Resumo
Felid alphaherpesvirus 1 (FeHV-1) and feline calicivirus (FCV) affect cats worldwide. The aim of this study was to evaluate the frequency of occurrence of FeHV-1 and FCV in cats with clinical signs of respiratory, oral and/or ocular disease. Samples were collected from cats cared for in veterinary ambulatory and clinics and submitted to molecular detection and viral isolation. Of the 49 cats evaluated, 45 (92%) were positive for at least one of the viruses; 82% (40/49) were positive for FeHV-1 and 41% (20/49) for FCV. Of these, 31% (15/49) were coinfection cases. For FeHV-1, 45% (18/40) of the cats tested were positive from the collection of eye swab, and the same percentage (9/20) was obtained for the FCV by the oral swab. FeHV-1 and/or FCV were isolated in 35% (17/49) of the samples. The main clinical sign observed was ocular secretion in 71% (35/49) of cats, characterized as mild serous, purulent or serosanguineous, and in some cases associated with ocular injury and marked chemosis. Our findings demonstrate the high occurrence of FeHV-1 and FCV in domestic cats in southern Brazil and indicate that measures should be implemented to improve the diagnostic, prevention and management against of these important diseases.(AU)
Alphaherpesvírus felídeo 1 (FeHV-1) e calicivírus felino (FCV) afetam gatos mundialmente. O objetivo deste estudo foi identificar a frequência de ocorrência de FeHV-1 e FCV em gatos com sinais clínicos de doença respiratória, oral e/ou ocular. Amostras foram coletadas de gatos atendidos em ambulatório e clínicas veterinárias e submetidas à detecção molecular e isolamento viral. Dos 49 gatos avaliados, 45 (92%) foram positivos para ao menos um dos vírus; 82% (40/49) foram positivos para o FeHV-1 e 41% (20/49) para o FCV. Destes, 31% (15/49) foram casos de coinfecção. Para o FeHV-1, 45% (18/40) dos gatos foram positivos na coleta do swab ocular, e o mesmo percentual (9/20) foi obtido para o FCV a partir do swab oral. FeHV-1 e/ou FCV foram isolados em 35% (17/49) das amostras. O principal sinal clínico observado foi secreção ocular em 71% (35/49) dos gatos, caracterizada como serosa, purulenta ou serossanguinolenta e, em alguns casos, associada à lesão e quemose. Nossos resultados demonstram a alta ocorrência de FeHV-1 e FCV em gatos domésticos na região Sul do Brasil e indicam que devem ser implementadas medidas para melhorar o diagnóstico, a prevenção e o manejo contra essas importantes doenças.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças do Gato/epidemiologia , Calicivirus Felino/isolamento & purificação , Alphaherpesvirinae/isolamento & purificação , Infecções por Caliciviridae/epidemiologia , Infecções por Herpesviridae/epidemiologia , Gatos , Infecções por Caliciviridae/veterinária , Infecções por Herpesviridae/veterináriaResumo
Felid alphaherpesvirus 1 (FeHV-1) and feline calicivirus (FCV) affect cats worldwide. The aim of this study was to evaluate the frequency of occurrence of FeHV-1 and FCV in cats with clinical signs of respiratory, oral and/or ocular disease. Samples were collected from cats cared for in veterinary ambulatory and clinics and submitted to molecular detection and viral isolation. Of the 49 cats evaluated, 45 (92%) were positive for at least one of the viruses; 82% (40/49) were positive for FeHV-1 and 41% (20/49) for FCV. Of these, 31% (15/49) were coinfection cases. For FeHV-1, 45% (18/40) of the cats tested were positive from the collection of eye swab, and the same percentage (9/20) was obtained for the FCV by the oral swab. FeHV-1 and/or FCV were isolated in 35% (17/49) of the samples. The main clinical sign observed was ocular secretion in 71% (35/49) of cats, characterized as mild serous, purulent or serosanguineous, and in some cases associated with ocular injury and marked chemosis. Our findings demonstrate the high occurrence of FeHV-1 and FCV in domestic cats in southern Brazil and indicate that measures should be implemented to improve the diagnostic, prevention and management against of these important diseases.(AU)
