Resumo
Hypomagnesaemia (grass tetany) is a metabolic disorder of ruminants due to a reduced dietary intake of magnesium (primary deficiency), incorrect digestibility or associated metabolic factors reducing Mg intake (secondary deficiency). Grass tetany is a production disease responsible for important economic losses in beef herds from Argentina. Several factors influence the development of grass tetany in cattle, including physiological status, weather, soil and forage. This research described a retrospective analysis over the past 20 years, revising the cases of beef cattle clinical hypomagnesaemia registered at the Veterinary Diagnostic Service in INTA Balcarce, Argentina.
Hipomagnesemia é um distúrbio metabólico de ruminantes devido a uma redução na absorção de magnésio (deficiência primária), digestibilidade incorreta ou fatores metabólicos associados que reduzem a ingestão de Mg (deficiência secundária). Hipomagnesemia é uma doença de produção responsável por importantes perdas econômicas em rebanhos de corte da Argentina. Vários fatores influenciam o desenvolvimento da hipomagnesemia em bovinos, incluindo fatores fisiológicos, clima, solo e forragem. Este trabalho descreve uma análise retrospectiva dos últimos 20 anos, revisando os casos de hipomagnesemia clínica em bovinos de corte registrados no Serviço de Diagnóstico Veterinário do INTA Balcarce, Argentina.
Assuntos
Animais , Bovinos , Doenças dos Bovinos/sangue , Doenças dos Bovinos/epidemiologia , Deficiência de Minerais , Deficiência de Magnésio/metabolismo , Estudos RetrospectivosResumo
ABSTRACT: Hypomagnesemia is a major cause of death in grazing beef cows in countries of the Southern Hemisphere such as Argentina, Australia and New Zealand. Here we review the literature on hypomagnesemia in beef cattle and describe an outbreak in Uruguay. The disease occurred in late autumn, affecting 6 to 11-year-old Aberdeen Angus and Hereford x Aberdeen Angus lactating multiparous cows in good body condition, grazing on natural grasslands that had been improved by fertilization and sowing of seeds of ryegrass and oat. Approximately 40 out of 225 cows were affected and 24 (10.7%) died. A presumptive diagnosis of hypomagnesemia was established based on sudden death, acute neuromuscular clinical signs, epidemiological data, and the response to Mg administration. The diagnosis was confirmed by detecting low Mg concentrations in serum (0.47-0.57mmol/L), vitreous humor (0.47-0.80mmol/L), aqueous humor (0.66mmol/L) and cerebrospinal fluid (0.59mmol/L). The largest component of the diet corresponding to fast-growing and exuberant forages of ryegrass and oat had high concentrations of K (3.48%), N (4.38%) and P (0.94%), suggesting secondary hypomagnesemia. In addition, the K/(Ca+Mg) ratio was 2.38 in forages of ryegrass and oat (reference value: 2.2), and 0.15 in the soil (reference value: 0.09), which represent risk factors for hypomagnesemia. In conclusion, hypomagnesemia is an important cause of mortality in beef cattle grazing improved natural grasslands in Uruguay and it can be easily prevented by correct seasonal Mg supplementation.
RESUMO: A hipomagnesemia é uma das principais causas de morte em vacas de corte em pastagem em países do Hemisfério Sul, como Argentina, Austrália e Nova Zelândia. Aqui, revisamos a literatura sobre hipomagnesemia em bovinos de corte e descrevemos um surto no Uruguai. A doença ocorreu no final do outono, afetando vacas Aberdeen Angus e Aberdeen Angus x Hereford de 6-11 anos de idade em boas condições corporais, lactantes, multíparas e pastando em campos naturais que foram melhorados com fertilização e plantio de azevém e aveia. Aproximadamente 40 de 225 vacas foram afetadas e 24 (10,7%) morreram. O diagnóstico presuntivo de hipomagnesemia foi estabelecido com base na morte súbita, sinais clínicos neuromusculares agudos, dados epidemiológicos e a resposta à administração de Mg. O diagnóstico foi confirmado pela detecção de baixos níveis de Mg no soro (0,47-0,57mmol/L), humor vítreo (0,47-0,80mmol/L), humor aquoso (0,66mmol/L) e líquido cefalorraquidiano (0,59mmol/L). O componente mais importante da dieta correspondia a pastagens de azevém e aveia de rápido crescimento, as quais apresentaram altas concentrações de K (3,48%), N (4,38%) e P (0,94%), que sugerem hipomagnesemia secundária. Além disso, a relação K/(Ca+Mg) foi de 2,38 em forragens de azevém e aveia (valor de referência: 2,2) e 0,15 no solo (valor de referência: 0,09), que representam fatores de risco para hipomagnesemia. Em conclusão, a hipomagnesemia é uma causa importante de mortalidade em gado de corte em pastagens naturais melhoradas no Uruguai e pode ser facilmente prevenida pela correta suplementação sazonal de Mg.
Resumo
Hypomagnesemia is a major cause of death in grazing beef cows in countries of the Southern Hemisphere such as Argentina, Australia and New Zealand. Here we review the literature on hypomagnesemia in beef cattle and describe an outbreak in Uruguay. The disease occurred in late autumn, affecting 6 to 11-year-old Aberdeen Angus and Hereford x Aberdeen Angus lactating multiparous cows in good body condition, grazing on natural grasslands that had been improved by fertilization and sowing of seeds of ryegrass and oat. Approximately 40 out of 225 cows were affected and 24 (10.7%) died. A presumptive diagnosis of hypomagnesemia was established based on sudden death, acute neuromuscular clinical signs, epidemiological data, and the response to Mg administration. The diagnosis was confirmed by detecting low Mg concentrations in serum (0.47-0.57mmol/L), vitreous humor (0.47-0.80mmol/L), aqueous humor (0.66mmol/L) and cerebrospinal fluid (0.59mmol/L). The largest component of the diet corresponding to fast-growing and exuberant forages of ryegrass and oat had high concentrations of K (3.48%), N (4.38%) and P (0.94%), suggesting secondary hypomagnesemia. In addition, the K/(Ca+Mg) ratio was 2.38 in forages of ryegrass and oat (reference value: 2.2), and 0.15 in the soil (reference value: 0.09), which represent risk factors for hypomagnesemia. In conclusion, hypomagnesemia is an important cause of mortality in beef cattle grazing improved natural grasslands in Uruguay and it can be easily prevented by correct seasonal Mg supplementation.(AU)
A hipomagnesemia é uma das principais causas de morte em vacas de corte em pastagem em países do Hemisfério Sul, como Argentina, Austrália e Nova Zelândia. Aqui, revisamos a literatura sobre hipomagnesemia em bovinos de corte e descrevemos um surto no Uruguai. A doença ocorreu no final do outono, afetando vacas Aberdeen Angus e Aberdeen Angus x Hereford de 6-11 anos de idade em boas condições corporais, lactantes, multíparas e pastando em campos naturais que foram melhorados com fertilização e plantio de azevém e aveia. Aproximadamente 40 de 225 vacas foram afetadas e 24 (10,7%) morreram. O diagnóstico presuntivo de hipomagnesemia foi estabelecido com base na morte súbita, sinais clínicos neuromusculares agudos, dados epidemiológicos e a resposta à administração de Mg. O diagnóstico foi confirmado pela detecção de baixos níveis de Mg no soro (0,47-0,57mmol/L), humor vítreo (0,47-0,80mmol/L), humor aquoso (0,66mmol/L) e líquido cefalorraquidiano (0,59mmol/L). O componente mais importante da dieta correspondia a pastagens de azevém e aveia de rápido crescimento, as quais apresentaram altas concentrações de K (3,48%), N (4,38%) e P (0,94%), que sugerem hipomagnesemia secundária. Além disso, a relação K/(Ca+Mg) foi de 2,38 em forragens de azevém e aveia (valor de referência: 2,2) e 0,15 no solo (valor de referência: 0,09), que representam fatores de risco para hipomagnesemia. Em conclusão, a hipomagnesemia é uma causa importante de mortalidade em gado de corte em pastagens naturais melhoradas no Uruguai e pode ser facilmente prevenida pela correta suplementação sazonal de Mg.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Bovinos , Pastagens , Fatores de Risco , Mortalidade , Magnésio/sangue , Causas de MorteResumo
