Resumo
The shortage of dog blood donors in veterinary emergencies can lead to blood transfusions between animals whose blood type has not been identified. The antibody profile serves as a warning sign for animals that require a second blood transfusion, which is only advisable from compatible donor dogs. This article focuses on determination of anti-DEA 1 antibodies using the flow cytometry technique in dogs that have undergone a transfusion using DEA 1-positive blood, compared to results obtained from crossmatching. Blood from 18 DEA 1-positive donors ranked according to the chromatographic technique was used to transfuse thirty-three animals with unknown blood types and which demonstrated negative crossmatching to donors. On post-transfusion days 7, 14, 21 and 28, 45% and 27% of the animals tested positive for the anti-DEA 1 antibody, through crossmatching and flow cytometry, respectively. Detecting antibodies using the flow cytometric technique has high specificity and sensitivity, while crossmatching methods are highly sensitive but manifest low specificity. Following blood transfusion, animals that did not present as positive through crossmatching or flow cytometry were considered different from all other DEA 1-positive blood groups.(AU)
A escassez de cães doadores de sangue em situações de emergência na Medicina Veterinária pode levar a realização de transfusões de sangue entre animais que não tiveram seu tipo sanguíneo previamente determinado. O padrão de anticorpos serve como um sinal de alerta para animais que serão submetidos a uma segunda transfusão sanguínea, sendo essa somente recomendável a partir de cães doadores compatíveis. Este artigo aborda a pesquisa de anticorpos anti-AEC 1 pela técnica de citometria de fluxo em cães que receberam uma transfusão utilizando sangue do grupo AEC 1 positivo, comparando os resultados com aqueles obtidos a partir de reação cruzada. Foi utilizado sangue de 18 animais doadores do tipo AEC 1 positivo classificados por técnica cromatográfica para transfundir trinta e três animais com tipos sanguíneos desconhecidos, os quais mostraram reação cruzada negativa aos doadores. Nos dias 7, 14, 21 e 28 pós-transfusão, 45% e 27% dos animais mostraram-se positivos para os anticorpos anti-AEC 1, respectivamente, pela reação cruzada e através de citometria de fluxo. A pesquisa de anticorpos com o emprego da técnica de citometria de fluxo tem alta especificidade e sensibilidade, enquanto a reação cruzada, altamente sensível, tem baixa especificidade. Animais que não apresentaram positividade após a transfusão de sangue na reação cruzada e na citometria de fluxo concomitantemente foram considerados de qualquer outro grupo sanguíneo diferente do grupo sanguíneo AEC 1 positivo.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Transfusão de Sangue/veterinária , Eritrócitos/imunologia , Citometria de Fluxo/veterinária , Isoanticorpos , Reação Transfusional/veterináriaResumo
The shortage of dog blood donors in veterinary emergencies can lead to blood transfusions between animals whose blood type has not been identified. The antibody profile serves as a warning sign for animals that require a second blood transfusion, which is only advisable from compatible donor dogs. This article focuses on determination of anti-DEA 1 antibodies using the flow cytometry technique in dogs that have undergone a transfusion using DEA 1-positive blood, compared to results obtained from crossmatching. Blood from 18 DEA 1-positive donors ranked according to the chromatographic technique was used to transfuse thirty-three animals with unknown blood types and which demonstrated negative crossmatching to donors. On post-transfusion days 7, 14, 21 and 28, 45% and 27% of the animals tested positive for the anti-DEA 1 antibody, through crossmatching and flow cytometry, respectively. Detecting antibodies using the flow cytometric technique has high specificity and sensitivity, while crossmatching methods are highly sensitive but manifest low specificity. Following blood transfusion, animals that did not present as positive through crossmatching or flow cytometry were considered different from all other DEA 1-positive blood groups.(AU)