Alphaherpesvírus felídeo 1 (FeHV-1) e calicivírus felino (FCV) afetam gatos mundialmente. O objetivo deste estudo foi identificar a frequência de ocorrência de FeHV-1 e FCV em gatos com sinais clínicos de doença respiratória, oral e/ou ocular. Amostras foram coletadas de gatos atendidos em ambulatório e clínicas veterinárias e submetidas à detecção molecular e isolamento viral. Dos 49 gatos avaliados, 45 (92%) foram positivos para ao menos um dos vírus; 82% (40/49) foram positivos para o FeHV-1 e 41% (20/49) para o FCV. Destes, 31% (15/49) foram casos de coinfecção. Para o FeHV-1, 45% (18/40) dos gatos foram positivos na coleta do swab ocular, e o mesmo percentual (9/20) foi obtido para o FCV a partir do swab oral. FeHV-1 e/ou FCV foram isolados em 35% (17/49) das amostras. O principal sinal clínico observado foi secreção ocular em 71% (35/49) dos gatos, caracterizada como serosa, purulenta ou serossanguinolenta e, em alguns casos, associada à lesão e quemose. Nossos resultados demonstram a alta ocorrência de FeHV-1 e FCV em gatos domésticos na região Sul do Brasil e indicam que devem ser implementadas medidas para melhorar o diagnóstico, a prevenção e o manejo contra essas importantes doenças.(AU)
Assuntos
Animais , Doenças do Gato/epidemiologia , Calicivirus Felino/isolamento & purificação , Alphaherpesvirinae/isolamento & purificação , Infecções por Caliciviridae/epidemiologia , Infecções por Herpesviridae/epidemiologia , Gatos , Infecções por Caliciviridae/veterinária , Infecções por Herpesviridae/veterináriaResumo
Bovine respiratory disease (BRD) is a complex multifactorial and multi-etiological disease entity that is responsible for the morbidity and mortality particularly in feedlot cattle from North America. Information relative to the occurrence of BRD in Brazil and the associated infectious agents are lacking. This study investigated the participation of infectious agents of BRD in a beef cattle feedlot from Southeastern Brazil. Nasopharyngeal swabs of 11% (10/90) of cattle (n, 450) with clinical manifestations of respiratory distress were analyzed by targeting specific genes of the principal infectious pathogens of BRD. In addition, pulmonary fragments of one the animals that died were collected for histopathological and molecular diagnoses. The nucleic acids of Histophilus somni and bovine respiratory syncytial virus (BRSV) were identified in 20% (2/10) of the nasopharyngeal swabs of the animals with respiratory distress; another contained only BRSV RNA. Moreover, the nucleic acids of both infectious agents were amplified from the pulmonary fragments of the animal that died with histopathological evidence of bronchopneumonia and interstitial pneumonia; the nasopharyngeal swab of this animal also contained the nucleic acids of both pathogens. Additionally, all PCR and/or RT-PCR assays designed to detect the specific genes of Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida, Mycoplasma bovis, bovine viral diarrhea virus, bovine herpesvirus -1, bovine parainfluenza virus-3, and bovine coronavirus yielded negative results. Phylogenetic analyses suggest that the isolates of H. somni circulating in Brazil are similar to those identified elsewhere, while there seem to be diversity between the isolates of BRSV within cattle herds from different geographical locations of Brazil.(AU)
A Doença Respiratória Bovina (DRB) é uma infecção multifatorial e multietiológica que ocasiona aumento nas taxas de morbidade e mortalidade em confinamentos bovinos. As informações disponíveis com relação à ocorrência de DRB no Brasil e sua associação com agentes infecciosos são ainda ocasionais. Esse estudo avaliou a participação de agentes infecciosos relacionados à DRB em um confinamento de bovinos na região sudeste do Brasil. Swabs nasofaríngeos de 11% (n=10) dos bovinos (n=90) com sinais clínicos de DRB em um lote de 450 animais foram analisados por técnicas moleculares para amplificação de genes específicos dos principais patógenos relacionados à DRB. Adicionalmente, fragmentos de pulmão de um dos animais, que morreu por DRB foi coletado para diagnóstico histopatológico e molecular. O ácido nucleico de Histophilus somni e do vírus respiratório sincicial bovino (BRSV) foi identificado em 20% (2/10) dos swabs