Resumo
Feline calicivirus is among the most common pathogenic microorganisms in upper respiratory tract disease (URTD) and oral lesions of cats. It leads to stomatitis, oral ulceration, ocular and nasal discharge, conjunctivitis, fever, lameness, anorexia, hypersalivation, pneumonia, respiratory distress, coughing, and depression in infected cats. This study aimed to determine the role of Feline calicivirus (FCV) in cats with the upper respiratory tract disease in the Diyarbakir region, Turkey, to provide treatment for infected cats and contribute to the disease prophylaxis. The study material consisted of 10 cats (control group) considered to be healthy according to the clinical examination and 20 cats with URTD that were not vaccinated against Feline calicivirus infection of different breeds, ages, and genders brought to Dicle University Veterinary Faculty Prof. Dr. Servet SEKIN Polyclinic with URTD. After routine clinical examinations of the animals, oral and conjunctival swabs and blood samples were taken. Hematological and biochemical analyzes of blood samples were performed. Swab samples were analyzed by the polymerase chain reaction (PCR) method for the diagnosis of the agent. Oral lesions, hypersalivation, ocular and nasal discharge, coughing, and breathing difficulties were seen in clinical examinations of cats with URTD. Feline calicivirus was detected in only one cat's conj
O calicivirus felino está entre os microrganismos patogênicos mais comuns nas doençcas do trato respiratório superior de gatos, determinando estomatites, ulcerações orais, descarga ocular e nasal, conjuntivite, febre, manqueira, anorexia, hipersalivação, peneumoria, distúrbios respiratórios, tosse e depressão. O presente trabalho foi delineado paras determinar o papel do calicivirus felino (CVF) em gatos com doenças do trato respiratório superior na região de Diyarbakir, Turquia.para orientar a precrição do tratamento para os gatos infectados e contribuir para a profilaxia da doença. O material de estudo consistiu em 10 gatos saudáveis sem qualquer problema de saúde e 20 gatos acometidos por doenças do trato respiratório superior que não haviam sido vacinados contra a infecção pelo calicivirus felino, de diferentes raças, idades e gêneros encaminhados para a Universidade de Dicle, Faculdade de Veterinária, policlínica do Prof. Dr. Servet SEKIN,. Após o exame clínico de rotina dos animais foram colhidos swabes orais e da conjuntiva e amostras de sangue. Foram realizadas as análises hematológias e bioquímicas das amostras de sangue e os swabs foram analisados pelo método da reação em cadeia pela polimerase (PCR) para diagnóstico do agente. Nos gatos infectados foram constatadas: lesões orais, hipersalivação, discargas oculares e nasais, tosse e dificuldade respiratória.
Resumo
Feline calicivirus is among the most common pathogenic microorganisms in upper respiratory tract disease (URTD) and oral lesions of cats. It leads to stomatitis, oral ulceration, ocular and nasal discharge, conjunctivitis, fever, lameness, anorexia, hypersalivation, pneumonia, respiratory distress, coughing, and depression in infected cats. This study aimed to determine the role of Feline calicivirus (FCV) in cats with the upper respiratory tract disease in the Diyarbakir region, Turkey, to provide treatment for infected cats and contribute to the disease prophylaxis. The study material consisted of 10 cats (control group) considered to be healthy according to the clinical examination and 20 cats with URTD that were not vaccinated against Feline calicivirus infection of different breeds, ages, and genders brought to Dicle University Veterinary Faculty Prof. Dr. Servet SEKIN Polyclinic with URTD. After routine clinical examinations of the animals, oral and conjunctival swabs and blood samples were taken. Hematological and biochemical analyzes of blood samples were performed. Swab samples were analyzed by the polymerase chain reaction (PCR) method for the diagnosis of the agent. Oral lesions, hypersalivation, ocular and nasal discharge, coughing, and breathing difficulties were seen in clinical examinations of cats with URTD. Feline calicivirus was detected in only one cat's conjunctival swab sample in PCR analyses. As a result, we found that Feline calicivirus infection was present in cats with URTD in the Diyarbakir region, and 5% positivity was found in cats with clinical symptoms according to PCR analysis.(AU)
O calicivírus felino está entre os microrganismos patogênicos mais comuns nas doenças do trato respiratório superior de gatos, determinando estomatites, ulcerações orais, descarga ocular e nasal, conjuntivite, febre, manqueira, anorexia, hipersalivação, pneumonia, distúrbios respiratórios, tosse e depressão. O presente trabalho foi delineado para determinar o papel do calicivírus felino (CVF) em gatos com doenças do trato respiratório superior na região de Diyarbakir, Turquia. Com o objetivo de orientar a prescrição do tratamento para os gatos infectados e contribuir com a profilaxia da doença. O material de estudo consistiu em 10 gatos saudáveis sem qualquer problema de saúde e 20 gatos acometidos por doenças do trato respiratório superior que não haviam sido vacinados contra a infecção pelo calicivírus felino. Os animais de diferentes raças, idades e gêneros foram encaminhados para a Universidade de Dicle, na Faculdade de Veterinária, na policlínica Professor Dr. Servet Sekin. Após o exame clínico de rotina dos animais, foram colhidos swabs orais e da conjuntiva e amostras de sangue. Análises hematológicas e bioquímicas das amostras de sangue foram realizadas e os swabs foram analisados pelo método da reação em cadeia pela polimerase (PCR) para diagnóstico do agente. Nos gatos infectados foram constatadas: lesões orais, hipersalivação, descargas oculares e nasais, tosse e dificuldade respiratória. O calicivírus felino foi detectado pela técnica de PCR no swab conjuntival de apenas um gato. A conclusão obtida foi que a infecção pelo calicivírus felino foi detectada pela técnica de PCR na região de Diyarbakir, Turquia, em gatos com doença do trato respiratório superior com a frequência de 5%.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Infecções Respiratórias , Gatos/anatomia & histologia , Infecções por Caliciviridae/diagnóstico , Reação em Cadeia da Polimerase , Calicivirus FelinoResumo
Feline calicivirus is among the most common pathogenic microorganisms in upper respiratory tract disease (URTD) and oral lesions of cats. It leads to stomatitis, oral ulceration, ocular and nasal discharge, conjunctivitis, fever, lameness, anorexia, hypersalivation, pneumonia, respiratory distress, coughing, and depression in infected cats. This study aimed to determine the role of Feline calicivirus (FCV) in cats with the upper respiratory tract disease in the Diyarbakir region, Turkey, to provide treatment for infected cats and contribute to the disease prophylaxis. The study material consisted of 10 cats (control group) considered to be healthy according to the clinical examination and 20 cats with URTD that were not vaccinated against Feline calicivirus infection of different breeds, ages, and genders brought to Dicle University Veterinary Faculty Prof. Dr. Servet SEKIN Polyclinic with URTD. After routine clinical examinations of the animals, oral and conjunctival swabs and blood samples were taken. Hematological and biochemical analyzes of blood samples were performed. Swab samples were analyzed by the polymerase chain reaction (PCR) method for the diagnosis of the agent. Oral lesions, hypersalivation, ocular and nasal discharge, coughing, and breathing difficulties were seen in clinical examinations of cats with URTD. Feline calicivirus was detected in only one cat's conjunctival swab sample in PCR analyses. As a result, we found that Feline calicivirus infection was present in cats with URTD in the Diyarbakir region, and 5% positivity was found in cats with clinical symptoms according to PCR analysis.(AU)