A escassez de cães doadores de sangue em situações de emergência na Medicina Veterinária pode levar a realização de transfusões de sangue entre animais que não tiveram seu tipo sanguíneo previamente determinado. O padrão de anticorpos serve como um sinal de alerta para animais que serão submetidos a uma segunda transfusão sanguínea, sendo essa somente recomendável a partir de cães doadores compatíveis. Este artigo aborda a pesquisa de anticorpos anti-AEC 1 pela técnica de citometria de fluxo em cães que receberam uma transfusão utilizando sangue do grupo AEC 1 positivo, comparando os resultados com aqueles obtidos a partir de reação cruzada. Foi utilizado sangue de 18 animais doadores do tipo AEC 1 positivo classificados por técnica cromatográfica para transfundir trinta e três animais com tipos sanguíneos desconhecidos, os quais mostraram reação cruzada negativa aos doadores. Nos dias 7, 14, 21 e 28 pós-transfusão, 45% e 27% dos animais mostraram-se positivos para os anticorpos anti-AEC 1, respectivamente, pela reação cruzada e através de citometria de fluxo. A pesquisa de anticorpos com o emprego da técnica de citometria de fluxo tem alta especificidade e sensibilidade, enquanto a reação cruzada, altamente sensível, tem baixa especificidade. Animais que não apresentaram positividade após a transfusão de sangue na reação cruzada e na citometria de fluxo concomitantemente foram considerados de qualquer outro grupo sanguíneo diferente do grupo sanguíneo AEC 1 positivo.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Transfusão de Sangue/veterinária , Eritrócitos/imunologia , Citometria de Fluxo/veterinária , Isoanticorpos , Reação Transfusional/veterináriaResumo
A imunohematologia veterinária vem ganhando interesse nos últimos anos devido a maior acessibilidade a tecnologias de detecção de antígenos e anticorpos, interesse dos donos e médicos veterinários em buscar uma melhor qualidade de vida para os animais e as necessidades de transfusões com o menor índice possível de reações indesejadas. Os cães possuem antígenos presentes na membrana de suas células vermelhas, podendo causar reações durante e após transfusões. Diferentemente de humanos e felinos, cães não possuem anticorpos naturais para os principais antígenos, a priori podendo ser transfundidos com qualquer tipo sanguíneo sem consequências posteriores, porém, se submetidos a uma segunda transfusão, sendo essa de um tipo sanguíneo incompatível e previamente sensibilizados, as chances de ocorrer reações transfusionais graves aumentam drasticamente, ocasionando danos ao animal, podendo levá-lo à morte. Por conta desses riscos se faz necessário uma maior atenção aos tipos sanguíneos desses animais onde 8 sistemas são reconhecidos internacionalmente classificados como sistema DEA, sendo eles DEA 1 e seus subtipos (DEA 1.1; DEA1.2; DEA 1.3); DEA 3; DEA 4; DEA 5; DEA 6; DEA 7 e DEA 8, e recentemente um novo sistema denominado Dal. Não há disponível ainda soros para os sistemas DEA 6 e DEA 8, tornando a pesquisa sobre esses antígenos dificultosa.(AU)
Veterinary immunohematology is gaining interest in recent years due to greater accessibility to antigen and antibody detection technologies, the interests of pet owners and veterinarians in seeking a better quality of life for animals, and requirement of transfusions with the lowest possible rate of collateral reactions. Dogs have antigens present in the membrane of their red blood cells that can cause reactions during and after transfusions. Unlike humans and cats, dogs do not have natural antibodies to the key antigens, and a priori they can be transfused with any type of blood without any further consequences. However, if they are ever subjected to a second transfusion, if using incompatible blood types and being previously sensitized, the likelihood of having serious transfusion reactions drastically increase, causing damage to the animal, which may even lead it to death. Due to those risks, greater attention is required to the blood type of those animals, which present 8 systems, internationally recognized and classified as the DEA system, namely DEA 1 and its subtypes (DEA 1.1; DEA 1.2; DEA 1.3); DEA 3; DEA 4; DEA 5; DEA 6; DEA 7 and DEA 8, and recently a new system referred to as Dal. No serum is yet available for DEA 6 and DEA 8 systems, hindering the research on those antigens.(AU)
La inmunohematología veterinaria ha ganado atención en los últimos años debido mayor accesibilidad a tecnologías de detección de antígenos y anticuerpos, interés de dueños y médicos veterinarios en buscar mejor calidad de vida para los animales y las necesidades de transfusiones con menor índice posible de reacciones indeseadas. Los perros poseen antígenos presentes en la membrana de sus células rojas, pudiendo causar reacciones durante y después de transfusiones. Diferentemente de humanos y felinos, perros no tienen anticuerpos naturales para los principales antígenos, a priori, pudiendo ser transfundidos con cualquier tipo de sangre sin consecuencias posteriores, todavía, si sometidos a una segunda transfusión, siendo esa de un tipo sanguíneo incompatible y previamente sensibilizados, la posibilidad de ocurrir reacciones transfusional grave aumenta drásticamente, ocasionando daños al animal, pudiendo llevarlo a la muerte. Por esos riesgos se hace necesario más atención a los tipos sanguíneos de esos animales, donde 8 sistemas son reconocidos internacionalmente y clasificados como sistema DEA, siendo ellos DEA 1 y sus subtipos (DEA 1.1; DEA 1.2; DEA 1.3); DEA 3; DEA 4; DEA 5; DEA 6; DEA 7 y DEA 8, y recién un nuevo sistema denominado Dal. No hay aún disponible sueros para los sistemas DEA 6 y DEA 8, haciendo dificultosa la investigación sobre esos antígenos.