nasofaríngeos. Em outro animal foi possível amplificar apenas o RNA do BRSV. O ácido nucleico de ambos os patógenos foi amplificado a partir de fragmentos pulmonares, que na histopatologia apresentou evidências de broncopneumonia e pneumonia intersticial. A partir do swab nasofaríngeo desse animal também foi possível amplificar o ácido nucleico de ambos os patógenos. Adicionalmente, todas as reações de PCR e RT-PCR realizadas para amplificar genes específicos de Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida, Mycoplasma bovis, vírus da diarreia viral bovina, herpesvírus bovino 1, vírus parainfluenza bovino 3 e coronavírus bovino foram negativas. Esses resultados confirmam a participação do H. somni e do BRSV no desenvolvimento de DRB em bovinos confinados no Brasil e abrem a perspectiva da realização de estudos mais amplos com o objetivo de identificar os principais agentes etiológicos da DRB no Brasil.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Bovinos/anormalidades , Pasteurellaceae , SpumavirusResumo
Micoplasmas não hemotrópicos são bactérias pertencentes à microbiota das mucosas do trato respiratório de mamíferos, embora sejam importantes agentes causadores de manifestação clínica respiratória nos gatos. Este trabalho teve como objetivo pesquisar a presença de micoplasmas não hemotrópicos em diferentes sítios do trato respiratório anterior em gatos domésticos jovens portadores de complexo respiratório felino, correlacionando a frequência dos achados clínicos respiratórios com a infecção por Mycoplasma spp. Foram incluídos no estudo gatos domésticos de até 2 anos e 11 meses de idade, com sinais clínicos de doença respiratória anterior. Foram realizados exame clínico completo, hemograma e coleta de secreção ocular, nasal e orofaríngea, para realização de cultivo e isolamento e PCR para Mycoplasma spp. Do total de 16 gatos estudados, 7/16 (43,8%) eram fêmeas e 9/16 (56,3%) machos, sendo a maioria 9/16 (56,3%) castrada. Em relação à idade, 2/16 (12,5%) tinham menos de 6 meses e 14/16 (87,5%) entre 7 meses e 2 anos. Quanto à presença de retroviroses felinas, 5/16 (31,3%) eram portadores de antígenos do vírus da leucemia felina (FeLV), e 2/16 (12,5%) eram soronegativos para o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e FeLV e 9/16 (56,3%) não eram testados. No exame físico geral, resultados variados foram encontrados, sem associação estatística com a infecção por Mycoplasma spp. (p 0,05). Os animais apresentavam diversos sinais clínicos respiratórios dentre eles espirros 14/16 (87,5%), secreção nasal bilateral 12/16 (75%), secreção ocular 7/16 (43,8%), tosse (5/16; 31,3%), hiperemia conjuntival (2/16; 12,5%), e dispneia (1/16; 6,3%). Destes gatos, apenas 3/16 (20%) apresentavam crescimento em cultivo e 15/16 (93,8%) positivos à PCR para Mycoplasma spp.. Dentre os animais com resultados positivos na PCR, 14 (93,3%) apresentaram espirros, 12 (80%) secreção nasal, seis (40%) secreção ocular, quatro (26,6%) tosse, dois (13,3%) hiperemia conjuntival, e um gato (6,6%), dispneia (p 0,05). Ainda pela PCR, obteve-se positividade de 73,3%, 60% e 33,3% em amostras de secreção orofaríngea, nasal e ocular, respectivamente. Dentre esses, três gatos apresentaram resultados positivos nos três sítios de coleta, dois nas amostras de secreções ocular e orofaríngea, dois nas amostras de secreções nasal e orofaríngea, quatro somente nas amostras de secreção nasal, e os outros quatro gatos, nas amostras de secreção orofaríngea. Apenas uma fêmea, sem raça definida, de 1 ano de idade, que apresentava espirros e secreção ocular, não portadora de retroviroses, apresentou resultado negativo tanto na cultura quanto na PCR nos três sítios de coleta. A presença de sinais clínicos não foi relacionada estatisticamente com a positividade à PCR para Mycoplasma spp. (p 0,05). Entretanto, sinais clínicos respiratórios mais graves foram observados em gatos com resultados positivos à PCR a partir de amostras de secreção orofaríngea. Micoplasmas não hemotrópicos foram detectados pela PCR em gatos domésticos jovens portadores de complexo respiratório a partir de amostras de secreções do trato respiratório anterior.