O calicivírus felino está entre os microrganismos patogênicos mais comuns nas doenças do trato respiratório superior de gatos, determinando estomatites, ulcerações orais, descarga ocular e nasal, conjuntivite, febre, manqueira, anorexia, hipersalivação, pneumonia, distúrbios respiratórios, tosse e depressão. O presente trabalho foi delineado para determinar o papel do calicivírus felino (CVF) em gatos com doenças do trato respiratório superior na região de Diyarbakir, Turquia. Com o objetivo de orientar a prescrição do tratamento para os gatos infectados e contribuir com a profilaxia da doença. O material de estudo consistiu em 10 gatos saudáveis sem qualquer problema de saúde e 20 gatos acometidos por doenças do trato respiratório superior que não haviam sido vacinados contra a infecção pelo calicivírus felino. Os animais de diferentes raças, idades e gêneros foram encaminhados para a Universidade de Dicle, na Faculdade de Veterinária, na policlínica Professor Dr. Servet Sekin. Após o exame clínico de rotina dos animais, foram colhidos swabs orais e da conjuntiva e amostras de sangue. Análises hematológicas e bioquímicas das amostras de sangue foram realizadas e os swabs foram analisados pelo método da reação em cadeia pela polimerase (PCR) para diagnóstico do agente. Nos gatos infectados foram constatadas: lesões orais, hipersalivação, descargas oculares e nasais, tosse e dificuldade respiratória. O calicivírus felino foi detectado pela técnica de PCR no swab conjuntival de apenas um gato. A conclusão obtida foi que a infecção pelo calicivírus felino foi detectada pela técnica de PCR na região de Diyarbakir, Turquia, em gatos com doença do trato respiratório superior com a frequência de 5%.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Infecções Respiratórias , Gatos/anatomia & histologia , Infecções por Caliciviridae/diagnóstico , Reação em Cadeia da Polimerase , Calicivirus FelinoResumo
Felid alphaherpesvirus 1 (FeHV-1) and feline calicivirus (FCV) affect cats worldwide. The aim of this study was to evaluate the frequency of occurrence of FeHV-1 and FCV in cats with clinical signs of respiratory, oral and/or ocular disease. Samples were collected from cats cared for in veterinary ambulatory and clinics and submitted to molecular detection and viral isolation. Of the 49 cats evaluated, 45 (92%) were positive for at least one of the viruses; 82% (40/49) were positive for FeHV-1 and 41% (20/49) for FCV. Of these, 31% (15/49) were coinfection cases. For FeHV-1, 45% (18/40) of the cats tested were positive from the collection of eye swab, and the same percentage (9/20) was obtained for the FCV by the oral swab. FeHV-1 and/or FCV were isolated in 35% (17/49) of the samples. The main clinical sign observed was ocular secretion in 71% (35/49) of cats, characterized as mild serous, purulent or serosanguineous, and in some cases associated with ocular injury and marked chemosis. Our findings demonstrate the high occurrence of FeHV-1 and FCV in domestic cats in southern Brazil and indicate that measures should be implemented to improve the diagnostic, prevention and management against of these important diseases.(AU)
Alphaherpesvírus felídeo 1 (FeHV-1) e calicivírus felino (FCV) afetam gatos mundialmente. O objetivo deste estudo foi identificar a frequência de ocorrência de FeHV-1 e FCV em gatos com sinais clínicos de doença respiratória, oral e/ou ocular. Amostras foram coletadas de gatos atendidos em ambulatório e clínicas veterinárias e submetidas à detecção molecular e isolamento viral. Dos 49 gatos avaliados, 45 (92%) foram positivos para ao menos um dos vírus; 82% (40/49) foram positivos para o FeHV-1 e 41% (20/49) para o FCV. Destes, 31% (15/49) foram casos de coinfecção. Para o FeHV-1, 45% (18/40) dos gatos foram positivos na coleta do swab ocular, e o mesmo percentual (9/20) foi obtido para o FCV a partir do swab oral. FeHV-1 e/ou FCV foram isolados em 35% (17/49) das amostras. O principal sinal clínico observado foi secreção ocular em 71% (35/49) dos gatos, caracterizada como serosa, purulenta ou serossanguinolenta e, em alguns casos, associada à lesão e quemose. Nossos resultados demonstram a alta ocorrência de FeHV-1 e FCV em gatos domésticos na região Sul do Brasil e indicam que devem ser implementadas medidas para melhorar o diagnóstico, a prevenção e o manejo contra essas importantes doenças.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças do Gato/epidemiologia , Calicivirus Felino/isolamento & purificação , Alphaherpesvirinae/isolamento & purificação , Infecções por Caliciviridae/epidemiologia , Infecções por Herpesviridae/epidemiologia , Gatos , Infecções por Caliciviridae/veterinária , Infecções por Herpesviridae/veterináriaResumo
Felid alphaherpesvirus 1 (FeHV-1) and feline calicivirus (FCV) affect cats worldwide. The aim of this study was to evaluate the frequency of occurrence of FeHV-1 and FCV in cats with clinical signs of respiratory, oral and/or ocular disease. Samples were collected from cats cared for in veterinary ambulatory and clinics and submitted to molecular detection and viral isolation. Of the 49 cats evaluated, 45 (92%) were positive for at least one of the viruses; 82% (40/49) were positive for FeHV-1 and 41% (20/49) for FCV. Of these, 31% (15/49) were coinfection cases. For FeHV-1, 45% (18/40) of the cats tested were positive from the collection of eye swab, and the same percentage (9/20) was obtained for the FCV by the oral swab. FeHV-1 and/or FCV were isolated in 35% (17/49) of the samples. The main clinical sign observed was ocular secretion in 71% (35/49) of cats, characterized as mild serous, purulent or serosanguineous, and in some cases associated with ocular injury and marked chemosis. Our findings demonstrate the high occurrence of FeHV-1 and FCV in domestic cats in southern Brazil and indicate that measures should be implemented to improve the diagnostic, prevention and management against of these important diseases.(AU)
Alphaherpesvírus felídeo 1 (FeHV-1) e calicivírus felino (FCV) afetam gatos mundialmente. O objetivo deste estudo foi identificar a frequência de ocorrência de FeHV-1 e FCV em gatos com sinais clínicos de doença respiratória, oral e/ou ocular. Amostras foram coletadas de gatos atendidos em ambulatório e clínicas veterinárias e submetidas à detecção molecular e isolamento viral. Dos 49 gatos avaliados, 45 (92%) foram positivos para ao menos um dos vírus; 82% (40/49) foram positivos para o FeHV-1 e 41% (20/49) para o FCV. Destes, 31% (15/49) foram casos de coinfecção. Para o FeHV-1, 45% (18/40) dos gatos foram positivos na coleta do swab ocular, e o mesmo percentual (9/20) foi obtido para o FCV a partir do swab oral. FeHV-1 e/ou FCV foram isolados em 35% (17/49) das amostras. O principal sinal clínico observado foi secreção ocular em 71% (35/49) dos gatos, caracterizada como serosa, purulenta ou serossanguinolenta e, em alguns casos, associada à lesão e quemose. Nossos resultados demonstram a alta ocorrência de FeHV-1 e FCV em gatos domésticos na região Sul do Brasil e indicam que devem ser implementadas medidas para melhorar o diagnóstico, a prevenção e o manejo contra essas importantes doenças.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças do Gato/epidemiologia , Calicivirus Felino/isolamento & purificação , Alphaherpesvirinae/isolamento & purificação , Infecções por Caliciviridae/epidemiologia , Infecções por Herpesviridae/epidemiologia , Gatos , Infecções por Caliciviridae/veterinária , Infecções por Herpesviridae/veterináriaResumo