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Antígenos de Histocompatibilidade Classe II/sangue , Cães/imunologia , Cães/sangue , Índices de EritrócitosResumo
A imunohematologia veterinária vem ganhando interesse nos últimos anos devido a maior acessibilidade a tecnologias de detecção de antígenos e anticorpos, interesse dos donos e médicos veterinários em buscar uma melhor qualidade de vida para os animais e as necessidades de transfusões com o menor índice possível de reações indesejadas. Os cães possuem antígenos presentes na membrana de suas células vermelhas, podendo causar reações durante e após transfusões. Diferentemente de humanos e felinos, cães não possuem anticorpos naturais para os principais antígenos, a priori podendo ser transfundidos com qualquer tipo sanguíneo sem consequências posteriores, porém, se submetidos a uma segunda transfusão, sendo essa de um tipo sanguíneo incompatível e previamente sensibilizados, as chances de ocorrer reações transfusionais graves aumentam drasticamente, ocasionando danos ao animal, podendo levá-lo à morte. Por conta desses riscos se faz necessário uma maior atenção aos tipos sanguíneos desses animais onde 8 sistemas são reconhecidos internacionalmente classificados como sistema DEA, sendo eles DEA 1 e seus subtipos (DEA 1.1; DEA1.2; DEA 1.3); DEA 3; DEA 4; DEA 5; DEA 6; DEA 7 e DEA 8, e recentemente um novo sistema denominado Dal. Não há disponível ainda soros para os sistemas DEA 6 e DEA 8, tornando a pesquisa sobre esses antígenos dificultosa.(AU)
Veterinary immunohematology is gaining interest in recent years due to greater accessibility to antigen and antibody detection technologies, the interests of pet owners and veterinarians in seeking a better quality of life for animals, and requirement of transfusions with the lowest possible rate of collateral reactions. Dogs have antigens present in the membrane of their red blood cells that can cause reactions during and after transfusions. Unlike humans and cats, dogs do not have natural antibodies to the key antigens, and a priori they can be transfused with any type of blood without any further consequences. However, if they are ever subjected to a second transfusion, if using incompatible blood types and being previously sensitized, the likelihood of having serious transfusion reactions drastically increase, causing damage to the animal, which may even lead it to death. Due to those risks, greater attention is required to the blood type of those animals, which present 8 systems, internationally recognized and classified as the DEA system, namely DEA 1 and its subtypes (DEA 1.1; DEA 1.2; DEA 1.3); DEA 3; DEA 4; DEA 5; DEA 6; DEA 7 and DEA 8, and recently a new system referred to as Dal. No serum is yet available for DEA 6 and DEA 8 systems, hindering the research on those antigens.(AU)
La inmunohematología veterinaria ha ganado atención en los últimos años debido mayor accesibilidad a tecnologías de detección de antígenos y anticuerpos, interés de dueños y médicos veterinarios en buscar mejor calidad de vida para los animales y las necesidades de transfusiones con menor índice posible de reacciones indeseadas. Los perros poseen antígenos presentes en la membrana de sus células rojas, pudiendo causar reacciones durante y después de transfusiones. Diferentemente de humanos y felinos, perros no tienen anticuerpos naturales para los principales antígenos, a priori, pudiendo ser transfundidos con cualquier tipo de sangre sin consecuencias posteriores, todavía, si sometidos a una segunda transfusión, siendo esa de un tipo sanguíneo incompatible y previamente sensibilizados, la posibilidad de ocurrir reacciones transfusional grave aumenta drásticamente, ocasionando daños al animal, pudiendo llevarlo a la muerte. Por esos riesgos se hace necesario más atención a los tipos sanguíneos de esos animales, donde 8 sistemas son reconocidos internacionalmente y clasificados como sistema DEA, siendo ellos DEA 1 y sus subtipos (DEA 1.1; DEA 1.2; DEA 1.3); DEA 3; DEA 4; DEA 5; DEA 6; DEA 7 y DEA 8, y recién un nuevo sistema denominado Dal. No hay aún disponible sueros para los sistemas DEA 6 y DEA 8, haciendo dificultosa la investigación sobre esos antígenos.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Cães/sangue , Cães/imunologia , Antígenos de Histocompatibilidade Classe II/sangue , Índices de EritrócitosResumo