Nonhemotropic mycoplasmas are bacteria belonging to the microbiota of the mucous membranes of the mammalian respiratory tract, although they are important causative agents of clinical respiratory manifestation in cats. This study aimed to investigate the presence of nonhemotropic mycoplasmas in different sites of the anterior respiratory tract in young domestic cats with feline respiratory complex, correlating the frequency of clinical respiratory findings with Mycoplasma spp. infection. Domestic cats up to 2 years and 11 months old with clinical signs of previous respiratory disease were included in the study. Complete clinical examination, blood count and collection of ocular, nasal and oropharyngeal secretions were performed for culture and isolation and PCR for Mycoplasma spp. Of the 16 cats studied, 7/16 (43.8%) were female and 9/16 (56.3%) male, with the most of cats (56.3%; 9/16) were castrated. About age, 2/16 (12.5%) were younger than 6 months and 14/16 (87.5%) had between 7 months and 2 years. About the presence of feline retroviruses, 5/16 (31.3%) were carriers of feline leukemia virus (FeLV) antigens, and 2/16 (12.5%) were seronegative for feline immunodeficiency virus (IVF) and FeLV and 9/16 (56.3%) were not tested. In the general physical examination, varied results were found, without statistical association with Mycoplasma spp. (p 0.05). The animals presented several respiratory clinical signs, including sneezing 14/16 (87.5%), bilateral nasal secretion 12/16 (75%), ocular secretion 7/16 (43.8%), cough (5/16; 31, 3%), conjunctival hyperemia (2/16; 12.5%), and dyspnea (1/16; 6.3%). Of these cats, only 3/16 (20%) showed growth in culture and 15/16 (93.8%) PCR positive for Mycoplasma spp. Among animals with PCR positive results, 14 (93.3%) sneezing, 12 (80%) nasal discharge, six (40%) eye discharge, four (26.6%) cough, two (13.3%) conjunctival hyperemia, and one cat (6.6%), dyspnea (p 0.05). Also by PCR, 73.3%, 60% and 33.3% positivity was obtained in oropharyngeal, nasal and ocular secretion samples, respectively. Among these, three cats tested positive at the three collection sites, two in the eye and oropharyngeal secretion samples, two in the nasal and oropharyngeal secretion samples, four only in the nasal secretion samples, and the other four cats in the secretion samples. oropharyngeal. Only one 1-year-old female, with no race definity, who presented sneezing and non-retroviral ocular discharge, had negative results in both culture and PCR at the three collection sites. The presence of clinical signs was not statistically related to PCR positivity for Mycoplasma spp. (p 0.05). However, more severe respiratory clinical signs were observed in cats with positive PCR results from oropharyngeal secretion samples. Nonhemotropic mycoplasmas were detected by PCR in young domestic cats with respiratory complex from samples of anterior respiratory tract secretions.
Resumo
Background: Cases of sporotrichosis in male and female cats and dogs of different ages with cutaneous sporotrichosis that were treated at the dermatology service of a teaching veterinary hospital and orally administered itraconazole (ITC) were retrospectively characterized by reviewing the clinical records corresponding to a 19-year period (1993-2011). The aim of the present study was to analyze regarding clinical cure, side effects, length of treatment and relapse using ITC in the treatment of cutaneous sporotrichosis in cats and dogs. Materials, Methods & Results: From the assessed case series, 20 animals were selected, of which 17 (85.0%) were cats and three (15.0%) were dogs; the animals were mostly males (80.0%) and of ill-defined breeds (75.0%). Cases of sporotrichosis in male and female cats and dogs of different ages that were treated at the dermatology service of a teaching veterinary hospital and orally administered ITC (10 mg/kg) once a day. The percentage of full remission of the treated cases, regardless of their clinical form, was 100%, and no systemic or tegumentary side effects were found in the assessed animals. The average duration of treatment was 3.4 months in cats and 11.3 months in dogs, whereas the maximum duration of treatment required to resolve the clinical condition in the assessed case series of cats and dogs was 16 months, regardless of the animal species. Relapses occurred in 15.0% (one cat and two dogs) of the cases treated with the investigated antifungal agent. Discussion: The remarkable difference in the average duration of therapy required to achieve clinical cure between cats and dogs might be related to the fact that most of the cases of feline sporotrichosis were of the localized cutaneous form (82.3%). Conversely, the three cases of canine sporotrichosis were of the disseminated cutaneous form, which may have delayed the success of treatment. Clinically manifested systemic or tegumentary side effects were not reported by the pet owners or were detected by clinical examination of the animals that were subjected to treatment with ITC in the present study, which agrees with previous reports. However, given the retrospective character of this research complementary laboratory exams are lacking and thus it cannot be asserted that alterations do not exist. Therapeutic failure was not observed with the use of ITC in the investigated cases of canine and feline sporotrichosis. Clinical relapse occurred in two dogs and one cat, all of which exhibited the disseminated cutaneous form, which might have predisposed them to clinical recrudescence. In addition, the evident difference in the percentage of relapse between the two species might be correlated with the higher prevalence of the disseminated cutaneous form among the investigated dogs (100%) compared with the cats (40%). Of the animals that exhibited relapse, one dog had been treated with topical corticoids for the previous three months. According to the literature, glucocorticoids and other immunosuppressants are contraindicated in dogs and cats with sporotrichosis. The cat, in turn, exhibited respiratory disease complex in addition to sporotrichosis, which might be related to the clinical relapse. In conclusion, ITC is efficacious in the treatment of sporotrichosis in cats and dogs and does not induce apparent side effects.