Periodontal disease is the most common infectious disease that occurs in feline patients. Although it occurs in both sexes, different age groups, and any breeds, the prevalence and severity seem much higher in cats living in animal shelters. This paper aimed to describe the clinical, radiological, cytopathological, and virological aspects of periodontal disease and its complications in cats, based on these aspects and, consequently, on the importance it brings to cat feline medicine in shelter cats. For this, nine cats with periodontal disease from a single animal shelter were evaluated. These cats demonstrated a disease characterized by halitosis, excessive salivation, and oral discomfort. Lymphadenomegaly of the mandibular and retropharyngeal lymph nodes was observed in 44.4% of the cases. Oral lesions consisted of varying degrees of gingival hyperemia, complete loss of free gingival margins, and consequently gingival retraction, dental calculus deposition, dental mobility, complete exposure of the furcation of premolars and molars, and dental roots of canines and incisors, loss of bone radiopacity due to alveolar bone resorption and tooth loss. Complications included chronic ulcerative paradental stomatitis (22.2%), faucitis (22.2%), and chronic gingivostomatitis (11.1%). None of the cats affected by periodontal disease was positive for FIV or FeLV. In 33.3% of the cases, cats were carriers of feline calicivirus, but not feline herpesvirus.(AU)
Doença periodontal é a mais comum doença infecciosa que ocorre em pacientes felinos. Embora ocorra em gatos de ambos os sexos, diferentes faixas etárias e quaisquer raças, a prevalência e a gravidade parece muito maior em gatos que vivem em abrigos para animais. Baseado nesses aspectos e, consequentemente, na importância que ela traz para a medicina felina de gatos de abrigos, o objetivo desse artigo é descrever os aspectos clínicos, radiológicos, citopatológicos e virológicos da doença periodontal e suas complicações em gatos. Para isso, nove gatos com doença periodontal oriundos de um único abrigo de animais foram avaliados. Esses gatos demonstraram uma doença caracterizada por halitose, salivação excessiva e desconforto oral. Linfadenomegalia dos linfonodos mandibulares e retrofaríngeos foi observada em 44,4% dos casos. As lesões orais consistiam de graus variados de hiperemia gengival, perda completa das margens gengivais livres e, consequentemente, retração gengival, deposição de cálculo dental, mobilidade dentária, exposição completa da furca dos pré-molares e molares e das raízes dentárias dos caninos e incisivos, perda de radiopacidade óssea devido à reabsorção de osso alveolar e perda dentária. Complicações incluíram estomatite paradental ulcerativa crônica (22,2%), faucite (22,2%) e gengivoestomatite crônica (11,1%). Nenhum dos gatos afetados pela doença periodontal foi positivo para FIV ou FeLV. Em 33,3% dos casos, os gatos eram portadores do calicivírus felino, mas não do herpesvírus felino.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças Periodontais/complicações , Doenças Periodontais/diagnóstico , Doenças Periodontais/patologia , Doenças Periodontais/veterinária , Doenças Periodontais/epidemiologia , Periodontite/veterinária , Estomatite/veterinária , Doenças do Gato , Gengivite/veterináriaResumo
Periodontal disease is the most common infectious disease that occurs in feline patients. Although it occurs in both sexes, different age groups, and any breeds, the prevalence and severity seem much higher in cats living in animal shelters. This paper aimed to describe the clinical, radiological, cytopathological, and virological aspects of periodontal disease and its complications in cats, based on these aspects and, consequently, on the importance it brings to cat feline medicine in shelter cats. For this, nine cats with periodontal disease from a single animal shelter were evaluated. These cats demonstrated a disease characterized by halitosis, excessive salivation, and oral discomfort. Lymphadenomegaly of the mandibular and retropharyngeal lymph nodes was observed in 44.4% of the cases. Oral lesions consisted of varying degrees of gingival hyperemia, complete loss of free gingival margins, and consequently gingival retraction, dental calculus deposition, dental mobility, complete exposure of the furcation of premolars and molars, and dental roots of canines and incisors, loss of bone radiopacity due to alveolar bone resorption and tooth loss. Complications included chronic ulcerative paradental stomatitis (22.2%), faucitis (22.2%), and chronic gingivostomatitis (11.1%). None of the cats affected by periodontal disease was positive for FIV or FeLV. In 33.3% of the cases, cats were carriers of feline calicivirus, but not feline herpesvirus.(AU)
Doença periodontal é a mais comum doença infecciosa que ocorre em pacientes felinos. Embora ocorra em gatos de ambos os sexos, diferentes faixas etárias e quaisquer raças, a prevalência e a gravidade parece muito maior em gatos que vivem em abrigos para animais. Baseado nesses aspectos e, consequentemente, na importância que ela traz para a medicina felina de gatos de abrigos, o objetivo desse artigo é descrever os aspectos clínicos, radiológicos, citopatológicos e virológicos da doença periodontal e suas complicações em gatos. Para isso, nove gatos com doença periodontal oriundos de um único abrigo de animais foram avaliados. Esses gatos demonstraram uma doença caracterizada por halitose, salivação excessiva e desconforto oral. Linfadenomegalia dos linfonodos mandibulares e retrofaríngeos foi observada em 44,4% dos casos. As lesões orais consistiam de graus variados de hiperemia gengival, perda completa das margens gengivais livres e, consequentemente, retração gengival, deposição de cálculo dental, mobilidade dentária, exposição completa da furca dos pré-molares e molares e das raízes dentárias dos caninos e incisivos, perda de radiopacidade óssea devido à reabsorção de osso alveolar e perda dentária. Complicações incluíram estomatite paradental ulcerativa crônica (22,2%), faucite (22,2%) e gengivoestomatite crônica (11,1%). Nenhum dos gatos afetados pela doença periodontal foi positivo para FIV ou FeLV. Em 33,3% dos casos, os gatos eram portadores do calicivírus felino, mas não do herpesvírus felino.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças Periodontais/complicações , Doenças Periodontais/diagnóstico , Doenças Periodontais/patologia , Doenças Periodontais/veterinária , Doenças Periodontais/epidemiologia , Periodontite/veterinária , Estomatite/veterinária , Doenças do Gato , Gengivite/veterináriaResumo
Acute phase proteins (APP) are proteins synthesized and released largely by hepatocytes upon the occurrence of cell damage or invasion by microorganisms. This article reviews the use of APP in feline diseases, identifying their usefulness in the clinical setting, analyzing 55 published papers. Serum amyloid A, alpha-1 acid glycoprotein, and haptoglobin are the indicators pointed out by the authors as useful in monitoring the acute inflammatory response in cats. Although, APP measurement is still not routinely used in veterinary medicine, together with clinical signs and other blood parameters, was of clinical interest and applicability in diseases such as feline infectious peritonitis, pancreatitis, renal failure, retroviral and Calicivirus infections. Although, there are commercially available kits for dosing feline APP, assay standardization aiming technical simplicity, more species specificity and with less associated costs will allow routine use in feline practice, as it is done in the human field.(AU)
As proteínas de fase aguda (PFA) são proteínas sintetizadas e libertadas em grande parte por hepatócitos ao mesmo tempo da ocorrência de lesão celular ou invasão por microrganismos. Este artigo revê a utilização das PFA nas doenças do gato identificando a sua potencial utilidade no contexto clínico, analisando 55 artigos publicados. A amiloide sérica A, a alfa-1 glicoproteina ácida e a haptoblobina são os marcadores apontados pelos autores como úteis na monitorização da resposta aguda inflamatória nesta espécie. Embora o doseamento das PFA ainda não seja rotineiramente utilizado na medicina veterinária, o seu doseamento, em conjunto com sinais clínicos e outros meios complementares de diagnóstico, revelou interesse e aplicabilidade clínica em doenças tais como a peritonite infeciosa felina, pancreatite, insuficiência renal, infeções retrovirais e por Calicivírus. Apesar de existirem kits comercialmente disponíveis para dosear as PFA felinas, será necessária uma padronização de ensaios no sentido da melhoria da sua simplicidade técnica, da sua especificidade para o gato e com menores custos associados, para que sejam utilizados de forma rotineira, tal como são utilizados em medicina humana.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Proteínas de Fase Aguda/análise , Proteínas de Fase Aguda/uso terapêutico , Inflamação/veterináriaResumo
