose was measured serum IgG. The co-administration of the EEP significantly enhanced serum specific IgG responses to CPV in animals inoculated with the highest concentration of the antigen, and had no influence on levels of antibodies to CCoV. The results indicate that the EEP has immunomodulatory action closely dependent on the type and concentration of antigen used, being able to increase the levels of antibodies to CPV.(AU)
Este estudo foi realizado para avaliar se extrato etanólico de própolis verde (EEP) pode interferir na produção de anticorpos específicos após imunização contra parvovírus (CPV) e coronavírus canino (CCoV). Camundongos foramvacinados com CPV e CCoV (0.75, 1.5 e 3 x 106 TCID50) com ou sem 400 μg/dose de EEP. Vinte e um dias após a terceira dose foi mensurado IgG sérica. A coadministração de EEP aumentou significativamente os níveis de IgG específica para o CPV em animais inoculados com a maior concentração do antígeno, e não teve influência sobre os níveis de anticorpos para CCoV. Os resultados indicam que o EEP tem ação imunomoduladora intimamente dependente do tipo e concentração do antígeno utilizado, sendo capaz de aumentar os níveis de anticorpos contra CPV.(AU)
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Animais , Alergia e Imunologia/tendências , Anticorpos/análise , Própole/uso terapêutico , Parvovirus/patogenicidade , Coronavirus/patogenicidadeResumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência da infecção por Clostridium perfringens e Clostridium difficile frente a outros enteropatógenos de relevância em cães, como parvovírus, coronavírus, rotavírus, Giardia spp., Salmonella spp. e Escherichia coli. Foram coletadas 154 amostras fecais, sendo 92 de cães diarreicos, oriundos de hospitais veterinários e 62 amostras de cães aparentemente saudáveis (controle). Dividiu-se os cães em quatro faixas etárias: 0 a 6 meses (imunidade passiva), 7 a 12 meses (estabelecimento da imunidade ativa), 13 a 60 meses (adultos) e maiores do que 61 meses (idosos). Após isolamento de C. perfringens em meio seletivo, realizou-se PCR para os seguintes genes: cpa, cpb, etx, iap, cpb2, cpe, netB, netE, netF e netG. As estirpes isoladas de C. difficile foram submetidas a ribotipagem e detecção dos seguintes genes tcdA, tcdB, tpi e cdtB. Realizou-se ainda ELISA para detecção das toxinas A/B em amostras de fezes de onde foram isoladas estirpes toxigênicas de C. difficile e, além disso, ELISA para a detecção da enterotoxina (CPE) nas amostras de fezes de cães que foram positivos para estirpes de C. perfringens cpe +. Para o diagnóstico diferencial de outros enteropatógenos, realizou-se a pesquisa de Salmonella spp. por isolamento; detecção dos patotipos de E. coli por isolamento seguido de PCR, e testes rápidos para detecção de Parvovirus canino tipo 2 (CPV), coronavirus canino (CCV), rotavirus canino (CRV) e Giardia spp. Não foi identificado nenhum enteropatógeno em 52,1% dos animais diarreicos e em 50% dos cães saudáveis. Houve uma associação positiva entre a presença do gene cpe de C. perfringens e a ocorrência de diarreia (p=0,006), sendo a toxina CPE encontrada em metade dessas amostras fecais. O gene codificador da recém descrita toxina NetE foi encontrado em 70% das estirpes de C. perfringens positivas para cpe, todas oriundas de animais com idade superior a 12 meses. A frequência de estirpes toxigênicas de C. difficile aumentou em cães com idade superior a 60 meses e o ribotipo 014/020 foi o mais frequente no presente estudo. Entre as coinfecções detectadas destacam-se dois casos em que os cães eram positivos para C. perfringens tipo A cpe+ e netE+netF+ e C. difficile, algo inédito na literatura. Este estudo sugere que C. difficile e C. perfringens são importantes nas diarreias em cães e podem ocorrer em coinfecções com outros enteropatógenos, inclusive entre agentes do gênero Clostridium.