Hypomagnesemia is a major cause of death in grazing beef cows in countries of the Southern Hemisphere such as Argentina, Australia and New Zealand. Here we review the literature on hypomagnesemia in beef cattle and describe an outbreak in Uruguay. The disease occurred in late autumn, affecting 6 to 11-year-old Aberdeen Angus and Hereford x Aberdeen Angus lactating multiparous cows in good body condition, grazing on natural grasslands that had been improved by fertilization and sowing of seeds of ryegrass and oat. Approximately 40 out of 225 cows were affected and 24 (10.7%) died. A presumptive diagnosis of hypomagnesemia was established based on sudden death, acute neuromuscular clinical signs, epidemiological data, and the response to Mg administration. The diagnosis was confirmed by detecting low Mg concentrations in serum (0.47-0.57mmol/L), vitreous humor (0.47-0.80mmol/L), aqueous humor (0.66mmol/L) and cerebrospinal fluid (0.59mmol/L). The largest component of the diet corresponding to fast-growing and exuberant forages of ryegrass and oat had high concentrations of K (3.48%), N (4.38%) and P (0.94%), suggesting secondary hypomagnesemia. In addition, the K/(Ca+Mg) ratio was 2.38 in forages of ryegrass and oat (reference value: 2.2), and 0.15 in the soil (reference value: 0.09), which represent risk factors for hypomagnesemia. In conclusion, hypomagnesemia is an important cause of mortality in beef cattle grazing improved natural grasslands in Uruguay and it can be easily prevented by correct seasonal Mg supplementation.(AU)
A hipomagnesemia é uma das principais causas de morte em vacas de corte em pastagem em países do Hemisfério Sul, como Argentina, Austrália e Nova Zelândia. Aqui, revisamos a literatura sobre hipomagnesemia em bovinos de corte e descrevemos um surto no Uruguai. A doença ocorreu no final do outono, afetando vacas Aberdeen Angus e Aberdeen Angus x Hereford de 6-11 anos de idade em boas condições corporais, lactantes, multíparas e pastando em campos naturais que foram melhorados com fertilização e plantio de azevém e aveia. Aproximadamente 40 de 225 vacas foram afetadas e 24 (10,7%) morreram. O diagnóstico presuntivo de hipomagnesemia foi estabelecido com base na morte súbita, sinais clínicos neuromusculares agudos, dados epidemiológicos e a resposta à administração de Mg. O diagnóstico foi confirmado pela detecção de baixos níveis de Mg no soro (0,47-0,57mmol/L), humor vítreo (0,47-0,80mmol/L), humor aquoso (0,66mmol/L) e líquido cefalorraquidiano (0,59mmol/L). O componente mais importante da dieta correspondia a pastagens de azevém e aveia de rápido crescimento, as quais apresentaram altas concentrações de K (3,48%), N (4,38%) e P (0,94%), que sugerem hipomagnesemia secundária. Além disso, a relação K/(Ca+Mg) foi de 2,38 em forragens de azevém e aveia (valor de referência: 2,2) e 0,15 no solo (valor de referência: 0,09), que representam fatores de risco para hipomagnesemia. Em conclusão, a hipomagnesemia é uma causa importante de mortalidade em gado de corte em pastagens naturais melhoradas no Uruguai e pode ser facilmente prevenida pela correta suplementação sazonal de Mg.(AU)
Assuntos
Animais , Bovinos , Bovinos , Pastagens , Fatores de Risco , Mortalidade , Magnésio/sangue , Causas de MorteResumo
In dairy farming, cows display important metabolic changes during the transition period, particularly high-production cows, which need nutrients in greater quantity to meet the required demand. The aim of this study was to determine the prevalence of subclinical hypomagnesemia in pre- and post-partum dairy cows inserted in milk-production systems in the Sousa microregion and the district of São João do Rio do Peixe, both in the State of Paraíba, Brazil. As such, visits were made every two weeks to 34 rural properties, where the team collected 357 blood samples by venepuncture, 106 from pre-partum lactating cows and 251 from lactating cows in the post-partum period. It was found that the properties supplied three types of mineral supplement: a single supplement of NaCl, a supplement of NaCl + mineral base, and a commercial supplement. The cows receiving the commercial mineral supplement had the highest prevalence (10.53%) of the disorder, even showing a significant difference (P < .05) between the other types of supplement. In relation to reproductive period, it was found that the post-partum cows had a higher prevalence of subclinical hypomagnesemia (9.96%) than did the pre-partem cows (8.49%); there was, however, no significant difference (P > .05) between the two. Studies such as this are fundamental for alerting rural and technical producers to the occurrence of subclinical hypomagnesemia in the region, in addition to the damage caused by metabolic disorders.(AU)
Na bovinocultura leiteira, as vacas apresentam mudanças metabólicas importantes durante o período de transição, principalmente aquelas de alta produção, que necessitam de nutrientes em maior quantidade para suprir a demanda requerida. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de hipomagnesemia subclínica no pré e pós-parto em vacas leiteiras inseridas em sistemas de produção de leite na microrregião de Sousa-PB e município de São João do Rio do Peixe-PB. Para isso foram realizadas visitas quinzenais a 34 propriedades rurais, onde a equipe coletou 357 amostras de sangue por meio de punção venosa, sendo 106 provenientes de vacas em lactação que se encontravam no período de pré-parto e 251 de vacas em lactação inseridas no período de pós-parto. Verificou-se que as propriedades forneciam três tipos de suplemento mineral: suplementação exclusiva com NaCl; suplementação com NaCl + núcleo mineral; e suplementação comercial. As vacas que recebiam a suplementação mineral do tipo comercial corresponderam aquelas com maior prevalência (10,53%) de ocorrência do distúrbio, apresentando ainda diferença significativa (P < 0,05) entre as demais formas de suplementação. Em relação ao período reprodutivo em que as vacas se encontravam, notou- se que aquelas do pós-parto apresentaram maior prevalência de hipomagnesemia subclínica (9,96%) em relação às vacas do pré-parto (8,49%). Porém não houve diferença significative (P > 0,05) entre ambas. Estudos como esse tornam-se fundamentais para alertar produtores rurais e técnicos sobre a ocorrência da hipomagnesemia subclínica na região, além dos prejuízos que os distúrbios metabólicos acarretam.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Deficiência de Magnésio/epidemiologia , Deficiência de Magnésio/etiologia , Deficiência de Magnésio/metabolismo , Deficiência de Magnésio/veterinária , Magnésio , Minerais na Dieta , BrasilResumo
In dairy farming, cows display important metabolic changes during the transition period, particularly high-production cows, which need nutrients in greater quantity to meet the required demand. The aim of this study was to determine the prevalence of subclinical hypomagnesemia in pre- and post-partum dairy cows inserted in milk-production systems in the Sousa microregion and the district of São João do Rio do Peixe, both in the State of Paraíba, Brazil. As such, visits were made every two weeks to 34 rural properties, where the team collected 357 blood samples by venepuncture, 106 from pre-partum lactating cows and 251 from lactating cows in the post-partum period. It was found that the properties supplied three types of mineral supplement: a single supplement of NaCl, a supplement of NaCl + mineral base, and a commercial supplement. The cows receiving the commercial mineral supplement had the highest prevalence (10.53%) of the disorder, even showing a significant difference (P .05) between the two. Studies such as this are fundamental for alerting rural and technical producers to the occurrence of subclinical hypomagnesemia in the region, in addition to the damage caused by metabolic disorders.