Assuntos
Animais , Gatos , Cães , Esporotricose/veterinária , Doenças do Gato/tratamento farmacológico , Itraconazol/administração & dosagem , Itraconazol/efeitos adversos , Doenças do Cão/tratamento farmacológicoResumo
Atualmente, os gatos são bastante populares e criados como animais de companhia. No Brasil estima-se que a população de gatos domiciliados seja em torno de 20 milhões. O aumento da população de gatos propiciou a disseminação de vários agentes etiológicos, e ocasionou um acréscimo ao número de atendimentos clínicos, devido principalmente às enfermidades infecciosas, tal como complexo respiratório felino. As infecções do trato respiratório superior, também conhecida como complexo respiratório felino, são consideradas as doenças mais relatadas em 30% da população de felinos que vivem em abrigos nos EUA. Estudos epidemiológicos e investigações diagnósticas identificaram pelo menos quatro patógenos comumente associados ao complexo respiratório felino, que são o herpesvírus felino tipo 1 (FeHV-1), o calicivírus felino (CVF), a Chlamydophila felis e a Bordetella bronchiseptica. A caracterização dos agentes etiológicos do complexo respiratório felino é de grande importância para determinar as medidas de controle e prevenção. Além disso, são de relevância para escolha correta do tratamento clínico, que é dificultado pela sobreposição de sintomas clínicos quando há co-infecção desses microrganismos. Ademais, na literatura nacional há uma escassez de dados referentes a esses agentes etiológicos, o que reflete a relevância desta revisão.
Currently, cats have become very popular pets. In Brazil, it is estimated that the resident cat population is about 20 million. This increasing population brings with it the spread of various etiologic agents, and increasing number of clinical treatments, mainly due to infectious diseases, such as feline respiratory complex. Infections of the upper respiratory tract, also known as feline respiratory complex, are the most reported disease present in 30% of the cat population living in shelters in the US. Epidemiological studies and diagnostic investigations have identified at least four pathogens commonly associated with feline respiratory complex, which is the feline herpesvirus type 1 (FeHV-1), feline calicivirus (CVF), Chlamydophila felis and Bordetella bronchiseptica. The characterization of the etiologic agents of feline respiratory complex is of great importance to determine measures of disease prevention and control. Moreover, they are of relevance when choosing the correct clinical treatment, which is made difficult by the overlapping of clinical symptoms when there is a co-infection. In addition, there is a national shortage of data about these etiologic agents, which shows the importance of this review.
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças do Gato/diagnóstico , Doenças do Gato/epidemiologia , Doenças do Gato/etiologiaResumo
Atualmente, os gatos são bastante populares e criados como animais de companhia. No Brasil estima-se que a população de gatos domiciliados seja em torno de 20 milhões. O aumento da população de gatos propiciou a disseminação de vários agentes etiológicos, e ocasionou um acréscimo ao número de atendimentos clínicos, devido principalmente às enfermidades infecciosas, tal como complexo respiratório felino. As infecções do trato respiratório superior, também conhecida como complexo respiratório felino, são consideradas as doenças mais relatadas em 30% da população de felinos que vivem em abrigos nos EUA. Estudos epidemiológicos e investigações diagnósticas identificaram pelo menos quatro patógenos comumente associados ao complexo respiratório felino, que são o herpesvírus felino tipo 1 (FeHV-1), o calicivírus felino (CVF), a Chlamydophila felis e a Bordetella bronchiseptica. A caracterização dos agentes etiológicos do complexo respiratório felino é de grande importância para determinar as medidas de controle e prevenção. Além disso, são de relevância para escolha correta do tratamento clínico, que é dificultado pela sobreposição de sintomas clínicos quando há co-infecção desses microrganismos. Ademais, na literatura nacional há uma escassez de dados referentes a esses agentes etiológicos, o que reflete a relevância desta revisão.(AU)
Currently, cats have become very popular pets. In Brazil, it is estimated that the resident cat population is about 20 million. This increasing population brings with it the spread of various etiologic agents, and increasing number of clinical treatments, mainly due to infectious diseases, such as feline respiratory complex. Infections of the upper respiratory tract, also known as feline respiratory complex, are the most reported disease present in 30% of the cat population living in shelters in the US. Epidemiological studies and diagnostic investigations have identified at least four pathogens commonly associated with feline respiratory complex, which is the feline herpesvirus type 1 (FeHV-1), feline calicivirus (CVF), Chlamydophila felis and Bordetella bronchiseptica. The characterization of the etiologic agents of feline respiratory complex is of great importance to determine measures of disease prevention and control. Moreover, they are of relevance when choosing the correct clinical treatment, which is made difficult by the overlapping of clinical symptoms when there is a co-infection. In addition, there is a national shortage of data about these etiologic agents, which shows the importance of this review.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Doenças do Gato/diagnóstico , Doenças do Gato/epidemiologia , Doenças do Gato/etiologiaResumo