The aim of this study was to evaluate the occurrence of Clostridium perfringens and Clostridium difficile infection compared to other enteropathogens in dogs, such as parvovirus, coronavirus, rotavirus, Giardia spp., Salmonella spp. and Escherichia coli. A total of 154 fecal samples were collected, 92 from diarrheic dogs, from veterinary hospitals, and 62 from apparently healthy dogs (control group). The dogs were divided into four age groups: 0-6 months (passive immunity), 7-12 months (establishment of active immunity), 13-60 months (adults) and older than 61 months (seniors). After isolation of C. perfringens in selective media, the presences of the following genes were evaluated by PCR: cpa, cpb, etx, iap, cpb2, cpe, netB, netE, netF e netG. The isolated strains of C. difficile were ribotyped and the presences of the following genes were evaluated by PCR: tcdA, tcdB, tpi e cdtB. Two ELISAs were used to detect A/B toxins and enterotoxin in stool samples that were positive for isolation of C. difficile and C. perfringens strains positive for the gene cpe, respectively. The differential diagnosis of other enteropathogens included Salmonella spp. by isolation; isolation of E. coli followed by PCR; and immunochromatography tests to detect canine parvovirus type 2 (CPV), canine coronavirus (CCV), canine rotavirus (CRV) and Giardia spp. Approximately in 52,1% of diarrheic animals and 50% of healthy dogs were negative for all enteropathogens tested. There was a positive association between the presence of CPE gene (cpe) from C. perfringens and the occurrence of diarrhea (p=0.006), the CPE toxin was also detected in half of these fecal samples. The gene encoding the recently described NetE toxin (netE) was found in 70% of C. perfringens strains positive for CPE, all from adult dogs (aging more than 12 months). The frequency of isolation of C. difficile toxigenic strains increased in dogs over the age of 60 months, and the ribotype 014/020 was the most frequent in this study. Among the co-infections detected, stand out the first description of C. perfringens type A cpe+ and netE+ netF + and C. difficile coinfection in two dogs. This study suggests that C. difficile and C. perfringens are important enteropathogens in dogs and can occur in co-infections with other microorganisms, including Clostridium species.
Resumo
Até o momento, a doença causada pelo coronavirus canino (CCoV) não foi totalmente elucidada, e o papel que o CCoV desempenha na patogenia da enfermidade não está bem estabelecido. Somente após o aparecimento da SARS (Síndrome Respiratória Aguda) em seres humanos causada por um coronavirus em 2002 isolado de um mamífero selvagem, foram desenvolvidos vários estudos com coronavirus de diversas espécies na busca de variantes circulantes. Poucos estudos têm reportado a presença dos CCoV e suas variabilidades no Brasil. Enterites virais são responsáveis por altas taxas de morbidade e mortalidade na clínica de pequenos animais e, embora existam diversos agentes etiológicos descritos, o CCoV e o CPV ainda são considerados uns dos principais patógenos causadores de gastroenterite aguda em cães jovens. Para o presente estudo, foram colhidas 100 amostras de fezes de cães atendidos em uma rotina hospitalar veterinária com sinais clínicos de gastroenterite (hemorrágica ou não). Foram amplificados RNA do CCoV e o DNA do CPV nas amostras testadas. Alguns dos produtos da amplificação para CPV foram purificados, sequenciados, alinhados e submetidos ao GenBank para detecção do CPV-2c e caracterização do CCoV. O CCoV mostrou-se presente em 6% das amostras analisadas, enquanto o CPV-2a foi identificado em 43% das amostras e o CPV- 2b em 18% do total. Um pool de amostras submetidas ao sequenciamento e análise filogenética identificou o CPV-2c, revelando que a nova variante já está presente em Araçatuba SP. A análise filogenética para o CCoV evidenciou que as amostras analisadas pertencem ao subtipo CCoV-IIa (pantrópica), reforçando a importância da identificação desse agente na população canina, uma vez que as vacinas disponíveis atualmente não possuem as novas variantes e de modo que os cães do Brasil estão susceptíveis a graves surtos, como já descritos em outros países.