Na bovinocultura leiteira, as vacas apresentam mudanças metabólicas importantes durante o período de transição, principalmente aquelas de alta produção, que necessitam de nutrientes em maior quantidade para suprir a demanda requerida. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de hipomagnesemia subclínica no pré e pós-parto em vacas leiteiras inseridas em sistemas de produção de leite na microrregião de Sousa-PB e município de São João do Rio do Peixe-PB. Para isso foram realizadas visitas quinzenais a 34 propriedades rurais, onde a equipe coletou 357 amostras de sangue por meio de punção venosa, sendo 106 provenientes de vacas em lactação que se encontravam no período de pré-parto e 251 de vacas em lactação inseridas no período de pós-parto. Verificou-se que as propriedades forneciam três tipos de suplemento mineral: suplementação exclusiva com NaCl; suplementação com NaCl + núcleo mineral; e suplementação comercial. As vacas que recebiam a suplementação mineral do tipo comercial corresponderam aquelas com maior prevalência (10,53%) de ocorrência do distúrbio, apresentando ainda diferença significativa (P 0,05) entre ambas. Estudos como esse tornam-se fundamentais para alertar produtores rurais e técnicos sobre a ocorrência da hipomagnesemia subclínica na região, além dos prejuízos que os distúrbios metabólicos acarretam.
Assuntos
Feminino , Animais , Bovinos , Deficiência de Magnésio/epidemiologia , Deficiência de Magnésio/etiologia , Deficiência de Magnésio/metabolismo , Deficiência de Magnésio/veterinária , Magnésio , Brasil , Minerais na DietaResumo
ABSTRACT: An outbreak of hypomagnesemia is reported in Holstein dairy cattle grazing lush oat (Avena sativa) pasture in Uruguay. Nine of 270 (3.3%) cows died in May-July (autumn-winter) 2017. These nine cows were from 2 to 9-years-old (1st-6th lactation), with 22 to 194 days of lactation and 15.8 to 31.4L of daily milk production. Two cows with acute sialorrhea, muscle spasms, lateral recumbency, weakness, opisthotonos, and coma, were euthanized and necropsied. No significant macroscopic or histological lesions were found. One untreated clinically-affected cow and eight out of 14 clinically healthy cows of the same group under similar management and production conditions had low serum levels of Mg (lower than 0.7mmol/L). Secondarily, both clinically affected cows and six out of 14 healthy cows had low serum Ca levels. The K/(Ca+Mg) ratio of two oat forages, corn silage, and ration was 5.10, 7.73, 2.45, and 0.85, respectively. A K/(Ca+Mg) ratio lower than 2.2 represents a risk for hypomagnesemia. The difference between the contribution-requirement of minerals in the diet was established and a daily deficiency of Mg (-0.36g/day), Na (-25.2g/day) and Ca (-9.27g/day) was found, while K (184.42g/day) and P (12.81g/day) were in excess. The diet was reformulated to correct the deficiencies and the disease was controlled by the daily administration of 80g of magnesium oxide, 80g of calcium carbonate and 30g sodium chloride per cow. It is concluded that hypomagnesemia is a cause of mortality in dairy cattle in Uruguay, and that the condition can be prevented by appropriate diet formulation.
RESUMO: Descreve-se um surto de hipomagnesemia em bovinos leiteiros da raça Holandês com alimentação a base de pastagens de aveia (Avena sativa) em crescimento no Uruguai, nos meses de maio a julho (outono-inverno) de 2017. De um rebanho de 270 vacas em ordenha, nove (3,3%) morreram. As nove vacas tinham entre dois e nove anos, estavam entre a primeira e a sexta lactação e a produção diária era de 15,8 a 31,4 litros de leite. Duas vacas que apresentaram sialorreia, espasmos musculares, decúbito lateral, debilidade, opistótono e posteriormente, estado comatoso foram eutanasiadas e necropsiadas. Não foram observadas lesões macroscópicas ou histológicas significantes. Uma vaca com sinais clínicos, não tratada, e oito de 14 vacas sem sinais clínicos, do mesmo rebanho, apresentaram baixos níveis séricos de Mg (menos de 0,7mmol/L). Adicionalmente, as duas vacas com sinais clínicos e seis das 14 vacas sem sinais clínicos apresentaram baixos níveis de Ca sérico. A relação do risco tetanizante K/(Ca+Mg) de duas pastagens de aveia, silagem de milho e ração concentrada foi estimada em 5; 10; 7,73; 2,15 e 0,85, respectivamente. Uma relação K/(Ca+Mg) maior de 2,2 é um indicador do potencial tetanizante da forragem, A diferença entre o aporte e os requerimentos dos minerais foi estabelecida constatando-se deficiência diária de Mg (-0,36g/dia), Na (-25,2g/dia) e Ca (-9,27g/dia). O potássio (K) (184,42g/dia) e o fósforo (P) (12,81g/dia) estavam em excesso. A dieta foi reformulada para corrigir as deficiências e a doença foi controlada mediante a administração diária de 80g de MgO, 80g de CaCO3 e 30g de NaCl por vaca. Conclui-se que a hipomagnesemia é uma doença de importância crescente em gado leiteiro no Uruguai e que deve ser prevenida mediante a formulação correta da dieta.