The study of canine immunohematology is very important for veterinary transfusion medicine. The objective of this study was to determine the DEA blood type frequencies in a purebred canine blood donor population from Porto Alegre, RS, Brazil. One hundred clinically healthy purebred dogs were chosen, 20 dogs from each breed (Great Dane, Rottweiler, Golden Retriever, German Shepherd and Argentine Dogo). Blood samples were taken in ACD-A tubes and the MSU hemagglutination tube test (MI, USA) was used to determine the blood types. The studied population presented general frequencies of 61 percent for DEA 1.1, 22 percent for DEA 1.2, 7 percent for DEA 3, 100 percent for DEA 4, 9 percent for DEA 5 and 16 percent for DEA 7. A significant association was found between breeds and certain combinations of blood types in this population. The results are in agreement with the literature since most part of the canine population studied was positive for DEA 1.1, the most antigenic blood type in dogs. Differences were found among the studied breeds and those should be considered when selecting a blood donor. The knowledge of blood types frequencies and their combinations in different canine populations, including different breeds, is important because it shows the particularities of each group, helps to keep a data bank of local frequencies and minimizes the risks of transfusion reactions.(AU)
O estudo da imunohematologia canina é muito importante para a medicina veterinária transfusional. O objetivo deste estudo foi determinar as frequências dos tipos sanguíneos do sistema DEA em uma população de cães de raça que fazem parte de um programa de cães doadores de sangue em Porto Alegre, RS, Brasil. Cem cães saudáveis de raça pura foram selecionados, vinte de cada raça (Dogue Alemão, Rottweiler, Golden Retriever, Pastor Alemão e Dogo Argentino). Amostras de sangue foram coletadas em tubos contendo ACD-A e o teste de hemaglutinação em tubo de ensaio da MSU (MI, EUA) foi utilizado para determinar os tipos sanguíneos. A população estudada apresentou frequências gerais de 61 por cento para DEA 1.1, 22 por cento para DEA 1.2, 7 por cento para DEA 3, 100 por cento para DEA 4, 9 por cento para DEA 5 and 16 por cento para DEA 7. Uma associação significativa foi encontrada entre as raças e certas combinações de tipos sanguíneos nesta população. Os resultados estão de acordo com a literatura, visto que a maioria da população canina estudada foi positiva para DEA 1.1, o tipo sanguineo mais antigênico em cães. Foram encontradas diferenças entre as raças estudadas e estas devem ser consideradas na seleção de um doador de sangue. O conhecimento das frequências dos tipos sanguíneos e de suas combinações em diferentes populacões caninas, incluindo diferentes raças, é importante, pois demonstra as particularidades de cada grupo, auxilia na manutenção de um banco de dados sobre as frequências locais e minimiza os riscos de reações transfusionais.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Cães/sangue , Transfusão de Sangue/veterinária , Eritrócitos , Tipagem e Reações Cruzadas SanguíneasResumo
The shortage of dog blood donors in veterinary emergencies can lead to blood transfusions between animals whose blood type has not been identified. The antibody profile serves as a warning sign for animals that require a second blood transfusion, which is only advisable from compatible donor dogs. This article focuses on determination of anti-DEA 1 antibodies using the flow cytometry technique in dogs that have undergone a transfusion using DEA 1-positive blood, compared to results obtained from crossmatching. Blood from 18 DEA 1-positive donors ranked according to the chromatographic technique was used to transfuse thirty-three animals with unknown blood types and which demonstrated negative crossmatching to donors. On post-transfusion days 7, 14, 21 and 28, 45% and 27% of the animals tested positive for the anti-DEA 1 antibody, through crossmatching and flow cytometry, respectively. Detecting antibodies using the flow cytometric technique has high specificity and sensitivity, while crossmatching methods are highly sensitive but manifest low specificity. Following blood transfusion, animals that did not present as positive through crossmatching or flow cytometry were considered different from all other DEA 1-positive blood groups.