Until now, the disease caused by the canine coronavirus (CCoV) was not fully elucidated, the CCoV role in the pathogenesis of the illness is not quite established. Only after the SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome) appearance in human beings caused by a coronavirus in 2002, isolated of a wild mammal, many studies were developed with coronavirus of different species in search of circulating variants. Few studies had reported the presence of CCoV and his variabilitys in Brazil. Viral enteritis are responsible by high morbidity taxes and mortality in the small animals clinic and, although there are several etiologic agents described, the CCoV and the CPV are not yet considered a major cause of acute gastroenteritis pathogens in young dogs. For the present study, were collected 100 stool samples from dogs attended in a veterinary hospital routine with clinical signs of gastroenteritis (hemorrhagic or not). The CCoV and CPV RNA were amplified in the tested samples. Some of the by-products from the CPV amplification were purified, sequenced, aligned and subjected to the GenBank for the detection of CPV-2c and characterization of CCoV. The CCoV was present in 6% of the analyzed samples, while CPV-2a was identified in 43% of samples and CPV-2b in 18% of the total. A sample pool submitted to the sequencing and filogenetic analysis identified the CPV-2c, reveling that the new variant is already present in Araçatuba SP. The phylogenetic analyses for CCoV revealed that the studied samples belong to the Subtype CCoV-IIa (pantropic), strengthening the agent identification importance in the canine population, once that the actual available vaccines dont have the new variants so that the dogs from Brazil are susceptible to severe outbreaks, as described in other countries.
Resumo
O coronavírus canino (CCoV) causa gastroenterite em cães jovens, podendo ser letal, sobretudo quando há coinfecção com parvovírus canino (CPV). Os objetivos do presente projeto foram investigar a presença de CCoV e CPV em amostras fecais de cães jovens; estudar a diversidade molecular das amostras de CCoV com base em sequenciamento parcial dos genes M, S, 3b e N, incluindo amostras vacinais, e estudar a evolução in vitro de CCoV em células A72 de fibroma canino. Foram detectados 40,17% (47/117) animais positivos para CCoV e 13,68% (16/117) para CPV. Estudos filogenéticos demonstraram que oito amostras foram classificadas como CCoV-II, vinte e cinco como CCoV-I. Análises para o gene M destacaram alta identidade de CCoV-I com amostras de coronavírus da peritonite infecciosa felina (PIF) e uma possível amostra pantrópica foi demonstrada pela análise do gene S. O gene do nucleocapsídeo de CCoV é altamente conservado entre os tipos I e tipo II, com uma resolução mais baixa em relação a árvores para os genes M e S. Amostras dos tipos I e II apresentam um polimorfismo baixo para o gene 3b, sem marcadores estáveis para diferenciação dos tipos de CCoV. Uma amostra de CCoV-II putativamente pantrópica foi isolada em células A72, resultando em efeito citopático no 5º dia da 5a passagem. No estudo evolutivo, a amostra vacinal CCV 1-71 e nove passagens desta em células A72 foram submetidas a amplificação parcial e clonagem molecular do gene S seguida de sequenciamento de DNA. Os resultados mostraram mutações não silenciosas, silenciosas e três deleções de aminoácidos, mas nenhuma mutação compartilhada entre as diversas passagens. Amostras vacinais de CCoV-II adaptadas em células podem ser altamente geneticamente estáveis após passagens em série em uma mesma linhagem celular, acumulando substituições de nucleotídeos principalmente sinônimas no gene S devido a relação célula - hospedeiro estável. Estes resultados de epidemiologia molecular e processos evolutivos de CCoV podem servir para uma melhor compreensão da virologia básica e ser base de dados para estudos em outros coronavírus.
Canine coronavirus (CCoV) causes gastroenteritis in young dogs and can be lethal, especially when there is co-infection with canine parvovirus (CPV). The objectives of this project were to investigate the presence of CCoV and CPV in stool samples from young dogs, the molecular diversity of CCoV strains based on partial sequencing of genes M, S, N and 3b, and the in vitro evolution of CCoV in A72 canine fibroma. Of the fecal samples studied, 40.17% animals (47/117) were positive for CCoV and 13.68% (16/117) for CPV. Phylogenetic studies have shown that eight strains were CCoV-II and twenty five CCoV-I. Phylogenetic analysis for the M gene highlighted the high identity of CCoV-I strains with a feline coronavirus strain (FCoV) that causes feline infectious peritonitis (FIP). Further analysis based on the spike gene showed a putative pantropic CCoV strain (CCoV-II/dog50). CCoV nucleocapsid gene is highly conserved among type I and type II, with a lower resolution relative to trees based on M and S genes. CCoV Types I and II had a low polymorphism for 3b gene, without any stable markers to differentiate thee types. Regarding the virus isolation trial, a putative pantropic CCoV-II strain was successfully isolated in A72 cells from, resulting in cytopathic effect on the 5th day of the 5th passage. In the evolutionary study, the vaccine strain CCV 1-71 and nine passages of this strain in A72 were submitted to partial S gene amplification and molecular cloning followed by DNA sequencing. Missense, silent, and three amino acids deletions were found amongst diverse clones of each passage, but no mutation was repeatedly found among passages. Cell culture-adapted CCoV-II vaccine strains can be highly genetically stable upon serial passage in a same cell line, accumulating primarily synonymous nucleotide substitutions in the S gene due to a stable cell-host relationship. In short, all data gathering herein on molecular epidemiology and evolutionary processes of CCoV can serve for a better understanding of basic virology and as a basis for studies on other coronaviruses.