Resumo
An outbreak of hypomagnesemia is reported in Holstein dairy cattle grazing lush oat (Avena sativa) pasture in Uruguay. Nine of 270 (3.3%) cows died in May-July (autumn-winter) 2017. These nine cows were from 2 to 9-years-old (1st-6th lactation), with 22 to 194 days of lactation and 15.8 to 31.4L of daily milk production. Two cows with acute sialorrhea, muscle spasms, lateral recumbency, weakness, opisthotonos, and coma, were euthanized and necropsied. No significant macroscopic or histological lesions were found. One untreated clinically-affected cow and eight out of 14 clinically healthy cows of the same group under similar management and production conditions had low serum levels of Mg (lower than 0.7mmol/L). Secondarily, both clinically affected cows and six out of 14 healthy cows had low serum Ca levels. The K/(Ca+Mg) ratio of two oat forages, corn silage, and ration was 5.10, 7.73, 2.45, and 0.85, respectively. A K/(Ca+Mg) ratio lower than 2.2 represents a risk for hypomagnesemia. The difference between the contribution-requirement of minerals in the diet was established and a daily deficiency of Mg (-0.36g/day), Na (-25.2g/day) and Ca (-9.27g/day) was found, while K (184.42g/day) and P (12.81g/day) were in excess. The diet was reformulated to correct the deficiencies and the disease was controlled by the daily administration of 80g of magnesium oxide, 80g of calcium carbonate and 30g sodium chloride per cow. It is concluded that hypomagnesemia is a cause of mortality in dairy cattle in Uruguay, and that the condition can be prevented by appropriate diet formulation.(AU)
Descreve-se um surto de hipomagnesemia em bovinos leiteiros da raça Holandês com alimentação a base de pastagens de aveia (Avena sativa) em crescimento no Uruguai, nos meses de maio a julho (outono-inverno) de 2017. De um rebanho de 270 vacas em ordenha, nove (3,3%) morreram. As nove vacas tinham entre dois e nove anos, estavam entre a primeira e a sexta lactação e a produção diária era de 15,8 a 31,4 litros de leite. Duas vacas que apresentaram sialorreia, espasmos musculares, decúbito lateral, debilidade, opistótono e posteriormente, estado comatoso foram eutanasiadas e necropsiadas. Não foram observadas lesões macroscópicas ou histológicas significantes. Uma vaca com sinais clínicos, não tratada, e oito de 14 vacas sem sinais clínicos, do mesmo rebanho, apresentaram baixos níveis séricos de Mg (menos de 0,7mmol/L). Adicionalmente, as duas vacas com sinais clínicos e seis das 14 vacas sem sinais clínicos apresentaram baixos níveis de Ca sérico. A relação do risco tetanizante K/(Ca+Mg) de duas pastagens de aveia, silagem de milho e ração concentrada foi estimada em 5; 10; 7,73; 2,15 e 0,85, respectivamente. Uma relação K/(Ca+Mg) maior de 2,2 é um indicador do potencial tetanizante da forragem, A diferença entre o aporte e os requerimentos dos minerais foi estabelecida constatando-se deficiência diária de Mg (-0,36g/dia), Na (-25,2g/dia) e Ca (-9,27g/dia). O potássio (K) (184,42g/dia) e o fósforo (P) (12,81g/dia) estavam em excesso. A dieta foi reformulada para corrigir as deficiências e a doença foi controlada mediante a administração diária de 80g de MgO, 80g de CaCO3 e 30g de NaCl por vaca. Conclui-se que a hipomagnesemia é uma doença de importância crescente em gado leiteiro no Uruguai e que deve ser prevenida mediante a formulação correta da dieta.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Avena , Hipocalcemia/veterinária , Ração Animal/análise , Deficiência de Magnésio/veterinária , Uruguai , Indústria de LaticíniosResumo
An outbreak of hypomagnesemia is reported in Holstein dairy cattle grazing lush oat (Avena sativa) pasture in Uruguay. Nine of 270 (3.3%) cows died in May-July (autumn-winter) 2017. These nine cows were from 2 to 9-years-old (1st-6th lactation), with 22 to 194 days of lactation and 15.8 to 31.4L of daily milk production. Two cows with acute sialorrhea, muscle spasms, lateral recumbency, weakness, opisthotonos, and coma, were euthanized and necropsied. No significant macroscopic or histological lesions were found. One untreated clinically-affected cow and eight out of 14 clinically healthy cows of the same group under similar management and production conditions had low serum levels of Mg (lower than 0.7mmol/L). Secondarily, both clinically affected cows and six out of 14 healthy cows had low serum Ca levels. The K/(Ca+Mg) ratio of two oat forages, corn silage, and ration was 5.10, 7.73, 2.45, and 0.85, respectively. A K/(Ca+Mg) ratio lower than 2.2 represents a risk for hypomagnesemia. The difference between the contribution-requirement of minerals in the diet was established and a daily deficiency of Mg (-0.36g/day), Na (-25.2g/day) and Ca (-9.27g/day) was found, while K (184.42g/day) and P (12.81g/day) were in excess. The diet was reformulated to correct the deficiencies and the disease was controlled by the daily administration of 80g of magnesium oxide, 80g of calcium carbonate and 30g sodium chloride per cow. It is concluded that hypomagnesemia is a cause of mortality in dairy cattle in Uruguay, and that the condition can be prevented by appropriate diet formulation.(AU)
Descreve-se um surto de hipomagnesemia em bovinos leiteiros da raça Holandês com alimentação a base de pastagens de aveia (Avena sativa) em crescimento no Uruguai, nos meses de maio a julho (outono-inverno) de 2017. De um rebanho de 270 vacas em ordenha, nove (3,3%) morreram. As nove vacas tinham entre dois e nove anos, estavam entre a primeira e a sexta lactação e a produção diária era de 15,8 a 31,4 litros de leite. Duas vacas que apresentaram sialorreia, espasmos musculares, decúbito lateral, debilidade, opistótono e posteriormente, estado comatoso foram eutanasiadas e necropsiadas. Não foram observadas lesões macroscópicas ou histológicas significantes. Uma vaca com sinais clínicos, não tratada, e oito de 14 vacas sem sinais clínicos, do mesmo rebanho, apresentaram baixos níveis séricos de Mg (menos de 0,7mmol/L). Adicionalmente, as duas vacas com sinais clínicos e seis das 14 vacas sem sinais clínicos apresentaram baixos níveis de Ca sérico. A relação do risco tetanizante K/(Ca+Mg) de duas pastagens de aveia, silagem de milho e ração concentrada foi estimada em 5; 10; 7,73; 2,15 e 0,85, respectivamente. Uma relação K/(Ca+Mg) maior de 2,2 é um indicador do potencial tetanizante da forragem, A diferença entre o aporte e os requerimentos dos minerais foi estabelecida constatando-se deficiência diária de Mg (-0,36g/dia), Na (-25,2g/dia) e Ca (-9,27g/dia). O potássio (K) (184,42g/dia) e o fósforo (P) (12,81g/dia) estavam em excesso. A dieta foi reformulada para corrigir as deficiências e a doença foi controlada mediante a administração diária de 80g de MgO, 80g de CaCO3 e 30g de NaCl por vaca. Conclui-se que a hipomagnesemia é uma doença de importância crescente em gado leiteiro no Uruguai e que deve ser prevenida mediante a formulação correta da dieta.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Avena , Hipocalcemia/veterinária , Ração Animal/análise , Deficiência de Magnésio/veterinária , Uruguai , Indústria de LaticíniosResumo