Feline chronic gingivostomatitis (FCGS) is an oral inflammatory condition that frequently affects felines. Its etiology is not well defined, but several viral agents are thought to be involved. Several therapeutic protocols have been described, yet treatment response is often variable, and the therapeutic success is transient with an unpredictable duration. Therefore, the therapeutic strategy needs to be tailored for each patient. This work relates a case characterized by viral involvement in its etiopathogenesis providing an alternative to the most widely-used methods that so often frustrate both veterinary doctors and pet owners.(AU)
A gengivostomatite crônica felina (FCGS) é uma condição inflamatória oral que frequentemente afeta felinos. A sua etiologia não está bem definida, mas acredita-se que vários agentes virais possam estar envolvidos. Muitos protocolos terapêuticos têm sido descritos, no entanto, a resposta ao tratamento é frequentemente variável e o sucesso terapêutico é transitório com uma duração imprevisível. Portanto, a estratégia terapêutica precisa ser adaptada para cada paciente. O presente trabalho propõe a caracterização do envolvimento viral na etiopatogenia da doença como uma alternativa aos métodos mais amplamente utilizados, que muitas vezes frustram médicos veterinários e os donos de animais de estimação.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Estomatite Herpética/veterinária , Gatos/anormalidades , Calicivirus Felino/classificaçãoResumo
Feline chronic gingivostomatitis (FCGS) is an oral inflammatory condition that frequently affects felines. Its etiology is not well defined, but several viral agents are thought to be involved. Several therapeutic protocols have been described, yet treatment response is often variable, and the therapeutic success is transient with an unpredictable duration. Therefore, the therapeutic strategy needs to be tailored for each patient. This work relates a case characterized by viral involvement in its etiopathogenesis providing an alternative to the most widely-used methods that so often frustrate both veterinary doctors and pet owners.(AU)
A gengivostomatite crônica felina (FCGS) é uma condição inflamatória oral que frequentemente afeta felinos. A sua etiologia não está bem definida, mas acredita-se que vários agentes virais possam estar envolvidos. Muitos protocolos terapêuticos têm sido descritos, no entanto, a resposta ao tratamento é frequentemente variável e o sucesso terapêutico é transitório com uma duração imprevisível. Portanto, a estratégia terapêutica precisa ser adaptada para cada paciente. O presente trabalho propõe a caracterização do envolvimento viral na etiopatogenia da doença como uma alternativa aos métodos mais amplamente utilizados, que muitas vezes frustram médicos veterinários e os donos de animais de estimação.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Estomatite Herpética/veterinária , Gatos/anormalidades , Calicivirus Felino/classificaçãoResumo
Feline chronic gingivostomatitis (FCGS) is an oral inflammatory condition that frequently affects felines. Its etiology is not well defined, but several viral agents are thought to be involved. Several therapeutic protocols have been described, yet treatment response is often variable, and the therapeutic success is transient with an unpredictable duration. Therefore, the therapeutic strategy needs to be tailored for each patient. This work relates a case characterized by viral involvement in its etiopathogenesis providing an alternative to the most widely-used methods that so often frustrate both veterinary doctors and pet owners.
A gengivostomatite crônica felina (FCGS) é uma condição inflamatória oral que frequentemente afeta felinos. A sua etiologia não está bem definida, mas acredita-se que vários agentes virais possam estar envolvidos. Muitos protocolos terapêuticos têm sido descritos, no entanto, a resposta ao tratamento é frequentemente variável e o sucesso terapêutico é transitório com uma duração imprevisível. Portanto, a estratégia terapêutica precisa ser adaptada para cada paciente. O presente trabalho propõe a caracterização do envolvimento viral na etiopatogenia da doença como uma alternativa aos métodos mais amplamente utilizados, que muitas vezes frustram médicos veterinários e os donos de animais de estimação.
Resumo
The aim of this study was to perform the molecular characterization of conserved and variable regions of feline calicivirus capsid genome in order to investigate the molecular diversity of variants in Brazilian cat population. Twenty-six conjunctival samples from cats living in five public short-term animal shelters and three multicat life-long households were analyzed. Fifteen cats had conjunctivitis, three had oral ulceration, eight had respiratory signs (cough, sneeze and nasal discharge) and nine were asymptomatic. Feline calicivirus were isolated in CRFK cells and characterized by reverse transcription PCR target to both conserved and variable regions of open reading frame 2. The amplicons obtained were sequenced. A phylogenetic analysis along with most of the prototypes available in GenBank database and an amino acid analysis were performed. Phylogenetic analysis based on both conserved and variable region revealed two clusters with an aLTR value of 1.00 and 0.98 respectively and the variants from this study belong to feline calicivirus genogroup I. No association between geographical distribution and/or clinical signs and clustering in phylogenetic tree was observed. The variants circulating in public short-term animal shelter demonstrated a high variability because of the relatively rapid turnover of carrier cats constantly introduced of multiple viruses into this location over time.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Calicivirus Felino , Capsídeo , Estrutura Molecular , Conjuntivite/veterinária , Filogenia , Abrigo para Animais , Reação em Cadeia da Polimerase/veterinária , Brasil/epidemiologiaResumo
Objectives: To perform molecular diagnosis of microbial agents (FHV-1, FCV, Mycoplasma felis, and Chlamydophila felis) in kittens with conjunctivitis and correlate the clinical signs with clinical severity. Material and Methods: A total of 108 conjunctival swab were collected from kittens without (G1; n = 40) and with (G2; n = 68) clinical signs of conjunctivitis. Animals from G2 group were scored from 1 (mild) to 4 (severe) according to the severity of conjunctivitis. All samples were submitted to PCR and RT-PCR. Results: FHV-1 was detected in 62/108 (57.4%) of samples, FCV in 40/108 (37.0%), M. felis in 11/108 (10.2%) and C. felis in 26/108 (24.1%). Mixed infections were detected in 39/108 (36.1%). In G1, 28/40 (70.0%) were positive for one or more agents, in G2, 58/68 (85.3%) were positive (P = 0.03). In 1, single infections by FHV-1were found in 21/40 (52.5%) samples, FCV in 2/40 (5.0%), C. felis in 1/40 (2.5%), and no pathogens were detected in 12/40 (30%) of samples, while mixed infections accounted for 29/40 (72.5%) of the cases. In G2, single FHV-1 infections were found in 31/68 (45.6%) samples, FCV in 10/68 (14.7 %), M. felis in 2/68 (3.0%) and C. felis also in 2/68 (3.0%), and no pathogens were detected in 10/68 (14.7%) samples, while mixed infections accounted for 36/68 (52.0%) of the cases. They were categorized as grade 1, 20/68 (29.4%), grade 2, 14/68 (20.6%), grade 3, 21/68 (30.9%) and grade 4, 13/68 (19.1%). The presence of FHV-1 and FCV is equally distributed among the four categories. More severe clinical signs, scores 3 and 4, are related to coinfections by C. felis and M. felis. Conclusions: FHV-1, FCV, C. felis and M. felis were identified in feline conjunctivitis. Co-infections are related to more severe cases of conjunctivitis.Molecular diagnosis is helpful to detect asymptomatic carriers and is a rapid and accurate method to determine the pathogen of feline conjunctivitis.(AU)