Resumo
Os vírus entéricos causam infecções que podem ocasionar uma alta morbidade e mortalidade em cães. A diarreia se destaca como o principal sinal clínico e a subsequente desidratação pode causar a morte do animal. O Carnivore protoparvovirus 1 (CPV-2), Canine mastadenovirus A tipo 1 (CAdV-1), o Canine coronavirus (CCoV), o Canine rotavirus (CRV) e o Canine distemper virus (CDV) são considerados os principais agentes que causam gastroenterite viral aguda em cães jovens. O objetivo deste trabalho foi detectar a presença destas cinco espécies virais na população de cães do Brasil. Para isto, foram coletados 325 suabes retais de cães com ou sem diarreia, jovens (> 6 meses) e adultos (< 6 meses), com ou sem histórico de vacinação e de diversas regiões do Brasil. As amostras foram analisadas através da reação em cadeia da polimerase (PCR) ou transcrição reversa seguida de PCR (RT-PCR) utilizando iniciadores específicos para cada um dos agentes virais. Resultaram 81% (264/325) das amostras positivas para um destes vírus, das quais 30,7% (100/325) foram positivas para o CPV-2, 25,5% (83/325) para o CDV, 17,2% (56/325) para o CCoV, 4,6% (15/325) para o CRV e 2,7% (9/ 325) para o CAdV-1. Algumas amostras apresentaram co-infecções, sendo que as espécies mais predominantemente encontradas em co-infecções foram o CDV e CPV-2 em 15,4% (50/325) e 15,0% (49/325), respectivamente, seguidos do CCoV em 10,1% (33/325,), CRV em 3,0% (10/325) e CAdV-1 em 1,5% (5/325) das amostras. A associação viral mais observada foi CDV e CPV-2 em 31/325 (9,5%) amostras positivas para ambos os vírus. Em conclusão, os resultados demonstram que CPV-2, CDV e CCoV são os principais vírus entéricos patogênicos que circularam no Brasil entre os anos de 2008 e 2014, infectando mais frequentemente animais jovens.
Enteric viruses cause infections that lead to high morbidity and mortality. Diarrhea is the main clinical sign, whose subsequent dehydration can cause death of the animal. Carnivore protoparvovirus 1 (CPV-2), Canine mastadenovirus A (CAdV-1), Canine coronavirus (CCoV), Canine rotavirus (CRV) and Canine distemper virus (CDV) are considered the main agents that cause acute viral gastroenteritis in young dogs. The aim of this study was the detection of these five viral species in dogs from Brazil. Rectal swabs from 325 dogs, puppies (< six months old), adult dogs (> 6 months old), with or without a history of vaccination, were collected from various regions of the country. The samples were analyzed by polymerase chain reaction (PCR) or reverse transcription following followed by PCR (RT-PCR) using oligonucleotides specific for each one of this virus. As result, 81% (264/325) of the samples were observed to be positive for at least one virus, 30,7% (100/325) were positive for CPV-2, 25,5% (83/325) for CDV, 17,2% (56/325) for CCoV, 4,6% (14/325) for CRV and 2,7% (9/325) for CAdV-1. Some samples showed co-infection, where the species most predominantly found were CDV and CPV-2 with 15,4% (50/325) and 15,0% (49/325), respectively, followed by CCoV with 10,1% (33/325,), CRV with 3,0% (10/325) and CAdV-1 1,5% (5/325). The most observed viral association was CDV and CPV-2, with 31/325 (9,5%) positive samples for both viruses. In conclusion, the results showed that CPV-2, CDV and CCoV are the main pathogenic enteric viruses that circulated in Brazil between the years 2008 and 2014, infecting more frequently puppies.