O hipoparatireoidismo, quer seja primário ou secundário, é uma doença rara em cães, causada pela diminuição da secreção de paratormônio pelas paratireoides, que leva a sinais clínicos resultantes da hipocalcemia. O omeprazol vem sendo cada vez mais utilizado na medicina veterinária visando à diminuição na produção de líquor, mas existem poucos estudos sobre os efeitos colaterais relacionados ao uso crônico dessa medicação. Relata-se o caso de um cão macho da raça Yorkshire Terrier, com quatro anos de idade, com sinais clínicos de dor, sendo verificada calcificação em pelve e divertículo renal. Segundo o proprietário, o cão fazia uso de omeprazol há mais de dois anos devido ao histórico de hidrocefalia. Os exames laboratoriais evidenciaram anemia microcítica hipocrômica, hipocalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, hipomagnesemia e hipercalciúria. A dosagem do paratormônio sérico confirmou o hipoparatireoidismo. Após a suspensão do omeprazol, as alterações encontradas nos exames se normalizaram, confirmando que a causa do hipoparatireoidismo era o uso crônico da medicação.(AU)
Primary or secondary hypoparathyroidism is a rare disease in dogs caused by the decreased secretion of parathormone from the parathyroid glands, leading to clinical signs of hypocalcemia. Omeprazole has been increasingly used in veterinary medicine in order to reduce the production of cerebrospinal fluid, but there are few reports of side effects related to its chronic use. We report a case of a four-year-old male Yorkshire terrier with clinical signs of pain, calcification in the pelvis and renal diverticulum. According to the owner, the dog had been receiving omeprazole for over 2 years because of the history of hydrocephalus. Hematological exams revealed hypochromic microcytic anemia, hypokalemia, hyperphosphatemia, hypocalcemia, hypomagnesemia besides hypercalciuria. The determination of serum parathyroid hormone concentrations confirmed hypoparathyroidism. After interrupting omeprazole, the altered features on the exams returned to normal values, confirming that the cause of hypoparathyroidism was the chronic use of the drug.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Omeprazol/efeitos adversos , Hipoparatireoidismo/induzido quimicamente , Hipoparatireoidismo/veterinária , Hipocalcemia/veterinária , Hipopotassemia/veterináriaResumo
O hipoparatireoidismo, quer seja primário ou secundário, é uma doença rara em cães, causada pela diminuição da secreção de paratormônio pelas paratireoides, que leva a sinais clínicos resultantes da hipocalcemia. O omeprazol vem sendo cada vez mais utilizado na medicina veterinária visando à diminuição na produção de líquor, mas existem poucos estudos sobre os efeitos colaterais relacionados ao uso crônico dessa medicação. Relata-se o caso de um cão macho da raça Yorkshire Terrier, com quatro anos de idade, com sinais clínicos de dor, sendo verificada calcificação em pelve e divertículo renal. Segundo o proprietário, o cão fazia uso de omeprazol há mais de dois anos devido ao histórico de hidrocefalia. Os exames laboratoriais evidenciaram anemia microcítica hipocrômica, hipocalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, hipomagnesemia e hipercalciúria. A dosagem do paratormônio sérico confirmou o hipoparatireoidismo. Após a suspensão do omeprazol, as alterações encontradas nos exames se normalizaram, confirmando que a causa do hipoparatireoidismo era o uso crônico da medicação.(AU)
Primary or secondary hypoparathyroidism is a rare disease in dogs caused by the decreased secretion of parathormone from the parathyroid glands, leading to clinical signs of hypocalcemia. Omeprazole has been increasingly used in veterinary medicine in order to reduce the production of cerebrospinal fluid, but there are few reports of side effects related to its chronic use. We report a case of a four-year-old male Yorkshire terrier with clinical signs of pain, calcification in the pelvis and renal diverticulum. According to the owner, the dog had been receiving omeprazole for over 2 years because of the history of hydrocephalus. Hematological exams revealed hypochromic microcytic anemia, hypokalemia, hyperphosphatemia, hypocalcemia, hypomagnesemia besides hypercalciuria. The determination of serum parathyroid hormone concentrations confirmed hypoparathyroidism. After interrupting omeprazole, the altered features on the exams returned to normal values, confirming that the cause of hypoparathyroidism was the chronic use of the drug.(AU)
Assuntos
Animais , Cães , Omeprazol/efeitos adversos , Hipoparatireoidismo/induzido quimicamente , Hipoparatireoidismo/veterinária , Hipocalcemia/veterinária , Hipopotassemia/veterináriaResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de hipocalcemia associada ou não a hipomagnesemia em vacas leiteiras de propriedades de agricultura familiar. Foram avaliadas 22 vacas das raças Jersey, Holandesa e Jersolando, no período de transição, oriundas de pequenas propriedades de agricultura familiar, com produção média 12L/leite/dia. A concentração do cálcio total e do magnésio séricos foi determinada por metodologia colorimétrica e cálculo do cálcio ionizado estimado a partir das concentrações séricas do cálcio total, de proteína e albumina. Foi observada hipocalcemia em 50% dos animais no pré-parto (8,2±1,4mg/dL) e 63,6% no pós-parto (7,7±1,7 mg/dL). A redução do cálcio ionizado foi menos frequente, com grande parte dos animais apresentando cálcio ionizado estimado dentro da normalidade, com média de 4,6±0,83 mg/dL no pré-parto e 4,3±1,0 mg/dL no pós-parto. Todos os animais apresentaram concentrações de magnésio sérico dentro da normalidade, descartando-se hipomagnesemia. A concentração média de magnésio no pré-parto foi 2,4±0,3 mg/dL com elevação significativa (p<0,05) no pós-parto para 2,7±0,5 mg/dL. Conclui-se que as vacas leiteiras da agricultura familiar são susceptíveis à ocorrência de hipocalcemia e a ausência de sinais clínicos pode estar relacionada à manutenção da concentração de cálcio ionizado próxima da normalidade associada à ausência de hipomagnesemia.
The objective of this study was to evaluate the occurrence of hypocalcemia associated or not to hypomagnesemia in dairy cows of family farming properties. Were evaluated 22 cows, Jersey, Dutch and Jersolando breeds, during the transition period, from small family farming properties, with average 12 L/milk/day production. The concentration of serum total calcium and magnesium was determined by colorimetric methodology and calculation of ionized calcium estimated from the serum concentrations of total calcium, protein and albumin. Hipocalcemia was observed in 50% of the animals in prepartum (8.2 ± 1, 4 mg/dL) and 63.6% postpartum (7.7 ± 1.7 mg/dL). The reduction of ionized calcium was less frequent, with many of the animals presenting estimated ionized calcium within the normal range, averaging 4.6 ± 0.83 mg/dL in the prepartum and 4.3 ± 1.0 mg/dL in the postpartum. All animals presented concentrations of serum magnesium within normality, excluding hypomagnesemia. The average concentration of magnesium in the partum was 2.4 ± 0.3 mg/dL with significant elevation (p < 0.05) in postpartum to 2.7 ± 0.5 mg/dL. We concluded that dairy cows in the family agriculture are susceptible to hypocalcemia, and the absence of clinical signs may be relacionated with the maintenance of ionized calcium concentration into normal range, associeted with absence of hypomagnesemia.
Assuntos