Atualmente, os gatos são bastante populares e criados como animais de companhia. No Brasil estima-se que a população de gatos domiciliados seja em torno de 20 milhões. O aumento da população de gatos propiciou a disseminação de vários agentes etiológicos, e ocasionou um acréscimo ao número de atendimentos clínicos, devido principalmente às enfermidades infecciosas, tal como complexo respiratório felino. As infecções do trato respiratório superior, também conhecida como complexo respiratório felino, são consideradas as doenças mais relatadas em 30% da população de felinos que vivem em abrigos nos EUA. Estudos epidemiológicos e investigações diagnósticas identificaram pelo menos quatro patógenos comumente associados ao complexo respiratório felino, que são o herpesvírus felino tipo 1 (FeHV-1), o calicivírus felino (CVF), a Chlamydophila felis e a Bordetella bronchiseptica. A caracterização dos agentes etiológicos do complexo respiratório felino é de grande import&ac
Resumo
Background: Sporotrichosis is a fungal infection caused by Sporothrix schenckii species complex, which is distributed worldwide, especially in regions of tropical and subtropical climates. It can affect both humans and a great variety of animals, among which, the domestic dog and cat. Today is considered the subcutaneous mycosis more frequent in Brazil, due to the progressive increase of zoonotic transmission of the disease in the metropolitan region of Rio de Janeiro. Review: In the endemic region of zoonotic sporotrichosis in Rio de Janeiro,veterinarians, their assistants and owners of cats with sporotrichosis are considered risk groups for acquiring the infection. Of the human cases of sporotrichosis in this endemic region that were accompanied by the Clinical Research Institute Evandro Chagas (IPEC / Fiocruz) in the period from 1998 to 2001, 5% of the patients diagnosed for the disease were veterinarians, demonstrating the occurrence of the infection in this occupational group. Biosafety is defined as a condition of security achieved by a set of measures aimed at the prevention, control, reduction or elimination of risks involved in activities that could endanger the health of humans, animals, plants and the environment. However, small animal veterinary pratictioners from the endemic region of Rio de Janeiro usually do not follow biosafety measures, which increases the risk of acquisition of sporotrichosis. In most cases, the infection results from traumatic inoculation of the fungus in skin and in humans, clinical forms may be: fixed or localized cutaneous, lymphatic-cutaneous, spread-cutaneous, mucosal and extra-cutaneous or systemic. In the endemic form of this disease that occurs in Rio de Janeiro, the cat is seen as a source of infection. The zoonotic potential of the cat is characterized by the abundance of yeasts found in their skin lesions and proximity with humans. Cats acquire the disease after fights with other infected cats and the skin lesions more frequently found are nodules and ulcers, covered or not by crusts, which can progress to necrosis with exposure of bones and muscles. The presence of respiratory signs, especially sneezing, with or without lesions in the mucosal and in the nasal region is common. The azole itraconazole is considered the drug of choice for humans and cats. However, unlike humans, the treatment is considered difficult in cats. The definitive diagnosis of sporotrichosis is obtained by isolation of Sporothrix in culture. Nonetheless, in cats, due to the great quantity of yeasts in their lesions, cytopathological test is strongly indicated in the presumptive diagnosis because of the speed in processing, low cost and no requirement of sophisticated technical training or complex laboratory structure. Discussion: A zoonotic form of sporotrichosis has become endemic in the metropolitan region of Rio de Janeiro and the veterinarians are a high risk group for acquiring the disease as well as have a very important role in the application of measures for the prevention and control of sporotrichosis. Therefore, in this review, specific biosafety procedures to reduce risks during the handling of cats with suspected sporotrichosis by veterinarians, technicians, caretakers and owners of cats were described. The topics aproached were: clinical care of the cat (where were appointed the recommended personal protective equipment, animal restraint and good practices), decontamination of the environment, equipment and items used in the cat care and management of waste. Aspects related to the fungus and the disease itself were also discussed.