A escassez de cães doadores de sangue em situações de emergência na Medicina Veterinária pode levar a realização de transfusões de sangue entre animais que não tiveram seu tipo sanguíneo previamente determinado. O padrão de anticorpos serve como um sinal de alerta para animais que serão submetidos a uma segunda transfusão sanguínea, sendo essa somente recomendável a partir de cães doadores compatíveis. Este artigo aborda a pesquisa de anticorpos anti-AEC 1 pela técnica de citometria de fluxo em cães que receberam uma transfusão utilizando sangue do grupo AEC 1 positivo, comparando os resultados com aqueles obtidos a partir de reação cruzada. Foi utilizado sangue de 18 animais doadores do tipo AEC 1 positivo classificados por técnica cromatográfica para transfundir trinta e três animais com tipos sanguíneos desconhecidos, os quais mostraram reação cruzada negativa aos doadores. Nos dias 7, 14, 21 e 28 pós-transfusão, 45% e 27% dos animais mostraram-se positivos para os anticorpos anti-AEC 1, respectivamente, pela reação cruzada e através de citometria de fluxo. A pesquisa de anticorpos com o emprego da técnica de citometria de fluxo tem alta especificidade e sensibilidade, enquanto a reação cruzada, altamente sensível, tem baixa especificidade. Animais que não apresentaram positividade após a transfusão de sangue na reação cruzada e na citometria de fluxo concomitantemente foram
Resumo
The shortage of dog blood donors in veterinary emergencies can lead to blood transfusions between animals whose blood type has not been identified. The antibody profile serves as a warning sign for animals that require a second blood transfusion, which is only advisable from compatible donor dogs. This article focuses on determination of anti-DEA 1 antibodies using the flow cytometry technique in dogs that have undergone a transfusion using DEA 1-positive blood, compared to results obtained from crossmatching. Blood from 18 DEA 1-positive donors ranked according to the chromatographic technique was used to transfuse thirty-three animals with unknown blood types and which demonstrated negative crossmatching to donors. On post-transfusion days 7, 14, 21 and 28, 45% and 27% of the animals tested positive for the anti-DEA 1 antibody, through crossmatching and flow cytometry, respectively. Detecting antibodies using the flow cytometric technique has high specificity and sensitivity, while crossmatching methods are highly sensitive but manifest low specificity. Following blood transfusion, animals that did not present as positive through crossmatching or flow cytometry were considered different from all other DEA 1-positive blood groups.
A escassez de cães doadores de sangue em situações de emergência na Medicina Veterinária pode levar a realização de transfusões de sangue entre animais que não tiveram seu tipo sanguíneo previamente determinado. O padrão de anticorpos serve como um sinal de alerta para animais que serão submetidos a uma segunda transfusão sanguínea, sendo essa somente recomendável a partir de cães doadores compatíveis. Este artigo aborda a pesquisa de anticorpos anti-AEC 1 pela técnica de citometria de fluxo em cães que receberam uma transfusão utilizando sangue do grupo AEC 1 positivo, comparando os resultados com aqueles obtidos a partir de reação cruzada. Foi utilizado sangue de 18 animais doadores do tipo AEC 1 positivo classificados por técnica cromatográfica para transfundir trinta e três animais com tipos sanguíneos desconhecidos, os quais mostraram reação cruzada negativa aos doadores. Nos dias 7, 14, 21 e 28 pós-transfusão, 45% e 27% dos animais mostraram-se positivos para os anticorpos anti-AEC 1, respectivamente, pela reação cruzada e através de citometria de fluxo. A pesquisa de anticorpos com o emprego da técnica de citometria de fluxo tem alta especificidade e sensibilidade, enquanto a reação cruzada, altamente sensível, tem baixa especificidade. Animais que não apresentaram positividade após a transfusão de sangue na reação cruzada e na citometria de fluxo concomitantemente foram