Feminino , Animais , Bovinos , Cálcio/análise , Doenças Metabólicas/veterinária , Hipocalcemia/epidemiologia , Hipocalcemia/veterinária , Magnésio/análiseResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de hipocalcemia associada ou não a hipomagnesemia em vacas leiteiras de propriedades de agricultura familiar. Foram avaliadas 22 vacas das raças Jersey, Holandesa e Jersolando, no período de transição, oriundas de pequenas propriedades de agricultura familiar, com produção média 12L/leite/dia. A concentração do cálcio total e do magnésio séricos foi determinada por metodologia colorimétrica e cálculo do cálcio ionizado estimado a partir das concentrações séricas do cálcio total, de proteína e albumina. Foi observada hipocalcemia em 50% dos animais no pré-parto (8,2±1,4mg/dL) e 63,6% no pós-parto (7,7±1,7 mg/dL). A redução do cálcio ionizado foi menos frequente, com grande parte dos animais apresentando cálcio ionizado estimado dentro da normalidade, com média de 4,6±0,83 mg/dL no pré-parto e 4,3±1,0 mg/dL no pós-parto. Todos os animais apresentaram concentrações de magnésio sérico dentro da normalidade, descartando-se hipomagnesemia. A concentração média de magnésio no pré-parto foi 2,4±0,3 mg/dL com elevação significativa (p<0,05) no pós-parto para 2,7±0,5 mg/dL. Conclui-se que as vacas leiteiras da agricultura familiar são susceptíveis à ocorrência de hipocalcemia e a ausência de sinais clínicos pode estar relacionada à manutenção da concentração de cálcio ionizado próxima da normalidade associada à ausência de hipomagnesemia.(AU)
The objective of this study was to evaluate the occurrence of hypocalcemia associated or not to hypomagnesemia in dairy cows of family farming properties. Were evaluated 22 cows, Jersey, Dutch and Jersolando breeds, during the transition period, from small family farming properties, with average 12 L/milk/day production. The concentration of serum total calcium and magnesium was determined by colorimetric methodology and calculation of ionized calcium estimated from the serum concentrations of total calcium, protein and albumin. Hipocalcemia was observed in 50% of the animals in prepartum (8.2 ± 1, 4 mg/dL) and 63.6% postpartum (7.7 ± 1.7 mg/dL). The reduction of ionized calcium was less frequent, with many of the animals presenting estimated ionized calcium within the normal range, averaging 4.6 ± 0.83 mg/dL in the prepartum and 4.3 ± 1.0 mg/dL in the postpartum. All animals presented concentrations of serum magnesium within normality, excluding hypomagnesemia. The average concentration of magnesium in the partum was 2.4 ± 0.3 mg/dL with significant elevation (p < 0.05) in postpartum to 2.7 ± 0.5 mg/dL. We concluded that dairy cows in the family agriculture are susceptible to hypocalcemia, and the absence of clinical signs may be relacionated with the maintenance of ionized calcium concentration into normal range, associeted with absence of hypomagnesemia.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Hipocalcemia/epidemiologia , Hipocalcemia/veterinária , Doenças Metabólicas/veterinária , Cálcio/análise , Magnésio/análiseResumo
ABSTRACT: The management of dairy herds during the transition period has been studied in several studies due to the severe adjustments to which cows are submitted in the metabolism of carbohydrates, lipids and minerals at early lactation. This is a period when occurs most of the metabolic disorders in dairy cows, especially in their subclinical form. Hitherto a lack of information exists on the occurrence of subclinical metabolic disorders in Brazil. The aim of this study was to determine the occurrence of subclinical metabolic disorders, including ketosis, liver lipidosis, hypocalcemia, lactacidemia and hypomagnesemia, as well as phosphorous, copper and zinc deficiency in dairy cattle from the western region of Santa Catarina state, southern Brazil, during the first 30 days of lactation. Blood samples from 15 dairy herds managed in intensive production (free-stall) and semi-confined systems were collected. Milk yield, reproduction and health data of the herd were recorded in a questionnaire, based on the records of the farm and on the observations during samples collection. Blood samples were collected for the measurement of beta-hydroxybutyrate (BHB) and lactate using portable monitors at the farm and for obtaining serum to perform the following biochemical determinations: total calcium, phosphorus, magnesium, albumin, aspartate transaminase (AST) and creatine kinase (CK) by UV-visible spectrophotometry, and copper and zinc by atomic absorption spectrophotometry. In this study, the cutoff points considered were as follows: serum BHB concentrations >1.2mmol/L for subclinical ketosis, AST >140U/L and CK 94U/L for subclinical liver lipidosis, serum lactate concentrations >2.2mmol/L for lactacidemia, serum total calcium concentrations 7.5mg/dL for subclinical hypocalcemia, serum magnesium concentration 1.7mg/dL for hypomagnesemia, serum phosphorus concentration 2.5mg/dL for phosphorus deficiency, serum copper concentrations 32.8g/dL for copper deficiency, and serum zinc concentrations 60g/dL for zinc deficiency. The results showed an occurrence of 9% for subclinical ketosis, 11% for subclinical liver lipidosis, 44.5% for lactacidemia, 11% for subclinical hypocalcemia, 7.4% for subclinical hypomagnesemia, 10.7% for copper deficiency and 8.7% for zinc deficiency. According to the survey results, the occurrence of subclinical ketosis, lipidosis and hypocalcemia in western Santa Catarina differ from data found in the literature
RESUMO: O manejo dos rebanhos leiteiros durante o período de transição tem sido objeto de estudo de diversas pesquisas devido às severas adaptações sofridas pelas vacas no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e minerais no início da lactação. Trata-se de um período em que ocorre a maioria dos transtornos metabólicos em vacas leiteiras, especialmente na sua forma subclínica. Até hoje existe uma falta de informação sobre a ocorrência de transtornos metabólicos subclínicos no Brasil. O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de transtornos metabólicos subclínicos, dentre eles cetose, lipidose hepática, lactacidemia, hipocalcemia e hipomagnesemia, bem como deficiências de fósforo, cobre e zinco, em bovinos leiteiros da região Oeste do estado de Santa Catarina, durante os primeiros 30 dias de lactação. Foram avaliadas amostras de 15 rebanhos leiteiros manejados em sistemas de produção intensiva (free-stall) e semi-confinamento. Dados de produção, reprodução e sanidade do rebanho e de cada animal utilizado no estudo foram registrados em um questionário, baseando-se nos registros da fazenda e nas observações durante as coletas. Amostras de sangue total foram coletadas para dosagem de beta-hidroxibutirato (BHB) e lactato através de monitores portáteis ao pé das vacas e para obter amostras de soro usadas nas seguintes determinações bioquímicas: cálcio total, fósforo, magnésio, albumina, AST e CK por espectrofotometria UV-visível, e cobre e zinco por espectrofotometria de absorção atômica. No presente trabalho, foram considerados os seguintes pontos de corte: concentrações séricas de BHB >1,2mmol/L para cetose subclínica, atividade sérica de AST >132U/L e de CK 94U/L para lipidose hepática subclínica, concentrações séricas de lactato >2,2mmol/L para lactacidemia, concentrações séricas de cálcio total 7,5mg/dL para hipocalcemia subclínica, concentração sérica de magnésio 1,7mg/dL para hipomagnesemia subclínica, concentração sérica de fósforo 2,5mg/dL para deficiência de fósforo, concentrações séricas de cobre 32,8g/dL para deficiência de cobre, e concentrações séricas de zinco 60g/dL para deficiência de zinco. Foi encontrada ocorrência de 9% para cetose subclínica, 11% para lipidose hepática subclínica, 44,5% para lactacidemia, 11% para hipocalcemia subclínica, 7,4% para hipomagnesemia, 10,7% para deficiência de cobre e 8,7% para deficiência de zinco. De acordo com os resultados da pesquisa, as ocorrências de cetose, lipidose hepática e hipocalcemia subclínicas no Oeste Catarinense foram diferentes das encontradas em outros estudos.