Assuntos
Humanos , Animais , Gatos , Esporotricose/diagnóstico , Esporotricose/etiologia , Esporotricose/prevenção & controle , Doenças do Gato/prevenção & controle , Contenção de Riscos Biológicos/veterinária , Zoonoses/transmissãoResumo
Dentre os principais agentes causadores do complexo respiratório dos felinos tem-se o Herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1) e a Chlamydia telis. Esta é a principal enfermidade causadora de surtos em abrigos de felinos. Avaliou-se 39 felinos de uma população oscilante em torno de 200 indivíduos, encontrou-se alta ocorrência tanto de FHV-1 como de C. telis. Dentre os fatores de risco que favoreciam a propagação da infecção,foram detectados as baixas condições sanitárias e nutricionais oferecida aos animais. Todos animais do estudo não possuíam raça definida e eram provenientes de resgate de vias públicas, 100% dos animais deste gatil apresentava sinais clínicos do complexo respiratório dos felinos e tanto a morbidade quanto a mortalidade eram elevadas.(AU)
Among the main causes of respiratory complex feline has Herpesvirus feline type 1 (FHV-1)and Chlamydia telis. This is the main disease causing outbreaks in felines shelters. It was evaluated 39 cats from an oscillating population of around 200 individuais, it was found a high rate of both FHV-1 asC. telis. Risk factors favoring the spread of infection were low health and nutritional conditions offered to animais. Ali animais in the study lacked breed and came from rescue roads, 100% of the animais of this cattery presented clinical signs of respiratory complex feline and both morbidity and mortality were high.(AU)
Entre los principales patógenos que causan el complejo respiratorio felino se encuentran el Herpesvirus felino tipo 1 (FHV-1) y la Chlamydia telis. Esta es la principal enfermedad que causa brotes en refugios de felinos, por tanto, en este trabajo fueron evaluados 39 gatos de una población de aproximadamente 200 individuos, encontrán dose una alta ocurrencia de FHV-1 y C. telis. Los factores de riesgo que favorecieron a la propagación de la infección fueron las bajas condiciones sanitarias y nutricionales de los animales. Todos los individuos de este criadero fueron rescatados de las vías públicas, eran de raza desconocida, presentaban signos clínicos dei complejo respiratorio felino y una alta tasa de morbilidad y mortalidad.(AU)
Assuntos
Animais , Gatos , Herpesviridae , Chlamydia , Infecções Respiratórias/diagnóstico , Infecções Respiratórias/veterinária , Abrigo para Animais , Perfis Sanitários/análise , Deficiências Nutricionais/veterináriaResumo
Dentre os principais agentes causadores do complexo respiratório dos felinos tem-se o Herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1) e a Chlamydia telis. Esta é a principal enfermidade causadora de surtos em abrigos de felinos. Avaliou-se 39 felinos de uma população oscilante em torno de 200 indivíduos, encontrou-se alta ocorrência tanto de FHV-1 como de C. telis. Dentre os fatores de risco que favoreciam a propagação da infecção,foram detectados as baixas condições sanitárias e nutricionais oferecida aos animais. Todos animais do estudo não possuíam raça definida e eram provenientes de resgate de vias públicas, 100% dos animais deste gatil apresentava sinais clínicos do complexo respiratório dos felinos e tanto a morbidade quanto a mortalidade eram elevadas.
Among the main causes of respiratory complex feline has Herpesvirus feline type 1 (FHV-1)and Chlamydia telis. This is the main disease causing outbreaks in felines shelters. It was evaluated 39 cats from an oscillating population of around 200 individuais, it was found a high rate of both FHV-1 asC. telis. Risk factors favoring the spread of infection were low health and nutritional conditions offered to animais. Ali animais in the study lacked breed and came from rescue roads, 100% of the animais of this cattery presented clinical signs of respiratory complex feline and both morbidity and mortality were high.
Entre los principales patógenos que causan el complejo respiratorio felino se encuentran el Herpesvirus felino tipo 1 (FHV-1) y la Chlamydia telis. Esta es la principal enfermedad que causa brotes en refugios de felinos, por tanto, en este trabajo fueron evaluados 39 gatos de una población de aproximadamente 200 individuos, encontrán dose una alta ocurrencia de FHV-1 y C. telis. Los factores de riesgo que favorecieron a la propagación de la infección fueron las bajas condiciones sanitarias y nutricionales de los animales. Todos los individuos de este criadero fueron rescatados de las vías públicas, eran de raza desconocida, presentaban signos clínicos dei complejo respiratorio felino y una alta tasa de morbilidad y mortalidad.