O objetivo deste estudo foi realizar diagnóstico molecular de agentes microbiológicos (FHV-1, FCV, Mycoplasma felis e Chlamydophila felis) em gatos filhotes e associar a presença dos patógenos à gravidade dos sinais clínicos de conjuntivite. Foram coletadas um total de 108 amostras de suabe conjuntival de filhotes felinos assintomáticos (G1; n = 40) e sintomáticos (G2; n = 68). Animais do G2 foram categorizados de 1 (leve) até 4 (grave), de acordo com o quadro clínico de conjuntivite. As 108 amostras foram submetidas à PCR e RT-PCR. O FHV-1 foi detectado em 57,4% das amostras, o FCV em 37%, o M. felis em 10,2% e o C. felis em 24,1%. Coinfecções, por sua vez, foram detectadas em 36,1%. No G1, 70% das amostras foram positivas para um ou mais patógenos. No G2, 85,3% apresentavam infecções (P = 0,03). No G1, monoinfecções por FHV-1 foram diagnosticadas em 52,5% das amostras, por FCV em 5%, por C. felis em 2,5%, e em 30% das amostras analisadas nenhum dos patógenos estudados foi encontrado. Coinfecções, por sua vez, estavam presentes em 72,5% das amostras. No G2, monoinfecções por FHV-1 foram encontradas em 45,6% das amostras, por FCV em 14,7 %, por M. felis em 3% e por C. felis também em 3%. Nenhum dos patógenos estudados foi encontrado em 14,7% das amostras analisadas. Coinfecções, responsáveis por 52% dos casos, foram categorizados como Grau 1 (29,4%), Grau 2 (20,6%), Grau 3 (30,9%) e Grau 4 (19,1%). A presença de FHV-1 e FCV está igualmente distribuída entre as quatro categorias. Os sinais clínicos mais graves (graus 3 e 4) estão relacionados a coinfecções por C. felis e M. felis. Os agentes microbiológicos FHV-1, FCV, C. felis e M. felis foram encontrados em animais com conjuntivite. Coinfecções estão relacionadas aos casos mais graves. Por fim, concluiu-se que o diagnóstico molecular, além de detectar portadores assintomáticos, é um método rápido e acurado para o diagnóstico do patógeno causador da conjuntivite felina.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Conjuntivite Viral/diagnóstico , Conjuntivite Viral/veterinária , Infecções Oculares Virais/veterinária , Calicivirus Felino , Chlamydophila , Coinfecção/veterinária , Herpesviridae , Técnicas de Diagnóstico Molecular/veterinária , Mycoplasma , Reação em Cadeia da Polimerase/veterináriaResumo
Objectives: To perform molecular diagnosis of microbial agents (FHV-1, FCV, Mycoplasma felis, and Chlamydophila felis) in kittens with conjunctivitis and correlate the clinical signs with clinical severity. Material and Methods: A total of 108 conjunctival swab were collected from kittens without (G1; n = 40) and with (G2; n = 68) clinical signs of conjunctivitis. Animals from G2 group were scored from 1 (mild) to 4 (severe) according to the severity of conjunctivitis. All samples were submitted to PCR and RT-PCR. Results: FHV-1 was detected in 62/108 (57.4%) of samples, FCV in 40/108 (37.0%), M. felis in 11/108 (10.2%) and C. felis in 26/108 (24.1%). Mixed infections were detected in 39/108 (36.1%). In G1, 28/40 (70.0%) were positive for one or more agents, in G2, 58/68 (85.3%) were positive (P = 0.03). In 1, single infections by FHV-1were found in 21/40 (52.5%) samples, FCV in 2/40 (5.0%), C. felis in 1/40 (2.5%), and no pathogens were detected in 12/40 (30%) of samples, while mixed infections accounted for 29/40 (72.5%) of the cases. In G2, single FHV-1 infections were found in 31/68 (45.6%) samples, FCV in 10/68 (14.7 %), M. felis in 2/68 (3.0%) and C. felis also in 2/68 (3.0%), and no pathogens were detected in 10/68 (14.7%) samples, while mixed infections accounted for 36/68 (52.0%) of the cases. They were categorized as grade 1, 20/68 (29.4%), grade 2, 14/68 (20.6%), grade 3, 21/68 (30.9%) and grade 4, 13/68 (19.1%). The presence of FHV-1 and FCV is equally distributed among the four categories. More severe clinical signs, scores 3 and 4, are related to coinfections by C. felis and M. felis. Conclusions: FHV-1, FCV, C. felis and M. felis were identified in feline conjunctivitis. Co-infections are related to more severe cases of conjunctivitis.Molecular diagnosis is helpful to detect asymptomatic carriers and is a rapid and accurate method to determine the pathogen of feline conjunctivitis.(AU)
O objetivo deste estudo foi realizar diagnóstico molecular de agentes microbiológicos (FHV-1, FCV, Mycoplasma felis e Chlamydophila felis) em gatos filhotes e associar a presença dos patógenos à gravidade dos sinais clínicos de conjuntivite. Foram coletadas um total de 108 amostras de suabe conjuntival de filhotes felinos assintomáticos (G1; n = 40) e sintomáticos (G2; n = 68). Animais do G2 foram categorizados de 1 (leve) até 4 (grave), de acordo com o quadro clínico de conjuntivite. As 108 amostras foram submetidas à PCR e RT-PCR. O FHV-1 foi detectado em 57,4% das amostras, o FCV em 37%, o M. felis em 10,2% e o C. felis em 24,1%. Coinfecções, por sua vez, foram detectadas em 36,1%. No G1, 70% das amostras foram positivas para um ou mais patógenos. No G2, 85,3% apresentavam infecções (P = 0,03). No G1, monoinfecções por FHV-1 foram diagnosticadas em 52,5% das amostras, por FCV em 5%, por C. felis em 2,5%, e em 30% das amostras analisadas nenhum dos patógenos estudados foi encontrado. Coinfecções, por sua vez, estavam presentes em 72,5% das amostras. No G2, monoinfecções por FHV-1 foram encontradas em 45,6% das amostras, por FCV em 14,7 %, por M. felis em 3% e por C. felis também em 3%. Nenhum dos patógenos estudados foi encontrado em 14,7% das amostras analisadas. Coinfecções, responsáveis por 52% dos casos, foram categorizados como Grau 1 (29,4%), Grau 2 (20,6%), Grau 3 (30,9%) e Grau 4 (19,1%). A presença de FHV-1 e FCV está igualmente distribuída entre as quatro categorias. Os sinais clínicos mais graves (graus 3 e 4) estão relacionados a coinfecções por C. felis e M. felis. Os agentes microbiológicos FHV-1, FCV, C. felis e M. felis foram encontrados em animais com conjuntivite. Coinfecções estão relacionadas aos casos mais graves. Por fim, concluiu-se que o diagnóstico molecular, além de detectar portadores assintomáticos, é um método rápido e acurado para o diagnóstico do patógeno causador da conjuntivite felina.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Infecções Oculares Virais/veterinária , Conjuntivite Viral/diagnóstico , Conjuntivite Viral/veterinária , Técnicas de Diagnóstico Molecular/veterinária , Reação em Cadeia da Polimerase/veterinária , Coinfecção/veterinária , Chlamydophila , Calicivirus Felino , Herpesviridae , MycoplasmaResumo
A case of ulcerative dermatitis caused by feline herpesvirus type 1 (FeHV-1) in an adult male domestic shorthair cat is reported. The cat was rescued from the streets and presented with ulcerative lesions at the nasal planum and tongue in addition to a history of occasional sneezing. Thirty days after of the first clinical evaluation, the cat died as a result of acute myeloid leukemia. During necropsy, ulcerative lesions were found on the superior lip, the skin of the nasal planum, and at the periorbital region. Ulcerations were also noted on the tongue and hard palate. Histological examination revealed extensive epidermal necrosis, which involved the subjacent dermis and adnexal structures; the inflammatory infiltrate consisted of neutrophils, mast cells, and lymphocytes. Amphophilic intranuclear inclusion bodies were occasionally observed in intact epithelial cells. In the immunohistochemical evaluation, positive intracytoplasmic immunolabeling was detected in the sebaceous and follicular epithelial cells as well as in the bronchiolar epithelial cells. Samples of lymphoid tissue tested positive for the presence of feline leukemia virus and feline immunodeficiency virus by immunohistochemistry. Pulmonary tissue fragments were immunolabeled for feline calicivirus. Samples obtained from a cutaneous lesion were subjected to virus isolation in a cellular culture, which revealed the cytopathic effects characteristic of herpesvirus. FeHV-1 was detected in the samples by polymerase chain reaction.