Resumo
The management of dairy herds during the transition period has been studied in several studies due to the severe adjustments to which cows are submitted in the metabolism of carbohydrates, lipids and minerals at early lactation. This is a period when occurs most of the metabolic disorders in dairy cows, especially in their subclinical form. Hitherto a lack of information exists on the occurrence of subclinical metabolic disorders in Brazil. The aim of this study was to determine the occurrence of subclinical metabolic disorders, including ketosis, liver lipidosis, hypocalcemia, lactacidemia and hypomagnesemia, as well as phosphorous, copper and zinc deficiency in dairy cattle from the western region of Santa Catarina state, southern Brazil, during the first 30 days of lactation. Blood samples from 15 dairy herds managed in intensive production (free-stall) and semi-confined systems were collected. Milk yield, reproduction and health data of the herd were recorded in a questionnaire, based on the records of the farm and on the observations during samples collection. Blood samples were collected for the measurement of beta-hydroxybutyrate (BHB) and lactate using portable monitors at the farm and for obtaining serum to perform the following biochemical determinations: total calcium, phosphorus, magnesium, albumin, aspartate transaminase (AST) and creatine kinase (CK) by UV-visible spectrophotometry, and copper and zinc by atomic absorption spectrophotometry. In this study, the cutoff points considered were as follows: serum BHB concentrations >1.2mmol/L for subclinical ketosis, AST >140U/L and CK <94U/L for subclinical liver lipidosis, serum lactate concentrations >2.2mmol/L for lactacidemia, serum total calcium concentrations <7.5mg/dL for subclinical hypocalcemia, serum magnesium concentration <1.7mg/dL for hypomagnesemia, serum phosphorus concentration <2.5mg/dL for phosphorus deficiency, serum copper concentrations <32.8μg/dL for copper deficiency, and serum zinc concentrations <60μg/dL for zinc deficiency. The results showed an occurrence of 9% for subclinical ketosis, 11% for subclinical liver lipidosis, 44.5% for lactacidemia, 11% for subclinical hypocalcemia, 7.4% for subclinical hypomagnesemia, 10.7% for copper deficiency and 8.7% for zinc deficiency. According to the survey results, the occurrence of subclinical ketosis, lipidosis and hypocalcemia in western Santa Catarina differ from data found in the literature(AU)
O manejo dos rebanhos leiteiros durante o período de transição tem sido objeto de estudo de diversas pesquisas devido às severas adaptações sofridas pelas vacas no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e minerais no início da lactação. Trata-se de um período em que ocorre a maioria dos transtornos metabólicos em vacas leiteiras, especialmente na sua forma subclínica. Até hoje existe uma falta de informação sobre a ocorrência de transtornos metabólicos subclínicos no Brasil. O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de transtornos metabólicos subclínicos, dentre eles cetose, lipidose hepática, lactacidemia, hipocalcemia e hipomagnesemia, bem como deficiências de fósforo, cobre e zinco, em bovinos leiteiros da região Oeste do estado de Santa Catarina, durante os primeiros 30 dias de lactação. Foram avaliadas amostras de 15 rebanhos leiteiros manejados em sistemas de produção intensiva (free-stall) e semi-confinamento. Dados de produção, reprodução e sanidade do rebanho e de cada animal utilizado no estudo foram registrados em um questionário, baseando-se nos registros da fazenda e nas observações durante as coletas. Amostras de sangue total foram coletadas para dosagem de beta-hidroxibutirato (BHB) e lactato através de monitores portáteis ao pé das vacas e para obter amostras de soro usadas nas seguintes determinações bioquímicas: cálcio total, fósforo, magnésio, albumina, AST e CK por espectrofotometria UV-visível, e cobre e zinco por espectrofotometria de absorção atômica. No presente trabalho, foram considerados os seguintes pontos de corte: concentrações séricas de BHB >1,2mmol/L para cetose subclínica, atividade sérica de AST >132U/L e de CK <94U/L para lipidose hepática subclínica, concentrações séricas de lactato >2,2mmol/L para lactacidemia, concentrações séricas de cálcio total <7,5mg/dL para hipocalcemia subclínica, concentração sérica de magnésio <1,7mg/dL para hipomagnesemia subclínica, concentração sérica de fósforo <2,5mg/dL para deficiência de fósforo, concentrações séricas de cobre <32,8μg/dL para deficiência de cobre, e concentrações séricas de zinco <60μg/dL para deficiência de zinco. Foi encontrada ocorrência de 9% para cetose subclínica, 11% para lipidose hepática subclínica, 44,5% para lactacidemia, 11% para hipocalcemia subclínica, 7,4% para hipomagnesemia, 10,7% para deficiência de cobre e 8,7% para deficiência de zinco. De acordo com os resultados da pesquisa, as ocorrências de cetose, lipidose hepática e hipocalcemia subclínicas no Oeste Catarinense foram diferentes das encontradas em outros estudos.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Bovinos/anormalidades , Bovinos/metabolismo , Deficiência de MineraisResumo
The management of dairy herds during the transition period has been studied in several studies due to the severe adjustments to which cows are submitted in the metabolism of carbohydrates, lipids and minerals at early lactation. This is a period when occurs most of the metabolic disorders in dairy cows, especially in their subclinical form. Hitherto a lack of information exists on the occurrence of subclinical metabolic disorders in Brazil. The aim of this study was to determine the occurrence of subclinical metabolic disorders, including ketosis, liver lipidosis, hypocalcemia, lactacidemia and hypomagnesemia, as well as phosphorous, copper and zinc deficiency in dairy cattle from the western region of Santa Catarina state, southern Brazil, during the first 30 days of lactation. Blood samples from 15 dairy herds managed in intensive production (free-stall) and semi-confined systems were collected. Milk yield, reproduction and health data of the herd were recorded in a questionnaire, based on the records of the farm and on the observations during samples collection. Blood samples were collected for the measurement of beta-hydroxybutyrate (BHB) and lactate using portable monitors at the farm and for obtaining serum to perform the following biochemical determinations: total calcium, phosphorus, magnesium, albumin, aspartate transaminase (AST) and creatine kinase (CK) by UV-visible spectrophotometry, and copper and zinc by atomic absorption spectrophotometry. In this study, the cutoff points considered were as follows: serum BHB concentrations >1.2mmol/L for subclinical ketosis, AST >140U/L and CK <94U/L for subclinical liver lipidosis, serum lactate concentrations >2.2mmol/L for lactacidemia, serum total calcium concentrations <7.5mg/dL for subclinical hypocalcemia, serum magnesium concentration <1.7mg/dL for hypomagnesemia, serum phosphorus concentration <2.5mg/dL for phosphorus deficiency...(AU)
O manejo dos rebanhos leiteiros durante o período de transição tem sido objeto de estudo de diversas pesquisas devido às severas adaptações sofridas pelas vacas no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e minerais no início da lactação. Trata-se de um período em que ocorre a maioria dos transtornos metabólicos em vacas leiteiras, especialmente na sua forma subclínica. Até hoje existe uma falta de informação sobre a ocorrência de transtornos metabólicos subclínicos no Brasil. O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de transtornos metabólicos subclínicos, dentre eles cetose, lipidose hepática, lactacidemia, hipocalcemia e hipomagnesemia, bem como deficiências de fósforo, cobre e zinco, em bovinos leiteiros da região Oeste do estado de Santa Catarina, durante os primeiros 30 dias de lactação. Foram avaliadas amostras de 15 rebanhos leiteiros manejados em sistemas de produção intensiva (free-stall) e semi-confinamento. Dados de produção, reprodução e sanidade do rebanho e de cada animal utilizado no estudo foram registrados em um questionário, baseando-se nos registros da fazenda e nas observações durante as coletas. Amostras de sangue total foram coletadas para dosagem de beta-hidroxibutirato (BHB) e lactato através de monitores portáteis ao pé das vacas e para obter amostras de soro usadas nas seguintes determinações bioquímicas: cálcio total, fósforo, magnésio, albumina, AST e CK por espectrofotometria UV-visível, e cobre e zinco por espectrofotometria de absorção atômica. No presente trabalho, foram considerados os seguintes pontos de corte: concentrações séricas de BHB >1,2mmol/L para cetose subclínica, atividade sérica de AST >132U/L e de CK <94U/L para lipidose hepática subclínica, concentrações séricas de lactato >2,2mmol/L para lactacidemia, concentrações séricas de cálcio total <7,5mg/dL para hipocalcemia subclínica, concentração sérica de magnésio <1,7mg/dL...(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Bovinos/anormalidades , Bovinos/metabolismo , Deficiência de MineraisResumo
Background: The post-partum period in dairy cows is accompanied by a low glucose metabolism in adipose tissue and skeletal muscle tissue, being glucose conducted to the milk production. In humans, low glucose metabolism is associated with metabolic syndromes, the high glucose levels reduce tubular reabsorption of Magnesium (Mg) and Calcium (Ca), leading to hypomagnesemia and hypocalcemia. These minerals are important to the dairy cow, as their decrease leads to diseases. The aim of this study was to evaluate the relationship between glucose metabolism rate with the urinary excretion of Ca and Mg in multiparous dairy cows during the post-partum period.Materials, Methods & Results: Twenty dairy cows were used from a commercial farm southern Brazil, in the semi-extensive system. Glucose tolerance tests were performed (TTG) on day 9 relative to calving. The cows were categorized into three groups according to the glucose metabolism rate (area under the glucose curve, glucose half-life and glucose consumption rate): High Glucose Metabolization (GA); Intermediate Glucose Metabolizing (GI); and Low Glucose Metabolization (GL). Blood and urine samples were collected on days 0, + 3, + 6, + 9, +16 and +23 in relation to calving for to determine the levels of Ca, Mg, insulin (Ins), non-esterified fatty acids (NEFA) and Glu. In urine was evaluated the excretion of Ca and Mg. The cows were milked twice a day (at 3:00 a.m. and 3:00 p.m.) and the milk yield (kg/cow) was recorded daily and averages were generated every five days from day 15 to day 60 postpartum. The statistical analyses were performed with the MIXED procedure to assess the main effect of group, time (in days) and their interaction by using version 9.2 SAS software.[...]