Assuntos
Animais , Gatos , Chlamydia , Herpesviridae , Infecções Respiratórias/diagnóstico , Infecções Respiratórias/veterinária , Abrigo para Animais , Deficiências Nutricionais/veterinária , Perfis Sanitários/análiseResumo
Atualmente, os gatos são bastante populares e criados como animais de companhia. No Brasil estima-se que a população de gatos domiciliados seja em torno de 20 milhões. O aumento da população de gatos propiciou a disseminação de vários agentes etiológicos, e ocasionou um acréscimo ao número de atendimentos clínicos, devido principalmente às enfermidades infecciosas, tal como complexo respiratório felino. As infecções do trato respiratório superior, também conhecida como complexo respiratório felino, são consideradas as doenças mais relatadas em 30% da população de felinos que vivem em abrigos nos EUA. Estudos epidemiológicos e investigações diagnósticas identificaram pelo menos quatro patógenos comumente associados ao complexo respiratório felino, que são o herpesvírus felino tipo 1 (FeHV-1), o calicivírus felino (CVF), a Chlamydophila felis e a Bordetella bronchiseptica. A caracterização dos agentes etiológicos do complexo respiratório felino é de grande import&ac
Resumo
Bovine respiratory disease (BRD) is a complex multifactorial and multi-etiological disease entity that is responsible for the morbidity and mortality particularly in feedlot cattle from North America. Information relative to the occurrence of BRD in Brazil and the associated infectious agents are lacking. This study investigated the participation of infectious agents of BRD in a beef cattle feedlot from Southeastern Brazil. Nasopharyngeal swabs of 11% (10/90) of cattle (n, 450) with clinical manifestations of respiratory distress were analyzed by targeting specific genes of the principal infectious pathogens of BRD. In addition, pulmonary fragments of one the animals that died were collected for histopathological and molecular diagnoses. The nucleic acids of Histophilus somni and bovine respiratory syncytial virus (BRSV) were identified in 20% (2/10) of the nasopharyngeal swabs of the animals with respiratory distress; another contained only BRSV RNA. Moreover, the nucleic acids of both infectious agents were amplified from the pulmonary fragments of the animal that died with histopathological evidence of bronchopneumonia and interstitial pneumonia; the nasopharyngeal swab of this animal also contained the nucleic acids of both pathogens. Additionally, all PCR and/or RT-PCR assays designed to detect the specific genes of Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida, Mycoplasma bovis, bovine viral diarrhea virus, bovine herpesvirus -1, bovine parainfluenza virus-3, and bovine coronavirus yielded negative results. Phylogenetic analyses suggest that the isolates of H. somni circulating in Brazil are similar to those identified elsewhere, while there seem to be diversity between the isolates of BRSV within cattle herds from different geographical locations of Brazil.
A Doença Respiratória Bovina (DRB) é uma infecção multifatorial e multietiológica que ocasiona aumento nas taxas de morbidade e mortalidade em confinamentos bovinos. As informações disponíveis com relação à ocorrência de DRB no Brasil e sua associação com agentes infecciosos são ainda ocasionais. Esse estudo avaliou a participação de agentes infecciosos relacionados à DRB em um confinamento de bovinos na região sudeste do Brasil. Swabs nasofaríngeos de 11% (n=10) dos bovinos (n=90) com sinais clínicos de DRB em um lote de 450 animais foram analisados por técnicas moleculares para amplificação de genes específicos dos principais patógenos relacionados à DRB. Adicionalmente, fragmentos de pulmão de um dos animais, que morreu por DRB foi coletado para diagnóstico histopatológico e molecular. O ácido nucleico de Histophilus somni e do vírus respiratório sincicial bovino (BRSV) foi identificado em 20% (2/10) dos swabs nasofaríngeos. Em outro animal foi possível amplificar apenas o RNA do BRSV. O ácido nucleico de ambos os patógenos foi amplificado a partir de fragmentos pulmonares, que na histopatologia apresentou evidências de broncopneumonia e pneumonia intersticial. A partir do swab nasofaríngeo desse animal também foi possível amplificar o ácido nucleico de ambos os patógenos. Adicionalmente, todas as reações de PCR e RT-PCR realizadas para amplificar genes específicos de Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida, Mycoplasma bovis, vírus da diarreia viral bovina, herpesvírus bovino 1, vírus parainfluenza bovino 3 e coronavírus bovino foram negativas. Esses resultados confirmam a participação do H. somni e do BRSV no desenvolvimento de DRB em bovinos confinados no Brasil e abrem a perspectiva da realização de estudos mais amplos com o objetivo de identificar os principais agentes etiológicos da DRB no Brasil.