Descreve-se um caso de dermatite ulcerativa causada por herpesvírus felino tipo 1 (FeHV-1), em um gato adulto, macho, sem raça definida. O gato foi resgatado da rua e apresentava uma lesão ulcerativa no plano nasal e língua, além de espirros esporádicos. Trinta dias após o primeiro atendimento, o gato morreu por leucemia mieloide aguda. Na necropsia, o lábio superior e a pele do plano nasal e periorbital apresentaram extensa lesão ulcerativa, além de ulcerações na língua e no palato duro. Histologicamente havia extensa necrose da epiderme, estendendo-se à derme subjacente e estruturas anexas, associada ao infiltrado inflamatório, constituído por neutrófilos, mastócitos e linfócitos. Observaram-se ainda, ocasionalmente, em células epiteliais intactas, corpúsculos de inclusão intranucleares anfofílicos. Na avaliação imuno-histoquímica anti-FeHV-1 observou-se imunomarcação positiva intracitoplasmática nas células epiteliais e nas células epiteliais bronquiolares. Amostras de tecido linfoide apresentaram imunomarcação para vírus da leucemia felina, vírus da imunodeficiência felina, além de marcação para calicivírus em fragmentos pulmonares. Fragmentos da lesão cutânea foram submetidos a isolamento viral em cultivo celular, onde foi observado efeito citopático característico de herpesvírus e a amostra foi positiva na PCR para FeHV-1.
Assuntos
Animais , Gatos , Dermatite , Gatos/anormalidades , Infecções por Herpesviridae , Reação em Cadeia da Polimerase , Isolamento de PacientesResumo
A case of ulcerative dermatitis caused by feline herpesvirus type 1 (FeHV-1) in an adult male domestic shorthair cat is reported. The cat was rescued from the streets and presented with ulcerative lesions at the nasal planum and tongue in addition to a history of occasional sneezing. Thirty days after of the first clinical evaluation, the cat died as a result of acute myeloid leukemia. During necropsy, ulcerative lesions were found on the superior lip, the skin of the nasal planum, and at the periorbital region. Ulcerations were also noted on the tongue and hard palate. Histological examination revealed extensive epidermal necrosis, which involved the subjacent dermis and adnexal structures; the inflammatory infiltrate consisted of neutrophils, mast cells, and lymphocytes. Amphophilic intranuclear inclusion bodies were occasionally observed in intact epithelial cells. In the immunohistochemical evaluation, positive intracytoplasmic immunolabeling was detected in the sebaceous and follicular epithelial cells as well as in the bronchiolar epithelial cells. Samples of lymphoid tissue tested positive for the presence of feline leukemia virus and feline immunodeficiency virus by immunohistochemistry. Pulmonary tissue fragments were immunolabeled for feline calicivirus. Samples obtained from a cutaneous lesion were subjected to virus isolation in a cellular culture, which revealed the cytopathic effects characteristic of herpesvirus. FeHV-1 was detected in the samples by polymerase chain reaction.(AU)
Descreve-se um caso de dermatite ulcerativa causada por herpesvírus felino tipo 1 (FeHV-1), em um gato adulto, macho, sem raça definida. O gato foi resgatado da rua e apresentava uma lesão ulcerativa no plano nasal e língua, além de espirros esporádicos. Trinta dias após o primeiro atendimento, o gato morreu por leucemia mieloide aguda. Na necropsia, o lábio superior e a pele do plano nasal e periorbital apresentaram extensa lesão ulcerativa, além de ulcerações na língua e no palato duro. Histologicamente havia extensa necrose da epiderme, estendendo-se à derme subjacente e estruturas anexas, associada ao infiltrado inflamatório, constituído por neutrófilos, mastócitos e linfócitos. Observaram-se ainda, ocasionalmente, em células epiteliais intactas, corpúsculos de inclusão intranucleares anfofílicos. Na avaliação imuno-histoquímica anti-FeHV-1 observou-se imunomarcação positiva intracitoplasmática nas células epiteliais e nas células epiteliais bronquiolares. Amostras de tecido linfoide apresentaram imunomarcação para vírus da leucemia felina, vírus da imunodeficiência felina, além de marcação para calicivírus em fragmentos pulmonares. Fragmentos da lesão cutânea foram submetidos a isolamento viral em cultivo celular, onde foi observado efeito citopático característico de herpesvírus e a amostra foi positiva na PCR para FeHV-1.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Dermatite , Reação em Cadeia da Polimerase , Infecções por Herpesviridae , Gatos/anormalidades , Isolamento de PacientesResumo
Pneumonias em gatos podem ser causadas por agentes infecciosos ou, menos comumente, por causas não infecciosas, como inalação de substâncias tóxicas ou irritativas. São observadas principalmente em gatos jovens e em adultos é considerada uma doença rara, usualmente relacionada a imunodepressão sistêmica, como a causada pelos vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV). Os objetivos desse estudo foram: realizar a caracterização patológica de pneumonias fatais em gatos diagnosticados no Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SPV-UFRGS); investigar os agentes infecciosos envolvidos a partir de exame bacteriológico e a técnica de imuno-histoquímica para investigar a ocorrência de herpesvírus felino tipo 1 (FeHV-1) e calicivírus felino (FCV), além de co-infecções pelos vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV). No período de janeiro de 2010 a junho de 2020, o SPV-UFRGS realizou 1749 exames post mortem de gatos, dos quais foram observados 78 casos de pneumonia, representando 4,5% das causas de óbito na espécie. Gatos de todas as faixas etárias foram acometidos, independentemente da etiologia envolvida; gatos machos sem raça definida foram os principais acometidos. O principal padrão morfológico de pneumonia observado foi broncopneumonia (27/78; 34,6%), seguido do intersticial (15/78; 19,3%), broncointersticial (13/78; 16,7%), granulomatoso (8/78; 10,2%), aspirativo (8/78; 10,2%), piogranulomatoso (5/78; 6,4%) e pleuropneumonias (2/78; 2,6%). Foram identificadas como causas: pneumonias bacterianas (32/78; 41,0%); pneumonias virais (28/78; 36,0% [15/28 FCV; 10/28 FeHV-1 e 3/28 FCV e FeHV-1]), das quais nove (32,1%) apresentaram infecção bacteriana secundária; aspirativas (8/78; 10,2%), fúngicas (5/78; 6,4%) e parasitárias (5/78; 6,4%). Do total de casos, 54 gatos (69,2%) apresentaram imunomarcação anti-FIV, FeLV ou ambos (26,9% FeLV-positivos, 23,1% FIV e FeLV-positivos e 19,2% FIV-positivos). Os achados do presente trabalho reforçam que tanto causas bacterianas, virais, parasitárias, fúngicas e aspirativas devem ser consideradas como possíveis causadoras de pneumonia grave em gatos. Broncopneumonia bacteriana por E. coli foi a o principal padrão morfológico e etiologia observados, no entanto, infecções virais estiveram frequentemente envolvidas em gatos de todas as faixas etárias, o que demonstra a importância da investigação de causas virais em gatos com doenças respiratórias, incluindo gatos adultos e idosos.