Assuntos
Feminino , Animais , Bovinos , Cálcio/urina , Glucose/metabolismo , Magnésio/urina , Período Pós-Parto/fisiologia , Teste de Tolerância a Glucose/veterináriaResumo
Background: The post-partum period in dairy cows is accompanied by a low glucose metabolism in adipose tissue and skeletal muscle tissue, being glucose conducted to the milk production. In humans, low glucose metabolism is associated with metabolic syndromes, the high glucose levels reduce tubular reabsorption of Magnesium (Mg) and Calcium (Ca), leading to hypomagnesemia and hypocalcemia. These minerals are important to the dairy cow, as their decrease leads to diseases. The aim of this study was to evaluate the relationship between glucose metabolism rate with the urinary excretion of Ca and Mg in multiparous dairy cows during the post-partum period.Materials, Methods & Results: Twenty dairy cows were used from a commercial farm southern Brazil, in the semi-extensive system. Glucose tolerance tests were performed (TTG) on day 9 relative to calving. The cows were categorized into three groups according to the glucose metabolism rate (area under the glucose curve, glucose half-life and glucose consumption rate): High Glucose Metabolization (GA); Intermediate Glucose Metabolizing (GI); and Low Glucose Metabolization (GL). Blood and urine samples were collected on days 0, + 3, + 6, + 9, +16 and +23 in relation to calving for to determine the levels of Ca, Mg, insulin (Ins), non-esterified fatty acids (NEFA) and Glu. In urine was evaluated the excretion of Ca and Mg. The cows were milked twice a day (at 3:00 a.m. and 3:00 p.m.) and the milk yield (kg/cow) was recorded daily and averages were generated every five days from day 15 to day 60 postpartum. The statistical analyses were performed with the MIXED procedure to assess the main effect of group, time (in days) and their interaction by using version 9.2 SAS software.[...](AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Cálcio/urina , Magnésio/urina , Glucose/metabolismo , Período Pós-Parto/fisiologia , Teste de Tolerância a Glucose/veterináriaResumo
The transition period is often a great challenge for dairy cows and mineral imbalances are frequent. With the aim to better understand the mineral profile of F1 Holstein x Gyr dairy cows and their performances under the different conditions of summer and winter, we collected blood samples to measure calcium, magnesium and phosphorus. Samplings were performed during summer and winter, on 15 and 13 pluriparous F1 Holstein x Gyr dairy cows, respectively. Blood sampling started 4 weeks prior to the expected calving date until 30 days postpartum. The mean concentrations of all three minerals had a different pattern during the transition period in each season, representing the interaction time x season. Calcium concentration was lower in winter and more animals suffered from subclinical hypocalcemia (100%) then in summer (38.46%). Magnesium concentration was also lower in winter and 46.67% of animals had hypomagnesemia, contributing for the higher hypocalcemia frequency observed in the same season. A high proportion of animals had hyperphosphatemia what can represent an environmental problem and more attention should be given to it. The high frequency of animals with subclinical hypocalcemia is alarming once that can lead to greater consequences.(AU)
O período de transição é uma fase de grandes desafios para vacas leiteiras, e desequilíbrios minerais são frequentes. O objetivo ao desenvolver este trabalho foi de entender melhor o perfil mineral de vacas leiteiras F1 Holandês x Gir e suas performances sob as diferentes condições de verão e inverno. Para isso, foram mensurados cálcio, magnésio e fósforo sanguíneo. As coletas de sangue foram realizadas durante os períodos de verão e inverno, e utilizaram-se, respectivamente, 15 e 13 vacas leiteiras pluríparas, todas F1 Holandês x Gir. As coletas de sangue começaram quatro semanas antes da data prevista do parto até 30 dias pós-parto. As concentrações médias e o padrão de variação dos três minerais foram distintos em cada estação do ano, representando a interação tempo de coleta x estação do ano. A concentração de cálcio foi menor no inverno, período em que todos os animais apresentaram hipocalcemia subclínica, enquanto no verão 38,46% apresentaram essa condição. A concentração de magnésio foi maior no verão e nenhum animal teve hipomagnesemia, enquanto no inverno 46,67% dos animais apresentaram hipomagnesemia subclínica, contribuindo para a maior frequência de hipocalcemia observada no inverno. Uma alta proporção de animais teve hiperfosfatemia, o que pode representar um problema ambiental. A alta frequência de animais com hipocalcemia subclínica é alarmante principalmente devido às consequências geradas por essa condição.(AU)
Assuntos
Animais , Feminino , Bovinos , Hiperfosfatemia/veterinária , Hipocalcemia/veterinária , Magnésio/análise , Deficiência de Minerais , Paresia Puerperal/diagnósticoResumo
The transition period is often a great challenge for dairy cows and mineral imbalances are frequent. With the aim to better understand the mineral profile of F1 Holstein x Gyr dairy cows and their performances under the different conditions of summer and winter, we collected blood samples to measure calcium, magnesium and phosphorus. Samplings were performed during summer and winter, on 15 and 13 pluriparous F1 Holstein x Gyr dairy cows, respectively. Blood sampling started 4 weeks prior to the expected calving date until 30 days postpartum. The mean concentrations of all three minerals had a different pattern during the transition period in each season, representing the interaction time x season. Calcium concentration was lower in winter and more animals suffered from subclinical hypocalcemia (100%) then in summer (38.46%). Magnesium concentration was also lower in winter and 46.67% of animals had hypomagnesemia, contributing for the higher hypocalcemia frequency observed in the same season. A high proportion of animals had hyperphosphatemia what can represent an environmental problem and more attention should be given to it. The high frequency of animals with subclinical hypocalcemia is alarming once that can lead to greater consequences.(AU)
O período de transição é uma fase de grandes desafios para vacas leiteiras, e desequilíbrios minerais são frequentes. O objetivo ao desenvolver este trabalho foi de entender melhor o perfil mineral de vacas leiteiras F1 Holandês x Gir e suas performances sob as diferentes condições de verão e inverno. Para isso, foram mensurados cálcio, magnésio e fósforo sanguíneo. As coletas de sangue foram realizadas durante os períodos de verão e inverno, e utilizaram-se, respectivamente, 15 e 13 vacas leiteiras pluríparas, todas F1 Holandês x Gir. As coletas de sangue começaram quatro semanas antes da data prevista do parto até 30 dias pós-parto. As concentrações médias e o padrão de variação dos três minerais foram distintos em cada estação do ano, representando a interação tempo de coleta x estação do ano. A concentração de cálcio foi menor no inverno, período em que todos os animais apresentaram hipocalcemia subclínica, enquanto no verão 38,46% apresentaram essa condição. A concentração de magnésio foi maior no verão e nenhum animal teve hipomagnesemia, enquanto no inverno 46,67% dos animais apresentaram hipomagnesemia subclínica, contribuindo para a maior frequência de hipocalcemia observada no inverno. Uma alta proporção de animais teve hiperfosfatemia, o que pode representar um problema ambiental. A alta frequência de animais com hipocalcemia subclínica é alarmante principalmente devido às consequências geradas por essa condição.(AU)