Pneumonias in cats can be caused by infectious agents or, less commonly, by non-infectious causes, such as inhalation of toxic or irritating substances. Pneumonia are mainly observed in young cats, and in adults it is considered a rare disease, usually related to systemic immunodepression, such as that caused by the feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV). The objectives of this study were to describe the pathological features of fatal pneumonias in cats diagnosed at the Setor de Patologia Veterinária of the Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SPV-UFRGS), and to investigate the infectious agents involved through bacteriological examination and the immunohistochemistry technique to investigate the occurrence of feline herpesvirus type 1 (FeHV-1) and feline calicivirus (FCV), as well as co-infections by feline immunodeficiency virus (FIV) and feline leukemia virus (FeLV). From January 2010 to June 2020, SPV-UFRGS carried out 1749 post-mortem examinations of cats, of which 78 cases of pneumonia were observed, representing 4.5% of the causes of death in the species. Cats of all age groups were affected, regardless of the etiology involved; mixed breed male cats were the most affected. The main morphological pattern observed was bronchopneumonia (27/78; 34.6%), followed by interstitial (15/78; 19.3%), bronchointerstitial (13/78; 16.7%), granulomatous (8/78; 10.2%), aspirative (8/78; 10.2%), pygranulomatous (5/78; 6.4%) and pleuropneumonias (2/78; 2.6%). The following were identified as causes: bacterial pneumonia (32/78; 41.0%); viral pneumonias (28/78; 36.0%: 15/28 FCV; 10/28 FeHV-1 and 3/28 FCV&FeHV-1), of which nine (32.1%) had secondary bacterial infection; aspiration pneumonia (8/78; 10.2%); fungal pneumonias (5/78; 6.4%); and parasitic pneumonias (5/78; 6.4%). Of the total number of cases, 54 cats (69.2%) had immunostaining anti-FIV, FeLV or both (26.9% FeLV-positive, 23.1% FIV and FeLV - positive and 19.2% FIV-positive). The findings of the present study reinforce that bacterial, viral, parasitic, fungal, and aspirative causes must be considered as possible causes of severe pneumonia in cats. E.coli bronchopneumonia was the main etiology and morphological pattern; however, viral infections have often been involved in cats of all age groups, which demonstrates the importance of investigating viral causes in cats with respiratory diseases, including adult and elderly cats.
Resumo
Calicivírus felino (feline calicivirus FCV) é um vírus de distribuição mundial que acomete membros da família Felidae. O FCV é considerado um dos principais agentes das complicações do trato respiratório dos felinos. Além das doenças respiratórias, lesões orais como gengivo-estomatite, claudicação e a síndrome sistêmica - FCV-VSD (feline calicivirus virulent systemic disease) são associados à infecção pelo FCV. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o perfil clínico-epidemiológico dos felinos infectados pelo FCV; caracterizar geneticamente os isolados de FCV e realizar imuno-histoquímica (IHQ) para FCV em blocos de parafina. Os blocos são tecidos de felinos acometidos por granuloma eosinofílico (provenientes do acervo do Setor de Patologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2006 a 2010). Swabs nasal/oral e/ou ocular de felinos com ou sem manifestação clínica sugestivo da infecção pelo FCV foram coletadas, e o perfil epidemiológico das amostras coletas foi classificado em: sexo, idade, status vacinal, sinais clínicos e tipo de convívio. As amostras foram submetidas a extração de RNA genômico, síntese de cDNA e em seguida a RT-PCR foi realizada para detecção do FCV. O gene-alvo da reação foi a ORF2 (open reading frame) por ser esse o gene que codifica as regiões imunodominantes do FCV, sujeitas a variabilidade genética e são sítios indutores de anticorpos neutralizantes. Foram coletadas 70 amostras de swabs, entre nasais, orais e oculares, sendo que destas: 59% (41/70) foram provenientes de machos e 41% (29/70) fêmeas; e a faixa etária de 1 a 5 anos foi a mais frequente, correspondendo a 54% (38/70) das amostras analisadas. Quando se avaliou o status vacinal dos felinos, 45% dos animais coletados eram vacinados para FCV; 41% dos animais tinham acesso à rua, e 18 dos 70 animais apresentam sinais clínicos sugestivos da infecção pelo FCV. Três das 70 amostras foram positivas para o FCV. Os felinos positivos para o FCV apresentaram desde secreções oculares, nasais, espirros a lesões orais, sendo que um deles foi previamente detectado a co-infecção por parvovírus e coronavírus felino. O produto de PCR desses animais será sequenciado para análise genética. Para realizar a IHQ foram analisados 22 blocos de parafina, porém, o FCV não foi detectado. Potencialmente os isolados da região metropolitana do RS entre 2019-2020, assim que analisados geneticamente, provavelmente irão apresentar diversidade molecular quando comparados a cepas de referências, as vacinais e as descritas na região central do RS - 2006 a 2010. Além disso, os resultados obtidos tanto quanta a presença do FCV como a análise do perfil clínico-epidemiológico dos felinos da região, poderão contribuir para dados sobre a população felina na região, majoritariamente, quanto ao status sanitário para um dos principais agentes virais que acometem o trato respiratório dos felinos, o FCV.
Feline calicivirus (FCV) is a virus with worldwide distribution that affects members of the Felidae family. FCV is considered one of the main agents of feline respiratory tract complications. In addition to respiratory diseases, oral lesions such as gingival stomatitis, lameness and the systemic syndrome - FCV-VSD (feline calicivirus - virulent systemic disease) are associated with FCV infection. In this work, we aim to characterize the clinical-epidemiological profile of felines infected by FCV; genetically characterize the FCV detected in the analyzed cats and perform immunohistochemistry (IHC) for FCV in paraffinized blocks These blocks are from feline tissues affected by eosinophilic granuloma (from the collection of the Pathology Sector of the Federal University of Rio Grande do Sul, 2006 to 2010). Nasal / oral and / or ocular swabs from felines with or without clinical manifestation suggestive of FCV infection were collected, and the epidemiological profile of the collected samples was classified into: sex, age, vaccination status, clinical signs and type of interaction. The samples were subjected to genomic RNA extraction, cDNA synthesis and then RT-PCR was performed to detect FCV. The target gene for the reaction was ORF2 (open reading frame) because this is the gene that encodes the immunodominant regions of FCV, which are subject to genetic variability and are sites that induce neutralizing antibodies. Seventy swab samples were collected, between nasal, oral and ocular, of which: 59% (41/70) came from males and 41% (29/70) females; the age group from 1 to 5 years old being the most prevalent, corresponding to 54% (38/70) of the analyzed samples. When considering the feline vaccine status, 45% of the animals collected were vaccinated for FCV; 41% of the animals had access to the street, and 18 of the 70 animals show clinical signs suggestive of FCV infection. Three of the 70 samples analyzed were positive at FCV. The felines positive for FCV presented from ocular, nasal secretions, sneezing to oral lesions, one of which was previously detected with co-infection by feline parvovirus and coronavirus. The PCR product of these animals will be sequenced for genetic analysis. Twenty two paraffin block samples were analyzed, however FCV was not detected. It is believed that isolates from the metropolitan region of RS between 2019-2020, as soon as analyzed at the genetic level, will potentially present molecular diversity when compared to reference vaccine strains and those described in the central region of RS, a study between 2006 and 2010. In addition, the results obtained both in terms of the presence of FCV and the analysis of the clinical-epidemiological profile of felines in the region, may contribute to data on the feline population in the region, mainly, regarding the health status for one of the main viral agents that affect the disease. respiratory tract of felines, which is the FCV.
Resumo
Feline calicivirus (FCV) and felid herpesvirus type-1 (FeHV-1) are the main infectious agents of domestic and wild felines worldwide. The FCV and FeHV-1 viruses were isolated in Brazil in 1988 and 2012, respectively. Serology surveys were performed among domestic feline in the State of Rio Grande do Sul and among wild felines in central Brazilian States. Felines with acute or chronic infections may become carriers for both viruses and, viral transmission occurs mainly by ocular and nasal secretions. In addition, FCV may be transmitted by oropharyngeal secretion and fomites. The clinical signs commonly observed in cats are fever, sneezing, coughing and nasal and ocular discharge; however, oral lesions are restricted to FCV infection. A systemic syndrome showing hemorrhagic lesions, alopecia, facial edema and jaundice has been associated with FCV. Attenuated as well as inactivated vaccines against FCV and FeHV-1 were developed in the middle 1970s, and they are effective at reducing the presentation/development of the diseases, but they are not capable of eliminating the persistence of FCV and FeHV-1. This article presents a brief review of the main aspects of the FCV and FeHV-1 infections, with an emphasis in the current situation on the domestic feline population from Brazil.(AU)
Calicivírus felino (feline calicivirus - FCV) e herpesvírus felino tipo - 1 (felid herpesvirus type 1 - FeHV-1) são os principais agentes envolvidos descritos mundialmente infectando felinos domésticos e selvagens. No Brasil, o FCV e o FeHV-1 foram isolados e caracterizados em 1988 e 2012, respectivamente. Estudos sorológicos em felinos domésticos foram realizados no estado do Rio Grande do Sul e em felinos selvagens em alguns estados da região central do país. Felinos com infecção aguda e/ou infecção crônica podem tornar-se portadores, para ambos os vírus, e a transmissão ocorre principalmente por secreções oculares, nasais. Além disso, o FCV pode também ser transmitido por secreções orofaringeanas e fômites. Os sinais clínicos comumente observados em felinos afetados são: febre, espirros, tosse, descarga nasal e ocular; lesões orais se restringem à infecção pelo FCV; além disso, foi descrita uma síndrome sistêmica que apresenta um quadro hemorrágico, alopecia, edema de face e icterícia. Vacinas vivas e inativadas que amenizam o quadro clínico, mas não previnem infecções persistentes pelos vírus, foram desenvolvidas nos anos 70. Este artigo apresenta uma breve revisão dos principais aspectos da infecção pelo FCV e FeHV-1, com ênfase na atual situação na população de felinos domésticos do Brasil.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças do Gato , Infecções por Herpesviridae/veterinária , Infecções por Herpesviridae/epidemiologia , Infecções por Caliciviridae/epidemiologia , Infecções por Caliciviridae/veterinária , Calicivirus Felino , Brasil/epidemiologiaResumo
Doença periodontal é a mais comum doença infecciosa que ocorre em pacientes felinos. Embora ocorra em gatos de ambos os sexos, diferentes faixas etárias e quaisquer raças, a prevalência e a gravidade parece muito maior em gatos que vivem em abrigos para animais. Baseado nesses aspectos e, consequentemente, na importância que ela traz para a medicina felina de gatos de abrigos, o objetivo desse artigo é descrever os aspectos clínicos, radiológicos, citopatológicos e virológicos da doença periodontal e suas complicações em gatos. Para isso, nove gatos com doença periodontal oriundos de um único abrigo de animais foram avaliados. Esses gatos demonstraram uma doença caracterizada por halitose, salivação excessiva e desconforto oral. Linfadenomegalia dos linfonodos mandibulares e retrofaríngeos foi observada em 44,4% dos casos. As lesões orais consistiam de graus variados de hiperemia gengival, perda completa das margens gengivais livres e, consequentemente, retração gengival, deposição de cálculo dental, mobilidade dentária, exposição completa da furca dos pré-molares e molares e das raízes dentárias dos caninos e incisivos, perda de radiopacidade óssea devido à reabsorção de osso alveolar e perda dentária. Complicações incluíram estomatite paradental ulcerativa crônica (22,2%), faucite (22,2%) e gengivoestomatite crônica (11,1%). Nenhum dos gatos afetados pela doença periodontal foi positivo para FIV ou FeLV. Em 33,3% dos casos, os gatos eram portadores do calicivírus felino, mas não do herpesvírus felino. Com base nos resultados aqui descritos pode-se concluir que a gravidade da doença periodontal apresentada pelos pacientes esteve diretamente relacionada com as complicações observadas (estomatite de contato, faucite e gengivoestomatite crônica) e que o desenvolvimento dessas não esteve relacionado à infecção retroviral, herpesviral e caliciviral
Periodontal disease is the most common infectious disease that occurs in feline patients. Although it occurs in cats of both sexes, different age groups and any breeds, the prevalence and severity seems much higher in cats living in animal shelters. The aim of this paper is to describe the clinical, radiological, cytopathological and virological aspects of periodontal disease and its complications in cats, based on these aspects and, consequently, on the importance it brings to cat feline medicine in shelter cats. For this, nine cats with periodontal disease from a single animal shelter were evaluated. These cats demonstrated a disease characterized by halitosis, excessive salivation and oral discomfort. Lymphadenomegaly of the mandibular and retropharyngeal lymph nodes was observed in 44.4% of the cases. Oral lesions consisted of varying degrees of gingival hyperemia, complete loss of free gingival margins, and consequently gingival retraction, dental calculus deposition, dental mobility, complete exposure of the furcation of premolars and molars, and dental roots of canines and incisors, loss of bone radiopacity due to alveolar bone resorption and tooth loss. Complications included chronic ulcerative paradental stomatitis (22.2%), faucite (22.2%), and chronic gingiostomatitis (11.1%). None of the cats affected by periodontal disease was positive for FIV or FeLV. In 33.3% of the cases, cats were carriers of feline calicivirus, but not feline herpesvirus. Based on the results described here, it can be concluded that the severity of the periodontal disease presented by the patients was directly related to the observed complications (contact stomatitis, faucite and chronic gingivostomatitis) and that their development was not related to retroviral, herpesviral and caliciviral.